No capitulo anterior...

–Magnus sabe o que eu achei curioso? –Izzy perguntou.

–O que?

–Não há quadros seus? –Ele riu.

–Não, não há, porque eu já comprei todos. –Ele disse dando de ombros. Jace riu com isso e Clary gemeu.

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...

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Quando Clary acordou, ela se lembrava parcialmente de tudo que havia acontecido, os pensamentos entrando em sua cabeça, o irmão a julgando, as asas batendo, a faca entrando, ela tremeu e se levantou assustada, será que tinha tudo sido apenas um sonho?

–Magnus! –Ela disse se sentando na cama e viu que tinha mais de uma pessoa na sua frente todos olhando-a. As asas bateram uma e duas vezes agitadas.

–Calma, Clary, eu já contei pra eles, tudo o que houve. –Clary olhou para todos, e ouviu suas cabeças, seus pensamentos entrando dentre na mente dela. Múrmuros, sobre si mesma e aquilo era angustiante para Clary ela tampou os ouvidos, mas foi em vão os pensamentos iam e iam, martelando em sua mente. De olhos fechados a runa que a dias estava a atormentando pulou em sua mente.

–Calem a boca! –Ela gritou para todos eles.

–Clary, não estamos falando nada. –Izzy disse.

–Ela está falando dos pensamentos. –Por algum motivo os pensamentos de Magnus para Clary eram desconhecidos.

–Não conseguimos parar de pensar, Clary, sinto muito. –Jace disse se inclinando pra ela, com uma cara de angustia, mas Clary lia os pensamentos dele.

“Eu queria tanto parar de pensar que você não tem ideia, principalmente em você.” Ela grunhiu, Clary sempre quis ouvir aquilo, mas não quebrando a privacidade dele.

–Por favor, por favor. Parem. –Ela sussurrou sufocada, foi quando o anjo surgiu, não era Utieh, ele se materializou na frente de Clary inclinado sobre Clary, Clary gritou, ele a olhou como se estivesse pensando. -Quem é você!? –Ela gritou, ainda com os pensamentos cutucando sua cabeça. Ele sorriu pra ela, ele era pequeno.

–Eu sou Tauto... Sou um dos anjos pequenos, o porque da curiosidade?

–Sei lá, tem tanto anjo doido nesse mundo. –Clary resmungou, Ele riu levemente para ela.

–Bom, eu não sou como seu amiguinho, eu sou realmente um anjo.

–Utieh? Como você sabe de Utieh?

–Bom, Raziel pode ter dado a ele e ao povo da sua espécie uma escolha e até gostamos que vocês fazem algo de ultil, mas não gostamos quando vocês fazem bagunça também. Nós é que somos os faxineiros da sua bagunça tola de guerra e destruição.

–Bom, você parece um garoto.

–Pois é. –Ele disse sorrindo de lado. -Então problemas com os pensamentos?

–Sim. –Ela disse assentindo e olhando para o pessoal atrás dele.

–Ah relaxa, eles não estão me vendo e nem sabem que você está conversando comigo, eu coloquei todo em câmera lenta, por alguns segundo. –Clary arqueou a sobrancelha. –Você não pode fazer isso. –Ele diz negando.

–E o que exatamente você está fazendo aqui?

–Bom, eu vim saber o porque você não usar as runas que veem em sua mente?

–Runas? Ah, sim as runas... Bom porque não sei para que serve.

–Bom é bem simples. –Ele disse revirando os dedos. –Quanto mais você usar esse poder que é naturalmente único de você, você vai poder apreender mais dele e saber como, quando e porque usar.

–É só isso?

–Sim, e bom quis dizer que ficamos feliz por você gostar das asas, elas aprecem ter sido difíceis de se fazer.

–Hãm? –Mas o anjo sumiu e os zumbidos dos pensamentos voltaram a encher a cabeça de Clary. Clary ficou em silencio um segundo e a runa veio.

–Jonathan, vem cá. –Ela disse para o irmão.

–Pra que?

–Vem. –Ela disse o chamando, ele se aproximou, ela se esticou no irmão, e pegou a estela de seu bolso.

–Hey! –Ele disse surpreso, ela já estava desenhando em seu pulso a runa que o anjo havia dito, e o pensamento de Jonathan sumiu, ela sorriu, e se levantou com cuidado, encolhendo as asas e o corpo.

–Por favor, eu quero parar de ler os pensamentos de vocês, venham aqui. –Ela disse, e Alec foi, ela o marcou, como fez com Izzy, Simon e Jace. Quando chegou em Jace Clary temeu, e tremeu, ele deu o pulso a ela, e ela fez a runa com as mãos flácidas tremendo. Jace percebeu que o esmalte que Clary usava já havia sumido e percebeu que ela tremia levemente ao desenhar a runa em seu braço, ele ficou pensando se ela estava tremendo de fraqueza, ou por ele estar perto dela.

–O que a runa faz? –Alec perguntou.

–Ela bloqueiam seus pensamentos, eu acho, pelo menos eu parei de ouvi-los.

–Okay, estou curioso, com é que... Bom. –Simon coçou a cabeça. –Você, sabe... –Ele suspirou. –As asas. –Ele disse por fim.

–Acontece com toda pessoa como eu, é o que Utieh disse pra mim. –Clary disse dando de ombros.

–Ela arrasta no chão. –Izzy observou.

–Sim, não queria que eu tivesse asas pequenas, certo?

–Bom, você é pequena... Sua asa é maior que você. –Jace disse Esticando a mão e tocando no arco da asa, Clary se arrepiou e as assas tremeram de leve, se abrindo um pouco em direção a Jace, Clary se sentiu corar.

–Hãm, me desculpa, eu ainda não sei controla-lá. –Ela disse suspirando.

–E ela era virgem okay? –Magnus gritou, todos olharam pra ele.

–O que? –Clary perguntou franzindo o cenho.

–A sua asa, ela era virgem, ninguém tinha tocado nela além de eu e você e bom, eu não exatamente a toco. –Magnus disse mostrando a escovinha.

–Bom, parece que ela gosta. –Jace disse puxando uma pena, apenas um pouquinho, Clary se encolheu por reflexo.

–Ai. –Clary gemeu baixinho, a asa encolheu.

–Oh, me desculpe. –Jace disse surpreso.

–Não, tudo bem. –Clary sussurrou não olhando para Jace, ela ofegava. –Eu hã... A asa se tornou uma extensão de mim. –Ela disse suspirando. –E eu não sei como controla-lá.

–Bom, e quem poderia te ajudar?

–Utieh, mas... –Clary disse e suspirou. –Ele... Não acho que ele vai querer me ensinar.

–Bom, achou errado. –Uma voz rouca acima da cabeça de Clary disse. Clary olhou para cima como todos, Utieh estava de ponta cabeça. –Olá Clary.

–Utieh. –As asas de Clary se esticaram e balançaram, pela a emoção, Jace se afastou, todos viram que Clary ficou tensa.

–Suas asas, realmente são lindas. –Ele disse ficando frente a frente com Clary. –Como você. –Ele disse acariciando os cabelos de Clary, Jace queria saber como ela permitia que ele fizesse isso depois de tudo que ele fez.

–Bem, muita consideração da sua parte vir aqui pra me explicar como é que eu controlo minha asa depois de colocar submundo atrás da minha cabeça. –Ela rosnou baixo.

–Tsc, tsc, tsc. –Ele disse negando e a pegou pelo o ombro. –Não percebe o que eu fiz? Eu te dei uma escolha. –Ele disse se inclinando para Clary, Jace sentia o ciúme ferver diante dele, os dois pareciam... Feitos um para o outro, as asas de ambos se tocavam, mas a de Clary estava raivosa, agitada, a de Utieh estavam paradas eles pareciam um casal de anjos, feito sob medida e isso deixou Jace mais puto ainda. –Você vem comigo, se torne imortal e eu te protegerei, tanto da Clave quanto do Submundo, deixe que eles se matem, eu não faço questão, nenhum dos dois foi suficiente bom para mim, ou fique aqui, mortal, com esse... –Utieh olhou para Jace e fez uma careta. –Bom, ou fique aqui e morra com eles.

–Eu morrerei aqui. –Clary sussurrou.

–Bom, já que você parece ter uma ideia muito persistente, eu vou te dar um tempo para pensar. Ah?! E sobre as asas? Você precisa ter paciência, demora um pouco para controla-lás, use a runa de concentração. –Ele disse e sumiu.

–Quantos anjos eu verei em um dia só? –Clary disse bufando.

–Bom, vamos procurar a runa de concentração no livro Gray. –Alec disse.

–Não, eu sei a runa. –Clary disse negando, ela pegou a estela na cabeceira da cama, mas derrubou um quadro. Ela puxou a gola do pijama que usava, mostrando seu colo nu, ela sem olhar desenhou a runa, que se fixou em sua pele. Clary fechou os olhos, e esperou, nada da asa sumir. Ela rosnou impaciente.

–Ouviu o que ele disse, vai demorar um tempo. –Jonathan disse se aproximando da irmã. -Enquanto isso pode ir aprendendo a usa-lá.

–Mas Hodge não pode saber! –Clary choramingou. –Ele vai contar pra a Clave! –Ela disse se sentando na cama e colocando o rosto entre as mãos.

–Ele só sai da biblioteca para comer. –Simon disse. –Podemos vigiar. Agora mesmo ele está dormindo. –Ele disse dando de ombros, Clary suspirou e assentiu.

–Então, você vai comer, conosco dessa vez? Tem pizza fria lá em baixo, a Izzy esquenta pra você. –Clary assentiu levemente.

–Obrigada.