Tokidoki estava andando lentamente pelo quintal do templo. O dia estava lindo, os pássaros cantavam e o azul do céu era tão límpido que parecia as águas dos mares. Ele inspirou profundamente. Adorava como aquele lugar era tranquilo e silencioso. Bem, pelo menos quando algo não estava acontecendo.

Espreguiçando-se, deu um passo à frente. Sua tranquilidade logo foi aniquilada, mutilada, maculada, perturbada, retirada, blasfemada. Não havia um jeito melhor de perturbar sua paz do que ver seus dois amigos brigando.

Os gritos de Kuchika chegaram aos seus ouvidos como os trovões noturnos que atrapalham o sono.

Virou a cabeça, pronto para pedi-los para parar, mas foi surpreendido por algo.

Um chinelo acertou sua cabeça em cheio.

Tudo ficou em silêncio por alguns segundos.

Shinonome engasgou, tentando engolir o riso.

Kuchika correu até Toki, desculpando-se e tentando ver se ele se machucou.

Já Tokidoki estava com lágrimas nos olhos, lamentando porque tinha que ter logo aqueles dois amigos, que só sabiam brigar.

E sempre sobrava para ele.