Cartas para Reyna. escrita por UmaFãDoJackson


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora, pessoal! E desculpa se houver erros de português.

Outra coisa! Gente, tenho 116 leitores, por favor, comentei, isso me da ideias e inspiração. Obrigada, Boa leitura ;)



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Depois de ficar alguns dias relendo a carta de Leo, finalmente entendi o porque ele escolheu se sacrificar. Ele e Piper eram muito amigos, se Jason morresse, ele não agüentaria vê-la sofrer. Ele não deixaria ninguém se ferir se ele pudesse evitar. Então, depois de salvar a vida de todos, ele decidiu morrer, para evitar ver a dor no rosto de sua melhor amiga. Mas... Ele não pensou em mim. Pode parecer egoísta, mas eu realmente queria que ele estivesse aqui, comigo. Mas talvez, se ele estivesse aqui, eu não teria lido suas lindas cartas, e se ele não planejasse se sacrificar, talvez nunca tivesse se declarado pra mim. Ele sempre dizia que eu era um lindo mistério. Um mistério que ele prometeu desvendar.

Flashback on

– Um dia eu vou me casar com você! – disse Valdez, convencido.

– Isso é uma promessa?

– Se você quiser que seja... – Respondeu, distraído.

– Mas primeiro eu tenho que descobrir uma maneira de te desvendar. – acrescentou, rapidamente.

– Como assim, Leo? – Perguntei o abraçando. Estávamos namorando á algumas semanas, mas mesmo assim, era estranho todo esse contato físico. Soltei-o depois de alguns segundos, corando em seguida. Ele pareceu não perceber meu desconforto.

– Sabe, você não é do tipo de quebra cabeça que se monta de qualquer jeito. – Disse depois de algum tempo.

– Ainda não entendi. – Disse, completamente confusa.

–A sabe, você é meio complicada de se entender... – Disse, dando um beijo na ponta de meu nariz.

– Espero que seja no bom sentido.

– Com certeza! É que você não é fácil, mas só alguns tem paciência para te conquistar.

– E você é um desses que conseguiu me conquistar? – Perguntei, com uma pontada de sarcasmo.

– Sim ué! – disse rindo

– O que te faz pensar isso? – Disse tentando não rir de sua cara de desespero.

Depois de algum tempo, ele percebeu. – Reyna! Meu coração estava no meu dedão! – Repreendeu-me com um tom divertido.

– Aaaaaaah, tadinho dele! – Disse, no mesmo tom. Dando-lhe um beijinho em seguida.

– Você é um grande mistério, Dulzura. – disse, me abraçando.

– A, sabe, talvez você consiga montar o quebra cabeça. – Respondi, o abraçando com força. E de repente, todo o medo de perder ele, caiu sobre meus ombros.

– E se eu não conseguir? – Murmurou contra minha testa.

– Eu facilito pra você. – Respondi em um sussurro, o som abafado pelo seu moletom não parecia confiante como sempre... Parecia frágil, como se o medo de ele me deixar tomasse conta.

– Eu te amo. – Disse ele, levantando meu rosto e olhando diretamente em meus olhos.

– Aham. – Disse, meio sem graça por não ter dito que o amava, mas o orgulho tomou conta.

Leo ri.

– Não precisa ter vergonha, Rey! – Disse me dando um beijo em seguida.

– Vou tentar. – Prometi depois de rompermos o beijo.

Flashback off

Tudo parecia silencioso quando acordei. Olhei para meu relógio. 3:40. Decidi dar uma volta pelo acampamento que antes era denominado Meio-sangue, agora era Greco-Romano.

Depois de alguns minutos andando sobre a areia e vendo o reflexo da lua no mar, avisto um certo garoto, jogando pedrinhas na água, parecia estar chorando, seus soluços antes discretos, estavam mais altos e mais fortes. Usava uma camisa meio laranja, meio roxa, e uma bermuda estilo surfista preta. Jason Grace.

– Jay? – Chamei, com os olhos semicerrados, tentando enxergar seu rosto na luz da lua.

– Oi. – Respondeu com a voz embargada pelo choro.

– Jay, está chorando pelo que? – Perguntei, visivelmente preocupada.

– Leo. – Respondeu, de repente interessado em seus pés descalços.

Fui até ele, e o abracei fortemente. – Está tudo bem, Jay. Ele está nos campos Elísios... – Afirmei.

– Rey, ele morreu por nossa causa. – Disse, seus olhos antes azuis, agora quase negros, estavam transbordando lágrimas de um jeito tímido, como se ele tivesse vergonha de não parecer forte.

– Não Jay.., Ele morreu por nós. – respondi, com os olhos marejados. – Ele não queria ver você sofrendo se algo acontecesse a Piper. Ele queria evitar ver você sofrer por algo que ele poderia evitar! – respondi, deixando algumas lágrimas caírem.

Ele tirou um envelope do bolso da bermuda.

– Ele... ele pediu pra te entregar... – disse com dificuldade.

Peguei o envelope.

– Vou deixar você sozinha.

– Ok, obrigada.

Ele saiu, depois de me dar um beijo na testa.

Abri o envelope e comecei a ler.

“Querida Reyna.

Eu não sei o que há comigo ultimamente. Só sei que estou loucamente apaixonado por você. Depois que começamos a namorar, eu ando me sentindo diferente. Como se meu coração estivesse completo. Como se tudo ao meu redor ficasse melhor. Como se eu não precisasse mais esconder meus sentimentos.

Parabéns Rey, você conseguiu me mudar.

Lembra que eu disse que iria casar com você? Não foi uma promessa, mas eu fiz preces para todos os deuses, para te proteger. E talvez um dia chegássemos lá. Mas não vamos ficar pensando no que poderia ter acontecido, e sim no que aconteceu, nos momentos em que vivemos juntos, mas, principalmente dos nossos beijos e caricias, das nossas declarações e dos meus ‘eu te amo’ nunca respondidos.

Reyna, o tempo é precioso, então precisamos aproveitar ao máximo. Tudo o que vivemos, tudo o que fizemos juntos, será a única marca que restará quando nós dois nos encontrarmos nos campos elísios. Dulzura, nós sempre seremos nós. E nada, nem ninguém vai mudar isso. Como eu disse na outra carta, a vida só é preciosa porque termina. Se ela durasse para sempre, qual seria a graça? Qual seria o significado, a lógica de se viver, quando todos estão morrendo? A cada dia ficamos mais velhos. Mas isso não importa. Porque a vida deve ser vivida.

Eu te amo Rey, e nem a morte vai nos separar, porque vou te assombrar.

Sabe onde eu estou agora?

Na praia, vendo o pôr-do-sol, esperando você chegar para o nosso piquenique de aniversário de namoro. E, o sol se pondo, é quase tão bonito quanto você.

Seus olhos escuros, tão negros e intimidadores, não me amedrontam mais. Seu cabelo, caindo em camadas as suas costas só me faz achar você mais linda. Sua pose de pretora durona, que não gosta de ser desafiada, me impressiona. Você é linda.

E talvez, esse seja o momento para responder tantos ‘eu te amo’.

– Do seu badboy supremo.”

E, olhando para o mar, que agora estava iluminado somente pela luz da lua. Sussurrei, finalmente.

– Eu te amo, Leo.


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Notas finais do capítulo

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