7h da manhã, o alarma cismava em apitar e eu cismava em tentar dormir. Eu estava em paz e harmonia com o alarme, e quando finalmente me acostumei ao som, do nada as janelas abrem e o sol entra,adoro quando ela faz isso...
–Bom dia!!!!- diz a minha mãe como se me acordar assim fosse algo bom.
–Bom dia.- digo resmungando e me arrastando ao banheiro.
–O seu mau humor não me atinge Layla, se arrume logo ou vai perder a carona com seu pai, ou prefere ir com o Greg?
–Que isso! O papai está ótimo, avisa a ele que já estou descendo, e pede à Boo para fazer o meu café para viagem, não da mais tempo de aproveitar aquela linda mesa.
E assim, começa a minha segunda- feira, mas hoje é um dia diferente das outras do ano, exatamente hoje estará faltando seis dias para minha formatura, e eu estou em crise, mas felizmente, essa semana todos os alunos formandos irão se dedicar ao último baile que acontecerá na sexta, o tema desse ano será "Noite do Poker & Realeza" e eu como presidente do conselho, não posso me atrasar e tenho fazer com que tudo dê certo até sexta.
Dentro do banheiro eu já ouço meu celular apitando com as mensagens, me deixo relaxar na banheira antes de começar a jornada incrível e trabalhosa que terei, logo que saio, eu pulo para o closet e escolho uma roupa bem soltinha para comportar com o dia, não ouso usar saias hoje, o dia será dedicado a arregaçar as mangas e ir ao trabalho.
Enquanto saio do meu closet decido finalmente encarar meu celular e responder às mensagens, a maioria perguntando onde eu estava e que estava atrasada, e o resto batendo papo à toa.
Desci ás escadas e encontrei Boo, segurando meu café da manhã e me apressando para ir à garagem me encontrar com meu pai. Encontrei ele sentando dentro do carro lendo o jornal, quando entrei a primeira coisa que ele falou foi seu bom dia matinal:
–Está atrasada Layla.
–Bom dia também papai, aceita café?
–Não, obrigado filha, qual primeira parada?
–Escola por favor, o senhor vai poder me buscar?
–Não, vai ter que pedir carona ao seu irmão.
–Ou pegar táxi, uma companhia mais amigável.
–Tudo bem,pegue o dinheiro na carteira.
–Simplesmente adoro quando fala essa palavrinha mágica.
Meu pai da uma gargalhada fraca e finalmente tira o carro da garagem, em 10 minutos ele chega à escola, para o carro no estacionamento e fala:
–Se precisar almoçar, use o cartão, mas se for para pagar algo da festa, me ligue antes, não quero ter outra surpresa no final do mês de novo.
–Tudo bem sargento, obrigada pela carona, xoxo.
–Isso pra você também.
Eu dou uma risada alta e quando vejo, ele já tinha ido embora, pais sendo pais.
Quando entro na escola, uma enxurrada de alunos vem para cima de mim perguntando algo e logo a minha assistente aparece, com essa confusão toda eu olho para ela e peço:
–Liz, arrume os problemas por ordem alfabética e por gravidade, vamos tentar resolver todos eles até o final do dia, caso tenho algo muito grande, leve a pauta para reunião do conselho hoje, ás 16h.
–Sim Layla, não se esqueça de revisar as entrevistas e confirmar todos os alunos que aparecerão, e peça ao diretor para assinar o cheque em nome da escola com o dinheiro arrecadado dos preço dos ingressos, não quero que sumam de novo, e lembrando, o pessoal do som e da imagem pediram para você ir até eles para te mostrarem como ficou, eles querem organizar tudo até quinta e querem saber sua preferência.
–Tudo bem Liz, pode deixar, se eu esquecer algo, me avise por favor.
–Claro, xoxo.
–Xoxo.
E assim, minha amiga Liz foi organizar aquele monte de gente, eu posso até ser a presidente do conselho, mas sem a Liz, não conseguiria organizar metade da festa.
Enquanto eu caminho para a sala do jornal da escola, eu encontro mais pessoas precisando de ajuda com a compra da decoração, pois “alguém” disse que era pra tudo estar comprado hoje, imaginei quem tinha soltado a fofoca, mas acabei tranquilizando as meninas e avisei que o dinheiro só seria disponibilizado na quarta, e que todos os itens seriam listados por mim e pela Liz no mural e no e-mail, quando elas se acalmaram do pânico, me entregaram a lista dos alunos que pagaram o ingresso e às sugestões que os alunos fizeram durante a semana passada, agradeci às meninas e continuei indo até a sala.

Encontrei lá dentro o Wil me esperando, ele é chefe do jornal. Aquele lugar é tão tranquilo que finalmente posso tomar meu café em paz, abro a sacola, e começo a comer meu murffin e meu chocolate quente, é o melhor da cidade, sem bajulações.
Ele pede a lista dos alunos e eu entrego a ele e juntos, começamos a revisar os alunos que vão e que não vão, assim assinalando alguns colegas , retirando outros, ligando pra confirmar, até que eu decidi levantar para jogar o copo fora e a minha tremenda sorte me fez tropeçar num livro velho, ele tava todo empoeirado e fedia a mofo.
O Will me ajudou a levantar e ficou encarando o livro, após alguns segundos ele finalmente falou:
–Eu nunca vi esse livro aqui, em nenhum dos anos que eu trabalho no jornal.
–Alguns dos seus assistentes devem estar indo á procura de fatos pelo bairro e esqueceu aqui.
–Verdade, deve ter sido isso, vou guardar ali no canto e perguntar á eles depois.
Como dizem, a curiosidade matou o gato. Acabei pegando o livro e abrindo ele, estava escrito numa folha álbum de fotografias, ano 2000. Por coincidência, esse é o ano do meu nascimento.
Assim que abri a primeira foto a minha reação foi jogar o livro longe, ele parou na parece em frente a mim, Wiil olhou assustado para mim e eu estava em choque, ele decidiu ver o que me assustava e do mesmo jeito entrou em choque.
Após alguns minutos olhando a foto e me olhando, ele decidiu:
–Essa mulher é igual à você...