Vic and Teddy escrita por SomebodyToLoove


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Como já disse é minha primeira one. Espero que gostem. Boa leitura.



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Eu não estava aguentando mais, eu tinha que rir, mas eu não podia rir, o problema é que ele estava muito engraçado. Não me aguentei, soltei uma gargalhada. Teddy me olhou apavorado pelo meu espontâneo ataque de risos, mas isso era porque ele não fazia idéia do quão engraçado ficava com os cabelos cor-de-rosa.

Todas as outras pessoas que estavam na biblioteca me olharam apavoradas, o que não é pra menos. Mas as pessoas já deviam estar acostumadas com esse tipo de coisa quando se trata de mim, Victoire Weasley. E deviam estar mais acostumadas ainda quando se trata de eu e Teddy Lupin juntos.

O Teddy estava com o cabelo rosa pink e a culpa era toda minha. Eu adorava isso, na verdade eu adorava o Teddy, adorava até mais do que devia. Eu e ele éramos como irmãos, crescemos praticamente juntos, ele era apenas um ano e alguns meses mais velho que eu. Lembro que foi ele que me ensinou a voar, que me ajudou quando eu entrei pra Hogwarts e era ele, que, atualmente me aturava todos os dias.

Pelo fato de Teddy estar sempre junto comigo e cuidando de mim é que eu acabei começando a gostar dele, gostar mais do que eu devia. Na verdade acho que eu sempre gostei dele mais do que devia, mas não tinha percebido isso até esse ano.

Eu morria de inveja quando garotas falavam com ele e quase tive um treco quando vi ele beijando a Amanda Spiken, da Corvinal. Não que eu tivesse esse direito, Teddy me via como uma irmã, e achava que esse ciuminho que eu sentia era por causa disso. Mas meu ciúme não era ciúme de irmã, eu estava realmente apaixonada por ele.

Mas ele tinha ficado meio estranho comigo de uns dias pra cá. Desde o dia em que eu apostei com ele e ele perdeu. Ele apostou na Corvinal, e eu apostei na Lufa-Lufa, e quem ganhou aquela partida de quadribol foi a Lufa-Lufa, portanto eu ganhei a aposta. E como tinha sido combinado ele teria que ficar duas semanas com o cabelo rosa pink.

Eu não sabia porque ele estava estranho comigo, talvez porque tivesse perdido a aposta, ou então porque me viu beijando o Esteve Clair atrás da arquibancada, não sei ao certo, provavelmente era por causa do beijo, eu era realmente a irmã mais nova que ele não tinha e por isso ele ficava querendo me proteger. Mas poxa vida, eu já tenho quinze anos!

—Vic, para de rir! –Teddy me repreendeu

Eu parei.

Ele estava definitivamente muito estranho comigo. A gente estudava muito juntos, e acho que era só por isso que ele estava ali comigo, porque em todo o restante do tempo ele me evitava.

—Nossa Teddy, porque você ta tão irritadinho? –tentei descontrair

—Só estou tentando estudar, não é por isso que a gente vem aqui? –respondeu

—Okay. –me limitei a responder.

Mas na verdade a gente não estudava assim, vivíamos rindo e atrapalhando os outros, e por isso acabávamos sendo expulsos da biblioteca.

Estudamos por mais uma meia hora até eu e Teddy concordarmos que já era hora de voltarmos para a sala comunal da Grifinória. Quando chegamos lá ele foi direto pro seu dormitório.

Talvez o fato de Teddy estar estranho fosse porque o dia 2 de maio estava chegando, era o meu aniversário, mas também era o aniversário do final da segunda guerra bruxa, o dia em que os pais de Teddy morreram.

O fato era que eu não estava aguentando mais desse jeito.

xXx

A semana passou, Teddy me evitou como vinha fazendo desde o dia do jogo. Amanhã seria dia dois de maio. Nesse mesmo dia a aposta do cabelo rosa acabaria, e ele podia voltar a usar seu lindo cabelo no tom azul turquesa que ele tanto gostava. E eu devo dizer que também achava aquele cabelo super sexy, assim como achava o Teddy inteiro sexy. Infelizmente todo o resto da população feminina de Hogwarts também caia de amores pelo cabelo do Teddy, isso me irritava.

A única coisa que me irritava mais que as garotas em cima de Teddy, eram os garotos que babavam por mim, por ter sangue veela na família eu tinha um certo efeito sobre os meninos, isso sempre me atrapalhou infinitamente, nunca sabia se uma pessoa gostava de mim por quem eu era ou porque a minha parte veela estava agindo. Isso era horrível. O único que eu sabia que gostava de mim de verdade era Teddy e ainda assim ele gostava de mim só como irmã. Ele parecia não ser afetado pela minha parte veela e eu agradecia por isso. Mesmo assim eu queria que ele gostasse de mim do mesmo jeito que eu gostava dele, mas isso não acontecia. Frustrante.

Eu estava sentada em um canto da sala comunal da Grifinória, mal tinha visto o Teddy hoje e estava chateada com isso. Afundei mais na minha poltrona tentando ler o livro que tinha nas mãos, mas cada parágrafo que eu lia tinha que reler por que minha cabeça estava voando em outro lugar, outra pessoa, e eu não entendia nada do que tinha lido.

Fechei o livro e olhei para o relógio na parede, faltavam vinte minutos para a meia noite, vinte minutos para o que era para ser o meu dia mais feliz do ano, mas nunca era.

Uma coisa me chamou a atenção, uma coisa rosa pink atravessando a sala em direção a saída. Onde ele estava indo a essa hora?

Não esperei nem um minuto, assim que ele saiu pelo retrato da mulher gorda fui atrás dele. Teddy andava de cabeça baixa e com as mãos nos bolsos da calça. Observei ele virar no corredor e começa a subir as escadas. Minha curiosidade estava me matando, eu queria muito ver onde ele estava indo e o que ele ia fazer, mas ao mesmo tempo minha consciência dizia que aquilo não era certo, se Teddy queria ficar sozinho devia deixá-lo sozinho. Mas minha curiosidade venceu e eu fui silenciosamente atrás dele.

Teddy foi até o sétimo andar e entrou em um banheiro fechado por faixas amarelas, estava interditado. Esperei uns minutos depois que ele entrou e o mais silenciosamente possível também entrei.

Teddy estava parado a frente do espelho encarando seu reflexo, ele percebeu quando eu entrei e se virou para mim.

—Admirando como eu tenho bom gosto para escolher cores de cabelo? –perguntei tentando descontrair um pouco.

Teddy sorriu.

Eu ri.

—À dias eu não via esse sorriso –falei, mas me arrependi quando o vi sumir.

Ele se apoiou de costas na pia e abaixou a cabeça, o cabelo rosa se destacando à pouca luz.

—Então, fiquei curiosa. Por que você veio até aqui? –perguntei tentando puxar conversa.

—Pra ficar sozinho. –disse ele

Aquilo foi como um tapa na minha cara, um tapa muito forte.

—Desculpa. –disse virando as costas –Eu já vou indo então.

—Não Vic –falou Teddy –Não foi isso que eu quis dizer. –ele parecia ter se arrependido do que falou.

—Não, tudo bem Teddy. De verdade. –disse alcançando a porta –Até mais.

Então senti uma mão me segurando forte pelo pulso.

—Espera Victoire. –Teddy tinha cara de cachorrinho que caiu da mudança.

Olhei intrigada para ele.

—Eu queria ficar sozinho, mas pensando bem, é muito melhor se você ficar aqui junto comigo.

—Okay. –respondi indo com ele para perto das pias novamente. –Tem uma coisa que está me intrigando. Por que aqui? –Falei sorrindo.

Teddy também sorriu. Finalmente seu sorriso voltou.

—A sei lá. Ninguém vem aqui, sabe, é um dos melhores lugares pra se ficar sozinho. Sempre venho aqui.

—Você é estranho.

—Eu sou estranho?! –ele fez falsa cara de ofendido.

—É. –concordei.

Ele me segurou pelos ombros e me virou de frente para o espelho.

—Isso sim é uma pessoa estranha –falou enquanto eu olhava o meu reflexo.

—Idiota!

Nós dois rimos. Mas o clima bom foi cortado pelo bip do relógio de pulso de Teddy quando deu meia noite. Ele ficou sério novamente, aquele não era o Teddy, simplesmente não parecia ele.

—Acho que já pode tirar o rosa do cabelo. –falei

Teddy sorriu de leve.

—Finalmente posso me livrar dessa droga –enquanto ele falava seu cabelo foi voltando a ser o azul turquesa lindo de sempre e que eu amava.

—Adoro quando você faz isso. –falei

—Eu sei –ele respondeu –Você me adora.

Eu sorri. Acho que meu Teddy de sempre estava voltando.

—Então acho que já é dia 2 de maio né? –disse ele

Apenas concordei com a cabeça.

—Feliz aniversário Vic. –ele falou me puxando para um abraço

Afundei a cabeça em seu pescoço tentando absorver aquele cheiro maravilhoso que ele tinha enquanto ele me apertava forte.

Quando ele me soltou eu o encarei brincalhona.

—Então, cadê o meu presente?! –falei

—Ih, esqueci! –riu ele

—Bobo!

—Brincadeira. Na verdade eu não sei se você vai gostar da idéia que eu tive pro seu presente.

Eu ri.

—Qualquer ideia sua é maravilhosa. E além do mais, você me conhece melhor que qualquer um, sabe como me agradar.

—Tudo bem.

Então Teddy fez a última coisa que eu imaginei que ele pudesse fazer, ele me beijou.

Me puxou para frente e só uniu nossos lábios no começo, e assim que nossas bocas se tocaram eu senti uma corrente elétrica percorrer meu corpo.

Logo sua língua pediu passagem e eu não tive como negar. Seus braços estavam em volta da minha cintura e minhas mãos se emaranharam naquele cabelo azul perfeito. Ele me beijava calmamente e eu retribuía completamente entregue, sua língua explorando cada cantinho da minha boca. O beijo foi lento e intenso ao mesmo tempo. O melhor da minha vida.

Teddy separou nossos lábios, mas quando sua boca se afastou da minha eu instintivamente me inclinei mais em sua direção tentando continuar o beijado.

—Acho que alguém gostou –disse ele sorrindo.

—Ninguém nunca me beijou desse jeito. –disse eu, e olha que eu tinha uma vasta experiência de beijos.

—Corrigindo; Eu nunca beijei você.

Nós rimos.

—Por que você nunca fez isso antes? –perguntei

—Medo. –disse simplesmente

—Medo de que?

Teddy continuava abraçando minha cintura e eu estava amando seu toque.

—Não sei bem. –disse pensativo –Acho que porque você sempre deixava todos os garotos babando por onde passava, podia ter qualquer um que quisesse. Por que iria me querer? Justo eu sabe.

Refleti por uns minutos antes de responder.

—Tenho que te contar uma coisa. –disse finalmente, ele me olhou ansioso –Esse ano eu percebi que na verdade sempre fui apaixonada por você. –ele ficou confuso –É isso mesmo que você ouviu. Foi quando eu te vi beijando a Amanda, fiquei com vontade de pular no pescoço dela, mas não podia, não tinha esse direito. Foi aí que eu percebi o quanto eu gostava de você. Que eu sempre gostei de você.

Não esperei que ele me respondesse e o beijei novamente. Nos beijamos pelo que me pareceram horas, parando apenas para recuperar o fôlego e voltar a nos beijar. O beijo de Teddy era perfeito. Meu corpo parecia se encaixar perfeitamente entre seus braços, seu cabelo era macio e os centímetros que ele era mais alto, tornavam tudo ainda melhor.

Em umas das pausas Teddy me olhou.

—Por que eu?

—O que? –eu perguntei atordoada.

—Por que eu quando você pode ter qualquer um?

—Exatamente por isso. Quero alguém que goste de mim pelo que eu sou, não por que tenho uma parte veela.

Teddy riu.

—Sabe, é difícil gostar de você pelo que você é Vic, você é muito irritante!

—Você também é irritante! –retruquei.

—Você é mais.

Eu bufei e ele me deu um selinho, foi o bastante para amolecer-me completamente.

—Mas eu nunca entendi uma coisa. –disse eu.

—Há muitas coisas que você não entende querida, mas qual a dúvida do momento? –dei um tapa eu seu braço.

—Por que meu lado veela não afeta você?

—Seu dado veela não me afeta?! - ele riu - Você não faz idéia do quanto ele me afeta!!! - concluiu a frase quase gritando

—Mas você nunca demonstrou...

—Aprendi a controlar. Só isso. –falou ele dando de ombros.

—Hã? –eu não sabia que se podia controlar esse tipo de coisa.

Ele sorriu.

—É, foi bem complicado, principalmente quando eu era pequeno, ficava fazendo planos da gente namorando, depois casando, aí tendo filhos e ficando velhinhos juntos. Até que com os anos eu comecei a aprender a controlar isso. Ou ficaria com mais cara de panaca ao seu lado do que eu já ficava.

Eu ri, não sabia o que responder, então o beijei.

Nos beijamos pelo que me pareceu a eternidade. Até que eu lhe perguntei.

—Como eram seus planos?

—Planos de uma criança de oito anos –disse ele dando de ombros.

—Ta, mas eram bons?

—Perfeitos. –disse ele e eu sorri –Por que me perguntou isso?

—Só queria ter certeza da possibilidades pro futuro…  –falei.

Nós dois sorrimos voltando a nos beijar.


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Notas finais do capítulo

Amei escrever essa fic. Espero que também tenham gostado de ler. Obrigada.



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