Quando o Amor Chega escrita por Miss Viegas


Capítulo 8
Treino e uma distração


Notas iniciais do capítulo

Bem, meus amores aqui está. Demorou mas chegou. Esperam que curtam!



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Logan e Wulcan entraram na mansão, não proferiram nenhuma palavra. Ele ficou intrigado com o jeito com que ela falara, como se por dentro tivesse algo selvagem e bravo. Wulcan por sua vez estava menos nervosa, mas isso não significava que estava menos  apreensiva. Logan        dissera que iria levá-la para um lugar onde testaria seus poderes na totalidade. Como seria esse lugar? Será que daria conta? Ele andava á sua frente, parecia tão imponente, tão ameaçador mas ao mesmo tempo ela parecia ter por ele uma admiração grande, algo parecido como quando um aluno vê um professor muito bom no que ensina. Ele parecia ser um professor muito bom, contudo não só isso, um mutante muito bom também. Ainda não vira seus poderes, mas imaginava que deviam ser surpreendentes.

- Se estiver com medo eu sugiro que o coloque pra fora antes de começar. Não costumo facilitar a vida dos medrosos. – disse ele virando a cabeça na direção dela.

- Não estou com medo. Se estivesse, seria de assustá-lo com algo que nunca viu. – disse olhando-o.

- É, como imaginei, você é mesmo uma espoleta. – ele virou-se.

Wulcan nem sabe como dissera aquilo. Não era de dar respostas atravessadas, salvo quando a provocavam, mas não fora uma provocação, ainda assim ela respondeu para mostrar que era capaz e que não deviam duvidar disso. De repente, uma leve dor de cabeça a acometeu , seu café da manhã parecia lhe causar náuseas, sorte que foi algo passageiro. Muita coisa na cabeça, pensou ela. Não havia tempo para isso, ela passaria por mais um teste, tinha que estar com a cabeça fresca. Ficou tão imersa em seus pensamentos que nem viu quando chegou ao lugar que Logan a estava levando.

- Espero que esteja pronta. Aqui não há brincadeira nem manhas. – ela desperta de seus pensamentos (andou pensando bastante entre um treino e outro). Então era isso, agora era ação.

- Acho que nenhum de nós está aqui pra brincar, não é?

- Então vamos ver. Abrir Sala do Perigo. – disse ele. Só então Wulcan viu, havia uma porta de ferro com um X na frente e no momento em que Logan deu o comando uma voz computadorizada feminina disse: “Bem –vindo Logan”. Quando entraram, ela viu que  era diferente de tudo que já vira. Parecia uma daquelas salas tecnológicas vistas naqueles filmes de ficção científica. Era ampla, muito ampla. Em cima dava pra ver uma espécie de cabine, de onde deviam controlar a sala, (ou o que quer que havia nela). Não passou despercebido à Logan os olhos dela percorrendo toda a extensão da sala.

- Eu disse que não ia ter moleza e não vai ter.

- O que essa sala faz?

- Você vai ver logo. Acionar medidor. – ao mesmo tempo em que ele deu o comando apareceu á frente dos dois uma placa de ferro com um painel acima. A placa, que estava mais pra bloco, devia ter uns dois metros de comprimento por um de largura e talvez uns 30 centímetros de espessura. O painel mostrava dois traços verdes indicando que ainda não fora acionado. Até que Logan deu o comando:

- Medir  fogo – logo os traços se transformaram em um 0°, indicando a medida em graus Celsius. – Você queria saber o quanto podia, então aí está. Quero que mande todo o seu poder de fogo para essa placa, ela vai registrar quanto de temperatura seu máximo  atinge.

- Mas a placa não vai derreter?

- Acha mesmo que está com essa bola toda, espoletinha? – ela respondeu fazendo um leve bico. – Saiba que não vou facilitar sua vida. Mas respondendo sua pergunta, essa placa é feita de um metal que suporta as mais altas temperaturas, não precisa se preocupar. Esse aparelho é feito desse metal justamente para poder medir não só temperatura, mas também pressão, radiação, voltagem. Os diferentes tipos de poderes podem ser medidos aqui. Por isso, quero ver até onde você vai, porém não vai atirar daqui. Vai atirar dali. – ele apontou para um lugar que devia ficar a uns 10 metros do bloco. Wulcan ficou apreensiva (mais do que estava quando se encaminhavam para a sala), será que seu poder chegaria tão longe?  Ela se dirigiu até o local indicado.

- No 3, está certo? – Wulcan se preparou, reuniu toda a sua vontade. – 1... 2... 3!

Ela lançou uma rajada, era mais forte do que tudo que ela lançara, sentia suas mãos esquentando cada vez mais embora não as sentisse queimando e machucando, parecia que seu corpo inteiro sentia uma pressão imensa, sua cabeça pesava um pouco, mas não cedia, podia fazer mais.

- Vamos! Mais! É seu máximo?! – Falava Logan.

Ela estava se esforçando, muito pra falar a verdade. Mostraria que podia ser mais poderosa do que aparentava, sua mãe duvidava dela, Diggory duvidava que pudesse se virar, mas dessa vez provaria que não era uma garota qualquer, juntou todos os seus sentimentos mais fortes e lançou  um fogo mais alto. Mas sentiu algo estranho, de repente era como se sua cabeça explodisse, suas mãos esquentaram de tal modo que era como se ela as tivesse colocado diretamente em uma fogueira, meio estranho dizer isso, afinal o fogo saia das suas mãos. Ela o lançava com toda a sua força. Nem prestava atenção se os números aumentavam ou não, só olhava para a rajada à sua frente. Só que a sensação de queimação na sua pele aumentou, ela não deveria sentir tal incômodo com calor, mas era diferente, como se as suas forças estivessem sendo consumidas e seu corpo começasse a sentir uma enorme fraqueza. Daí, num instante, não ouviu mais a voz de Logan dando incentivo a ela, nem sentiu mais suas mãos, parecia que tinham ficado dormentes. Sua cabeça pesou muito e suas pálpebras foram baixando, fora tudo bem rápido, uma  dor nos seus joelhos devido ao baque deles com o solo, o fogo parou de fluir de suas mãos e estas soltavam uma fumaça branca, seus olhos se fecharam e ela foi de encontro ao chão. Desmaiara.

***

Vampira e Kitty estavam no quarto conversando e falando sobre os últimos acontecimentos na mansão.

- Será que a Wulcan  vai se sair bem no treino? – Vampira pergunta curiosa, ela estava pintando as unhas de roxo, apesar de estar sempre com luvas, gostava de suas unhas bem cuidadas.

- Não sei... – respondeu Kitty indecisa – Sabe-se lá o que o Logan vai fazer com ela, apesar de tudo ela pareceu bastante confiante. Torço bastante por ela. Mudando de assunto, como o Kurt está?

- Ah, Kitty, ás vezes parece uma montenha russa, ele fica bem e depois mal. Ás vezes nem tão bem assim, mais ou menos, eu diria.

- A Wulcan falou com ele um dia desses mas acho que nem assim ele se levantou. Fico tão triste vendo o Kurt assim. Seria bom que ele se enturmasse como antigamente.

- Meu irmão adorava mesmo a Amanda, o problema deles é que o Kurt é um mutante, e nem devia ser um problema, mas com toda essa situação de hoje em dia... – Vampira suspirou – É complicado.

-Sabe o que está faltando pra ele?  Uma nova garota!

Elas riram, mas no fundo concordavam que uma nova pessoa na vida de Kurt seria uma boa idéia e um caminho pra ele esquecer um pouco suas mágoas.

***

- Atchim! – espirrou Kurt – Alguém deve estar falando de mim, pensou ele. Ainda no coreto, ele já sentia sua cabeça prestes á explodir. Parecia que tudo estava meio lotado, ainda estava triste, deprimido, revoltado. Ele já estava naquela fossa a algum tempo e estava ficando chato. Apesar da trsiteza, ele estava ficando cansado de si mesmo, ficava remoendo os sentimentos, agora pelo menos já pensava em fazer algo, ainda que nada lhe viesse na cabeça e tudo o que antes era legal parecia chato e aborrecido, pelo menos ele estava reagindo, á passos de formiga mas já era alguma coisa. Então se teletransportou para o seu quarto, resolveu tomar um bom banho . incrivelmente, banho é uma coisa que acalmava os ãnimos e parecia esfriar a cabeça. Depois de um, mesmo que você estivesse super pra baixo, melhorava um pouco seu estado. Chegando ao quarto, se despiu e entrou debaixo do chuveiro. Dali a algumas horas o almoço seria servido, talvez ele, após um banho bem tomado, arrajansse alguma coisa interessante pra fazer até lá e esquecesse um pouco seus problemas.

***

Quando Logan percebeu, já tinha corrido para ajudar Wulcan. Ela caíra desmaiada, e ao que pareceu, ela fizera grande esforço. Ele a viu cair de joelhos, algo dentro dele explodiu e ele já correu até ela, ajoelhando-se a seu lado e a tomou nos braços tentando reanimá-la.

-Wulcan! Espoletinha, fale comigo!

Sua respiração parecia um pouco fraca mas não estava tão pálida como segundos após seu desmaio. Ele observou as mãos dela, viu a fumaça branca que saia delas, quando as tocou estavam fervendo como uma chapa quente. Talvez ela não sentisse, o que era natural. Logan checou seu pulso que parecia se normalizar.

- Hum... – murmurou Wulcan, abrindo levemente os olhos – O que houve?

- Você desmaiou Espoletinha, parece que fez muito esforço. – disse Logan com ela ainda nos braços. Após ele dizer isso, ela, já mais situada no espaço, fez uma leve cara emburrada e olhou pro lado. – O que foi?

- Eu não fui bem – disse com uma voz baixa carregada de autocrítica.

- Mas também não foi mal. Olhe só... – ela olhou para o visor que marcara a sua temperatura máxima: 200°C – Está vendo? É a temperatura de um caldeirão de siderúrgica. Você só fazia fogueiras no inverno, acho que podia ser pior.

Ele a ajudou a levantar, ficando a seu lado para se certificar que ela não ficaria tonta e pudesse cair denovo.

- Acho que deveria ir para a enfermaria.

- Estou bem, sem nenhum osso quebrado. Só acho que meus joelhos estão doendo um pouco, mas nada grave. – Logan viu que ela tinha razão. As cores já voltavam a seu rosto e ela repirava normalmente. Pra quem nunca tinha usado poderes nessa intensidade, ela conseguiu uma temperatura considerável. E apesar dela ter ficado cabisbaixa com seu desempenho, até que bom para uma iniciante.

- Já chega por hoje. É melhor descansar e se recompor, da próxima vai estar mais preparada. Sabe, se eu tivesse que dar uma nota pra você, daria 6.0.

- 6.0? Que  pouquinho. – reclamou ela.

- Não é se você pensar nas possibilidades. 6.0 não está tão abaixo da média, mas também não é o ideal, entretanto você pode melhorar. Entendeu?

- Sim, senhor.

- Pode ir agora. Encerrar Sala do Perigo. – dada a ordem, o medidor zerou e foi recolhido. Wulcan saiu logo da sala e Logan saiu e seguida. Vendo-a se afastar, pensou: “Essa menina é mesmo muito especial”. Se dirigiu para o escritório de Charles para dar o relatório do treino de Wulcan.

***

Wulcan foi direto para seu quarto. Se esforçou, mas acabou chorando. Por que? Tinha tantas expectativas, tantas fantasias imaginando que seu treino seria o melhor possível e aí acontece isso dela desmaiar. Agora não adiantava mais ficar lamentando, ela tinha que se levantar, enxugar as lágrimas e seguir em frente. Ela foi tomar seu banho, estava suada e um pouco cansada. A dor de cabeça havia passado e suas forças estavam voltando. Uma vez no banho ela relaxou de ves, estava pronta pra outra. Se trocou em seguida para o almoço, antes dele decidiu ir falar com Kitty e Vampira. Se encaminhou para o quarto de Vampira.

- Oi, meninas. – disse ela quando entrou.

- Oi! – respondeu Kitty empolgada – E aí, como foi?

- Ah, eu comecei bem mas aí... – ela entristeceu a voz – eu desmaiei depois.

- Sério mesmo Wulcan? – perguntou Vampira – Como foi isso?

- Bom, primeiro tirei sangue com o professor Hank depois o Logan  me levou pro jardim, me fez desviar de umas bolas. Depois queria que eu acertasse uns alvos com meus poderes. Eu achei essa parte meio boba, aí acabei explodindo tudo. Disse que queria ver qual o meu verdadeiro pontencial. Aí ele me levou pra Sala do Perigo...

- Sla do Perigo?! – exclamou Kitty – Ele deve ter pego muito pesado com você, é lá que ele costuma trucidar os alunos.

- Não Kitty, até que não. Ele acionou um tal de medidor, disse que mediria meus poderes, a temperatura de meu poder máximo. Eu lancei tudo o que tinha, mas acho que fui além  do que podia, daí fui ficando fraca e perdi os sentidos.

- Nossa, mas ainda assim acho que foi bom ele ter começado com o medidor.  Jean, Scott, Evan, todos eles usaram, é muito bom para você ter parâmetros e ver o quanto evoluiu após os treinos.

- Não precisa se cobrar tanto agora Wulcan. Você ainda não tem total noção do seu potencial. – comentou Vampira. – Mas quanto você conseguiu?

- Ele mediu em graus celsius, consegui 200. Garanto que melhorarei nos próximos treinos.

- Com certeza, ajudaremos no que precisar.

- E aí? Como vocês estão?

- A Vampira tá meio pra baixo porque o irmão dela só vive triste, acho que ele vai entrar em depressão.

- Irmão? – questionou Wulcan d enovo.

- É o Kurt. – esclareceu Vampira, só naquele momento  percebera que não tinha falado a Wulcan sobre Kurt e ela. – Ele é meu irmão, Wulcan

- Isso é sério?  Vocês não são nenhum pouco parecidos.

- De fato, eu não sou azul nem tenho um rabo. É que a mãe do Kurt me adotou quando tinha 4 anos. Não somos irmãos de sangue mas de coração.

- Ah entendi. O que houve com ele afinal?

- Achei que ele estava melhorando, superando mas agora percebo que ele ainda sofre e procura esconder. Só que é inútil, percebo como ele fica por aí, parece que está longe, não se concentra em nada. É de dar pena.

- Ele era o mais engraçado da nossa turma. Vivia alegre e fazendo graça. Você falou com ele Wulcan, mas achoq ue nem assim com alguém de fora falando ele consegiu sair dessa fossa. – comentou Kitty.

- Já experimentaram tirar ele de casa: levar pra alguma festa, passeio, alguma coisa?

- Ele não se anima com nada, infelizmente – lamentou Vampira.

- Pois eu tenho uma idéia. – disse Wulcan segura – Se você concordar, Vampira, posso tentar ajudar o Kurt também.

- Bom, qual é a idéia?

Elas três se juntaram mais e Wulcan lhes contou o que estava pensando para tirar Kurt da tristeza.

***

As horas pareciam correr mais rápido quando não havia treino de grupo na mansão mutante. Muitos saíram para dar uma volta no shopping d emanhã, ou ficaram ouvindo música e outros ate memso aproveitaram a piscina. As refeições, quando não era dia em que estavam na escola, eram sempre uma ocasião de encontro, uma vez que comiam juntos e conversavam sobre o que tinham feito. O prato do dia era lasanha sem contar os acompanhamentos, arroz, batata frita, molhos, em uma casa onde havia tantas pessoas é natural também que haja muita comida. Muitos chegavam na cozinha, beliscando alguma coisa e ajudando com a louça. Alguns comenatavam sobre como a cidade estava, sobre liquidações e formulavam expectativas sobre o treino da mutante nova, no caso, Wulcan. Quando ela chegara, tudo deu a entender que ela era bem poderosa. Ainda estavam todos na fase de conhecimento, mas já havia expectativa. Algum tempo depois quando já tinham arrumado a mesa e a lasanha já estava quase saindo do forno, começaram a sentar na mesa e se acomodar. Wulcan, Vampira e Kitty desceram as escadas e sentaram lado a lado.

- Achei legal sua idéia  Wulcan. Será que o Kurt vai aceitar? – perguntou Vampira.

- Tomara, eu já estou pensando em como vou falar com ele.

- Fala depois do almoço – sugeriu Kitty – Ele lê um pouco e depois, quando não tem prova ou trabalho pra estudar, costuma dormir. Acho que  uma espairecida vai ser bom pra ele.

Elas continuaram rindo e conversando até que o almoço foi servido, todos já estavam na mesa, até Kurt. Sua fossa não era tão grande que ele pudesse recusar um prato de lasanha bem recheada. Ele percebeu que Vampira, Kitty e Wulcan o olhava, de vez em quando e riam, ficou intrigado com aquilo. Comeu em silêncio, pegou sua sobremesa (pudim de chocolate) e subiu.

- Vaí lá Wulcan, é agora. – incentivou Vampira.

- Mas não sei qual é o quarto dele.

- É só virar á direita, a segunda porta. Boa sorte.

- Tudo bem. – Wulcan subiu as escadas e foi até o local indicado por Vampira. Achou a porta e deu uma leve batida.

- Quem é? - respondeu uma voz vinda de dentro – Entra.

Wulcan olhou para dentro colocando só a cabeça de início, estava um pouco envergonhada e tensa, depois entrou. Kurt estava de costas e se surpreendeu quando se virou e viu que era ela. Estava com uma toalha de rosto no pescoço, acabara de escovar os dentes.

- Você? O que está fazendo aqui? Deseja algo?

- Eu queria falar com você.

- Sobre? – perguntou ele curioso e mutio surpreso.

- Quer ir ao cinema comigo?

Ele abriu levemente a boca em uma expressão surpresa, fechando-a em seguida, baixou os olhos em uma expressão pensativa meio como que processando aquela pergunta.


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Notas finais do capítulo

Eentão? Gostaram? Será que o Kurt vai aceitar o convite? Muito obrigada por lerem, já assumi compromisso com vcs e não vou faltar. Muitos bjinhos!



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