Meu Melhor Amigo escrita por Marcos Vinícius


Capítulo 8
Oito — Fôlego - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Sobre meu sumiço: “Tive uma pequena queda de pressão, mas estou muito bem. Quero agradecer a preocupação de todos vocês.”
Estou lendo um novo livro. Se chama “Nascida á meia Noite” e é da autora C. C. Hunter, na qual já sou bem intimo dela e chamo-a de Caps Lock. O livro fala de uma garota, Kyllie, que fica num acampamento de bruxos e outros seres sobrenaturais, que, ela também faz parte deles mesmo não sabendo o que ela realmente é. O livro é muito bom e a moça escreve muito bem (vou ser ela quando crescer). Recomendadíssimo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/591702/chapter/8

Felipe

A academia do Tio Tony era imensa. O piso amadeirado, os espelhos enfileirados e luzes fluorescentes pareciam combinar perfeitamente com esteiras e outros equipamentos. Sentia no ar o cheiro de desodorante misturado com suor que a quadra de boxe transmitia enquanto observava aquelas pessoas de nádegas duras e peitos inexistentes montadas em aparelhos de musculação. Algumas pareciam completos monstros, porém em algumas eu via certa beleza. Sendo um local para “perder peso”, não deixei de notar como havia mais comida do que gorduras sendo queimadas. A música pop soava pelo lugar, e os personais trainers ensinavam para as garotas uma leve coreografia. Minha boca estava completamente rasgada por dentro por conta das mordidas. Eu achava que as mordendo a dor das cotoveladas e chutes do meu pai poderiam ser acalentadas.

Depois de duas horas e meia eu não havia esquecido a surra que ele me dera — a faixa na minha cabeça e o odor do aguardente não deixava-me esquecer. Alguns remédios com gostos horríveis que tomei minutos antes de chegar aqui na Academia Flórida pareciam permanecer na minha garganta, e, com pastilhas sabor uva, eu tentava retirar aquele sabor terrível que os analgésicos deixavam na minha língua.

Quando acontece algo na minha casa me tranco no meu quarto e pela janela escapo para algum lugar que me faça esquecer o fato ocorrido anteriormente. Mesmo meu quarto sendo no segundo andar, a árvore robusta e verde que ficava no jardim do meu quintal permitira sempre descer ileso.

Tony, como sempre, não me enchia de perguntas quando eu chegava. Ele, gentil e... homossexual; sabia que eu queria somente socar alguma coisa e não desabafar como um bêbado, que, aliás, nem me faça lembrar-me do meu pai... Tony era legal comigo e tinha um físico perfeito. Eu queria aqueles músculos nos meus braços. Eu iria ter todas as garotas da minha classe. Natália, Lavínia, Deyse... Elas não resistiriam. Porque gays sempre são tão bonitos?

— As luvas estão aqui, cara. — Ele joga para mim. Após um tapinha no ombro ao me ver novamente por ali e um sorriso forçado, Tony me levara para uma sala isolada onde ficava o ringue de luta, e com um controle, deixou descer aquela coisa enorme para que eu batesse. — Se precisar de alguma coisa... — Sorriu, me deixando sozinho.

Aquela tarde estava realmente quente, e eu me encontrava ainda completamente abalado — e machucado. Na verdade, a dor dentro do meu peito nem se comparava com os arranhões na minha cabeça e contusões na minha barriga.

Meu pai era velho, andava aos domingos arrastando-se pelo chão os pés com pantufas. Ele mal conseguia ficar em pé direito; eu jamais imaginaria que ele tinha aquela força monstruosa a ponto de fazer-me chorar como uma garotinha colegial. A raiva crescia notavelmente pelo meu rosto, meus punhos cerravam-se, meus pés suavam e tremiam naquele piso aborrachado, e pensando no quanto eu estava péssimo por conta daquele cara, dei o primeiro soco no saco de pancadas.

Minhas mãos começaram a suar por dentro das luvas grossas e vermelhas antes mesmo de eu ter começado com aquilo. Meus dedos coçavam constantemente assim como a ferida na minha nuca, e eu sacudia os dedos para que a coceira parasse enquanto balançava o pescoço e pulava preparando-me para empurrar mais longe aquele grande pedaço de banha.

Eu não precisava de um relógio para saber o quanto estava tarde. Mais uma vez eu faltei a escola para estar aqui. Se eu estivesse na escola, certamente eu iria fazer mais uma besteira que sempre faço quando estou nervoso. Ficar em uma sala escutando a velha rabugenta da Professora Fátima repetir que o sistema linfático servia para isso ou aquilo ou ouvir as batidas do giz branco contra o quadro fazendo surgir cálculos e mais cálculos impossíveis — que pareciam ser mais inventados do que resolvidos — do Professor Carlos com certeza não me deixaria mais calmo e relaxado.

Quando briguei com Matt semanas atrás, não fiquei em casa assistindo televisão e comendo salgados como disse. Eu vim para cá. A academia do meu tio Tony sempre foi meu refúgio, meu escapamento. A raiva ou tristeza que sentia quando vinha para cá ficava aqui... E nos próximos dias eu me sentiria mais revigorado, atento e feliz; até, claro, acontecer algo novamente, continuando assim, o ciclo e a minha velha rotina conturbada.

Completamente estressado e exaltado, eu não podia ver Matt hoje. Acabaria descontando toda a raiva que eu sentia naquele pobre rapaz que só queria me ajudar.

A saliva enchia minha boca, que se derramava pelos cantos em direção á gola da minha camisa.

Os meus socos ficavam cada vez mais fortes, eu sentia algo como uma cerraria saindo pelas minhas costas.

O suor encharcava meu cabelo loiro e descia até a última pele que revestia meu corpo. Uma mão atrás da outra ia em direção ao saco.

A cada soco era um suspiro, a cada suspiro era um soco, a cada soco o Felipe estressado, zangado e triste ia embora. O barulho como uma explosão que entrava nos meus ouvidos deixava claramente no ar o quanto forte era o impacto dos meus golpes.

Eu estava gostando daquilo.

Respirei fundo antes de parar as duas mãos nos joelhos para expirar logo depois. Eu havia me esforçado bastante. Meu tórax contraindo á procura de fôlego faziam vastos movimentos acompanhando o respingar das gotas de suor que caíam sobre meus sapatos. Olhando para o saco de pancadas, farto das minhas agressões, pensamentos começaram a surgir sobre minha cabeça. O que seria de mim dali por diante? Eu teria que aguentar aquilo tudo constantemente?

— Nossa. Hoje você... exagerou um pouquinho, hein?! Há. Há. — Vendo derreter-me em água sentado no canto direito da sala, Tony que entrara pela porta minutos antes, se dirige a mim — E então... Se sente melhor? — Ele me lança uma garrafa de água.

— Me sinto... — Minha voz soou defensiva. Arrumei meu sapato pronto para levantar-me.

— Valeu. — Peguei minha mochila e a confortei no ombro esquerdo pronto para ir pra casa, ou quem sabe, vagar por aí até ter coragem de olhar para o rosto do meu pai.

Meu sapato fez um leve barulho quando saí pela porta, mas logo foi substituído pelos ruídos finos que os do Tony faziam quando correu para perto de mim e me parou com o ombro.

— Escuta... Diga para minha irmã que qualquer coisa que eu possa ajudar a livrar ela daquele cara, ela pode contar comigo e me ligar... E... — Ele remexe no bolso detrás do seu short e retira uma nota. — Se cuida, cara. — Ele aperta minha mão, parando o dinheiro sobre ela.

O meu quarto continuava tão limpo e arrumado da mesma forma que deixei. Minha caixa de DVDs e alguns livros ficavam empilhados acima da minha velha TV recoberta por adesivos dos cadernos dos anos letivos anteriores. Minha cama permanecia perfeitamente engomada e a colcha infantil do Star Wars parecia não receber nenhuma bunda preguiçosa enquanto eu estava fora.

A casa da minha mãe tinha a cozinha como vizinha do meu quarto, e, meu pai embriagado quando levantava pela madrugada para tomar um gole d’água tentando se livrar do gosto de álcool que ficava em sua gengiva, se arrastava pelas paredes na volta. Não resistindo mais as dores que seus pés davam ao tentar forçá-los a caminhar naquele estado, acabava se jogando sobre minha cama e dormindo ali mesmo. Juro por Deus que se o encontrasse ali, eu me jogaria pela janela.

Estava me preparando para passar a tarde sozinho fingindo estar lendo ou jogando alguma coisa, para que quando minha mãe viesse entrar no quarto para “conversar” comigo, eu dizer que estou ocupado. A última coisa que eu queria era me lembrar daquilo, como também suportar o drama — plausível — da minha mãe. Sou péssimo em consolos. Se bem que quem precisava de consolo naquele exato momento era eu. Minha mãe não estava com a cabeça fachada e gel para dor nas costas.

Ao entrar pela porta nem sequer retirei a blusa completamente suja e suada antes de me jogar contra o chão e refletir um pouco.

A janela estava aberta, e os raios de sol passavam por entre as folhas das árvores que a tampavam formando diversas bolinhas no meu quarto. O vento entrava devagar atingindo meu corpo molhado que dava pequenos calafrios. O som ambiente que podia escutar era somente o barulho da panela de pressão que vinha do fundo da cozinha. Era disso que eu precisava...

Completamente estirado por um momento meu cérebro ficara vago, nada passava por ele. Meus braços estavam abertos como se estivesse esperando um abraço, e olhando para o teto com uma única lâmpada fluorescente apagada eu não conseguia pensar em nada além de se perguntar como essa dor no meu peito poderia parar logo.

O sino da igreja tocou alertando que já era quatro da tarde. Horário do intervalo da escola.

Matt iria passar o recreio novamente sozinho como da última vez que faltei a aula. Pensar nisso me entristeceu.

Queria estar junto á ele, mas hoje não dava. Não queria que ele me visse todo machucado.

Ele com certeza surtaria de novo e poderia até bater no meu pai por causa disso. Matt odiava quando alguém me machucava. Matt sempre brigava por mim na escola quando eu não tinha lábia suficiente para discussões. Normalmente eu caio nos socos quando estou com raiva, mas Matt sempre vinha para me acalmar e chamar alguém de otário, babaca, brutamontes e outras palavras difíceis.

Matt era indefeso. Não poderia bater sequer em uma mosca se quisesse. Jamais faria mal á alguém, e claro, odiava confrontos.

“Não sou de fazer arruaças. Mas se qualquer pessoa tocar um dedo em você... Mudo de ideia” ele dizia sempre.

Em uma das minhas lutas, Matt aparecera, sempre com o que dizer na ponta da língua como uma garota. Os rapazes pareciam odiar o fato de Matt ser mais inteligente que eles e não precisar deixar alguém contra a parede para vencer uma briga. Mas quem disse que Matt vencera aquela? Com um soco no estomago Matt caira sobre meus próprios pés. O jovem que sempre me defendeu e me ajudou em todas as ocasiões tinha se machucado por minha culpa. Só por querer me tirar dali. Minutos depois, voltei para casa com uma enorme advertência e uma suspensão de cinco dias. Eu não deixaria aquilo passar em branco, ninguém machuca meu melhor amigo.

Bem, parece que alguém quebrou um braço naquele dia.

— Você vem jantar? — O que eu mais temia aconteceu. Minha mãe bate na porta e do lado de fora começa a falar — Já está na mesa...

— Não estou com fome — Grande mentira. Minha barriga estava gritando naquele momento.

— Filho..., não faz assim. — Sua voz saiu chorosa, ecoando pelo meu quarto.

Embora a minha vontade fosse de abrir aquela porta e chorar desesperadamente em seu ombro, lamentando tudo o que acontecia dentro daquela casa, tentei não me comunicar. Dizem que os problemas aparentam ser menores quando deixamos de pensar neles. Mas aquilo tudo era quase impossível de ignorar. Eventualmente situações parecidas aconteciam. Não era ás vezes. Aliás, se fosse, até que seria suportável, porém não eram, e aquilo estava quase destruindo tanto eu quanto minha mãe, que até rugas novas pareciam ter surgido no seu rosto — que ela não saiba isso, pelo amor de Deus.

— Você está melhor? — Ela continuava querendo conversar comigo e voltando ao assunto eu não poderia ignorá-la mais. Não que realmente eu iria realizar minhas vontades, mas falar alguma coisa que provasse que eu estava bem e não com tanta raiva como antes quando blasfemando deixei minha casa iria certamente confortá-la e deixá-la menos preocupada.

— Onde está meu pai? — Mesmo um “estou, obrigado” formado em minha boca, o orgulho de sempre não deixara escapar a frase. No entanto eu queria de verdade saber onde ele estava. De preferência no trabalho ou em qualquer local que o deixasse distante de bebidas.

— N-no banho

— Certo.

— Filho...

— O quê?

— Fica bem...

Aquilo me doera tanto.

— A carne está um pouco dura? — Vendo-me batalhar para com os talheres dividir em partes o bife que ficava sobre o meu prato, minha mãe pergunta sobre o jantar; não interessada em saber o que acontecia no fundo do meu prato de vidro, só queria conversar e ter como antigamente os melhores jantares em família de sempre.

— Acho que está um pouco mal cozido. — Eu tinha que ajudá-la com o objetivo. Ver meu pai ao nosso lado sem dar um piu era totalmente constrangedor depois do ocorrido.

Em um segundo ou outro ele parava o olhar sobre algum saleiro ou prato de saladas da redonda mesa em que estávamos sentados. Estaria ele pensando? Não, claro que não. A embriaguez, Felipe. A embriaguez.

— Onde eu estava ontem? — Me espancando talvez? De forma alguma meu paizinho estava se lembrando do que aconteceu. Aquilo não era surpresa, afinal, se soubesse sinto que as coisas seriam ainda piores. Minha boca se encheu de insultos e pronto para liberá-lo fui interrompido pelo arqueio da sobrancelha de minha mãe. Que sorte. Não foi dessa vez.

— Você ficou em casa... assistindo o futebol de sempre — O sarcasmo na minha voz era mais notável do que a roupa comprada na feira da professora Daniela, e acompanhado de uma voz cantarolada e no final um sorriso debochado, eu sentia que se ele não estivesse concentrado na cocha de frango, eu levaria mais tapas.

— É, foi isso, amor. — concordou minha mãe.

— Ah... Entendi. — Ele ainda ousava em acreditar. Enquanto levava o suco de abacaxi até a boca eu ficava me perguntando se ele sabia mesmo e só estava tirando uma onda com nossa cara. Fiquei com essa ideia até ele olhar pra mim e mostrar seus olhos mais vermelhos que a sandália que eu usava naquela noite — E você, Felipe? Como está sendo na escola? — E essa agora... Resolveu virar o paizinho preocupado?

— Está ótima.

— Melhorou nos estudos?

— Uhum.

— Nas notas?

— Uhum.

— Tá conseguindo aprender direitinho?

— Uhum.

Eu não sabia o que era mais impressionante: a entrevista surpresa ou minha mãe olhando pra mim e para ele acompanhando a conversa. Aquilo estava totalmente estranho. Meu pai queria porque queria conversar conosco normalmente naquela noite. Continuava extremamente tonto, mas ainda sim parecia ter força suficiente para continuar o interrogatório.

— Certeza que melhorou nas notas? — Eu já falei, pai. Já falei. Será que já pode parar? É horrível ter que falar com você sendo que o que sinto é uma baita duma vontade de lhe encher de tapas.

— Uhum. — Era só o que eu conseguia dizer de boca cheia. Minha mãe percebeu que eu não queria conversar com ele, então tentou voltar a atenção para ela.

— É verdade, amor. Matheus está o ajudando. Sempre. — afirma.

— Aquele gay que está sempre na cola do Felipe? — Pulamos o olhar para meu pai, que, com as sobrancelhas juntas dizia maior barbaridade. Era só o que me faltava. Chamar o meu amigo de gay.

— Matt não é gay. — Com desdém, neguei sua afirmação.

— Não? — Ele riu. — Certeza? Eu os conheço de longe...

— Amor! — Minha mãe chama sua atenção.

— Conhece? — Parei os talheres sobre o prato. — Você deve se encontrar com muitos quando você sai para tomar cerveja, não?

— Filho! — Minha mãe continuava. Tentando evitar uma discussão, que, já estava sim acontecendo.

— Acho bom você me respeitar, moleque. — Ele inclina um garfo para mim, com raiva.

— Por quê? — pergunto me direcionando para mais perto — Vai me enfiar isso? Vai me bater de novo?

— Filho... — Era incrível a capacidade de a minha mãe conseguir chorar rapidamente. Já com lagrimas escorrendo sobre suas bochechas ela apartava a briga esperando que nada de ruim acontecesse novamente naquela noite. Eu claro, não queria uma surra de novo. Mas aquilo já me sufocava por um bom tempo.

— Não me lembro de ter feito isso... — Voltando a concentrar-se no jantar, meu pai volta a mirar no prato.

— Ah! Não lembra? E algum bêbado lembra-se do que faz na noite anterior? — Minha mãe continuava a chorar, dessa vez soluçando. Com uma das mãos na boca tentando segurar as lágrimas ela olhava para mim falando, já meu pai continuava ignorando minha presença ali. Entendo perfeitamente agora quando Matt chama minha atenção por não olhar para ele quando fala.

— Está vendo isso? — Levantei-me da mesa, que fez um barulho. Subi minha camisa cinza, exibindo as feridas e pontos vermelhos cobertos de curativos — Foi isso que você fez. Se arrepende? Não, claro que não. Afinal, você nem se lembra, não é?! Acontece que nós dois estamos fartos do que você anda fazendo com a gente — Ele fita minha mãe com os olhos, que estremece na cadeira de metal — Nunca falei com o senhor assim desde que começou com essa ideia de ficar pulando de bar em bar nos sábados. Tá vendo como as coisas mudam? Tudo por sua culpa. Por sua culpa. Nossa família está um caos por sua culpa.

— Eu devia ter te batido mais forte... — Ele fala baixo, empurrando sua cadeira e saindo logo em seguida pela porta. Meus olhos arregalaram-se e em posição fetal eu havia ficado. Ecoava no minha cabeça o choro da minha mãe que até agora estava se controlando para não gritar. Um buraco se formara no meu coração e nesses dois dias de desgraças uma atrás da outra caiu uma lágrima do meu olho esquerdo abrindo o trajeto para várias logo depois.

Corri para meu quarto com os pulmões e coração dilatados. Bati a porta com uma força que seria capaz de acordar a cidade inteira. Mas só uma pessoa eu queria que estivesse acordada agora. Mesmo tremendo saltei pela janela do segundo andar da casa e pulei sobre o tronco da árvore que fazia companhia para minha varanda, e ali em cima, me pus a chorar.

Sentado com a cabeça encostada no joelho eu sentia toda minha força indo embora novamente. Eu estava mais uma vez chorando como uma menina. Mas mesmo tremendo, balbuciando e completamente assustado e paralisado por tudo que vinha acontecido dentro daquela simples casa da número 14, eu ainda pude pegar meu celular no bolso esquerdo e o levá-lo até a orelha.

Eu só precisava de uma ligação.

— M-matt... — Minha voz chorosa quase não me deixou pronunciar tal nome.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Pessoal!! Como muitos sabem, este conto também está sendo postado no outro famoso site de fanfic, o Spirit como também na rede social americana Whattpad. Não a denunciem por plágio, já que, sendo escrita pelo mesmo autor (em contas diferentes), não infringe quaisquer regras. Você que ainda não deixou um comentário... Sabe que o site permite isso, não sabe? Faça um autor feliz. Não deixem de comentar e favoritar para serem avisados de quando haverá próximos capítulos