Consequências do passado escrita por Carolina S Salazar


Capítulo 7
Capítulo 7 – decisões


Notas iniciais do capítulo

Estou de volta!!!!!! Com 3 capítulos novinhos!!! Queria postar junto com a outra fic Reescrevendo HP, mas não aguentei e tô postando logo!!! Espero q curtam!!!



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Hermione acordou cedo, se arrumou, tomou café e foi direto para Azkaban. Ela mal dormira direito a noite toda. Pensando no que fazer, na melhor maneira de sair dessa situação que se encontrava. Mione sabia que tinha de achar uma saída para chantagem que estava sofrendo agora. E por mais que tivesse se esforçado a noite inteira para encontrar uma solução, ela não conseguira.

O único jeito era ajudar Draco Malfoy. Defendê-lo. Em troca do silêncio dele.

Quando ela chegou, avisou para o guarda bruxo, que iria querer falar direto com o prisioneiro. E assim minutos depois ela estava diante da cela de Draco Malfoy.

_ Venho cedo Granger. Pelo jeito viu a lembrança que eu te dei.

_ Sim, eu vi. E imagino que se eu não fizer o que você quer, você vai espalhar para todos o que aconteceu, não é?

_ Você como sempre tão inteligente.

_ Agora, Malfoy, eu quero saber o que me garante que você não vai fazer isso, depois do seu julgamento?

_ Minha mãe.

_ Sua mãe? Como assim?

_ Você vai ir ao encontro dela. Na Mansão Malfoy. E ela vai te dar a garantia que você quer.

Hermione ainda não entendia o que ele queria com ela ir ao encontro de Narcisa Malfoy. Mas ela não tinha escolha, precisava fazer tudo para se livrar dele, o quanto antes.

_ Está bem. Outra coisa que preciso saber, quando será seu julgamento?

_ Em duas semanas. Mas não se preocupe, minha mãe vai ajudar você em tudo que precisar.

_ Ok. _ Hermione já ia saindo, quando ouviu novamente a voz de Malfoy.

_ Nos vemos no tribunal, Granger.

Ela saiu sem olhar para trás.

Depois de sair de Azkaban, Hermione foi direto a um pub trouxa. Não eram nem 10 horas da manhã, e mesmo assim ela já estava tomando uma dose dupla de uísque. Beber não era um hábito para ela, mas com toda a pressão da guerra, com todas as mortes e traumas, ela havia aprendido a tomar uísque e com ele a esquecer momentaneamente dos seus problemas. Mas agora nem a bebida a fazia esquecer que estava nas mãos do safado, hipócrita, filha da puta do Malfoy.

E que ainda tinha que voltar a maldita Mansão Malfoy. O único local que ela jurara nunca mais voltar em toda a sua vida. Entretanto, se ela não fizesse nada, se não fosse até lá, se não falasse com a esnobe Narcisa Malfoy, ela estaria perdida, porque o infeliz do Draco Malfoy com certeza espalharia aos quatro ventos o que aconteceu em Sidney.

Sidney. Hermione ainda podia ver as imagens do que fizera. E por mais que tentasse pensar em como aquilo tudo era uma mentira, invenção do infeliz do Malfoy, no fundo ela não podia esconder para si mesma a verdade.

Afinal a data de chegada dela em Sidney batia com o dia da lembrança do Malfoy e do fato dela simplesmente não se lembrar de nada que fez naquele dia.

Entretanto ela não entendia como pudera fazer tudo aquilo de livre e espontânea vontade com Draco Malfoy. Nunca tivera tais pensamentos ou desejos por ele. Pois sempre dedicara seu tempo em seus estudos, por mais que todas as meninas falassem o quanto o loiro era lindo e gostoso, ela, Hermione Granger nunca pensou nisso em relação a ele.

Quanto mais ela pensava, nenhum sentido fazia aquilo tudo. Mas ela não tinha tempo para questionar nada. Em duas semanas seria o julgamento do Malfoy. E em três semanas ela iria para Paris. Tudo em cima, e o efeito do uísque não era o suficiente para anestesiar os problemas da morena.

Por essa razão ela pagou as doses que consumiu, saiu do pub, e em um beco isolado de Londres, ela se concentrou nos portões da Mansão Malfoy e aparatou.

A Mansão estava exatamente igual como Hermione se lembrava. Apenas com a diferença de que ela não fora arrastada pelos portões até a entrada. E sim acompanhada pela elfa doméstica Panim. E que na entrada da casa estava esperando a própria dona do lugar, Narcisa Malfoy.

_ Senhorita Granger, eu a estava esperando.

_ Mas é claro que sim. E imagino que estou sendo aguardada com todas as pompas e honrarias que vocês Malfoy poderiam fazer a uma convidada ilustre como eu.

Narcisa Malfoy empalideceu ao ouvir tais palavras, mas com uma firmeza que Hermione não imaginava que ela tinha, a anfitriã apenas a encarou e com voz firme disse:

_ É melhor que entre, senhorita Granger e, por favor, me acompanhe.

Hermione fez exatamente o que lhe foi pedido. E surpresa ela passou por uma ala da casa que ela não tinha visto antes. Com certeza, uma forma de fazer o que sabe-se lá fosse, de forma a não impressionar ou relembrar a Hermione lembranças terríveis.

Narcisa entrou em um cômodo e para a surpresa de Hermione o local era como um escritório. Mas com o aspecto de reforma. Com móveis dispostos fora do lugar e estantes cobertas com cortinas brancas. Em um canto havia duas poltronas confortáveis e uma mesa branca, que em segundos foi ocupada com uma riquíssima peça completa de chá.

_ Por favor, senhorita Granger, sente-se.

A voz de Narcisa estava gélida. Mas Hermione não se importava. Graças ao efeito do uísque, ela não se importava com nada que viesse daquela mulher, apenas queria ir embora tão rápido como chegara lá.

Depois de um longo tempo a observando, Narcisa começou a falar:

_ Draco me informou sobre a sua visita e em como eu deveria tratá-la e fazê-la entender dos motivos dele para fazer o que fez.

_ Eu não vim aqui para ouvir os motivos idiotas do seu filho. Ele sempre pensou em si e isso não é diferente agora. Vim aqui para ter uma garantia de que ele não vai espalhar para todo o mundo bruxo o conteúdo da lembrança que ele tem.

Narcisa pareceu surpresa com as palavras de Hermione, entretanto conseguiu se recompor rapidamente e inabalável, ela continuou:

_ Está bem. Você quer uma garantia e eu vou lhe dar.

_ Mesmo? E como seria isso? Um fio do espesso bigode do seu filho?

_ Eu prefiro que não use o sarcasmo, senhorita Granger. A garantia que a senhorita terá será o Voto Perpetuo.

Foi a vez de Hermione se assustar. Mesmo sob o efeito do álcool ela ainda estava com o cérebro a toda. E ela sabia bem o efeito de se quebrar um Voto Perpetuo.

_ Está louca? Acha mesmo que eu vou fazer um voto com você?

_ Esse é o único meio que há para que a senhorita cumpra com o seu dever e o meu filho com o dele.

_ E quem me garante que o seu filho vá se importar com a sua vida, senhora Malfoy? Hã? Eu não confio nisso.

_ Senhorita Granger, a senhorita não confia porque não conhece o Draco e tampouco sabe o quanto ele se importa com a família.

_ Sim, eu não sei, e pra ser bem sincera eu nunca tive vontade de conhecer o seu filho e o que ele gosta ou não! Estou pouco me importando com a vontade dele ou não e pra mim isso tudo já deu!

Hermione se levantou, deixou a xícara de chá de qualquer jeito na mesinha de centro e já ia saindo quando ouviu a voz de Narcisa:

_ Eu a compreendo, senhorita Granger. Mas vou lhe dar um único conselho: Não fique no caminho de um Malfoy. Pois os Malfoy são capazes de tudo para conseguir o que querem.

Hermione ficou pálida e fria com o que ouviu. E deu graças a Deus por estar de costas e assim não deixar que a senhora bruxa a visse naquele estado. Sabia que Narcisa Malfoy tinha razão. Sabia que o melhor era voltar, se sentar, e fazer exatamente o que ela quisesse. Mas uma parte de si, o seu orgulho, que tinha sido tão maltratado, tão subjugado por tanto tempo, a fazia inflar de raiva ao estar ali, ouvindo uma Malfoy e assim ajudando um Malfoy.

_ Eu entendo que Draco deve ter sido muito duro com você.

_ Duro? O que ele fez foi terrível, foi humilhante, e ...

_ Está bem, não foi certo o que ele fez, eu entendi. Mas o importante agora, senhorita Granger, é que entenda que é o Draco que está no comando dessa situação. E não há nada que a senhorita possa fazer senão exatamente o que ele quer.

_ Exatamente o que ele quer.

_ Sim, e quanto antes o fizer, mais cedo estará livre.

_ Você fala como se eu estivesse presa ao seu filho.

_ Sim. Mas sei que na verdade quem estará sou eu. Eu sou a mãe dele. E faço qualquer coisa pelo meu filho, senhorita Granger.

_ Sim, até mesmo um Voto Perpétuo, em nome dele.

_ Sim, até um Voto Perpétuo.

Hermione voltou a se sentar. Passou os dedos entre os olhos, pressionou a têmpora e cada movimento seu era captado pelos olhos perspicazes de Narcisa. Ao final de um longo suspiro, a jovem bruxa finalmente disse:

_ Está bem, eu faço o Voto.

_ Ótimo.

Após a execução da magia do Voto, Hermione foi acompanhada por Narcisa até a entrada da Mansão. As duas estavam em total silêncio, pensando em como o destino as uniu. E antes que Hermione saísse, Narcisa falou:

_ Sei que não devo agradecer pelo o que acabamos de fazer, senhorita Granger. Mas quero agradecer pelo que vai fazer com Draco. Pois sei que vai ajudá-lo.

Hermione fitou o rosto da senhora bruxa e viu nos olhos dela que havia algo parecido com honestidade. Mas ela estava tão cansada que resolveu não responder, apenas balançou a cabeça e na calçada aparatou.


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Notas finais do capítulo

Aí gente, merece reviews?



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