Oque você faria se você perdesse tudo? Oque você faria se estivesse completamente sozinha? Pois é, é assim que eu Violetta estou, meu pai me expulsou de cada aos meus 12 anos, porque eu bebi com meus amigos e ele viu, foi por coisa boba, mas ele me disse algumas coisas que me fez ficar pior do que eu estava, tipo '' você foi adotada'', ''ninguém te ama nessa casa, vaza daqui sua idiota'', e muita outras coisas. Hoje sou moradora de rua, algumas pessoas até me ajudam, mas outras, passam por mim e fingem que não viu ninguém.

Agora eu estou atrás de uma balada chamado ''Kan Kan'', é uma balada bem famosa aqui em NY, está tendo um show do maior astro do pop, Leon Schreave Vargas, eu não gosto dele, mas também não o odeio, já vi ele na rua, ele passou reto por mim, como 99,9% das pessoas que me viram.

–Olá, será que você pode me ajudar? - Falou um garoto, parecia ter uns, 20, 21 anos, por ai, não sei explica muito bem quantos.

–Olá, desculpa não posso, não tenho nada para te ajudar.

–Eu só quero que você troque de casaco comigo, bom, prazer Leon Vargas, os paparazzi estão me seguindo, pode me emprestar? Fique com o meu. - Na hora que o tal garoto disse ser Leon Vargas não acreditei, como assim Leon Vargas tava pedindo ajuda minha?

–Claro, só que quem vai pedir ajuda agora sou eu, desculpa ser tão mal educada, mas você tem uns 100 dólares para me dar? Estou sem nada.

–Já sei, vamos fazer assim, você troca de casaco comigo, e pega meu carro, e me encontra na esquina?.-Leon Vargas disse olhando sério, acho que ele tinha um certo medo de eu roubar o carro dele, mas pra que eu iria um carro se nem casa tenho? Muito menos dinheiro para por gasolina.

–Pode ser, há e não se preocupe, não irei roubar seu carro.

Leon riu, tirou o casaco, e me deu, e fiz o mesmo, coloquei e sai pela rua, mal apareci e veio um bilhão de paparazzi, sai correndo para o carro com a mão no rosto, quando alguém me segura pela cintura.

–Quem é você? Namorada do Leon? Aonde ele está?

–Me solta agora.

Dei um chute na perna dele e sai correndo pro carro, liguei e sai em direção ao lugar combinado com Leon, mas cheguei lá e ele ainda não tava lá.

Eu acho que fiquei quase meia hora lá esperando, já estava desistindo quando alguém entra no carro correndo e só diz um '' acelera '', sim era ele, acelerei como mandou. Ao chegar na casa dele pude ver o quão bem ele vivia, eu daria tudo para ter uma vida dessa.

–Já vou indo.

–Ei.- Disse Leon segurando meu braço, e com o outro pegou uma nota de 100 dólares no bolso.- Obrigado por me ajudar, aqui oque você me pediu.

–Obrigado.- Eu mesma percebi que eu fiz uma cara triste, abaixei a cabeça e sai, oque fazer? Nunca que eu iria ter uma vida daquela, nunca que eu iria conseguir chegar lá no alto, já que eu era a mais baixa dos baixos. Senti algo quente escorrer pelo meu rosto, eram lagrimas.

–Espera, como é o seu nome?

–Violetta, Violetta Castillo.

–E porque está chorando? Você é tão bonita, porque chora? - Leon disse pegando na minha mão e olhando no meu rosto.

–Há quatro anos atras meu pai me expulsou de casa, e desde então eu moro na rua, e eu não tenho contato com mais nenhum dos meus amigos ou familiares, eu só sinto falta da vida boa que eu tinha.- Sempre eu falava sobre isso eu chorava, mas dessa vez não chorei, a dor era tão grande que nem forças para chorar eu tinha.

–Hum, porque foi expulsa de casa?- Leon disse me puxando para um banco na beira de uma grande e enorme piscina com formato de guitarra.

–Por coisa besta. - Disse olhando para minhas mãos que estavam entre as pernas.- Meu pai ele era muito severo, e um dia ele me pegou bebendo com meus amigos, chegando em casa, ele me bateu, a gente brigou, e ele me mandou embora.

–Então você não tem lugar para morar há quatro anos?

–Isso, eu tinha uma casa tipo essa, só que menor, bem menor, mas era minha, eu podia fala que morava lá, que tinha um lar, e vindo aqui me fez lembra disso.

–Fique aqui, não tem problema, você não vai responder não, não é? - Leon disse me olhando com um olhar de tão, sei lá, parecia triste pela minha história.

–Eu não quero dá problemas, não vou ajudar em nada, só atrapalhar.

–Eu moro aqui sozinho, tirando os empregados, poucas vezes vem amigos aqui, gostaria de uma companhia aqui, uma amiga.- Leon deu uma pausa, parecia pensar, será que estava mudando de ideia? Se ele não estivesse, eu iria aceitar.- E ai? Oque diz?

–Tá eu aceito, e me desculpa se eu fizer algo que você não goste, me avise por favor, sou campeã em estragar as coisas.- Eu digo e começo a rir, percebo que Leon se ajuntou a mim e também riu.

–Há então é dois, porque eu também sou ótimo nisso, bom, podemos ser amigos, quando você se sentir mal me avisa, quando eu me sentir mal, bem, se você quiser me escutar, eu te falo, pode ser?

–Como dizer não a uma proposta dessa ?

–Amigos?- Leon estendeu a mão para mim, eu o olhava sem falar nada e ele me olhava confuso.

–Amigos.

Leon era uma ótima pessoa, eu agora gosto dele, eu sempre achei que ela era um chato, ou não era humilde, mas hoje eu vi que ele era o oposto do que eu pensei, não digo porque me ajudou e sim porque vi quem ele é.