Alma e Coração escrita por Roberto_Luna696


Capítulo 9
Beijos proibidos


Notas iniciais do capítulo

Primeiro beijo dos dois.



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Quando Zach acordou, era domingo. P’rá dizer a verdade, metade de domingo, pois acordou novamente ao meio-dia. Tomou um demorado banho e quando saiu, ficou a se olhar no espêlho por um curto tempo, até que se lembrou do que Grace disse-lhe no jantar de ontem.


“É melhor você suar amanhã malhando. Porque, senão, tudo isso vai se transformar em peso extra.”


- É. Ela tem razão. Estou engordando. – disse Zach com a mão no tanquinho. – Acho que o Glen não liga se eu engordar um pouquinho. O que estou dizendo? Quem se importa com o que êle acha? Meu Deus, eu estou falando sòzinho.


E assim, Zach colocou uma regata e uma bermuda, e começou seus exercícios. Tinha todos os aparelhos no quarto. Pesos, estação de musculação, esteira, prancha abdominal, banco supino etc. Porém, num dos exercícios de levantamento de peso, sentiu uma pontada no ombro. Sentiu uma dôr tremenda. Foi até a cozinha. Glen estava sòzinho por lá. Jackie não ficava aos domingos. Glen estava no balcão com um copo de suco numa mão e apoiando a cabêça com a outra enquanto lia uma revista. Ao perceber que Zach passou, ergueu a cabêça. Glen, desta vêz não o cumprimentou. Continuou a ler. Mas desta vêz, aconteceu algo rara. Quando Zach abriu o congelador, disse alguma coisa:


- Que droga. Não tem gêlo.


Na hora, Glen parou para pensar. Estaria Zach falando com êle? Era certo que não tinha mais ninguém na sala que era junto com a cozinha. Grace estava fechada no quarto e, òbviamente, no telefone. Diane estava revisando uns documentos no seu escritório. Glen, para não deixar escapar uma oportunidade de conversar com Zach, perguntou:


- Para que precisa de gêlo? Se puder me dizer.


- É que eu estou com uma dôr no ombro. Achei que gêlo resolveria.


- O que está sentindo?


- Umas pontadas no ombro esquerdo. Bem aqui.


Glen chegou sua fronte mais perto das costas de Zach. Lentamente posicionou suas mãos no ombro. Depois de uns segundos, Glen disse:


- É. Não há dúvida. É câimbra. Zach, você comeu alguma coisa antes de fazer seus exercícios?


- Não.


- Zach, tem que comer alguma coisa. De preferência, uma fruta.


- Que é? Deu p’rá assistente de enfermagem agora?


- Não. Minha mãe fugiu com um cara qualquer. Aprendi primeiros socorros quando tinha sete anos. Os empregados lá de casa viviam se machucando. E como eu não podia levá-los ao médico, eu lhes fazia os curativos.


- Sei. Então doutor Andrews, o que me aconselha?


- Nêsses casos, você pode ficar repousando até o ombro melhorar...


- Descarto.


- Ou você pode tentar fazer uma massagem, para ver se alivia um pouco a dôr.


- Mais alguma opção?


- Infelizmente não.


- Sabe fazer massagem?


- Sei. Mas não sou profissional.


- Não vejo ninguém mais adequado.


Os dois sorriram. Pareciam estar se dando bem. Para Glen, todo o mal que Zach havia lhe feito, fora esquecido. A barreira que os impedia de se comunicassem desmoronou. Zach foi até seu quarto, tirou a camisa e deitou na cama. Glen lavou as mãos e chegou ao quarto de Zach com uma banana numa das mãos. Zach, ao notar a fruta, perguntou:


- O que é isso?


- Uma banana.


- Dããã... Eu sei. Mas porque trouxe isso p’rá cá?


- Você vai comê-la. E quando terminar, eu começo com a massagem. Banana é bom para câimbra.


- Não quero agora.


- São ordens do médico.


Sorriram novamente. Zach têve que comer a dita. Ao acabar, Glen disse:


- A casca é melhor ainda.


- Ah, mentira. – Zach fez uma cara de desgôsto tão engraçada...


- Não... Eu estou só brincando. – disse Glen aos risos. – Vamos começar?


Zach deitou novamente. Glen lentamente encostou as palmas das mãos nos ombros de Zach. Zach fechou os olhos ao sentir o contato. Glen sabia o que fazia. Zach já não sentia mais dôr. Aquela sensação ruim foi, aos poucos, se transformando em prazer. Diane observava da porta. Os meninos nem notaram. Além de estarem de costas, Glen se concentrou tanto no que fazia que nem dava bola para o que estava ao redor.


Depois de ficar um tempo os observando, Diane resolveu falar:


- Meninos.


Glen se virou meio constrangido. Zach ergueu a cabêça e ainda disse:


- Mãe, nós só estávamos...


- Não. Não vou atrapalhar muito. Podem continuar. Só vim avisar que eu e Grace vamos sair. Vou levá-la para dormir na casa de uma amiga. Vou aproveitar e dar uma passadinha no escritório. Volto depois. Comportem-se.


Quando as duas saíram, Glen disse:


- Acho melhor pararmos.


Zach o segurou pelo pulso e disse:


- Por favor, não pare. Fique.


Estavam sós naquela casa. Glen fez o que Zach pediu. Uma hora se passou. Glen começou a se cansar:


- Zach, vamos parar. Meus braços doem.


- Só mais um pouquinho.


Duas horas, três... Quando inteiraram quatro horas, até a paciência de Glen se cansou:


- Chega Zach! Seu ombro está perfeito.


- Só mais um pouco.


- Zach, vai torrar formiga, vai. Eu não sinto meus braços. Eu vou tomar um banho.


Zach começou a rir. Glen ainda furioso, perguntou:


- O que é tão engraçado?


- Sua cara.


- O que é que tem ela?


- Esquece. Pode ir tomar seu banho. É melhor para esfriar a cabêça.


- Olha Zach, eu não admito que fale assim de mim.


- E quem admitiria? Quem você amasse?


Glen saiu do quarto e foi se preparar para tomar banho. Depois do banho, vestiu o pijama e foi até a cozinha. Zach estava no banho.


E de súbito, a luz se apaga. A cidade inteira estava às escuras. Era um apagão geral. Glen ficou com um pouco de mêdo. Glen saiu dando pequenos passos pela casa chamando a Zach:


- Zach. Onde você está? Está muito escuro e não vejo nada.


Zach apareceu em sua frente. Glen não viu, mas percebeu que êle estava ali. A visão estava impedida naquêle momento. Sentiu um par de braços envolvê-lo de uma forma protetora. Logo depois, os lábios de Zach desceram ao encontro com os de Glen. Era um beijo que Glen julgava proibido, de pecado. Mas ao mesmo tempo tentador e desejado. Quando o beijo foi interrompido, os dois se dirigiram com dificuldade até a sala e deitaram no sofá para esperar que a luz voltasse de imediata. Pensaram em um curto-circuito. Com a demora, chegaram à conclusão que tinha sido um longo-circuito.


Acabaram por adormecer ali mesmo. Glen apoiava sua cabêça no tórax de Zach, enquanto o outro lhe envolvia com os braços.


Quando a luz retornou, Zach abriu seus olhos. Viu que Glen ainda dormia. Olhou para o relógio. 23h e 51 min. Levantou lentamente, pegou Glen no colo e o levou para o seu quarto. Quarto êsse que Glen ainda não tinha muito conhecimento. Ao deitá-lo na cama, disse-lhe à meia voz:


- Sonha comigo.


Beijou-lhe a testa e saiu. Dormiu na sala. E ficaram assim até o dia seguinte.


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Notas finais do capítulo

Que romântico. Own.



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