Break Wings escrita por Fernanda Furtado


Capítulo 42
42


Notas iniciais do capítulo

Espero que em meio a tanta tensão da fic... Vocês gostem do momento Clace ;*



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No capitulo passado...

Depois Clary ficou conversando com os meninos sobre o plano dele. Eles decediram o seguinte, foi Izzy que planejou tudo.

Rebecca já havia comprado a casa, Rebecca e a mãe se mudariam no dia seguinte, até lá, Clary descansaria para viajar pelo portal. E depois de tudo, eles iam para um lugar que Magnus tinha se lembrado que podia ser o único esconderijo deles. Clary aceitou após saber qual lugar era.

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...

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O grupo de 8 adolescentes passaram pelo o portal, desta vez criado por Clary e logo eles estavam jogados na grama, Magnus foi o primeiro a se levantar, esticou os braços dramaticamente e gritou para os jovens que estavam jogados no campo.

–Bem vindos! A Ilha de Pascoa! –Ele gritou, e todos olharam em volta observando a paisagem, Clary se levantou.

–Cadê Izzy? –Ela gritou, Clary ainda estava com suas asas expostas, as asas estava cheias de grama, ela se sacudiu e suas asas também.

–Estou aqui... Por favor, me tirem daqui. –A voz de Izzy disse acima da cabeça deles, Izzy estava em cima de uma das grandes estatuas de pedra, Alec se contorceu de rir, enquanto eles decidiam como tirariam a garota de lá, Clary voou até Izzy a pegou e desceu, antes que eles tivessem ideias estupidas de como tirar a garota.

–Okay. –Jonathan disse batendo uma mão na outra. –E agora?

–Seguimos com o plano. –Clary disse. –Me de o dinheiro Jonathan.

–O quê? Por que?

–Apenas me dê. –Ela disse esticando a mão, O irmão lhe estendeu um envelope muito rechonchudo que tinha em tornou de 5 mil dólares. Ela limpou a garganta. Antes de passarem pelo o portal Jonathan foi até o banco e retirou a quantia de 20 mil da poupança de Clary, pois Clary falou que se passem o cartão a Clave poderia suspeitar e ir atrás deles, então eles sacaram dinheiro. –Eu não posso aparecer em publico. –Ela disse negando e suspirando. –Não com as asas.

–Mas elas já estão bem... Não pode esconde-las? –Magnus perguntou.

–Elas ainda estão se curando, apesar de estarem aparentemente curadas, algumas partes foram mais danificadas do que outras, então... Eu vou ficar aqui, cuidando das nossas malas. Enquanto isso, vocês providenciem, alimento, abrigo e roupas, para todos nós.

–Okay, só tem um problema, quem sabe falar espanhol chileno? –Simon perguntou, Jonathan, Magnus e Clary ergueram a mão. –Como assim espanhol? Vocês sabem falar espanhol?

–Querido, eu tenho quase 500 anos, é claro que eu viajei muito mundo a fora, e a propósito a ideia de vir para cá foi minha não é?

–Okay, okay, e vocês dois?

–Aprendemos 5 linguas desde crianças. –Jonathan disse dando de ombros. –Isso fazia nossa mãe não se estressar conosco, aprendíamos e a deixávamos quieta. –Jonathan disse.

–Por isso que você sabe tocar piano? –Jace perguntou, Clary corou, ao ver todos lhe olhando, mas assentiu de leve. –Hmmm. –Ele resmungou.

–Okay então. –Izzy disse chamando atenção para ela. –Eu e Magnus, providenciamos, roupas. Vocês, vão procurar abrigo e comida. –Ela disse já empurrando os 4 meninos para o canto.

–Hey, calma ai, eu sou muito bom em comprar roupas. –Jonathan resmungou.

–Mas Magnus o magnifico é melhor. –Magnus disse empinando o nariz e puxando Izzy pelo o braço sumindo. Clary olhou para o irmão que observava Izzy se afastar com Magnus.

–O que vocês estão esperando? –Clary disse estalando os dedos. –Pode parecer turistas por aqui e como é que eu vou explicar que tenho asas? Vão! –Ela disse os despachando. Eles suspirando e foram, Clary logo puxou todas as malas que eles tinha trazido, uma de comidas que Rebecca tinha feito pra eles, uma com roupas, simples e poucas, nenhum para homens e um bolsa de armas, as armas que eles tinham consigo.

O motivo de Clary querer ficar sozinha era que ela precisava meditar e mais, ela sabia que por ali devia ter interferências de Nephilim, afinal, todo o mundo tinha interferência de Nephilim, ela apenas tinha que descobrir onde. Clary andou por minutos incansáveis, com uma garrafinha na mão pela a vegetação baixa, quando um camundongo, um pequeno roedor chamou a atenção de Clary, ela se aproximou, e o rato não aprece assustado, ele era branco como a neve, mas o que mais chama atenção, não era ele ser branco, ou ter olhos amarelos irritadiços, era que prendido ao seu pescoço, tinha algo como um anel, uma identificação.

–Vamos, me leve para seu dono. –Clary disse. E logo o rato pulou na vegetação baixa e correu.

Clary estava ofegante e sem forças, ela ainda estava em recuperação, não totalmente recuperada e a corrida estava dando-lhe tontura, e mais já estava entardecendo, ela tinha que ir rápido, antes que os meninos chegassem. Quando Clary viu a uns 3º metros o enorme prédio que parecia medieval, ela soube.

–Nephilim. –Ela sussurrou e agora, deixando o rato ir, ela foi se esgueirando por entre a mata, tentando chegar mais próxima, ver a movimentação, da mansão que parecia medieval, algo parecido com o Instituto de New York, mas ela tinha certeza que o Glamour dele não era aparecer como uma igreja destruída.

Ela viu sombras se movendo risadas, crianças e adultos, eles brincavam, e Clary achou aquilo esquisito, se aproximou bem perto, e viu que eram 2 adolescente aproximadamente de sua idade e 3 crianças, com 10 a 12 anos, eles brincavam de correr e uma mulher mais velha os observando. Clary ficou excitada ao vê-los, aquilo lhe trouxe boas recordações e más também. Se lembrou dos primeiro momentos de sua vida, e breves lembranças de Luke, dele brincando com ela, enquanto era bebê, de dela e de seu irmão Jonathan correndo e brincando com outras crianças, até... Até Clary se mostrar uma aberração, um frio chegou à espinha de Clary, ela sentiu seu rosto molhado, lágrimas, as asas ficaram nervosas, foi quando a mulher olhou diretamente pra ela, e ela logo se abaixou.

–Leonardo! –A mulher gritou com um grande sutaque, então ela ouviu conversas e pode entender já que falava fluente Espanhol, a mulher dizia...

–Ah alguém lá fora, vi sombras...

–Isso é apenas sua imaginação.

–Não, não é! Ah demônios e...

–Calma Maria, eu irei ver, mas aposto que não é nada... Apena sua imaginação.

–Não! Você lembra a mensagem da Clave, o anjo...

–O anjo não virá atrás de nós, estamos isolados, Maria. Nem mesmo nos convocaram para caçar a menina. –A voz calma do homem dizia. –Vamos, apenas se acalme eu e Thiago vamos ver se há algo por li.

Clary sabia que não tinha muito tempo, não daria para se esconder, eles a veriam, não daria, para fugir eles a perseguiriam... Caçadores, ela sabia. Então Clary entrou em pânico e bateu as asas, o impulso do vento a vez ir para cima, ela xingou baixo, as asas arderam ao fazer movimento, ela se pendurou em um parapeito de uma janela e ficou observando com os pés balançando o homem e o menino, irem ver se tinha algo do lado de fora de seu refugio. A lua já estava posta e produzia a sombra de Clary na grama, Clary orou para Raziel que eles não vessem a sua sombra, mas sabia que era em vão, eles veriam, e ligariam para a Clave, então Clary com muito esforço, subiu no parapeito da janela, ele rangendo e se inclinou em posição para voar, quando ouvi a conversa do pai e filho, rindo e conversando, e então o menino olhou para a sombra de Clary, asas estendidas, forma humana. Clary xingou dando impulso no ar. Ela já voava alto, asas ardendo, ela bufando e sofrendo, mas ela precisava sair dali, ela olhou para trás, o homem e o garoto olhando para o céu, eles tinham visto ela.

Clary se sentiu fraquejando, no meio do caminho, mas já era tarde de mais, ela foi caindo, tentou retroceder, fazer um “pouso de emergência” mas isso não fez com que ela saísse imune, ganho um ralo no braço, e as asas? Cansadas e machucadas, ela havia forçado de mais. Quando chegou ao ponto de encontro, Izzy estava impaciente, olhando de cima de uma daquelas estatuas, que Clary se lembrou das aulas de história, aquilo era um omi. Izzy gritou ao ver Clary e logo um grupo de 6 pessoas, Izzy tinha conseguido pular da estatua estavam a abraçando e vendo se estava bem, então Jonathan brigou com ela.

–Você está louca? O que estava pensando? Pensamos que alguém tinha te achado! –Ele disse sacudindo a irmã. –E onde arranjou isto hã?

–Eu, eu achei o Instituto da Ilha de Páscoa. –Ela apontou de onde veio. –Naquela direção.

–Ótimo, e o que temos haver com isso?

–Nada, apenas queria informar. –Ela disse dando de ombros, Alec riu de leve.

–Vamos, arranjamos um hotel turismo para nós, cinco estrelas e o cara é amigo de Magnus, ou seja, vamos entrar pela a entrada dos fundos e ninguém vai perturbar você.

–Hmmm. –Clary disse pensativa. –Eles são?

–Bruxos. –Magnus disse dando de ombros. –Bruxos aposentados que tem uma incrível loja de lembranças.

–Isso é bom. –Ela disse. –E o resto?

–Tudo já está lá, vamos, só viemos buscar você, estamos aqui há quase 3 horas, procurando você como loucos.

Caminharam lentamente, mas logo perceberam que Clary estava mancando.

–O que houve? Joelho ralado, mancando... Eles te atacaram?

–Não... –Ela suspirou. –Eu tive que voar... Mas estou fraca. –Ela disse olhando para os pés, e para a rua de pedras da parte urbana da Ilha de Páscoa.

–Então fez, um... Voo forçado? Ou um pouso de emergência?

–Os dois, eu sabia que estava fraca, mas a mulher... Ela me viu, o marido dela, veio ver se era verdade, eu tive que voar... Eles iam chamar a Clave. –Ela disse pesadamente. –Mas como eu disse, estou fraca, acho que uma sessão de runas novamente em mim me fará bem. –Ela disse dando de ombros e erguendo os olhos para o irmão, que sorriu de canto e a abraçou pelos os ombros.

–Okay, vamos então.

Quando chegaram, foi separado, assim: uma suíte com duas camas para Clary e Izzy. E os meninos se separariam em dois e era proibido Alec e Magnus ficarem no mesmo quarto, de jeito nenhum. Jonathan, Simon e Magnus dormiram em um e Alec e Jace dormiriam no outro. Clary viu no meio da noite, Simon entrar furtivamente no quarto dela, e ligou o abajur.

–O que você está fazendo aqui, Simon? –Clary disse. Então olhou pra Izzy, ela vestia roupa intima, e depois Clary percebeu ser um biquíni.

–Vamos nadar na piscina do hotel... Não conte nada aos meus irmãos. –Ela disse e saiu correndo dando risadas com Simon. Clary voltou a dormi.

Clary acordou com a voz familiar de Jace e ele acariciava seus cabelos, Clary se sentiu bem, mas se sentiu mal também. Havia acontecido tantas coisas que ela não sabia ainda se eles estavam juntos ou não, desde que ela acordou, eles não trocaram nenhum afeto muito intimo, apenas um abraço.

–Acorda, flor do dia. –Ele cantarolava no ouvido dela, Clary resmungou e abriu os olhos, bocejando.

–O que há? –Ela disse, se virando e encontrou Jace sorrindo, ela se lembrou que estava nua no busto, então trato de puxar o lençol com ela.

–Eu me ofereci para te acordar... Não sabia que dormia seminua. –Ele disse, Clary corou.

–Eu não... –Ela se perdeu nos olhos dele, então clareou a mente. –Eu não durmo, mas... Izzy me proibiu de rasgar os pijamas que comprou. –Ela disse dando de ombros.

–E as roupas?

–Hãm... Ela comprou algumas blusas, para mim. O que exatamente faz aqui?

–Vim de acordar.

–Para?

–Vamos passear por Pascoa, vai ser divertido.

–Não é, perigoso?

–Depende. –Ele disse dando de ombro. –Você tem que saber onde ir. Todos já estão tomando café.

–Eu não posso sair, Jace, eu tenho asas.

–Sim, bom, os clientes não se importaram, no mínimo pensaram que você está usando uma fantasia ou é uma fada.

–Que clientes exóticos...

–É, pois é... Estou te esperando se trocar. –Ele disse saindo de cima de Clary, Clary se levantou ainda um pouco desnorteada, e confusa, por Jace ter visto ela seminua. Foi ao banheiro e pegou uma das roupas que Izzy comprou e que a garota tinha deixado para ela em cima do vaso sanitário. Uma saia de cintura alta xadrez, um top com costas cruzadas, que davam espaço para as asas, mas Clary tinha certeza que seria difícil de colocar, com coturnos e um chapéu atrás da porta. A garota tinha certeza que ficaria esquisita com aquela roupa. Pegou as roupas e foi tomar banho. No meio das roupas havia um bilhete.

“Se maquie, fique bonita, pois aposto que Jace está louco para vocês passearem a sós.” –Izzy.

Clary suspirou e se vestiu após o banho rápido, penteou os cabelos e passou uma maquiagem leve. Saiu do banheiro, Jace ainda estrava lá, mas de costas para Clary, Jace vestia o de sempre, roupa preta, mas sua blusa era cinza chumbo. Ele observava o movimento da rua pela a janela da varanda, as mãos nos bolsos, parecia relaxado e parecia estar pensando em algo, quando se virou para vê-la. Ele a analisou duas vezes e Clary ficou corada, ele deu um leve sorriso de lado.

–Muito bonita Morgenstern. –Ele disse tirando as mãos do bolso da jeans. –Vamos?

–Oh, claro. –Ela disse assentindo e pegando sua estela na cabeceira da cama. Ao descerem para a recepção, Jace ficou atrás e observou as asas de Clary, o top fazia dois xs nas suas costas, e ele se perguntou como é que ela tinha colocado a blusa, as asas que durante dias ficaram vermelhas e depois pretas, estavam mais brancas do que nunca, a saia de cintura alta xadrez mostrava no vão das asas que arrastavam levemente por serem maiores que Clary. Quando chegaram no restaurante, todos aqueles, os seres místicos olharam para Clary que parou na soleira, Jace a puxou pela a mão, a guiando para uma mesa.

–Cadê os meninos? –Clary perguntou se inclinando sobre a mesa, Jace sorriu, mal sabia a pobre Clary que Jace tinha os subornado, para passar um tempo com ela, mas talvez Izzy tivesse lhe contado, já que estava toda produzida e maquiada, Jace viu a maquiagem dos olhos claros levemente quando Clary fechou os olhos.

–Não sei. –Ele disse dando de ombros levemente, como se não desse a mínima, mas dava, ela não queria ficar com ele? Porque ela estava preocupada com os outros? –Devem ter saído, ou na piscina. –Jace sabia que eles estavam na piscina, se divertindo, mas não queria se divertir, não sem Clary e ele tinha certeza que as asas impediam ela de nadar, ou colocar um biquíni, apesar que depois dela ter colocado aquele top, ele não sabia mais se isso impedia ela de fazer qualquer coisa.

Clary tinha olhos analíticos sobre Jace, analisando cada milímetro, Jace se sentia um pouco incomodado, era como se ela pudesse ver as intenções dele só de olha-lo, ela se afastou com os olhos verdes semicerrados para ele, e então sua expressão suavizou.

–Okay, então... Vamos tomar café?

–Sim. –Jace disse assentindo. Ele já tinha tomado café, mas nunca negaria de acompanhar a ruiva. As pessoas do mundo deles ainda observavam Jace e Clary caminhando tranquilamente entre as mesas de bolo e frios, alguns surpresos, outros assustados, ninguém nunca tinha visto Clary. Boatos? Talvez, mas nunca tiveram certeza dos boatos, e estavam chocados com a verdade, os mundanos olhavam para Clary, mas sem saber o que estavam olhando, por conta do Glamour.

Na ilha de Pascoa havia um numero bem pequeno de Downworlder, eram em torno de 5 mil habitantes na pequena ilha, apenas 200 entre 5 mil eram Downworlder, e mais... A ilha era turística, havia em torno de 30 mil turistas por ano, senão menos, cheio de mundanos, aquele era o lugar mais seguro que tinham, o hotel que estavam hospedados era um dos poucos que tinha em toda a lista que era místico oferecendo serviços contínuos a todas as raças, mas os mundanos nem se tocavam de nada e o melhor o dono do hotel era amigo de muito tempo de Magnus.

Clary colocou uma porção variada de cada coisa, coisa que ela adorava e conhecia, outras um tanto exóticas da própria ilha, eles se sentaram, Jace pegou apenas algumas frutas, diferente do prato de Clary que estava cheio, depois de pegar um copo grande de vitamina de morango, Clary comeu tudo totalmente saboreada.

–Como anda a asa? –Jace perguntou puxando assunto.

–Melhor. –Clary diz dando de ombros. –Quer dizer, ela está melhorando, logo, logo, estará novinha em folha.

–Isso é bom. –Jace disse e se apoiou no cotovelo observando Clary comer, ela depois de saborear um bolo com frutas olhou pra Jace e sorriu de canto.

–Então... Para onde vamos?

–O que?

–Creio, que me acordou para sairmos, não é? Já que os outros estão na piscina, ou coisa assim. –Ela disse dando de ombros. –Para onde vamos? –Jace pensou em como ela tinha descoberto tudo tão naturalmente.

–Hmmm, estava pensando de andarmos um pouco, sossegados, apenas nós dois, que tal? –Clary pensou, Jace pensou que ela iria recusar, mas ela então sorriu.

–Parece uma boa opção. –Ela disse assentindo. Ela se levantou, e Jace percebeu que ela tinha provado de tudo, mas não acabado com tudo.

–Já acabou?

–Sim, vamos? –Ela perguntou chamando Jace, ele assentiu, e eles saíram do hotel lado a lado.

–Então... –Jace disse um pouco envergonhado, Clary olhou para ele, esperando, ele passou a mão na nuca, sentia-se suando frio. –Hãm... O que achou daqui?

–Bem... Eu gostei. –Ela disse dando de ombros e olhando em volta. –Poderia morar por aqui, talvez...

–Morar? –Jace perguntou, Clary deu de ombros.

–É longe de tudo não é? –Ela perguntou balançando os braços ao lado do corpo. Ela enfim suspirou. –Bom... Não é assunto de conversar agora, certo? –Ela disse e olhou pra Jace e sorriu, Jace assentiu, ele sentiu como se estivesse muito estranho o clima entre ele e Clary, perguntou se tudo aquilo que ele sentiu durante seu “coma” sumiu.

–Sim. –Ele disse logo depois. –Clary... –Ele chamou-a, pegando levemente em seu braço e a puxando para uma viela, ele a encostou na parede, e a encurralou com os braços. –Eu quero dizer, que... –Ele suspirou, ele não sabia o que estava fazendo até as palavras saírem de sua boca. –Me desculpe se eu machuquei você, você sabe com... Tudo o que ocorreu, depois de você ser esfaqueada... Parece tão confuso, tudo. –Ele choramingou, Clary suspirou e esticou a mão acariciando o rosto de Jace, Jace sentiu seu estomago embrulhar.

–Já conversamos sobre isso. –Ela sussurrou. –E eu já te desculpei... Em relação a... Todo o resto depois... –Ela disse pegando folego. –Me desculpe ter falado aquelas coisas horrendas para você, na verdade eu tenho que me desculpar com todos... É que... Eu não entendo o porquê de vocês tentarem me salvar, compreende? Colocaram suas vidas em risco por minha causa e eu não posso admitir isso, parece errado.

–Mas Clary... –Jace interveio, Clary o silenciou com um dedo.

–Quando Jonathan contava o que você fez, com o irmão do silencio... –Jace percebeu a lágrima no canto dos olhos da garota. –Eu vi você no meu lugar, preso e eles tentando doma-ló, a força, fazer coisas que você não queria. Eu me senti tão mal Jace, você assinou sua sentença de morte ao nocautear aquele homem e eu temo por você, porque... Eu gosto muito de você e não posso deixar que nada aconteça a você.

–Eu digo o mesmo Clary. –Jace disse pegando a mão que estava no seu rosto a apertando. –Eu gosto muito de você e faria novamente o que eu fiz e até mais se isso fosse te salvar de não ser machucada. –Ele disse roçando o nariz de ambos.

–Isso é diferente Jace, eles podem me machucar, eu não me importo, há muito não me importo, mas eu me importo em te afetar com o ódio vindo direto para mim. Eu não posso aceitar que te machuquem.

–Não é diferente Clary, enquanto você tentar que as pessoas não me machuquem na direita, eu farei o mesmo para com você na esquerda. –Jace disse, e depois disso, beijou a garota.

Seus lábios a muito tempo sem se tocarem ansiaram por mais do contato quando ele aconteceu, os lábios de Clary sedentos abriram espaço para Jace aprofundar o beijo, não era um beijo calmo, era um beijo fervoroso de saudade e desejo, as mãos de Jace foram para a cintura da garota a erguendo um pouco do chão, entrelaçando as pernas dela na cintura de Jace. Clary puxavam levemente os cabelos do loiro que estavam grandes de mais e arranhavam sua nuca enquanto as mãos de Jace apertavam com força as coxas da pequena Clary, a prensando contra a parede e contra seu corpo.

Era tudo alucinante de mais, as mãos de Jace foram subindo e subindo cada vez mais a saia, até que uma moto buzinou bem perto da viela que estavam e aquilo fez os dois se afastarem. Jace olhou pra rua, o leve movimento de turistas e olhou para Clary, seu gloss levemente borrado, o chapéu que usava caído no chão e ela arfava levemente com as bochechas coradas. Ele afrouxou o aperto das coxas da ruiva a desceu para o chão abaixando sua saia como estava antes. Pegou o chapéu do chão, o limpando e entregou a menina, que sorriu de agradecimento. Clary esticou e limpou com a mão a boca suja de gloss de Jace e arrumou seus cabelos que ela havia bagunçado rapidamente.

Eles então sorriram um para o outro e Jace deu um leve selinho nos lábios de Clary e eles saíram da viela, como se nada tivesse acontecido.


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Notas finais do capítulo

:)



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