Stay with me escrita por Davink


Capítulo 1
Um adeus não tão eterno.


Notas iniciais do capítulo

Hummm... nem sei o que dizer, estou meio deprê por que não acho mais fics MattxMello para ler T.T estou a ponto de me jogar da ponte mais próxima...

Juro que se eu ver mais alguma fic MelloxNear na minha frente vou ter um ataque cardíaco e não será culpa do Kira. Acho que o mundo será dominado por esse casal asqueroso ¬¬ (desculpem-me mas não suporto nada que envolva o Near, ainda mais com o Mello).

Enfim vou para de reclamar com vocês e vos deixarei com essa diliça de casal :v

Ah e a estória teve influência da música Stay with me - Sam Smith, não foi total mas me ajudou um pouco, a musica tem algumas alterações mas só fiz isso para que se encaixasse melhor com a estória.

Enjoy ^^



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Suas mãos deslizaram violentas por meus braços e singelamente envolveram-me os pulsos.

Seus olhos me encaravam em súplica.

–Por favor Mello, pare!

O queixo tremeu delicadamente num gesto excessivamente sincero tentando segurar o choro.

As roupas escorregaram por meus dedos trêmulos e se depositaram sobre a cama, junto com o restante de meus pertences. A mala estava parcialmente preenchida com mais tralhas emocionais e roupas jogadas descabidamente sem o menor cuidado ou zelo.

O plano era simples: Entrar no quarto, pegar as minhas coisas e sumir da Wammy´s house antes que Matt terminasse o seu cigarro do almoço, mas é claro que não deu certo.

Aquele ruivo maldito tinha o dom d me surpreender e não foi diferente quando o mesmo adentrou de sopetão o quarto que dividíamos, um sorriso brincalhão espreitava no canto de seus lábios que por algum motivo ainda sustentava um cigarro apagado e pela metade.

–Sabe de uma coisa? – Exclamou do seu jeito chamativo como sempre – Agora entendo sua raiva por Near! Acredita que eu fui perguntar se ele queria ajuda para montar um de seus quebra-cabeças ridículos, e ele me respondeu: Não preciso da ajuda de perdedores!

Matt imitou o timbre da voz do albino, admito que estava parecido e em uma situação normal eu teria rido daquilo mas não o fiz. Então Matt prosseguiu.

–Se um dia quiser ajuda para esmurrar a cara daquele miserável, não se esqueça de me chamar...

Sua voz sumiu na medida em que notou a pequena bagunça, tanto sobre minha cama como em meus sentimentos.

–O que está fazendo? – Questionou apontando para a mala, suas orbes esmeraldas de repente se tornaram mais inquietas e obstinadas, seguindo cada movimentos que eu fazia.

–Uma mala! Não é óbvio? – cuspi as palavras de maneira que o fizesse sentir todo meu estresse e raiva, talvez ele se magoasse com isso e me deixasse em paz, aposto que isso doeria menos que me ver indo embora.

Mas Matt não era assim, ele não se magoava fácil ou talvez até se magoasse mas ele demonstraria tal sentimento até estar repleto dele e não conseguisse segurar. Ele forçou um sorriso, menos doce menos sincero.

–Isso eu percebi, gênio! Mas o que eu quero saber é pra quê? Para quê quer uma mala se não vai usa-la?

–Vou embora Matt!

–Pra onde? – sua voz estava um décimo mais baixa e amargurada – Por quê? Não está bom aqui pra você? Temos tudo o que queremos e você me tem! O que mais poderia querer Mello!?

Nesse ponto lágrimas brincavam de esconde-esconde em seus olhos, ora aparecendo ora se escondendo.

–Não é isso Matt, é que...

–O que é então, Mello? Por que eu não entendo, não entendo mesmo!

Tentei segurar-lhe as mãos mas fui impedido por um tapa, ele se virou e encolheu-se fetalmente ao lado da cama.

–Por que quer me deixar? – sussurrou mais para si mesmo.

Meu coração se partiu, não queria que fosse assim, queria poupa-lo de tanta dor mas era inútil, mesmo que eu tivesse partido sem aviso prévio em algum momento ele descobriria e a reação seria a mesma, posso apostar.

Uma raiva tomou conta de mim, eu odiava L por ter morrido e não ter escolhido alguém para sucede-lo de maneira correta, odiava Roger por querer me forçar a trabalhar com Near, odiava Near por existir, e odiava Kira por ser o culpado de tudo aquilo. Odiava tudo e a todos, menos a figura melancólica a minha frente, que mergulhava num choro inacabável.

–Matt... – Comecei me aproximando lentamente porém recuei, eu não podia fazer aquilo, não podia me desculpar e dar falsas esperanças a ele, não podia engana-lo mais do que já havia feito.

Voltei para minha cama e de costas para ele retornei a fazer a mala, assustei-me quando seus braços esguios me envolveram num abraço de urso. Se não fosse pelo silêncio maldoso que insistia em se fazer presente não teria notado o choro agoniado que lutava para sair no fundo de sua garganta.

Senti meu baixo ventre esquentar, não era certo sentir tais coisas quando nossa situação era critica mas era inevitável, a tensão sexual entre mim e Matt era mais forte do que qualquer coisa, descobrimos isso há algumas semanas e num ato impensado em uma noite mal pensada tínhamos levados nossa “amizade” a um outro nível.

Não posso dizer que reclamei e Matt também não levara a situação tão mal, então decidimos que não seria errado sucumbir aos nossos desejos de vez em quando.

Mas era apenas isso. Sexo e nada mais, luxuria e prazer que precisavam ser liberados de alguma maneira, não havia nenhum sentimento. Pelo menos era o que eu sussurrava em meu subconsciente, numa tentativa tola de tornar realidade palavras tão mórbidas.

–Não quero que vá! – disse selando nossos lábios.

Acho que é verdade

Não sou bom em casos de uma noite só

Mas eu ainda preciso de amor

Pois sou apenas um homem

Parece que estas noites

Nunca vão de acordo com os planos

Eu não quero que você vá embora

Pode pegar a minha mão?

Suas unhas fincaram-se em minha pele por debaixo da blusa marcando-me.

–Você é meu, Mihael... - Sua boca quente explorava a linha de minha clavícula, a língua dançando em meu pescoço, mal pude conter o gemido que se formava longa e arrastadamente dentro de mim. – Para sempre meu.

Sem forças para afasta-lo cedi-me completamente as vontades de Matt que afoitamente tomava-me em seus braços, sem tempo para constrangimentos senti seus lábios descerem por meu abdômen, suas mãos roçavam sem pudor em meus mamilos arrancando suspiros arrastados, arrisquei a olhar para baixo e mal pude ver seus fios rubros que estavam cobertos pelo tecido negro de minha camiseta.

–Humm... Matt... – Chamei dentre gemidos, quando ele não respondeu tentei um pouco mais alto. – Matt!

Desajeitadamente ele se livrou da camiseta e apareceu com um sorriso ainda mais dengoso que antes, saliva escorria pelo canto de sua boca.

–Sabe que isso não vai mudar minha decisão, não é? – Encarei-o firmemente – Eu preciso ir.

Várias coisas poderiam ter acontecido naquele momento, eu poderia ter sido espancado por um certo garoto de cabelos cor cereja, ou talvez ele me raptasse e escondesse em algum lugar onde ninguém mais me encontraria, ou ainda quem sabe ele apenas me amarrasse a cama até que eu mudasse de ideia. Tudo isso seria plausível, mas o que Matt fez foi me agarrar.

Me agarrou com toda força que tinha. Os braços envolveram minha cintura num abraço mortal.

–Matt...me solta.

–Não.

–Matt, estou falando sério!

–Eu também, Mello.

–Mas que droga! – tentei soltar-me no entanto era inútil –MATT!

–Aonde você for, eu irei junto.

–Matt você não pode... – minha voz falhou, eu jamais poderia contar para Matt para onde eu iria, se eu por um acaso mencionasse a palavras “máfia” aí é que Matt jamais me soltaria. Suspirei – Eu não quero que vá.

O aperto diminuiu um pouco devido a intensidade de minhas palavras, mas logo voltou-se a intensificar.

–Eu não me importo, vou mesmo assim!

–Você não entendeu. - Senti meu peito apertar antes de dizer as palavras – Eu não quero você comigo.

Tratei de ser ríspido e grosso como geralmente era com uma certa pessoa albina, nunca tinha direcionado tanto ódio em uma só frase, mas se fosse para magoar que eu fizesse o trabalho completo, não é mesmo?

Empurrei-o contra a parede, o baque surdo do impacto de seu corpo me despedaçou porém obriguei as lágrimas a não saírem.

– Você me enoja, Jeevas.

Peguei a mala e sai pela porta sem olhar para trás. Mas não sem antes ouvir seu choro consternado.

Não fazia mal, era melhor assim... A dor é passageira, eu sei disso. Logo ele esqueceria, não se lembraria mais das caricias mal intencionadas ou da forma terna como nos beijávamos. Um dia ele não se lembraria do furacão de cabelos loiros que o despedaçou, ele encontraria alguém para ama-lo de verdade.

Ignorei a figura de listrado que correu atrás do carro até a saída do orfanato, antes dos portões fecharem pude ler as palavras entrecortadas que saiam de seus lábios trêmulos.

–Fique comigo.

Engoli o choro, o chocolate me confortou pelo resto do caminho até o aeroporto e por alguns anos mais.

Oh, por que você não fica comigo?

Pois você é tudo que eu preciso.

Isto ainda não é amor, está bem claro

Mas querido, fique comigo.

Agora infelizmente nem o meu amado cacau eu tenho mais, porém tampouco ele me confortaria nas condições atuais.

Encaro imóvel a tela do monitor dentro da cabine do caminhão, meus olhos ardem por conta das lágrimas ansiosas para escapar, durante todos esses anos eu nunca chorei, nem quando não tinha dinheiro para comprar chocolate, nem quando metade do meu rosto foi destruído, muito menos quando tive a cara de pau de voltar e te pedir ajuda.

Mas agora eu não conseguia mais, eu simplesmente liberei tudo que eu guardara todos estes anos. Por que eu tinha que chorar logo por você, Mail?

Você sempre complica as coisas, era tão simples! Você só tinha que despista-los para que eu pudesse fugir, e então depois nos encontraríamos e daríamos um jeito em Takada. Por que tinha que me deixar logo agora?

Espero que não tenha sentido dor, já não basta o quanto te aflingi durante todo esse tempo, só me resta pedir para que tenha tido uma morte rápida.

Sinto uma aperto imenso em meu coração, sei que não e remorso pois senti isso por tempo o suficiente para distinguir, era diferente menos intenso e mais forte, não sei se é Kira ou pode ser Takada, não importa, não mais, na verdade nunca importou.

A unica coisa que me importou a minha vida toda eu menosprezei, tratei como lixo e joguei fora, só queria poder voltar no tempo e retirar tudo que disse.

Oh porque você não fica comigo?

Pois você é tudo que eu preciso

Isso ainda não é amor está bem claro

Mas querido por favor fique comigo

Queria apenas que me perdoasse pelas coisas duras que te disse, queria que tivesse tentado um pouco mais e me impedido de ir naquela tarde, eu teria cedido.

Mas havia esquecido que éramos apenas meninos brincando de amar.


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Notas finais do capítulo

Enfim é isso, quase chorei diversas vezes enquanto escrevia mas logo me recompus u.u

Huaushauhsua

Bem espero que tenham gostado, se sim deixem um reviews quero saber o que acharam. Revisei e acredito que não haja nenhum erro, mas se tiver não hesitem em me avisar >



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