Obliviate escrita por NattyPotter


Capítulo 2
Divagações e reuniões


Notas iniciais do capítulo

Cap 2 :D (Opiniões são sempre bem-vindas)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/590932/chapter/2

O casal Malfoy deixa o quarto após as revelações, felizmente. Eu preciso de algum tempo sozinha, para assimilar tudo o que ouvi.

Antes da conversa, podia jurar que quem quer me trouxe a este lugar teria sido meu sequestrador, não a família com quem vivi. Mas era como se meu inconciente gritasse que os Malfoy tinha razão, impedindo-me de desconfiar de suas palavras.

–Deixa eu pensar direito- eu falo para mim mesma, baixinho- Dumbledore é mau? Ou Voldemort é mau?

Repenso minhas palavras. Óbvio que Voldemort é mau. Principal culpado pela Guerra Bruxa. Assassino de trouxas e bruxos, mas detido algumas vezes por Harry Potter. Feliz, ou infelizmente? Me encontro em conflito.

Harry Potter. Inexplicavelmente, seu nome me causa repulsa. Mas o que de errado fez o garoto? Meu inconciente grita quando penso nisso. É como se uma voz dentro de minha cabeça ditasse o que eu devo sentir.

De um jeito ou de outro, eu sou filha de Você-sabe-quem. Ele vai me querer do seu lado. Que eu seja sua herdeira, do contrário eu não teria sido salva da conspiração de Dumbledore.

Mas será que fui mesmo "salva"?

Não consigo evitar pensar que devo seguir ao lado dos comensais. Mas meu bom senso grita “não” repetidamente.

Algumas horas na mansão Malfoy fez com que descobrisse muitas coisas:

O verão está acabando- percebe-se devido a coloração das árvores, vísiveis dado ao tamanho das janelas da mansão. Voltarei a escola no final do mês; lá, estou proibida de comunicar-me com Dumbledore e, o mais importante: Você-sabe-quem me visitará hoje a noite. Ou como provavelmente diria Lúcio ” Lord das Trevas me honrará com sua presença”. É um tanto exagerado.

Surpreendentemente, Draco é simpático, apesar de sua postura arrogante e nariz empinado. Ele me recebe quando bato na porta.

–Pode entrar.

Quando entro, Draco me olha de baixo para cima, já que está sentado na cadeira de sua escrivaninha. Ele veste camisa e calça sociais, o que me constrange, já que visto uma camiseta larga e jeans. Meus cabelos foram castigados pelo vento, enquanto cada fio de seu cabelo loiro encontra-se em seu devido lugar.

–Que foi?- ele pergunta.

Conversamos por algum tempo mais cedo. Sei o básico sobre ele. Draco vai a Hogwarts, sexto ano. Ele não quer mais ir a escola. Eu não entendo. Gosto de ir a escola.

–Bem, eu…Queria conversar sobre Hogwarts e, bem, você sabe…

–Tudo bem.

Ele aponta para a cadeira ao seu lado. Sentada, pergunto:

–E-eu…preciso me preocupar? Com hoje à noite?

–Acho que não. Você só…É só concordar com que ele disser. Não fale muito com os comensais. Eles…

–Com certeza não devem ser simpáticos.

–É- ele concorda.

É com conversar com ele. Me traz algumas respostas. Minha cabeça não deixou de estar uma bagunça, mas falar é uma boa distração.

Draco faz parte da Sonserina, assim como toda sua família. Puro-sangue como eu. Não gosto do termo. Novamente, meu inconciente é oposto a meu bom-senso, esse que me lembra de que ninguém é inferiror ao outro…

Faltam poucos minutos para o jantar. A espera é estressante. A mansão é grande e vazia, fazendo os passos ecoarem. Alguém se aproxima do quarto.

–Tá pronta, garota?- Belatrix bate na porta grosseiramente. Me apresso para sair do quarto.

Narcisa me apresentou a Belatrix, sua irmã. A moça mais simpática que já conheci, só que não.

–Quem te arranjou esse vestido, menina?-a bruxa fala como se cuspisse as palavras.

–Narcisa.

Visto um vestido longo, de mangas curtas. Sua cor azul marinho contrasta com o marrom de meu cabelo. Estou bonita, mas não vejo motivo para estar.

Há muitos homens sentados na escura, longa mesa de jantar. Homens de cara fechada, máscaras negras. Comensais da Morte. Na ponta da mesa, está ele. Trajes negros, um grande contraste com sua pele.

Chego à mesa e sento-me a direita de Draco. Pensei que prestariam mais atenção em mim, já que sento tão perto de Você-sabe-quem. Felizmente, isso não acontece.

A comida no prato parece gostosa. De repente me lembro de que estou morrendo de fome. Duvido que algum Malfoy tenha cozinhado, me pergunto quem teria feito o jantar.

Os comensais conversam entre si e, de vez em quando, Você-sabe-quem se pronuncia. Sua voz é suave arrastada, lembrando uma cobra. Ele não se dirige a mim, e eu acabo me acostumando com sua presença.

Eu me impressiono por ter me acostumado tão rápido com essa realidade.

Passa-se certo tempo, e o assunto da vez é Draco. Lúcio parece se orgulhar por seu filho ter recebido uma missão. Posso ver em seu rosto o orgulho, mas também é visível sua hesitação.

–Lembre-se, Draco- alerta Você-sabe-quem- Dumbledore, morto.

Mas que incentivo para a volta às aulas... matar o diretor. Por favor, não tenha uma missão para mim também.

Você-sabe-quem volta seu olhar para mim. Seus olhos brilham vermelho. Ainda não sei como chamá-lo. Sinto todos os olhares em mim. Preciso ser rápida.

Você.

–Senhor.

–Faz tanto tempo- ele abre a boca, suponho que esteja sorrindo.

–E eu a trouxe de volta, mestre- gaba-se Bellatrix.

Nós a resgatamos, Bella- corrige Lúcio.

Voldemort os ignora.

–Querida...a srta também tem uma missão.

–Sim...senhor- eu concordo, tentando não parecer nervosa.

–Provar que é digna. Merecedora de ser minha herdeira.

Eu prendo um suspiro.

–Abra a boca- ele me chama a atenção- você aceita sua...função?

–Sim, senhor...Aceito– apresso-me para dizer.

Queria poder dizer não. Não, não serei sua herdeira. Eu não quero guerra.

...

Os Malfoys me cederam um quarto. Um quarto elegante, desaconchegante e escuro, como o resto da casa. Apoio a cabeça no pé da cama, sentada no chão. Leio um livro que consegui achar, tentando esfriar a cabeça.

Parte de mim devaneia "o que eu devo fazer para me provar digna?", enquanto a outra se intriga "por que eu deveria fazer isso?"

Narcisa entra rápida no quarto, me tirando de meus devaneios. Trato de me levantar.

–A acordarei cedo amanhã- ela diz-, faremos compras para a escola. Café da manhã às oito. Tudo bem?

–Confere- concordo com a cabeça- senhora...

–Sim, querida?

–Obrigada por me receber. Mas...como eu pagarei pelos materiais?

–Não se preocupe. Nos falaremos amanhã.

Balanço a cabeça novamente.

–Tudo bem...

–Durma, por favor. Boa noite- ela deixa o quarto.

–Noite.

Ela desliga a luz ao sair. Ponho o livro no criado-mudo. Ciência Mágica por algum bruxo, professor, explorador e autor reconhecido de quem nunca ouvi falar.

Antes de dormir, devaneio sobre o amanhã.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Cap 3 dia 04/02 ;)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Obliviate" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.