Hljödhr Ardunaya escrita por Untitled blender


Capítulo 1
Prólogo- a malçdição negra


Notas iniciais do capítulo

eis o primeiríssimo capítulo de "Hljödhr Ardunaya"-(o capítulo que eu mais batalhei pra escrever. tanto tempo gasto com uma coisa tão pequena)



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PRÓLOGO- A MALÇDIÇÃO NEGRA

O dragão imaginou-se dilacerando um delicioso cervo. Não que ele estivesse com fome. Na verdade, ele não tinha fome havia centenas de anos. Nem sono, nem frio, nem sede. Somente a dor. A terrível dor. Mas ela acabaria em breve. Sim, ele pensou, não haverão falhas dessa vez. Ele se sentia amargurado. Galbatorix fora uma decepção. Ao invés de colaborar com ele e quebrar a maldição, quis dominá-lo para ter acesso ao seu infinito poder. No fim, teve que ajudar Eragon a matá-lo. Eragon. O nome do primeiro cavaleiro. O dragão tivera um cavaleiro outrora. Ela. Ele não pensava muito nela ultimamente, porém a lembrança atingiu-o como uma montanha em alta velocidade.

Dor. Tanta dor. Ele rugiu enquanto soprava fogo sobre o espectro. A torrente de chamas lambeu sua pele, mas não causou dano algum.

–vocês não podem ferir Shaag! –disse ele.

–espectros são tão arrogantes, você não acha?- ela disse para Quialóng. Ele roncou em resposta, soltando uma coluna de fumo. Ela retirou a espada da bainha. Ela tiniu suavemente. Os dentes brancos do espectro reluziram. Eram uma mistura estranha e afiada, grotesca e horrenda: os dentes não seguiam uma sequência lógica, eram todos diferentes e encaixavam em diferentes ângulos, como a arcada dentária de um tubarão. A cavaleira saltou sobre o espectro, com a ponta da afiadíssima espada apontada para seu coração. O espectro continuou sorrindo, e, mais rapidamente do que Quialóng achava possível para um duas pernas como ele, desviou-se, em pleno ar, e ficou a flutuar à direita do dragão. Ela caiu em direção às duas ilhas lá embaixo. Quialóng tentou descer, mas foi impedido por uma barreira invisível. Urrou para o espectro. , disse ela. Eu cuido disso. Então ele bateu as asas com força e jogou sua cabeça sobre o espectro. A consciência que colidiu com a sua não era normal. Milhares de uivos de aflição em milhares de línguas diferentes, o assaltaram com poder. Ele riu interiormente. Ninguém em sã consciência, nem um espectro, se atreveria a degladiar-se mentalmente com um dragão do seu tamaho. No dragão repeliu a onda invasora com todo o poder que tinha, barrando o acesso aos seus pensamentos enquanto tentava agarrar os do atacante. Mas a mente dele era tão diferente que desistiu. E então veio a outra onda. Cruel, avassaladora. O dragão foi obrigado a recolher-se no mais profundo de seu ser para repelir a estocada mental. O espectro ergueu sua espada nova, uma coisa castanha clara, cruel. Ela reluziu ao sol. Num último e desesperado ato, ele dobrou-se numa minúscula bola de consciência e fugiu para o mais profundo que conseguiu. Quando a espada desceu, por um momento não sentiu nada. Então veio a dor. A terrível dor. Junto com a engraçada sensação de estar se precipitando no vazio...

Raiva. Tudo o que ele sentia agora era raiva. De tudo e de todos. Do espectro que os encontrara fracos e desprevenidos. Dela, que prometera voltar, e não voltara. Da magia, por cobrar um preço tão alto pela sua vida. Dos humanos, elfos, urgals e pardos. De todos. Pela dor. A terrível dor. Mas ela acabaria. Mesmo que para isso, todos tivessem que queimar.


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