Confissões de uma Seriadora Sempre em Crise escrita por Confissões de uma seriadora


Capítulo 8
Capítulo 8 – Miss Garota Propaganda




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Meu nome é Alice Casanova e essa é minha história: depois de entrar no mundo das séries e perceber que meu romance com Oliver Queen jamais poderia se concretizar e derrotar Mr. Magu, eu voltei para o mundo real, para a minha cidade, para ser exata. Master Hill é uma cidade pequena mas com muitas loucuras rolando por aqui. Muitas coisas aconteceram depois que eu sumi. Quando eu menos esperava, o mundo da série veio me assombrar. Recentemente descobri que Oliver Queen ou alguém muito parecido com ele está no meu mundo. Para encontra-lo, pedi ajuda ao Kevin Barden. No começo, ele negou qualquer ajuda, mas agora está aqui ao meu lado tentando descobrir as peças para esse quebra cabeça maluco. Ah, esqueci de mencionar, mas Miss Santinha virou garota propaganda do Mc Barretos, uma lanchonete famosa no meu mundo.

– Atum na batata. Isso é viver. É aprender. Atum na batata! O mais saboroso lanche do Mc Barretos! – essa musiquinha não sai da minha cabeça. Também, está em todos os lugares: TV, rádio, jornal...

– Você tem certeza que esse é endereço correto do Mc Barretos? – perguntou Kevin.

– Sim. – falei. – Eu já te disse que quando eu era criança adorava passar minha infância brincando nesse lugar. – continuei.

– É que eu jamais imaginaria que a cede do Mc Barretos fosse numa fazenda próxima de Master Hill. – retrucou.

– Verdade.

– Bem vindos ao Mc Barretos! – falou uma caipira usando aquela roupa de cowgirl. – Só aqui no Mc Barretos você pode comer e andar de cavalo. – aquele sorriso me irritava profundamente. – E o lanche do dia é o Mc Atum na batata, um delicioso sanduíche de atum, batata e um pão feito a base de batata.

– Olha, garota, nós não estamos interessados em experimentar esse lanche. – interrompi. – Estamos aqui para conversar com a garota propaganda da lanchonete.

– Desculpe, mas isso não vai ser possível. – falou.

– Por que? – perguntei.

– Porque ela está em turnê. – disse toda sorridente.

– A minha colega acho que não foi clara. – interrompeu Kevin justamente quando eu ia dar uma surra nessa caipira. – Nós somos da polícia e parece que a moça da propaganda está em apuros.

– Apuros? – gritou assustada. – Meu Deus! O que houve com ela?

– Uns loucos estão a ameaçando de morte. – falei.

– Rua Galinha Pequena, 777. – disse chorando.

– O que? – perguntei.

– Esse é o endereço dela. – falou chorando cada vez mais alto.

– Obrigado Sra...- deu de ombros Kevin.

– Senhorita Luci. – falou.

E lá fomos nós atrás da Miss Santinha. Talvez ela fosse a única pessoa que pudesse nos ajudar a encontrar as respostas. Ou seria ela a causadora de tudo isso? De qualquer forma, Miss Santinha sabia mais do que nós, além de ter uma belíssima voz para música.

– Acho que é aqui. – falou Kevin.

– Nessa casa? – perguntei quando vi uma mansão rosa florescente, com alguns cavalos em frente a cerca e um helicóptero no telhado.

– Vamos falar com ela?

– Lógico Kevin.

Nós batemos na porta e uma loira oxigenada usando um casaco de pele azul bebê e com um óculos de sol enorme abriu a porta.

– Pois não? – falou a loira oxigenada.

– Boa tarde. – falou Kevin. – Nós estamos procurando uma garota chamada Miss Santinha.

– OMG!!! – respondeu. – Sou eu, Alice! – continuou. – Nem tinha te reconhecido com esse visual de Cinderela, hahahaha. – falou.

– Miss Santinha? – perguntei.

– Sim. Mas agora me chamam de Misselen Santinha. – interrompeu. – Entrem.

A casa por dentro era mais bonita que uma mansão de cinema: tudo de cristal e as porcelanas banhadas ao ouro. Havia uma estátua da Miss Santinha bem no corredor em frente a escada. Deve ter sido banhada ao ouro.

– Chris.... – gritou Miss Santinha. – Traga um vinho para meus convidados.

– Não precisa. – respondi.

– Querida, quando meus amigos vêm me visitar merecem o melhor de tudo de bom que eu tenho nessa humilde casa.

– Humilde. Rs – retrucou Kevin.

– Então, Alice, parece que você está radiante. – falou rindo. – Nunca imaginaria que o Oliver Queen fosse ser magro e ele até que parecia mais alto. – continuou.

– Como assim? – perguntei. – Você viu ele?

– Lógico. – falou meio que cochichando. – Ele está bem na minha frente. – continuou. – Garota de sorte. – e deu um tapa na minha bunda.

– Não. – interrompi. – Esse não é o Oliver. É o Kevin.

– Safadinha. – deu mais um tapa na minha bunda. – Quer dizer que você catou o Oliver Queen e agora está com esse pedaço de mau caminho?

– Não! – dei de ombros. – Nós só somos colegas. – falei olhando para baixo.

– Sei. – disse. – Dá para sentir a onda do calor que vocês sentem um pelo outro. – continuou. – Você esqueceu que fui um cupido.

– Não existe nada entre nós. – respondi. – Acredite Kevin e eu não temos nada do que assuntos mal acabados. – continuei. – Falando neles, precisamos de sua ajuda.

– Claro. – respondeu. – CHRISSSSSSSSSSSSS – e deu mais um berro.

Chris era a empregada de Miss Santinha. Uma latina muito bonita que fazia tudo o que sua patroa mandava.

– Então se o que vocês estão me dizendo é verdade, vocês terão que salvar esse mundo.

– Como assim? – perguntou Kevin.

– Vocês não entendem. – respondeu. – Se os personagens invadiram aqui, algumas coisas poderão sofrer alterações para sempre. E pode até ser que esse mundo que vocês conheceram possa deixar de existir. – explicou.

– Mas eu não entendo. – interrompi. – Você está aqui!

– Mas é diferente. – falou. – Eu não sou fruto de uma criação, sou real. Ajudei muitos roteiristas a escreverem alguns episódios só para juntar esses casais que vocês tanto amam. – continuou. – Eu sou um tipo de um anjo, um cupido para esses escritores. Posso sair do mundo das séries quando eu bem entender, já os personagens... bom, se eles saírem, coisas ruins podem acontecer.

– Entendi. – falei.

– Vocês precisam encontra-los e devolve-los para o mundo das séries antes que o pior aconteça. – disse. – O futuro desse mundo e do mundo das séries dependem de vocês. 7

Nós nos despedimos com um forte abraço. Antes, almoçamos lá um delicioso risoto feito por um chef francês e comemos algumas comidas típicas daquelas visas em filmes e seriados.

– Ainda não acredito que Miss Santinha virou rica e famosa. – falei.

– Miss Garota Propaganda! – retrucou e nós demos risadas.

– Verdade. – falei. – Que barulho foi esse? – perguntei.

– Parece de uma sirene. – respondeu. – Alice, corre! – disse.

Sim, não era mentira, era real. Alguns policiais estavam atrás da gente. Parece que estávamos sendo procurados ou algo do tipo. Nós conseguimos nos esconder num beco perto da sede do Mc Barretos.

– Você está bem? – perguntou Kevin olhando fixamente para mim.

– Estou. – respondi quase ofegante. – Por que a polícia está atrás de nós?

– Não sei. – falou e ele me beijou quando escutamos a sirene da polícia passar por perto.

– Kevin? – falei quando ele me largou.

– Sim? – respondeu.

– Você não devia ter me beijado. – e novamente nossos lábios se encostaram quando outro carro passou por nós. Desta vez o beijo foi mais tenso e mais envolvente. Se eu queria ser beijada pelo Kevin? Talvez. A única coisa que eu sabia era que ele sabia beijar muito bem.

– Droga. – resmunguei quando o meu celular tocou. – É a Anna! – falei. – Preciso atender.

– Tudo bem. – disse. – Vamos! Acho que estamos fora de perigo. – e ele me deu a mão para sairmos desse lugar deliciosamente estranho.

– Alô! Anna o que houve? – perguntei no telefone.

[CONTINUA]


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