Violetta caiu no chão com uma dor insuportável em sua barriga, o local aonde Marco havia acertado, não teve tempo de se levantar e Marco foi pra cima dela, lhe dando três socos.

–Eu não queria, mas você me obrigou-Disse e lhe deu um tapa, Violetta não estava aguentando, chorava de soluçar.

Marco não estava consciente naquele momento estava agindo por impulso, mas ele não queria ver Violetta nos braços de outro.

Marco deu mais alguns socos em Violetta e se levantou, e começou a dar chutes na barriga de Violetta.

Violetta como forma de se proteger ficou encolhida, mas os chutes eram contínuos não estava aguentando sua cabeça começou a girar. Seus olhos começaram a ver tudo embaçado, Violetta aos poucos foi fechando os olhos querendo que aquele pesadelo se acabasse e que isso não tivesse ocorrido, queria poder acordar e ver Leon ao seu lado a abraçando e reconfortando ela com seus beijos, mas infelizmente aquilo era real, Marco estava mesmo a agredindo e a machucando.

Marco continuava suas agressões, não queria parar estava conseguindo colocar tudo o que sentia para fora, era de uma maneira estranha, mas era da forma que ele gostava.

Violetta aos poucos foi perdendo a consciência, aquilo estava sendo bom para ela, pois não estava mais sentindo dor, não estava sentindo nada, mas antes que ela pudesse cair num mundo totalmente preto, ela ouviu uma voz a voz que ainda era pouco conhecida.

–Violetta-Gritou Eduarda, Violetta por um momento abriu os olhos e viu Eduarda com os olhos marejados e algumas lágrimas escorriam por seus olhos.

Violetta, porém não estava mais aguentando foi então que a dor passou, não sentia mais dor era um alivio, mas não conseguia se levantar então ela caiu num mundo totalmente preto.

*~*

Leon seguia com seu dia totalmente parado, vários projetos já haviam sido adiantados pelo seu novo empregado Clement, então ele não tinha muito que fazer ali queria poder sair, mas teria uma importante reunião e não poderia abandona-la por motivos fúteis apenas algo muito importante.

Estava em uma reunião com seu empregado Clement, discutiam sobre os projetos que logo saíram do papel, quando o telefone de Leon toca, fazendo Clement para de falar e prestar atenção em Leon.

–Alô senhor Leon?-Disse à empregada que com certeza pelo tom de sua voz e pelo jeito de como ela saia Leon teve uma certeza ela havia chorado, Oh Céus.

–Oi Daniela, o que aconteceu.

–Sua mulher senhor. -Leon simplesmente gelou

–O que tem ela-Disse sussurrando.

–Ela foi atender a porta, e um cara entrou e quando eu vi ela estava desmaiada no chão, sangrando, eu liguei pra policia e pra uma ambulância, ela está sendo encaminha ao hospital particular de Buenos Aires.

–Obrigado por me avisar estou indo pra lá. –Disse e desligou aquela chamada. –Eu mato aquele desgraçado.

–O que ocorre chefe?-Perguntou Clement assustado com a atitude de Leon.

–O Marco, foi na minha casa e quase matou minha mulher. –Disse se levantando e indo para a porta, deixando Clement sentado sem entender nada, ou talvez ele entendesse tudo.

Leon fez seu caminho até o elevador, passando rapidamente pela secretária avisando para remarcar a reunião para outro dia.

Apertava os botões daquela grande cabine de metal rapidamente e com força, era sua mulher que poderia estar correndo risco de vida.

O elevador não chegava, mas uma mulher que Leon não queria ver no momento, afinal estava com raiva, triste, desesperado, preocupado e outras várias coisas não listadas no momento.

–Ei, calma garotão-Gery, uma mulher que sempre deu mole pra Leon e o mesmo nunca a quis sempre achava um jeito de escapar, mas não era porque Gery era uma mulher feia e sim, pois ela usava roupas minúsculas, e achava que assim poderia atrair a atenção de Leon, mas se enganou ele se atraia por mulheres quietas e meigas, ou seja, estilo Violetta. –Vai quebrar isso daqui a pouco. –Disse dando um sorriso malicioso a Leon.

–Estou com pressa Gery. –Disse rápido e grosso, não queria aquela mulher para incomoda-lo.

–Nossa... O que eu te fiz?-Disse fazendo um bico.

–Nada, mas minha mulher está indo para o hospital e eu tenho que ficar com ela. –Leon deu graças pelo elevador ter chegado, então ele entrou apenas vendo o sorriso que a Gery carregava se desmanchar.

As portas de metal se fecharam e Leon estava totalmente agoniado, com tudo o que acontecia tinha uma certeza que assim que encontrasse Marco iria querer mata-lo com suas próprias mãos.

O elevador parecia que estava demorando uma eternidade para chegar, mas assim que chegou Leon saiu o mais rápido possível e foi direto para o seu carro, pegou as chaves e entrou no mesmo, ligou a ignição e então seguiu para o caminho até o hospital.

Seguia pelas ruas o mais rápido que podia, ao chegar ao hospital estacionou em uma vaga qualquer e foi para a recepção.

–Paciente Violetta Vargas. –Disse Leon assim que chegou à recepção, a recepcionista o olhou e sorriu um sorriso malicioso para ele, era tudo que ele precisava no momento mais uma pessoa para lhe jogar charme.

–Quem é você?-Perguntou tentando chamar atenção de Leon.

–Leon Vargas, marido dela-Disse dando um sorriso de canto, a recepcionista ficou totalmente sem-graça após a fala de Leon.

–Ah sim, os parentes dela estão ali. -apontou para um canto E Leon se direcionou o olhar para aonde ela havia apontado, vendo então Daniela e Eduarda.

Agradeceu a moça e foi em direção a elas, Eduarda estava com uma cara de choro assim como Daniela.

–O que aconteceu?-Leon chegou perto delas e Eduarda ao ouvir a voz do pai pulou para seu colo. –Oi filha. –Disse e sorriu fraco para a menina.

–Porque ele fez isso com a Vilu Pai?-Perguntou Eduarda para seu pai.

–Ele não gosta da Vilu Filha. –Foi a melhor resposta que ele pode dar para a menina. –O que aconteceu Daniela?

–Seu Leon, eu estava na cozinha e então à campainha tocou, eu fui atender, mas a Eduarda chegou falando que a senhora Violetta ia atender a porta, eu disse Okay e fui terminar de fazer o almoço, então ouvimos um choro e fomos ver o que era e a sua mulher estava chorando e o homem batendo nela, a Eduarda gritou e fez o homem se assustar e então ele a largou lá e saiu... Eu corri e chamei a policia e a ambulância, foi isso-Disse e quase chorou novamente.

–Obrigado Daniela, mas como está a Violetta?

–Ela foi fazer alguns exames, chegou desmaiada e inconsciente.

–Obrigado. –Logo um silêncio reinou, Leon estava tomado de pensamentos, temia que o pior ocorresse com Violetta, estava perdido em vários pensamentos, mas despertou de seu transe quando um médico apareceu e chamaram os parentes de Violetta, ele se levantou e o médico o guiou para uma sala, Eduarda ficou com Daniela e Leon pediu para que elas fossem ao parque para Eduarda se distrair um pouquinho.

–Bom Leon você sabe o que ocorreu?

–Não sei muita coisa, eu estava no meu trabalho e eu recebi a ligação da empregada da casa.

–Ela lhe contou algo?

–Falou que alguém tocou a campainha e Violetta foi atender, e depois ela ouviu o choro de Violetta e foi verificar junto com a minha filha e chegando lá a Violetta estava quase desmaiando e então a minha filha gritou e o homem saiu de cima dela e saiu da minha casa e minha empregada foi e ligou para policia, ambulância e para mim.

–Você sabe quem pode ser o agressor.

–O ex-namorado da minha esposa Marco Tavelli, ele já havia ameaçado várias vezes a minha mulher, mas pra que tantas perguntas doutor?

–Pois me informaram que ela havia sido violentada na própria casa e isso normalmente acontece com os companheiros.

–Eu nunca seria capaz de bater na minha mulher, mas então como ela tá?

–Ela está bem, as lesões foram médias, nem tão pequenas e nem tão grandes, ela sofreu alguns danos em seus ossos e infelizmente não conseguimos salvar. –Disse o médico em um tom triste.

–Salvar o que Doutor?

–O feto, ele acabou morrendo estava fraco, tinha poucas semanas e o útero da Violetta foi muito atacado me desculpe, Mas ele não sobreviveu.

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