Em cima do enorme palco da famosa e bem conceituada ópera Paris, Christine Daaê, a bailarina humilde que fora ensinada durante anos por um anjo da música, que se manteve oculto de sua pequena pupila. Agora, depois de muitos anos oculto na escuridão da noite, o temível fantasma da ópera, estava ali em sua frente cantando um dueto ao seu lado.

A jovem bailarina, enquanto cantava e interpretava a peça criada por seu professor, que se chamava, Dom Juan Triunfante. Ao mesmo tempo em que o temia também o apreciava com seus belos olhos cor de terra.

Sua voz rouca e aveludada causava estranhos e intensos sentimentos na pobre bailarina, alvo de obsessão do fantasma da opera.

Dançando e cantando assim se seguia a peça criada pelo homem mascarado.

Entre Raoul, seu melhor amigo de infância e paixão correspondia, e o fantasma, um homem de rosto deformado, mas possuidor de uma genialidade jamais vista antes, fazia com que o coração da jovem se dividisse em dois.

“Em qualquer lugar que você for deixe-me ir também
Christine, isso é tudo que peço ...”

E quando o fantasma estava prestes a terminar seu solo na canção, Christine pousou sua mão direita em seu rosto e pensou por alguns instantes.

Ela precisava tomar uma decisão, mas seu medo de magoar um dos dois era inevitável, mas seu coração não poderia se enganar, não novamente. Christine sabia o que precisava fazer. E então, em um movimento delicado, a jovem de cabelos cacheados e pele alva, gentilmente acariciou as bochechas do fantasma, e em seguida sussurrou, virando-se para trás fitando com seus olhos tristonhos na direção de Raoul, seu amigo, mas infelizmente não seu amor verdadeiro. E então, sussurrou: - Me desculpe, mas ele me completa, e juntos, nós podemos criar musicas que não transmitam futilidades, mas sim a beleza de um homem que apesar de não ter um rosto perfeito, possui em seu coração uma beleza que supera qualquer cicatrizes em sua face, mas que as pessoas que o cercavam, recusaram-se a ver. – E com essas palavras Christine Daaê, voltou a fitar os olhos azuis intensos de Erik, e em um impulso, selou seus lábios nos dele, dando inicio a um beijo calmo e cheio de amor.

- Eu te amo, sempre te amei, e não será esse mero detalhe em seu rosto que fará meu amor por você acabar. – Murmurou a jovem entre vários selinhos.

- Obrigado, você Christine, nesse exato momento, fez de mim um homem feliz. – O fantasma, com seus belos olhos marejados em lágrimas, abraçou sua pupila com força, fazendo todos os expectadores, ali presentes levantarem de suas poltronas e aplaudirem de pé, o casal que apesar das divergências e receios, no fim acabaram juntos.