Confissões de uma Seriadora Sempre em Crise escrita por Confissões de uma seriadora
Meu nome é Alice Casanova. Recentemente descobri que meu mundo estava sendo invadido por personagens de séries. Minha melhor amiga Anna agora virou minha chefe e Kevin está me ajudando a salvar o mundo. Encontramos Barry Allen e descobri que quando eu estava no mundo das séries acabei fazendo uma bagunça. Claro que Kevin e sua arrogância também está envolvido, afinal, eu sou uma heroína e heroínas não cometem erros sozinhas. Minha melhor amiga ficou interessada em Kevin e ele também ficou gamado nela. O problema é que Kevin e Anna não tem nada em comum exceto seus gostos peculiares. O que eu tive que fazer? Inventar que eles eram gays. Só que meu plano não deu certo e eles acabaram descobrindo minha mentira. E eu estou ferrada! Serei obrigada a ir ao casamento da minha melhor amiga com o idiota do Kevin.
— Alice, é melhor você me explicar essa história do Kevin ser gay! — Gritou minha melhor amiga para mim.
— Eu não sou gay! — retrucou Kevin.
Estou ferrada!
— Calma querida melhor amiga. — Falei tentando disfarçar. — Kevin? Gay?! Haha haha, até parece. — Continuei. — Quem falou que ele era gay?
— VOCÊ! — Gritaram os dois.
— OK, eu posso ter falado uma coisa desse tipo, mas é que vocês dois… Vocês… Não tem muita coisa em comum e isso que estava pensando no bem dos dois. — Falei tentando mudar o assunto.
— Alice você é louca! — Falou Kevin pegando sua jaqueta.
— Vocês não entendem. — tentei explicar. — Eu só estava sendo uma boa amiga.
— Amiga?! Alice conte outra. — Disse Anna ironicamente. — Isso é típico seu: você mente, apronta, inventa um monte de histórias e depois se faz de coitadinha dizendo que só queria ajudar. — Anna deu um sermão.
— Ana mas ... — Continuei, mas em vão.
— Mais nada! — Gritou minha melhor amiga. — Vamos Kevin, você gosta de sushi?
— Adoro! — Respondeu Kevin.
— Ótimo. Conheço um restaurante excelente aqui perto. — Disse Anna. — Vamos ter o nosso merecido primeiro encontro!
É, parece que desta vez eu estava ferrada e não adiantava inventar que era culpa da educação física. Kevin e Anna iriam ter seu primeiro de muitos encontros e eu teria que aceitar a ideia de ser madrinha do casamento deles, de batizar o pequeno Lorenzo, primeiro filho deles, escutaria as longas conversas sobre como seria a vida de casada da minha melhor amiga. Blablablá! E para piorar fui eu quem acabei unindo os dois.
A versão mais curta é que eu convenci Barry me ajudar. A mais longa é que isso demorou uns 40 minutos, custou 4 copos, 12 pratos e algumas janelas quebradas. Eu precisava encontrar Kevin e Anna e para isso precisava da ajuda do homem mais rápido do planeta. O problema é que em Master Hill não temos nenhum restaurante de sushi e eu ainda precisava arrumar toda a bagunça em que eu me meti. Barry e eu andamos por todos os lugares e nada de acharmos Kevin e Anna. Na certa ele estaria na casa dela, na cama dela, fazendo aquelas sacanagens típicas que duas pessoas fazem assim que se conhecem. Um querendo mostrar que era melhor que o outro. Já estava prevendo a Anna mostrando sua tatuagem no lugar secreto e Kevin dizendo que era o melhor naquilo que fazia.
— Barry você tem certeza que é por aqui? — Perguntei ao olhar naquele lugar escuro.
— Alice acredito que seja aqui. — Respondeu. — É o último lugar que estava na lista.
— Barry você tinha que ser mais rápido. — Continuei. — Você diz que é o flash.
— Acontece que aqui minha velocidade não é tão rápida quanto em Central City. — Deu de ombros.
Provavelmente Kevin já estaria no quarto da Ana nesse momento e não adiantava nada que eu fizesse para separa-los. Barry não era tão útil como eu pensei que seria, mas se alguém podia me ajudar esse alguém se chamaria Barry Allen.
— Esse lugar é muito esquisito! — Falei assustada.
— Alice aqui é único lugar que eles possam estar.
— Que nada, eles já devem estar comendo a sobremesa. — Falei. A verdade é que me assustava tanto saber que Kevin poderia ter um relacionamento com a minha melhor amiga. Pode parecer loucura e alguns vão dizer que é ciúmes mas eu estava zelando pelos dois. Era minha função protegê-los.
O lugar que Barry me levou era enorme e ficava em frente a um armazém abandonado. Parecia um lugar de terror. A porta era enorme e as janelas estavam com madeiras pregadas. Bar foi na frente e eu só pude escutar um grito.
— Barry! — Chamei por ele assustada.
— Alice, acredito que é que seja um portal. — Falou ele e quando eu percebi ele já tinha voltado para o seu mundo.
— Mas como? Como é possível isso? — Perguntei preocupada com o futuro de Barry.
— Você ajudou Barry a superar a sua velocidade. - Falou uma voz estranha.
– Quem é você? - Perguntei.
– Sou um amigo. - Respondeu. - Meu nome é August, sou o protetor dos personagens.
– Sou Alice, muito prazer. - Quando dei por mim ele já tinha desaparecido.
Deixando Barry no seu mundo, decidir ir para um único lugar onde poderia evitar o pior: a casa de Ana. Se Ana e Kevin tiveram seu primeiro encontro, com certeza ele terminaria na cama dela. E como amiga era meu dever evitar o pior: um casamento entre minha melhor amiga e o menino mais chato que eu conheci.
Chegando na casa dela tentei bater na porta, tocar a campainha, até ligar para ela. Mas nada adiantou: Ana e Kevin estavam muitos ocupados. O que eu fiz? Peguei a chave reserva que estava escondida por debaixo da estátua de golfinho.
– Anna? Kevin? - Chamei por eles. - Droga! Será que eles foram num hotel?
Mil coisas passaram pela minha cabeça e quando eu ia chamar a polícia, deixei cair um vaso caríssimo dos pais de Anna. O pai de Anna era um colecionador de arte. A mãe dela era modelo e conheceu o seu marido num leilão de obras de artes. Eu tinha que consertar isso. Se não, eu estava ferrada.
Enquanto isso... Num lugar perto da casa da Anna.
– Não sabia que você era fã da Família Dinossauro! — Disse rindo o Kevin.
— Quem que não gosta deles? - continuou Anna. — Não é a mamãe, não é mamãe. Haha haha.
– Pois é.
– Eu moro aqui. - Disse Anna.
– É um convite? - Perguntou Kevin.
– Olha Kevin, você parece ser um cara bacana mas…
– Mas o que? - Interrompeu. - Não me diga que a Alice tinha razão e você é gay.
– Mas não é na minha casa que você gostaria de entrar. - Completou. - A Alice é minha melhor amiga e eu não quero magoá-la.
– Magoar? Como assim?
– Eu sou meio que vidente. - Falou. - E também dá para perceber que você tem sentimentos por ela.
– Sentimentos? Sim, eu tenho. Às vezes, ela me enlouquece. Mas é só. - Respondeu.
– Tudo bem. - Falou. - Ela é Alice e eu torço por vocês dois.
– Por nós dois?!
– Kevin, tudo bem você estar apaixonado por ela.
– Mas eu não estou! - Deu de ombros.
– Tem certeza? - Perguntou. - No jantar você não parou de falar nela e quando falava seus olhos brilhavam. - Continuou. - Acredite, isso se chama amor.
– Amor?! - Falou. - Eu não posso estar apaixonado por ela.
– Por que não? - Perguntou.
– Porque ela gosta de outro.
– Acredite, se ela gostasse de outro não teria ficado tão brava com a hipótese de nós dois namorarmos.
– Você pode ter razão. - Disse. - Talvez eu esteja apaixonado pela Alice. - falou suspirando enquanto Anna dava um beijo em seu rosto.
– Tenha uma ótima noite e lute por ela. - Falou e entrou na sua casa.
– Eu estou apaixonado pela Alice Casanova. - Falou em voz alta enquanto seguia em frente. - Mas do que adianta? Ela é apaixonada por Oliver Queen. Se eu gosto dela? Sim, eu a amo.
[CONTINUA]
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