A Colheita de Sangue escrita por Amber Dotto


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Eu volteii pra vocês!
Gente, eu não morri, estou mais viva do que nunca e super empolgada, passei dias revisando essa história, vendo alguns furos que eu dei etc etc.
Agradeço a paciência que tiveram (Eu amo vocês por isso) e prometo ser fiel com as próximas atualizações.
Obs1: Eu mudei muitaaa coisa, então aconselho vocês a lerem a história novamente. ( Espero que não me matem por isso.)
0bs2: O próximo cap já está pronto, e prometo postar no dia certo.
— Amber.



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Dakota do Sul

— E então? Conseguiu encontrá-la? Você viu a minha mãe?

— Não. Era uma pista falsa. — Mentiu Dean. — Quem morava lá era um senhor de 75 anos. — Completou vendo-a o olhar frustrada. — Transexual, com uns peitões enormes que causavam arrepios.

— O que?! Ah, você está zombando!

— Não, não... — Disse Dean segurando-a pela cintura. — Izzy, e se?

— E como ela é? Ela é bonita, se parece comigo? Eu posso vê-la?

— Eu não acho uma boa ideia Izzy.

— Porque?

— Eu não acho que vá te fazer bem, vá na minha. Às vezes é melhor manter a distância de certas pessoas.

— Eu quero vê-la. Por favor...

— Tudo bem, mas eu vou com você, e não vou sair do seu lado. Não quero que ela te faça mal.

— Porque está dizendo isso?

— Porque talvez as coisas não saiam como você imaginou a vida toda.

— Ok, e nós vamos agora?

— Ainda não... acho melhor esperarmos um pouco. Que tal darmos uma volta pela cidade antes de encontrar a fera?

Cotton Ridge

Bobby dirigiu-se até a recepção do único hotel da cidade, com o intuito de encontrar Dean. Ele se identificou para a Sra. Brandom como agente do FBI, e a senhora logo pôs-se a falar.

— Você é parceiro do Winchester? — Questionou a Sra.

— Sim, sabe onde posso encontra-lo? — Indagou Bobby.

— Ele viajou com Isobel, para onde foram eu não sei, nem adianta me olhar com essa cara. Mas talvez os amigos ou a família dela saiba de algo.

— Quem é Isobel? — Questionou Bobby. — Você a conhece?

— Desde que nasceu. É filha de Donald Collins, e irmã de Graham Collins. Ele tem um restaurante não muito longe daqui e se quiser, eu posso lhe dar o endereço.

— E por um acaso ela seria jovem e bonita?

— Sim, ela é muito bonita, e muito boa.

— Droga! — Exclamou Bobby balançando a cabeça. — Espero que o Dean não faça nada de errado.

Mais tarde

Do carro até a varanda, Dean não estava muito seguro de que essa era a melhor opção para a garota. Ele era totalmente contra o encontro das duas, mas Isobel sabia ser convincente. Ele pensava também faria o mesmo se sua mãe estivesse “desaparecida a anos”.

— Isabele?

— Não, docinho, meu nome é Genna. E esse é o rapaz que esteve aqui mais cedo, certo?

— Exato. Afirmou Dean.

— A Isabele está?

— Sim, mas quem é você?

— Isobel, eu sou filha dela.

— Você deve ter se enganado. Isabele não tem filhos... — Disse a senhora tentando fechar a porta.

— Não, ela não está enganada. — Respondeu Dean. — E não vamos sair daqui sem vê-la.

— Por favor, a viajem foi longa, e eu tive que adiar vários compromissos para estar aqui. — Implorou a garota.

— Vou ver se ela pode te receber. — Falou a senhora retornando para a casa.

— E se ela não quiser me atender?

— Nós vamos embora... Não insista nisso, você viveu tão bem sem ela até hoje. — Sussurrou Dean ao alisar o braço de Isobel.

— Eu preciso vê-la, preciso conhece-la Dean. Eu era tão pequena, e viva com medo de esquecer o olhar dela, o sorriso... Ela é minha mãe.

— Menina? — Disse a senhora voltando. — A Senhora Fretcher vai te atender. Eu vou lhe mostrar o caminho.

Genna abriu a porta e seguiu pelos corredores da casa. A sala era ilusoriamente enorme, com portas de vidro. O clima do ambiente era elegante e tranquilo, e Isobel fora surpreendia quando foi por Isabele que acabara de sair de um dos cômodos. A garota andou até ela e sorriu. Havia um perfume de flores no ar e ela ficava cada vez mais nervosa.

— Oi. — Ela exclamou e Isabele não retribuiu o cumprimento.

— Você me parece um pouco mais feliz do que eu imaginava. — Informou Isabele.

— Porque? Eu deveria estar triste?

— Talvez! Você cresceu minha pequena.

— Bom, eu não sou a mesma garota de 9 anos que você abandonou. — Respondeu nervosa. Ela olhou para Dean sorrindo.

— É, mas você não mudou muito. E sabe? É muito gratificante ver que você é a mesma. Tenho certeza de que tudo isso é graças ao seu querido pai.

— Nem tudo é graças a ele... Eu tive que aprender a me virar sozinha porque quando eu mais precisava, você não estava lá comigo.

— Querida, não seja tão dramática. — Ela ordenou indo para a sala e sentando no sofá. — Eu vou te explicar como são as coisas...

— Ou ou, segura a sua onda aí. Pense bem no que vai fazer. — Aconselhou Dean a Isabele. — Acho melhor nós irmos embora Izzy.

— Eu quero ouvir o que ela tem a me dizer Dean. — Respondeu Isobel vendo-o arfar.

— Você não deveria ter perdido o seu tempo me procurando. Eu sempre soube onde você estava, com quem você estava. Se eu não te procurei, foi porque eu não quis. Sei que é médica, sei que namorou e noivou com o filho de Thomas Walter... ele veio aqui uma vez, e implorou para que eu fosse visita-la. Ele disse que você sentia a minha falta e que queria lhe fazer feliz.

— Mathew fez isso?

— Sim, ele fez. Eu pensei que aquele rapaz era apaixonado por você, mas soube a pouco tempo que ele te abandonou algumas semanas antes do casamento. Você não é uma pessoa de sorte não é mesmo? As pessoas vivem te abandonando. Quem será o próximo? O bonitão aí? Uma coisa eu tenho que admitir, você tem um ótimo gosto para os rapazes.

— Eu não vou abandona-la. — Discordou Dean.

— Ah, isso é muito bonito da sua parte Dean, mas você não passa de um pobre coitado, que não tem nem onde cair morto... O xerife me contou sobre você.

— Talvez você não saiba tudo sobre mim mamãe. — Contestou Isobel. — Talvez ele seja um pobre coitado, mas ele tem algo que dinheiro nenhum no mundo compra: O caráter.

— Ninguém vive de caráter minha filha.

— Não vai faltar nada pra Isobel.

— E como pretende? Vai fazer um pacto com o reverendo e oferecerá a primeira filha que vocês tiverem?

— Como sabe sobre o reverendo? — Questionou Dean.

— Vamos embora Dean, foi inútil vir até aqui. — Falou a garota.

— É melhor não estar envolvida com toda essa história senhora Fretcher. — Alertou Dean antes de sair da casa.

Isabele voltou para a biblioteca e sentou em uma poltrona que estava posicionada bem em frente a lareira. Respirou pesadamente e lamentou pelos anos que não esteve ao lado de sua família.

— Como eles a encontraram? — Questionou Genna a Isabele que parecia estar distraída.

— Eu já sabia que esse dia chegaria. Não por méritos de Isobel, e sim pelo rapaz.

— Como assim?! — Genna insistiu.

— Isobel está prestes a completar 24 anos. — Respondeu Isabele.

— Eles não podem machuca-la. Uriel não permitirá que algo ruim aconteça com a garota.

— Eu sei, mas é necessário que cada um desempenhe seu papel. Tudo o que eu queria neste instante era suprir as carências de minha filha, mas não sou eu quem devo desempenhar esse papel.

— Você me dá medo as vezes sabia? — Resmungou Genna. — Eu não entendo como pode aceitar toda essa baboseira calada. Deveria contar toda a verdade para sua família.

— Família? Eu não tenho mais uma família; eles me odeiam. Principalmente Graham.

— De qualquer modo deveria procura-los.

— Para dizer o que? Que lenda do reverendo é real, e que ele tem sede pela alma de minha filha? Ou devo contar-lhes a versão angelical dos fatos? Que Isobel é preciosa para o céu, assim como seu querido Dean Winchester, e que Deus tem planos para eles.

— Você está complicando as coisas.

— Não, eu não estou. Não há saída Genna, eu preciso confiar em Uriel.

— Está certa. — Concordou a senhora. — Eu acho que faria o mesmo em seu lugar.

— Ligue para o Xerife Martin, eu preciso conversar com ele. — Ordenou-lhe Isabele.

Cotton Ridge

Mathew parou em frente ao local combinado; revirou os olhos impacientemente e olhou para o relógio.

— Está atrasado Uriel.

— Fale logo o que quer rapaz, não tenho tempo a perder.

— Estou cumprindo minha parte no acordo, mas Isobel parece cada vez mais distante. E eu não confio em Megan, tenho medo que ela a machuque.

— Megan faz parte do time adversário Mathew, você sempre soube. Eu disse para não se associar a ela, mas você não me escuta.

— E porque eu deveria te escutar? Você disse que se eu não me casasse com Isobel, ela sairia ilesa de toda essa maldição da cidade, e que no fim ela ficaria comigo e eu conseguiria a confiança e o respeito do meu pai. Mas as coisas parecem não estar acontecendo.

— Isso é necessário, faz parte dos planos do Senhor. — Respondeu Uriel. — Mas não se preocupe, Dean não ficará aqui por muito tempo.

— Não? Porque eu ouvi exatamente o contrário, Dean Winchester estaria disposto a largar sua carreira, para se estabelecer na cidade.

— Tenha fé Mathew! Eu sou um anjo, mentiras não fazem parte do meu dia a dia. Prometi a você e a Isabele que a menina sairia bem, e sempre cumpro minha palavra.

— Eu espero que não minta, porque se não...

— Porque se não o que rapaz? Eu não preciso de sua autorização e nem de sua colaboração para fazer as coisas. Posso estalar os dedos, e acabar com a sua vida. — Respondeu Uriel vendo-o engolir seco. — Você não se importa com a garota. Está apenas preocupado com o dinheiro do seu pai.

— Isso não é verdade! — Exclamou Mathew nervoso. — Eu gosto de Isobel.

— Você gosta de Isobel, mas ama o dinheiro. É movido por coisas mesquinhas, pela ganancia. Irá se casar com ela, infelizmente, mas Dean sempre será um fantasma em sua vida. Ela vai estar com você, mas estará pensando nele em todos os momentos.

— Cala boca. — Vociferou Mathew vendo Uriel sorrir de forma triunfante. — Eu vou embora. Não vou perder o meu tempo com você. — Completou dando-lhe as costas e entrando em seu carro.


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