Pray For Love escrita por Lizzie-chan


Capítulo 6
Capítulo 5 - Lucy, Let's Go


Notas iniciais do capítulo

E aqui estamos nós, com o quinto capítulo hein ;D Estou adorando o rumo que isso aqui está tomando, e nossa, ainda faltam muitos capítulos para serem feitos kkkkkk O de amanhã pelo menos ainda vai ser fácil pra mim (não olhem qual é a música de amanhã, é spoiler hein kkkkkkk).
Tomei mais tempo trabalhando no capítulo de hoje, por isso acho que ele deve estar mais detalhado e divertido que os anteriores, que foram feitos na correria. Espero que vocês achem o mesmo que eu!

Boa leitura!
(Título: Lucy, vamos lá)
➢ Dia 9: Regina Let's Go - CPM22



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— Caramba, onde exatamente nós estamos? — reclamou Lucy, inflando as bochechas e apoiando-as nas mãos com uma expressão infantil de irritação.

Está bem, talvez viver ao sabor da sorte não tenha sido exatamente uma boa ideia. Não, reformulando isso: Foi uma péssima ideia.

Primeiro de tudo: por que quando Natsu e Happy empacotaram suas coisas, não colocaram nenhum — uuuuurgh — sutiã? Ok, ela podia entender que os dois eram inocentes e não fizeram por mal e etc., mas e agora? Não que ela tenha que se preocupar em ser vista sem sutiã por alguém além dos dois, já que:

Segundo: Considerando que viajaram durante um ano, como diabos eles podiam não ter um mapa? Agora estavam perdidos adivinha onde? Isso mesmo, Lucy também não sabia. E era esse o problema. Não havia nenhuma forma de vida lá além de lagartinhos e arbustos e onde estavam as árvores para se sentar contra elas de vez em quando?

Viajar a esmo não era tudo o que Lucy esperava. Definitivamente.

O chão era seco e amarelado, duro como pedra — onde está a areia quando precisamos dela, não é mesmo? —, havia arbustinhos aqui e ali pelo caminho e Lucy tinha quase certeza de que de algum modo eles haviam se metido na mancha desértica do mapa climático de Fiore — sim, a pequena que ficava do lado esquerdo, aquela para a qual absolutamente ninguém ligava.

E desertos tinham uma fama horrível de ficar extremamente frios à noite, o que não condizia em nada com sua bolsa cheia de saias e tops curtos. Infelizmente, já estava anoitecendo, e a loira poderia dizer que não era fama.

Natsu e Happy estavam se ocupando em conversar amigavelmente enquanto a garota bufava e olhava feio para os lados. Eles já haviam perguntado qual era o problema, mas ela se recusara a responder — como exatamente deveria começar a explicar aos dois a importância do sutiã?

Lucy sempre havia sido especialista em reclamar das coisas — embora isso não funcionasse com magos da Fairy Tail, infelizmente, já que eles não ligavam para esse tipo de coisa — e estava prontamente botando suas habilidades de se irritar em ação.

De modo repentino, um vento gelado passou, fazendo-a estremecer. A loira lentamente retirou as mãos do rosto e começou a passá-las em seus braços, tentando usar o conhecimento universal de que atrito gera calor para benefício próprio. Seus movimentos foram interrompidos por uma voz:

— Luce, o que você está fazendo? — perguntou Natsu. Ela o olhou, tendo o cuidado de mexer apenas os olhos, deixando suas mãos continuarem seu trabalho, ininterruptas.

— Onde está o Happy? — respondeu com outra pergunta, seus orbes castanhos vagando pelo cenário preto e cinza, cortesia do luar que pintava o céu.

— Ele foi procurar algum arbusto grande o bastante pra gente usar pra fazer fogueira — disse ele, parecendo não se distrair de seu objetivo principal. — E você, o que está fazendo?

— Arbusto grande? Não estou vendo nada assim por aqui — rebateu entre dentes quando outra ventania fria atravessou o ambiente. — E estou tentando ficar quentinha, se você não percebeu tá meio frio aqui.

— Frio? Sério? — Natsu fez uma expressão de desentendido. Na realidade, ele realmente não sabia, afinal, o garoto era um aquecedor ambulante, mas Happy não havia comentado nem nada, já que saiu para procurar lenha?

— Sim, sério — retrucou amarga por estar congelando. E parte disso é culpa sua por não pegar roupas de frio, quis acrescentar, mas se manteve quieta. Não era exatamente a melhor hora para começar uma briga, mesmo porque acarretaria em mais problemas se saísse por aí pisando duro e jogando olhares feios para as pedras e os arbustinhos inofensivos.

Desviou a atenção para sua blusa, observando atentamente como seus braços faziam seu trabalho. Esse negócio de se esfregar não estava dando muito certo. Na verdade, se fosse ser sincera, diria que não estava dando nada certo. O frio só tendia a aumentar.

Por que sempre acabavam nesse tipo de situação estranha? Da primeira vez que os dois saíram para um trabalho juntos — tecnicamente, para o trabalho de Macao —, acabaram no meio de uma montanha com neve para todos os lados. Agora Natsu começou sua auto proclamada missão de juntar a Fairy Tail novamente e os dois acabaram no meio do nada.

Por algum motivo, sua sorte não parecia estar progredindo. Se mais nada, já estava bem avançada no negativo.

Antes que tivesse tempo de amaldiçoar mais alguma coisa, um par de braços passou ao redor de seu corpo, puxando-a de encontro ao tecido negro macio e quente sob o qual estava o peito de Natsu.

Lucy estava tão chocada que ficou alguns instantes paralisada tentando absorver o que estava acontecendo. Seus olhos mal viam direito, colados à roupa negra, mas todos os outros sentidos pareciam extremamente mais apurados, como que alertas ao sinal de movimento.

Seus ouvidos podiam perceber as batidas aceleradas de seu coração, assim como aquela respiração regular, que vinha quente em direção a seus cabelos, bagunçando-os na altura da franja . Seu nariz podia sentir um cheiro... Ela não sabia identificar o que era. Não era doce, tampouco amargo, mas era agradável, como se tivesse sido feito para estar lá durante toda a sua vida sem incomodá-la. Seus braços e suas costas podiam sentir o contato quente com o corpo dele, assim como sua bochecha, pressionada contra o peito masculino.

E aquele, afinal de contas, era Natsu, o impulsivo. Claro que ele a abraçaria sem perguntar nada.

Parecia tudo tão maravilhoso... Se fechasse os olhos, poderia se lembrar quase que com perfeição da noite em que ele a colocou na cama e usou aquelas mãos maiores que as dela para afastar seus cabelos da testa e beijá-la lá. Naquela vez, não houvera cheiro algum, ou ruído algum além de seu coração palpitando como louco.

Agora parecia um momento bem mais completo.

E, meu Deus, ela estava gostando muito.

— Ficou melhor, Luce? — Por que a voz dele tinha que parecer tão rouca? E aquele apelido...

Então algo apitou na mente da maga estelar e seu corpo, que já estava derretendo contra o do dragão de fogo, endureceu repentinamente.

Não haviam trazido sutiã. Ela havia trocado de roupa em algum momento de seu caminho até ali, e na falta de um, optou por ficar sem, já que Natsu e Happy provavelmente não notariam.

E quando fica frio e sua pele fica eriçada, seus peitos têm a mesma reação.

E eles estavam pressionados contra...

OH, MEU DEUS — gritou, jogando seus braços para cima para se afastar do garoto, acertando o rosto dele no susto.

Devido ao golpe surpresa, Natsu se soltou dela, parecendo meio atordoado enquanto a garota cambaleava para o mais longe possível, sentando-se encolhida a seguir, seus braços cruzados sobre os seios e o rosto lívido.

Após alguns segundos, ainda torpe, Natsu procurou manter o pouco de coerência que não estava focada na dor latejando em seu queixo e a chamou:

— Lucy? O que aconteceu? Não estava quente? — questionou, usando uma das mãos para massagear o queixo ferido.

Como a garota não respondeu após um minuto, muito ocupada em tremer sozinha, ele fez menção de dar um passo à frente, almejando alcançá-la novamente. Isso pareceu arrancar uma reação da Heartfillia, que virou o rosto com os olhos arregalados para encará-lo alarmada.

— Não venha até aqui! — exclamou com a voz bem autoritária.

— Mas, Luc...

Não chegue perto de mim, entendeu? — esbravejou, virando a cara novamente, assim não teria de encarar aquela expressão inocentemente confusa.

Natsu franziu a testa, revendo os acontecimentos dos últimos quinze minutos em sua mente, procurando por algum deslize. Aparentemente seu conceito de erro era bem diferente do da loira, porque não conseguia se lembrar de nada. Na verdade, Lucy geralmente ficava zangada com ele por motivos que o rosado não conseguia entender, como entrar em seu quarto e outras bobagens do gênero.

Ela parecera tão feliz se aconchegando a ele algum tempo antes... Natsu finalmente estava se sentindo útil para ela novamente. Depois de perceber o quanto a garota se sentia mal desde que fora embora — ou pelo menos era o que dizia a si mesmo, ignorando deliberadamente a alegria dela na cozinha de sua casa no dia anterior —, queria fazer de tudo para mostrar a ela que não estava sozinha.

Um tanto irônico, considerando que um ano antes Lucy tentara fazer o mesmo com ele. E dar ao garoto um motivo para celebrar o fato de estar vivo.

Mas ela era tão volúvel! Bipolaridade era um mal que Natsu havia aprendido com Erza e sinceramente não era uma de suas qualidades favoritas, por assim dizer. Uma hora Lucy parecia feliz, e então estava irritada! E agora ela estava o quê? O evitando descaradamente?

Ele não era obrigado a lidar com sua inconstância, decidiu, batendo o pé e andando até o local onde estivera sentado antes. Ela já estivera agindo toda brava antes, e quando ele perguntara o que havia de errado, se recusara a responder, e agora isso?

Sua raiva durou o mesmo tempo que Lucy demorou em cair no sono, encolhida e bem distante. Natsu odiava brigar com seus amigos — embora aquilo tivesse sido mais uma briga em sua mente do que qualquer outra coisa. A loira obviamente estava irritada com algo, mas como ele poderia pedir desculpas e se reconciliar com ela se a garota se recusava a contar o problema?

— Natsu — chamou Happy, escolhendo esse momento para reaparecer com um pouco de madeira retorcida nos braços. — Esses toquinhos são horríveis de quebrar — reclamou, jogando seu pequeno prêmio na frente do rosado. Assim que acabou, seus olhos subiram ao rosto do amigo e piscou surpreso. — Tudo bem, Natsu? — perguntou preocupado.

— Tudo... — respondeu o Dragneel, soltando um suspiro e apoiando os braços nos joelhos. — Estou só pensando como fazer pra Lucy me perdoar.

— Você fez algo errado? — perguntou o gato, levantando as sobrancelhas.

— Não, mas ela ficou bem estranha depois que eu abracei ela — contou, seus olhos parecendo distantes, como se estivesse revendo a cena em sua mente.

— V-você abraçou ela? — questionou, levantando os braços em frente ao corpo e pulando para trás com uma expressão chocada. — N-natsu, você não entende nada de meninas! Você só pode abraçar elas em algumas ocasiões!

— Tipo quais? — O rosado olhou para ele curioso.

— Tipo pra dar consolo, ou pra se despedir, ou quando é... — Os olhos de Happy brilharam repentinamente. — Natsu, sei exatamente o que podemos fazer pra ela te perdoar!

— S-sério? O quê? — O garoto se inclinou para frente em expectativa e seus olhos pareciam grandes globos escuros na falta de iluminação.

— Apenas espere — respondeu, dando um sorriso presunçoso. — Não pode ser feito agora, então logo eu te conto. Mas acredite em mim, ela vai adorar.

Natsu assentiu com a cabeça, ainda curioso, mas convencido pelo argumento — bem furado, por sinal — de Happy. Mal podia esperar para ver a cara de Lucy quando mudasse de indiferente para emocionada e pulasse nele pedindo desculpas por seu comportamento e dizendo que ele também estava perdoado, como se instantes antes nem sequer estivesse totalmente irritada com ele.

Ok, decidiu, talvez ele não odiasse a bipolaridade tanto assim.


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Notas finais do capítulo

E então, o que estão achando? O final deixou um arzinho de curiosidade, foi? kkkkkkk
Sinceramente, acordei hoje com vontade de fazer comédia, e comédia foi o que pretendia fazer, então espero que tenha dado certo e isso aqui tenha arrancado sorrisos de vocês (com certeza mais que o dramalhão dos capítulos anteriores, pelo menos kkkkkk). Logo, quem sabe, esses dois não comecem a celebrar a vida, né! (já estou dizendo isso há seis dias kkkkkkk).
Estou me divertindo muuuito escrevendo isso aqui, gente. Não sou do tipo criativa, mas por algum motivo, sentar e dizer pra mim mesma "vamos fazer a primeira coisa que vier a cabeça ao ouvir essa música" parece estar surtindo um efeito mágico em mim kkkkkkk.
Claro, os reviews de vocês estão me ajudando a dar cada vez mais duro por aqui, também :D Espero que os meus leitores fantasmas também resolvam se manifestar em algum momento futuro, porque, pelo contador do Nyah!, tem um bocadinho me deixando no vácuo aqui todos os dias kkkkkkk. E pra quem tem feito minha alegria comentando e recarregando minhas forças pra escrever o próximo capítulo, muuuito obrigada! Todos os reviews, favoritos e acompanhamentos significam muito pra mim!
Vamos ver como vai estar isso aqui daqui mais vinte dias, não é mesmo? kkkkkkk

Beijitinhooooooooooooooooooos

→ Revisado: 02/04. Erros à vista? Pode entrar em contato comigo por review ou por MP~