A Colheita de Sangue escrita por Amber Dotto


Capítulo 10
Capítulo 10




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Aaron estava furioso ao sair do hospital. Ele foi até o bar principal, e procurou por Megan sem obter sucesso. Muito perturbado, ele seguiu para a casa do xerife, e foi recepcionado pela matriarca, que como sempre tentava ser cordial com todos. O rapaz nem escutou o que ela disse, foi logo subindo as escadas e entrou no quarto de Megan que deu um pulo.

− O que é isso? Quem deixou você entrar no meu quarto assim? – Questionou Megan confusa enquanto Aaron tentava lhe enforcar. – Que palhaçada é essa?

− Eu estou cansado desse joguinho Megan. Eu fiz tudo o que você pediu, e você me traiu. Tentou matar Olivia! – Gritava o rapaz.

− Tire a suas mãos de mim. – Esbravejou a garota empurrando-o em seguida. – Você está fora de si, quer realmente perder tudo o que já alcançou Aaron?

− Eu não me importo. Não me importo com você, com seu pai ou com os outros envolvidos. Eu sei o que fazem... sei sobre os sacrifícios e sei que o FBI está na cola de vocês, o agente, o namoradinho da Isobel ia adorar saber dos seus esquemas sórdidos.

− Você também está metido nesse “esquema sórdido” até o pescoço. Então é melhor baixar a sua bola, e lembrar que a corda sempre arrebenta para o lado mais fraco. – Ameaçou a garota. − E não se preocupe com sua querida Liv, ela era apenas uma isca.

− Como assim?

− Eu quero Isobel na cidade. E o ataque a Olivia, fará com que ela volte rapidinho.

− Machucou a Olivia, para trazer Isobel de volta? Você é doente. E eu estou fora! Vou dizer tudo o que sei a Dean Winchester.

− Pois bem... faça isso e arque com as consequências depois.

− Você deveria ser mais esperta Megan... procure saber quem é a próxima da lista, e acabará tendo uma grande surpresa. – Rebateu Aaron deixando-a sozinha em seguida.

Na manhã seguinte

 

            − Aaron? Onde está Liv? Ela está bem? – Questionou Isobel nervosa ao chegar no hospital.

            − Ela está bem, por sorte, os ferimentos foram superficiais. Ela só está um pouco assustada, talvez sua visita lhe anime um pouco. – Respondeu o rapaz sem animação. – Phill passou a noite com ela e Marcus está realizando o trabalho de recuperação.

            − E como foi que tudo aconteceu? O assassino ainda não havia falhado e os ataques estavam acontecendo no lago Deke. – Interrompeu Dean.

            − Eu já disse tudo o que sei para a polícia e para o agente Connor. Liv estava sozinha em casa, ficou assustada e me ligou e eu pude evitar que o pior acontecesse.

            − Assustada com o que? – Retrucou o caçador.

− Ela disse que a casa ficou com um cheiro bem forte e que por isso ela foi até a cozinha verificar se havia algum tipo de vazamento de gás, e quando chegou lá, ela pensou ouvir alguns barulhos estranhos.

− Eu vou vê-la. – Anunciou Isobel ansiosa deixando-os a sós em seguida.

− Você sabe mais alguma coisa sobre o ataque a sua namorada? – Questionou Dean.

− Eu sei quem está matando as garotas.

− Você? Porque será eu não me admiro?!

− Eles me ofereceram grana fácil, e não era pouca coisa. Não é fácil vir de baixo e conseguir agradar uma garota como Olivia. Tenho certeza que você me entende, agora que está saindo com Isobel. Você quer dar o melhor para ela, mas não pode porque infelizmente acabou nascendo na família errada.

− Não me compare a você. Não somos iguais, sua namorada poderia estar morta agora e eu jamais faria qualquer coisa para machucar Isobel ou coloca-la em risco. – Respondeu Dean esbravejando. – Se fez tudo isso por dinheiro, porque resolveu contar a verdade agora?

− Eu queria dinheiro, mas não desse jeito. As coisas não são como eu pensava. Aquele lugar, aquelas coisas e pessoas... Eu não quero essa vida pra mim.

− Que coisa Aaron?

− Quer saber, esquece.

− Não vai sair daqui enquanto não me disser a verdade. – Disse Dean com raiva empurrando-o contra a parede.

− Vai parecer loucura o que eu tenho para dizer.

− Não vai me dizer que você também acredita nesta história de reverendo...

− Ela é real.

− E porque eu deveria acreditar em você? – Rebateu o caçador.

− Eu fui iniciado pelo prefeito da cidade a alguns anos, e quanto mais eu me envolvia, mais eu percebia que as coisas não eram como eu pensava. Durante um tempo, oferecíamos apenas animais e eu não achava isso ruim, mas ele começou a exigir que sacrificássemos as garotas como conta a lenda.

− Ele quem?

− O reverendo. Eu não espero que você acredite em mim. Quero apenas ir embora desse lugar com Olivia. Quero que ela esteja em segurança.

− Eu acredito em você, e posso protege-los, mas preciso de detalhes, para acabarmos com isso de uma vez.

− O Xerife pretende matar Megan.

− Megan Martin? A filha dele?

− Sim, o sacrifício final exige um elo de sangue. Mas ela não sabe disso. Você também precisa cuidar dela.

Dean e Aaron conversavam antes de serem interrompidos por Bobby que parecia estar furioso com o caçador. O homem mais velho pediu que Aaron os deixasse a sós e assim que o garoto saiu, ele começou a falar.

− Que diabos Dean. O que você fez? Largou o caso pelo caminho e foi se divertir?

− Eu já disse que não... Os assassinatos estavam acontecendo em uma propriedade cedida por uma mulher que abandonou a família misteriosamente, ninguém sabia se ela estava morta ou viva, mas acabei descobrindo que ela mantém contato com o prefeito que é um dos principais suspeitos.

− E porque levou a garota? O pai dela está furioso.

− A tal mulher é a mãe dela... Eu sei o que ela sentia, porque também sinto falta da minha mãe.

− Você é um irresponsável. Expôs a garota ao risco, por que você não sabia o que os esperava.

− Bobby, por favor. – Dizia Dean antes de ser interrompido pelo velho.

− Seu pai apareceu.

− O que? – Questionou o rapaz surpreso. – Quando?

− Há exatamente dois dias.

− E onde ele estava, o que ele disse? Porque você não me avisou?

− Eu estou aqui, porque ele quer que eu assuma o caso, para que você possa ir embora da cidade e encontra-lo em Sioux Falls.

− Você está louco se acha que vou pegar minhas coisas e sair correndo da cidade feito um fugitivo qualquer porque meu pai quer que eu faça isso.

− Seu pai esteve investigando o demônio que matou sua mãe.

− Isso não é novidade Bobby, ele faz isso desde que eu tinha 4 anos.

− Acontece que ele encontrou o demônio do olho amarelo e descobriu que a morte de sua mãe não foi casualidade, e que agora, aquela coisa pode vir atrás de vocês novamente...

− O que está dizendo?

− Estou dizendo que Azazel, o demônio que matou sua mãe, planeja voltar e destruir o que sobrou de sua família. “A perda de seu mais novo será a morte do mais velho. A morte do mais velho será a perda do caçula.”. Por mais que você queira abandonar essa vida, este momento é muito delicado. Deve pensar bem no que irá fazer. – Respondeu Bobby. – Eu tirei uma cópia de uma carta que seu pai encontrou em uma biblioteca. Foi escrita há muitos anos atrás por uma mulher que teve uma visão sobre vocês. – Completou pegando o papel e lhe entregando em seguida.

— Eu não vou... Eu não posso. Sinto muito! Essa é a vida que ele escolheu. Sam e eu não tivemos escolhas, mas agora já chega. – Disse Dean alterado, antes de ser surpreendido por Isobel.

— Está tudo bem? – Perguntou a garota vendo-o acenar positivamente com a cabeça.

— Este é o Bobby, foi ele quem te ligou ontem à noite.

— Me perdoe, acabei não me apresentando. – Falou a bela envergonhada ao olhar para Bobby. – Sou Isobel Collins, amiga do Dean. É um prazer conhece-lo.

— Agente Connor. – Respondeu o caçador de forma seca.

— Estou indo para minha casa, estou um pouco cansada. Mais tarde nos vemos? – Indagou Isobel a Dean.

— Sim, é claro. Tenho que resolver alguns assuntos, mas depois nos encontramos... E como eu disse, tenha muito cuidado com o Xerife. Eu não confio nele. – Respondeu Dean a Isobel, que lhe deu um beijo cheio de ternura e os deixou em seguida.


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