Projeto Eligio. escrita por P B Souza


Capítulo 23
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

E enfim, o que vai acontecer com Nillas, o que Anur vai fazer, e os outros eligios, tudo isso e muito mais... No Globo Reporter...
Brincadeiras a parte, boa leitura!



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Rochandelly – 00h43min 19/04/2631

Nillas rolou na cama caindo quando não existia mais colchão por onde rolar.

Bateu no chão sem saber onde estava. Tentou reviver a memória, lembrar-se do que tinha acontecido. Ouviu apenas uma explosão de vidros, isso, foi isso que tinha ouvido. Vidros estourando por todos os lados. Tentou desesperadamente se colocar em pé, mas os ossos velhos e pegos de surpresas não aceitavam os impulsos dados pelos flácidos músculos.

Então ouviu passos, ou um único passo e alguma coisa agarrou sua camisa fina de dormir, ele ouviu o tecido preste a rasgar, foi puxado para cima como brinquedo.

O tecido da camisa parecia rasgar suas axilas, Nillas tentou se virar e encarar seu agressor, não pode, seja quem fosse estava o segurando pelas costas.

Então foi jogado contra a cama, bateu primeiro com os braços, os cacos de vidro cortaram a pele velha. Nillas se virou vendo cacos saltitando na cama. Então olhou para ele, o Eligio.

– Por que quer nos matar? – Anur berrou em fúria. Parecia realmente disposto a tudo, suas feições levemente asiáticas estavam tomadas por uma rigidez anormal.

Nillas gemeu se encolhendo sem saber o que fazer.

– POR QUE? – repetiu com saliva voando por entre os dentes batendo em fúria.

– Eu não sei do que você...

– Resposta errada!

Anur agarrou os lençóis e cobertores e mais lençóis... Aquela cama estava com tantas camadas de tecido que ele nem podia as contar. Puxou e com isso Nillas veio junto.

Os cacos de vidro caíram no chão enquanto Anur agarrava Nillas novamente.

Nillas se debateu, tentou socar Anur, mas o Eligio infinitamente mais rápido esquivou-se e torceu um dos braços de Nillas até que o Rei gritasse.

E quando o fez a porta do quarto foi espancada.

– Deveria fugir. – Nillas sugeriu.

Então um baque forte contra a porta. Anur percebeu que eles iriam entrar. Olhou para Nillas então jogou-o de volta na cama, agora na beirada e Nillas rodou prestes a cair, mas Anur foi mais rápido e agarrou o pé dele, Nillas virou de ponta cabeça sendo balançado como um pedaço de carne e nada mais.

– Não fiz nada contra vocês, malditos traidores... O que quer para me pôr no chão? – Anur levava Nillas balançando par algum lugar que Nillas gelou ao perceber onde era.

Então a porta veio abaixo. Uma pancada seca contra a madeira e metal e madeira se partindo, tudo contra o chão.

– PARADO! – O berro estridente era de ninguém menos que Wastron.

– Mas como diabos você está aqui? – Anur resmungou estendendo o braço olhando para Wastron enquanto o Comandante apontava um revolver para sua cabeça. – Como está em todos os lugares, o tempo todo!

Wastron deu de ombros abrindo um pequeno sorriso que se desfez tão rápido como se fez.

– Solta ele. – Wastron disse com os braços esticados segurando o revolver firme entre os dedos, prestes a puxar o gatilho ponderando se a vida do Eligio valia a vida de Nillas.

Nillas abriu a boca e vomito saiu por ela, pelo nariz também. Estava zonzo olhando a imensidão de Rochandelly, pendurado para fora do hotel pela janela quebrada. Anur o segurava pelo tornozelo e Nillas balançava como pendulo de relógio, conseguiu, depois de tentar e vomitar e tentar de novo, olhar para o quarto e ver Wastron.

– Olha que eu solto. – Anur disse abrindo um dos dedos e Nillas deslizou menos de um centímetro, então soltou um grito não muito fino, mas o bastante para mostrar que estava amedrontado.

Anur olhou para Nillas deixando Wastron apontar-lhe a arma, não iria atirar e matar seu Rei.

– O que você quer de nós?

– NADA! – Nillas berrou, o sangue subia-lhe a cabeça, estava ficando tonto. – Não quero nada de vocês. Aberrações...

– Então por que tem um homem apontando uma arma pra minha cabeça?

– Por que você tá ameaçando a vida do Rei do Oeste? – Wastron respondeu. – Parece motivo o bastante para você aberração?

Anur olhou para Anur, os olhos cintilando de raiva.

– Vai em frente! – Disse encarando Wastron. – Me mata. Não é isso que você quer?

Anur não tinha a menor ideia do que estava fazendo.

– Eligio... Anur... – Nillas soou calmo e amigável. – Você quer algo certo? Me diga, podemos negociar.

– Liberdade! – Anur respondeu incerto olhando para o céu gelado da madrugada, um fino sereno caia. – Eu não quero mais ser caçado.

– Nunca vai acontecer! – Wastron respondeu sem dar tempo de fala para Nillas que lhe lançou um olhar de reprovação.

– Então eu só tenho uma escolha. – Anur disse obstinado enquanto os dedos se abriam.

– Não...

Mas independentemente do que Nillas fosse dizer, era tarde demais para discursos.


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Notas finais do capítulo

Reis com seus intermináveis discursos. Felizmente, dessa vez, não teve tempo!
Até o próximo!!!



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