Alma e Coração escrita por Roberto_Luna696


Capítulo 1
Fôlhas mortas


Notas iniciais do capítulo

Para mim, não está nada mal.



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Amanhecia. A drª. Diane Clark levantara cêdo naquêle dia. As folhas mortas do outono caíam ao chão. Olhou em volta, para certificar-se que estava tudo certo. Dêsde que seu marido havia sido prêso por um escândalo, ela teria que, só, cuidar de tudo. Sua sogra, Jackie, ficava com seus dois filhos quando ela tinha que trabalhar até tarde. Haveria um julgamento nêste dia, e teria que se arrumar ràpidamente. Colocou o café à mêsa, e gritou:

- Zach! Grace! Saiam da cama e venham tomar café!

Zach, garôto de 16 anos. Uns 1,78 de altura, côrpo atlético, de cabêlos castanhos e olhos verdes, ainda com algumas poucas espinhas no rôsto. Levantou ainda sonolento. Era do tipo que se achava. Mas, há algum tempo, isso estava se agravando. Sua mãe suspeitava das companhias na escola, que, supostamente, estariam influenciando Zach.

Já Grace, era do tipo que nunca estaria errada se tivesse uma opinião sôbre um determinado assunto. Cabêlos longos, olhos castanhos. Uns 1,63 de altura, e incrìvelmente magra. Sempre gostou das coisas organizadas. E quasi todo dia, acabava discutindo com Zach para arrumar seu quarto.

Grace demorou mais de 20 minutos sòmente para escolher uma calça que combinava com a camisa do colégio. Zach pegou uma calça qualquer, e um par de tênis muito sujo. Ao chegar à cozinha, sentaram-se à mêsa. Ao terminar, os dois pegaram suas mochilas e saíram.

Diane retirou os pratos. Passou um pano na mêsa, e aí, o telefone tocou. Diane atendeu. Era Sony, sua assistente:

- Está ocupada drª. Clark?

- Não. Pode falar.

- O julgamento foi remarcado.

- Para quando?

- Daqui a 45 minutos.

- O quê? Mas como?

- Foi tudo idéia do juiz. Disse que queria acabar logo com isso.

- Cuide de tudo por aí. Eu já estou a caminho.

Diane desligou e saiu apressadamente.

No ônibus, os dois se separaram. Zach foi para junto de seus “amigos”, e Grace se juntou ao seu clube. Zach e sua turma estavam a ver uma edição da revista Playboy, e rindo alto por ver partes íntimas das mulheres.

Na escola, a diretora estava passando pelos corredores e notou que havia um grupo muito feliz. Coisa rara numa segunda-feira. Ela se aproximou e disse-lhes:

- Bom dia meninos.

Um dêles, òbviamente o dono, escondeu a revista nas costas.

- O que você tem aí, Sr. Jackson?

- Nada, não, senhora.

- Coloque na minha mão. Já.

Êle não têve escolha. Entregou a revista. Olhou atentamente para a capa. E no final, ela simplesmente disse:

- Vejamos o que seus pais acham dessa revista muito instrutiva.

Após sua saída, Rob começou a reclamar:

- Cara, o meu velho vai ficar bolado depois dessa.

- Relaxa. – disse Gordon, um garoto meio gorducho, mas tão alto quanto Zach - Você não fez nada de errado. É normal entre adolescentes. E por falar em adolescentes, meu irmão falou que vem um garôto nôvo p’rá cá. Disseram que o pai dêle é tão rico, que pode comprar 500 estádios de futebol.

- “Tá” brincando. – falou Rick, o mais alto de todos.

- Não. Eu falo sério. Êle é muito... – Gordon não pôde terminar a frase, pois suas expectativas estavam corretas. Ao olhar para o lado, viu um carro largo e comprido entrando ao colégio. Era um Rolls-Royce Phantom novinho. Ao parar o carro, o motorista desceu e abriu a porta do passageiro. Saiu do carro, um menino da mesma idade que Zach. 1,65 de altura de côrpo de cintura delineada. Cabêlos loiros, até chegar aos ombros e olhos azuis profundos como o oceano. O rôsto, com uma pele limpa de qualquer espinha ou cravo. Sorriu. Um sorriso tão encantador quanto uma bela vista. À sua frente estavam, a diretora e os professôres:

- Bem-vindo senhor Andrews. Espero que nossa humilde instituição esteja aos seus pés.

- Ah, pára com essas bobagens. – disse êle. – É uma honra estar numa escola tão nomeada.

Êle olhou em volta. Caminhou pelo pátio e entrou. Todos começaram a falar, inclusive Gordon:

-Viram? Eu não disse?

- Mas êsse pivete é muito exibido. – falou Rob com um toque de inveja em sua vóz.

- Ah, cala bôca! – gritou Rick. –Aposto que si você tivesse um carro dêsses, faria a mesma coisa. Espera! Vamos fazer uma aposta.

- Que tipo de aposta? – perguntou Gordon.

- Façamos um sorteio. O nome que sair será de quem terá que tirar certa quantia do garôto nôvo.

- Em quanto dinheiro está pensando Rick? – disse Henry. Garôto de altura mediana para a idade. Cabêlo curto e rôsto fino.

- Dois mil dólares.

- Você ficou maluco? – gritou Zach. – É muito dinheiro para todos nós.

- Calma Zach. Eu ainda não acabei. E também, dois mil dólares p’rá êsse aí é troco. O cara tem bilhões. Bom, quem ganhar, vai ter tôda a minha coleção da Playboy. E aí? Topam o desafio?

Houve um breve silêncio. Era tentador para todos. Até que no final, concordaram com a proposta. O sinal tocou e foram para a sala de aula. Ao chegar, sentaram-se e quedaram a esperar o professôr. E enquanto esperavam, faziam o sorteio. Rick escreveu o nome de todos em pedacinhos de papel e colocou em um saquinho. Sacudiu para dar chance à sorte e deu para Rob tirar um. Ao tirar, anunciou:

- Zach.

- Eu?! – pergunta êle em choque.

- É. Você. Parabéns. Mas não esqueça: Sòmente se conseguir os dois mil.

Estava feito. Agora, Zach teria que se aproximar do garôto e pedir-lhe dinheiro. Nunca esteve sob tanta pressão.


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Notas finais do capítulo

Bom, ruim, péssimo?



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