Não sobrou ninguém que eu ame escrita por Carol Paris


Capítulo 5
Capitulo 5 - Amizades


Notas iniciais do capítulo

GENTE EU NAO MORRI NAO EU ESTOU AQUI VIVISSIMA. Bom primero caramba que sdd de vcs. Segundo gente eu sumi pq hakearam essa minha conta do nyah eu fiquei bem mal achei q nao ia conseguir recuperar mas estou de volta. Espero de coraçao que nao tenham desistido de mim.porque eu nao desisti de voces. Enfim vamos ao que interessa. Boa leitura



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Distrito 4. Um dos distritos mais ricos de Panem. Os tributos desse distrito são fortes competidores nos Jogos, muitas vezes se juntam com os Carreiristas e são sempre apostas fortes entre os patrocinadores.

Me lembro de um vencedor do Distrito 4, o nome dele era Finnick Odair, foi o mais jovem a vencer os Jogos, com quatorze anos. Finnick era bonito, charmoso, jovem, forte e simpático. O queridinho da Capital desde que ganhou os Jogos. Provavelmente conhecerei ele hoje durante o jantar que farão em minha homenagem.

Assim que eu e minha equipe chegamos no Distrito 4 fomos levados para o Edifício da Justiça onde eu fui me arrumar para a minha aparição em público.Vejo o rosto de ambos os tributos do Distrito 4 e não consigo me lembrar deles na arena. Leio os meus textos prontos que Star escreveu para mim e a o povo parece me amar. Eles gritam chamam meu nome, mandam beijos. Até mesmo a famílias dos tributos mortos sorriram para mim.

Assim que terminou a minha aparição sou levada para o jantar que o prefeito fez.O prefeito do Distrito 4 era um homem magricelo e velho. Mas muito simpático, como todos naquele lugar.

Fotos, autógrafos, sorrisos. O Distrito 4 de alguma forma conseguia me fazer sentir mais em casa do que o meu próprio distrito. Tudo parecia o mesmo até que eu consegui fugir por um momento de todo mundo para comer. Me sentei na mesa enchendo o meu prato de tudo o que eu via.Tinha peixe de tantos tipos que eu nunca tinha visto na vida, frutos do mar e também havia uma mesa de doces para a sobremesa.

– Está gostando do meu lar? – uma voz atrás de mim perguntou e eu mentalmente o amaldiçoei por não me deixar sozinha.

Me virei pronta para dar uma boa resposta quando eu imediatamente reconheci quem era.

– Meu nome é Finnick Odair – ele estendeu a mão para que eu o cumprimentasse.

– Johanna Mason – respondi apertando a mão dele.

– Eu adorei os seus Jogos – ele disse sorrindo – você me enganou, me surpreendeu, aposto que se eu estivesse lá você também teria me matado.

– Eu tenho certeza que se estivéssemos na mesma edição você me mataria – eu respondo lembrando o que aconteceu no ano em que Finnick foi campeão – você ganha tridentes dos seus patrocinadores, eu ganho banana.

Finnick ri da minha piada, sentamos lado a lado na mesa, conversando sobre tudo e sobre nada. Depois de um tempo eu notei o quanto ele era parecido comigo. Fazendo piadas para descrever os Jogos para que assim as pessoas não vissem o quanto aquilo nos machucava, sendo alguém que não era para proteger aqueles que amava.

– Como foi a sua turnê até agora? – Finnick perguntou pegando mais um peixe e colocando em seu prato.

– Cansativa – digo apenas.

– Eu lembro da minha – Ele revela – Deus, foi horrível – eu olho tentando analisar se era mentira, mas não parecia que ele mentia, não havia motivos para isso – as pessoas me odiavam e quando eu cheguei na Capital eu dava graças à Deus por aquilo ter acabado – ele sorri ironicamente acho que mais para si mesmo do que para mim – eu era inocente achando que acabaria.

– Nunca vai acabar – eu digo e ele olha para mim.

– Talvez quando as pessoas cansarem dessa vida e começarem uma rebelião – ele dizia rindo ironicamente, mas eu sabia que era verdade.

– Você seria um ótimo rosto para a rebelião – digo olhando para os lados para ver se não tinha ninguém nos ouvindo.

– Claro – Finnick ri – a putinha da Capital sendo o símbolo da rebelião, seria uma rebelião e tanto você não acha?Na hora eu quase me engasguei.

A putinha da Capital? O que aquilo significava. Toda a simpatia que eu tive por Finnick se foi e eu senti nojo dele. Finnick Odair prostituia seu corpo para pessoas ricas da Capital por dinheiro e fama?

Ele notou a cara de repulsa que eu tinha para ele e então falou:

– Não é algo que eu queira – eu já não intendia mais o que ele queria dizer com aquilo – faço isso para proteger minha família.

É claro! como eu não pensei nisso? Assim como eu ele também tinha pessoas que precisava proteger, assim como eu ele precisava fazer coisas horríveis, mas a diferença entre nós é que eu ele conseguia lidar com tudo aquilo, enquanto eu já tinha perdido minha irmã, meu irmão e meu pai, e minha mãe tinha sido sequestrada pela Capital.

Finnick Odair era exatamente como eu. Alguém atormentado pelos monstros que criaram na arena. Perseguido por rostos de crianças que foram mortos por nossas mãos. Cheio de culpa e remorso pelo rumo que sua vida tomou.

– Senhorita Mason – Era Chady nos interrompendo – lamento atrapalhar a conversa de vocês, mas creio que ambos deveriam me seguir.

Eu e Finnick nos entreolhamos assustamos e levantamos da mesa acompanhando Chady até o terceiro andar do Edifício da Justiça.

Na sala em que Chady nos mandou entrar havia outra vencedora do Distrito 4. Uma mulher já de idade Mags, mentora de Finnick. Hikara também estava presente.

– Recebemos algo da Capital – Hikara quem disse – você não pode se descontrolar.

– O que foi? – eu já pergunto nervosa – o que vocês receberam?

Um vídeo começa a passar na grande televisão que tem na sala e um homem já de idade aparece na tela. Eu não intendo nunca vi aquele homem na minha vida então ouço Finnick começando a se descontrolar.

– Não – ele gritava – o que querem com ele? O que ele está fazendo lá?

– Finnick eles descobriram – Chady fala – eu não sei exatamente o que descobriram, mas sabem de algumas coisas.

– Do que vocês estão falando? – pergunto confusa.

O homem do vídeo começa a ser torturado por Pacificadores que batem nele sem parar.

Fazem perguntas sobre o Distrito 13, mas ele diz que o Distrito 13 foi destruído e que não sabe do que estão falando.

– Johanna esse homem é pai do Finnick – Hikara quem fala, eu olho para Finnick que está sentado em uma poltrona com os olhos cheios de lágrimas encarando a televisão enquanto Mags está em pé ao lado acariciando seus cabelos loiros.

Assim que corta o vídeo antes de mostrarem as próximas cenas Chady pausa o vídeo e vira-se para Hikara.

– Temos que contar pra ela.

– Me contar o quê? – eu quase grito querendo saber porque todo mundo adorava esconder as coisas de mim.

– O Distrito 13 – Finnick é quem responde.

– O Distrito 13 foi destruído, não existe mais nada lá... – eu começo a falar.

– Esta enganada – Chady responde – existem pessoas morando lá, se preparando e se fortalecendo para uma rebelião, para acabar com a Capital.

– Mas é impossível – eu digo – a Capital teria descoberto, eles teriam matado qualquer sobrevivente, não tem como...

– Tem, e temos provas – Finnick respondeu.

– Eu prometo que eu vou te mostrar tudo e te explicar tudo que você quiser, mas primeiro Johanna – Chady fala cuidadosamente – primeiro eu preciso saber se está conosco, ou com a Capital.

– E-eu... – gaguejo e não consigo encontrar as palavras, o que era aquilo? Queriam lutar contra a Capital? Era loucura. Por mais que eu quisesse matar todos eles, matar o presidente Snow com minhas próprias mãos, não sei se seria possível. Eles eram muito fortes e nós não teríamos chances sozinhos.

– Ela precisa de um incentivo – Hikara fala – mostre a ela o que eles fizeram – ela fala para Chady.

Espera Hikara também estava nisso? Mas ela era uma residente da Capital porque ela...?

Não tenho tempo para terminar meu pensamento quando Chady dá Play no vídeo novamente, dessa vez não é um homem e sim uma mulher, uma mulher que eu conheço cada traço do rosto.

Minha mãe.

Um pacificador entra na sala em que ela está amarrada, enche uma banheira de água e a coloca nua lá dentro. Meu coração está disparado, parece que vai saltar pela boca.

– Isso é mesmo necessário? – o pacificador pergunta para alguém que está atrás da câmera.

– Sim – era a voz que atormentava os meus sonhos. Snow – isso é necessário.

– O quê... – eu não consigo terminar a frase quando vejo o pacificador conectar alguns fios em minha mãe e ir para perto de o que parece ser um painel cheio de botões.

– Faça – a voz do presidente fala novamente.

O pacificador aperta um botão e o que acontece a seguir parte o meu coração e eu desabo.

Os fios transportam choques, estão torturando a minha mãe.

Ela grita e se contorce na banheira de agua, o pacificador para pra fazer algumas perguntas que nem mesmo eu sei a respostas, e quando ela diz não saber dão mais choques nela.

Eu não consigo mais, não consigo mais olhar aquilo, meu coração está despedaçado e tudo que eu penso é que tenho que ir pra Capital, preciso salvar minha mãe, preciso matar o Presidente Snow.

Depois do que aconteceu à minha mãe e ao pai de Finnick nos tornamos de alguma forma mais próximos. Ele disse que assim que acabasse a turnê ele faria uma festa para os vitoriosos, eu sabia que o intuito da festa era para saber em quem podíamos ou não confiar para contar sobre o Distrito 13.

Nossos pais deviam estar mortos, era melhor que estivessem mortos porque não podíamos fazer nada nesse momento para protege-los. Mas de uma coisa eu tinha certeza.

Eu os vingaria, eu vingaria todos aqueles que morreram.

Agora eu sabia que a culpa da morte de cada um, não era minha. Eu não era a culpada. Mas sabia exatamente quem era.

E ele ia pagar o preço mais alto por ter feito o que fez.


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Notas finais do capítulo

E ai gostaram? Eu ccontinuo amanda poder escrevdr essa fic p vcs. Mandem replys e digam se estao gostando se ainda estao cmg se nao me abandonaram. Beijos até o proximo que vou postar amanhaaaa



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