O dia amanheceu, acordei e estava sozinha, eu não esperava que Damon me trouxesse um café na cama, mas esperava que pelo menos ele estivesse na cama.

–Bom dia meu amor, pelo menos eu tenho sua companhia não é?

Acariciei meu ventre, eu não sentia mais cólica, me sentia bem melhor.

–Você não cansa de falar com o nada?

Damon entrou no quarto e pra variar agindo como um ogro.

–Estou falando com o nosso filho, algum problema ou eu preciso pedir permissão pra você?

Ele me ignorou, apenas entrou no banheiro. Desci e fui tomar café.

–Bom dia Beth.

–Bom dia dona Elena, como se sente?

Ela perguntou sorridente.

–Me sinto melhor, não sinto mais cólica, inclusive eu quero ir hoje visitar a Caroline.

Falar do meu filho me alegrava, me motivava, ele era a minha razão de viver.

–Acho uma ótima ideia! Ficar com sua irmã vai fazer bem para a senhora.

Beth sorriu e saiu. Comecei a me servir com o delicioso chocolate quente, minha boca encheu d'água, saboreei e me deliciei com o sabor, coloquei mel em uma banana cortada e comi. Depois que terminei meu café, subi para me arrumar, entrei no quarto e encontrei meu marido só de toalha no quarto, fingi que ele não estava lá, eu queria beija-lo, ama-lo, me atrasar para a casa de Caroline fazendo amor com ele, mas ele não queria, não me queria. Tomei um banho e coloquei uma roupa que me favorecia muito.

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Saí do banheiro e não pude deixar de notar o olhar de Damon sobre mim.

–Perdeu alguma coisa?

Perguntei sorrindo, ele logo desviou o olhar para o livro que lia.

–Vou sair, não me espere.

–Pra onde você vai?

Ele perguntou me olhando.

–Você me trata mal, chama o nosso filho de nada e ainda acha que pode perguntar onde eu vou?

Eu estava visivelmente irritada.

–Claro que posso! Você é minha esposa, me deve satisfações.

Damon estava com os braços cruzados na frente do corpo.

–Ah, me poupe Damon! Eu só sou sua esposa só na hora que você me quer na cama, fora dela não sou tratada como tal, então não me venha com essa.

Dei as costas pra ele sem me importar, ele merecia um corte, merecia saber que eu não ia abaixar a cabeça sempre. Desci as escadas e fui até o carro, pedi para o nosso motorista me levar a casa de Caroline, a casa dela era relativamente perto da minha, eram apenas 30 minutos de distância. Quando cheguei lá, bati na porta.

–Olá dona Elena, pode entrar.

A empregada me deu passagem e eu entrei na casa da minha irmã.

–Carr?

Chamei.

–Lena!

Ela veio correndo ao meu encontro e me abraçou.

–Vim te fazer uma visita, já que você não foi me ver por que deve passar muito tempo na cama com o Stefan!

Começamos a rir.

–Eu ia te visitar, queria ver meu sobrinho ou sobrinha, como você está minha irmã?

Nós sentamos no sofá, eu lembrei da minha briga mais cedo com o Damon.

–Ah Carr, você já sabe, nós fizemos amor depois que ele recuperou a memória, mas ele não me ama, eu achei que as coisas iam mudar, mas na manhã seguinte ele disse que ele era homem e tinha suas necessidades.

Senti meu olhos se encherem de lágrimas.

–Nossa Lena, que homem horrível! Eu sinto muito minha irmã, você vai ter um bebê, não pode ficar tão triste o tempo todo.

–Eu sei, você tem razão.

Assenti.

–Eu tenho uma surpresa pra você! espera um pouco!

Caroline saiu correndo na casa, tinha horas que ela parecia uma criança.

–Voltei!

Ela me entregou duas sacolas.

–São presentes, meu e do Stefan para o seu bebê.

Abri a primeira sacola e lá tinha um lindo sapatinho de tricô branco, depois abri a segunda sacola e lá tinha uma linda roupinha branca com detalhes dourados.

–Ah Carr, eu amei! são lindos, obrigada!

Nos abraçamos. Passamos o dia nos divertindo, comemos chocolate e conversamos a tarde toda, Stefan estava na cidade resolvendo algumas coisas da empresa que ele tinha com Damon. Após mais algumas conversas Stefan chegou.

–Oi amor!

Stefan falou da sala.

–Oi meu bem, a Lena está aqui.

Caroline falou.

–Oi Lena, já vi que recebeu meu presente para o meu sobrinho.

–Já sim Stefan, muito obrigada!

–Bom, eu já vou indo.

Me levantei , me despedi de Caroline e Stefan e fui embora. Cheguei em casa e abri a porta, já era noite, Damon estava me esperando na poltrona que ficava no sofá.

–Se divertiu hoje?

–Sim, fui a casa de Caroline e olha o que o nosso bebê ganhou.

Comecei a abrir as sacolas e tirar a roupinha e o sapatinho.

–Ah sim, e depois nós podemos comprar um cachorro e sermos uma família feliz.

Ele disse irônico. Céus, como aquilo me magoava, guardei a roupinha e o sapatinho de volta na sacola.

–Sabe Damon, não era só o filho da Katherine que era seu filho, esse bebê que eu to esperando não se fez sozinho, ele também é seu!

Subi as escadas chorando, peguei todas as minhas roupas daquele quarto e botei no quarto ao lado, a cama era desconfortável, mas era mil vezes mais desconfortável dormir com Damon. Eu sentia tanta falta do meu pai, ele me entendia, me amava, resolvi escrever uma carta pra ele, já que eles ainda não possuíam um telefone.

Querido papai,

Eu sinto tanto a sua falta! Quero vê-lo em breve, estou com saudade da mamãe e da Liv, sinto falta da nossa vida simples, sinto falta de ser amada! Meu marido me trata como se eu fosse nada, eu nunca estive tão triste, mas ao menos tem uma notícia maravilhosa para contar, eu estou grávida! Sim, o senhor vai ser vovô, e vai ser o melhor avô do mundo, Damon não ama nosso bebê, nem trata como seu filho, estou vivendo um segundo inferno, logo logo vou ver vocês!

Eu amo vocês

Elena