Alma e Coração escrita por Roberto_Luna696


Capítulo 22
Eu agora sou feliz (Final)


Notas iniciais do capítulo

Deixem revs.



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Quando amanheceu, Glen olhou para o lado e com a vista, percebeu que não tinha sido um sonho. Zach ainda estava em sono profundo. Glen pôs sua mão na face de Zach, acariciando-a. Zach, ao acordar, beijou a mão de Glen e disse:

- Bom dia meu príncipe. Dormiu bem?

- Com você por perto, eu me sinto mais protegido.

- Não vou deixar que nada lhe aconteça. Você é minha jóia, minha vida. E daria tudo que tenho só para estar com você.

Michael ouviu tudo por trás da porta e saiu sorridente. Zach cumprira o que tinha prometido. Glen estava feliz. E isso que importa para um pai.

- Já quer tomar café? – Glen perguntou.

- Posso tomar uma ducha antes? – perguntou Zach bocejando.

- Pode. Claro, à vontade.

Zach levantou e deteu-se no caminho para o banheiro da suíte:

- Você não vem?

Glen assustado, respondeu:

- Oh, vou sim.

Depois do banho, os dois desceram para a sala. Lá, Michael lia o jornal. Ao entrarem na sala, Glen disse:

- Bom dia, papai.

- Bom dia filho! Dormiu bem?

- Mais do que esperava.

Zach entrou em silêncio. Posicionou-se ao lado de Glen. Michael tentou ser educado, dizendo:

- Bom vê-lo novamente Zach.

- Bom dia, senhor.

Após o café, Glen e Zach se aprontaram para ir p’rá escola. As feridas no côrpo de Zach estavam já cicatrizando, mas ainda eram visíveis. Glen esporadicamente ficava assim. Alegre, satisfeito. O que houvesse no caminho do amôr dos dois, êles haveriam de passar por cima.

Seguiram o caminho para a escola. Foram a pé. Durante o percurso, passaram pelo parque.  Zach comprou uma flor e a colocou por entre o cabêlo e a orelha de Glen. Havia a possibilidade de chegarem atrasados. Mas quem se importa? Estavam felizes. Ninguém os tiraria isso naquêle momento.

Zach tomou Glen em seus braços. Mas antes que pudesse beijá-lo, a chuva lhes apareceu fina e leve.  Aos poucos ela foi aumentando. Os dois começaram a correr. Estavam perto do colégio. Ao chegarem, òbviamente, molhados e ofegantes, sorriram um para o outro e puderam se beijar. Estavam atrasados. Foram para a classe com a alegria transbordando-lhes das faces.

Seria mentira dizer que ninguém havia notado a reconciliação dos dois. Tanto notaram, que muitas das meninas que participaram daquela vil atitude vieram pedir desculpas e desistiram de tentar mudar o que não se pode. Afinal, ninguém escolhe por quem se apaixona.

Glen ainda tinha algum receio de que Emily tentaria mais alguma coisa. Resolveu que não sairia do lado de Zach por um instante sequer. Ficaria mais agarrado a êle do que sola no sapato.

O dia passou rápido para os dois amantes. Ao final do período escolar, os dois, junto com Gordon, Henry e Rob, para dar uma saída. Iriam à inauguração de uma nova boîte.

De noite, os cinco haviam marcado de se encontrar na porta do estabelecimento. E assim foi feito. Uns com um atraso de 2, 3 minutos, mas nada muito demorado. Ao entrarem, Glen sentiu um pouco de desconfôrto. Zach, ao notar a reação do seu eterno apaixonado, perguntou:

- O que foi, meu anjo?

- Nada. Só estou meio desacostumado a esse tipo de lugar.

- Com o tempo você melhora. Quer beber alguma coisa?

- O que me sugere, meu herói?

- Por que não tenta um Mojito?

- O que é isso?

Foram até o bar. Zach pediu um Uísque com gelo e um Mojito para Glen. Os três acompanhantes pediram Red Bull. Alguns instantes depois, os drinques estavam prontos. Glen pegou o alto copo e olhou desanimadamente. Zach bateu o seu copo com o de Glen num brinde e tragou o uísque. Glen continuou a fitar a bebida. Nunca havia pôsto nada alcoólico na bôca. Mas sempre há uma primeira vêz. Glen fechou seus olhos e pôs-se a beber. Um gôsto ardente lhe descia pela garganta. O amargo do limão com o doce do rum obstruía de todos seus sentidos. Ao terminar, Glen sentiu uma tontura. Zach o segurou ràpidamente, perguntando:

- Você está bem?

- Um pouco tonto. O que tem nessa bebida, veneno? – respondeu Glen enquanto Zach lhe tirava o copo da mão.

- Hã! Só você mêsmo p’rá dar um Mojito p’ro Glen, hein Zach. – acrescentou Rob.

Depois de um tempo, Zach tirou Glen para dançar. Ficaram os dois se entreolhando nos curtos períodos em que havia luz. Os outros foram dançar mais tarde, na esperança de conseguirem alguma companheira.

Quando se cansaram, Henry perguntou para Glen:

- O que está achando daqui?

- Ah, meu filho... – começou Glen – Música alta. O ritmo é ótimo, mas a letra da música é tão importante.

Caíram todos na risada. Era verdade. Mas era o que o pôvo gostava naquêle tipo de ambiente. Ficaram por ali mais ou menos umas duas horas. Zach disse que ia ao banheiro. Glen ficou conversando com seus novos amigos. E o tempo foi passando. Glen foi ficando preocupado. Até que não podia mais esperar. Levantou-se e foi até o banheiro. Ao entrar, nenhum sinal do Zach.

Aproximou-se de um segurança e perguntou:

- Com licença, por acaso o senhor viu um rapaz sair do banheiro? Alto, cabêlo castanho, forte...

- Sim, vi. Êle saiu junto com uma garota.

Glen foi para fora correndo. Achou Emily dando em cima de Zach novamente. Zach se afastava enquanto ela se aproximava. Estava escuro e nenhum dos dois percebeu a presença de Glen:

- Vai Zach. Eu sei que você pode gostar de mim, é só me dar uma chance.

- Não, Emily. Já disse que vou ficar com o Glen até o fim.

- Mas que droga! Eu quero você p’rá mim!

- Hei, vadia! – gritou Glen logo atrás de Emily que se virou – Por enquanto, a única coisa que você vai ter é isso.

Glen fechou a mão em punho e acertou-o na face esquerda de Emily, fazendo-a ter um colapso e cair desmaiada. Zach ainda chocado, olhou para Glen. O abraçou e perguntou:

- Quer ir p’rá casa, meu príncipe?

- É melhor, não acha? Mas vamos nos despedir do pessoal antes.

Entraram novamente. Chegaram perto dos amigos e se despediram:

- Aí galera, eu e Glen vamos embora.

-Como quiserem. Vamos ficar um pouco mais por aqui. – respondeu Gordon.

- Falou, gente.

- Até cara. E Glen, foi divertido, não foi? – perguntou Henry.

- Muito. Espero fazer isso mais vêzes. – respondeu Glen apertando-lhe a mão.

- E vai. Bôa noite. Até segunda, então. – disse Rob

Os dois saíram. Do lado de fora, Zach olhou acima e viu uma estrêla cadente:

- Rápido, Glen! Faça um pedido!

E a estrêla desapareceu num movimento rápido:

- O que você pediu? – perguntou Zach

- Nada.

- Nada?!

- Nada. Absolutamente nada. Tudo o que eu quero está exatamente do meu lado.

Zach o envolveu, sorridente, num beijo fatal. Glen era sua alma gêmea. Fofo, meigo, educado, gentil, lindo e um pouquinho ingênuo. Mas mêsmo assim, Zach o queria, o achava perfeito do jeito que é. Quando partiram os lábios, Zach disse:

- Acho que agora ficamos assim.

- Assim como?

- Alma e coração. Onde o nosso destino, nós é que construiremos.

- Eu te amo Zach.

- Eu te amo também Glen. Vamos p’rá casa.

E os dois saíram a caminhar de mãos dadas. Não importando com quem nada sabia sôbre êles. Cada obstáculo que ultrapassaram tinha sido uma vitória. E os que viriam pela frente, haveriam de triunfar. Mas naquela noite, naquele instante, iam para seus lares felizes, enquanto o astral, silente, os observava em cada momento da vida.


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Notas finais do capítulo

Leiam também Dos Almas. De minha autoria.



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