Diário de Uma Bruxa - 3° Temporada escrita por Unseen


Capítulo 8
Loucura


Notas iniciais do capítulo

OLÁ PESSOAL
SOCORRO
EU SENTI TANTO A FALTA DE VOCÊS
E DESSA VEZ NÃO FOI MINHA CULPA, JURO.
Tipo, como sempre, meu computador se encheu de vírus e quebrou (;-;) e minha mãe levou pro conserto. Demorou, mas ficou pronto, mas enfim – ela me culpou pelo que tinha acontecido (apesar de saber que a culpa foi do namorado da minha irmã) e não me deixa mais usar o computador.
Mas ela me deixou usar o Word, então estou passando o que eu escrevi semanas atrás pro pendrive e estou postando pelo meu amado pc da escola.
Enfim. ESPERO QUE GOSTEEEMMMMM SZ
Boa leitura ^^



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Estavam todos no jogo da Sonserina e Lufa-Lufa. Me sentei num canto vazio da biblioteca, procurando um livro interessante da pilha que tinha juntado ao meu lado.

Ouvi um barulho e entrei imediatamente em estado de alerta, imóvel. O barulho se repetiu, então, com cuidado, me virei e olhei pela brecha entre as estantes.

E lá estava Draco.

Primeiro me perguntei por quê ele não estava no jogo. Então percebi que eu estava na biblioteca havia horas e que o jogo provavelmente já tinha acabado.

Então me perguntei por quê ele parecia tão nervoso. Estava pálido e hesitante.

Resolvi que não queria ser vista.

Ele saiu da biblioteca correndo, e consegui vislumbrar uma porta de madeira pela qual ele tinha saído – e que agora desaparecia aos poucos. Ele estava na Sala Precisa?

O segui silenciosamente, por algum tempo, me sentindo uma das Três Espiâs Demais. Ele entrou no Salão Comunal, mas parou logo na porta, por algum motivo. Então deu meia-volta e saiu correndo.

Harry saiu do Salão, atrás dele, com um olhar determinado. Os segui, me perguntando o que havia acontecido e que tipo de expressão foi aquela no rosto de Potter.

Eles entraram no banheiro masculino e abafei uma praga – mas, felizmente, ainda podia ver um pouco do que acontecia pelo espelho manchado.

Draco tremia, debruçado na pia como se estivesse prestes à vomitar – e por algum motivo, meu instinto me mandou entrar e ajudá-lo – mas eu continuei onde estava. Assim que ele viu Harry, se virou e sacou a varinha.

– Foi você, não foi? – Harry perguntou. Draco respondeu com um Expelliarmus que Harry desviou. Começaram um duelo, e tive de me segurar para não correr pra dentro e mandar pararem. Se fizesse isso, não teria chance alguma de descobrir o que estava acontecendo – ou o que Draco tinha feito.

Até que Harry gritou um feitiço em que eu nunca tinha ouvido falar.

– Sectumsempra!

Draco foi jogado pra trás e caiu no chão, com seu sangue formando uma poça no piso molhado. Não aguentei mais e corri pra dentro.

– O que dementadores você fez?! – me joguei em cima de Draco, fazendo Harry arregalar os olhos.

– Há quanto tempo você está aí?

– Tempo suficiente – lancei um olhar odioso em sua direção. Draco tossiu mais sangue e entrei em pânico. Tirei sua camisa e vi uma ferida enorme em seu peito.

– Ai meu Merlin – senti meu estômago se revirar – Tudo bem, tudo bem, não é nada. Vamos consertar isso – peguei minha varinha com as mãos trêmulas e tentei me lembrar de algum feitiço de cura.

Mas fui subitamente empurrada para o lado por Snape.

Fiquei lá, boquiaberta. De onde ele tinha vindo?

Ele olhou para Harry com uma cara de “você não devia ter feito isso”. O mesmo me lançou um último olhar assustado e saiu correndo.

– Pode ir, Bramen, eu cuido disso. – ele pegou a vainha e começou a murmurar algo que fez o sangue do chão voltar à Malfoy. Parecia ser algo como “vulnera sanentur”.

– Não. Eu vou ficar. – disse, querendo parecer determinada. Minha voz me traiu, saindo fraca e rouca.

– Eu disse pra você ir. – ele disse, muito mais firme do que eu.

– E eu disse que vou ficar! – repeti, pegando a mão de Draco. O vi levantar uma sobrancelha, mas continou o curando, sem mais protestos.

Draco soltou um gemido quando ouviu minha voz, as pálpebras tremendo. Apertei sua mão um pouco mais, ansiosa.

– O que ele fez? – perguntei, enfim.

– Sua missão. Ou pelo menos tentou, apesar de ter falhado.

– Que missão? – senti minha pele gelar.

– Ele vai te conar quando acordar.

– Se fosse importante já teria contado. – repliquei, tentando esconder a dúvida em minha voz.

– Tem certeza? – ele me lançou um olhar sombrio.

Depois de fazer com que – a maior parte pelo menos – do sangue voltasse à seu dono, se levantou e disse:

– É melhor levá-lo à enfermaria. Ele perdeu muito sangue. – então saiu, me deixando apenas com uma ordem, um corpo inconsciente e um monte de sangue.

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Demoraram exatos trinta e seis minutos pra que eu conseguisse chegar até a enfermaria.

Subi as escadas; todas elas. Os corredores estavam frios, vazios e escuros. Arrastando Draco pelos braços, me perguntei quando ele tinha ficado tão gordo. E resmungava o tempo todo:

– Obrigada, Snape, pela ajuda... – fiz uma careta - ...MEU MERLIN, MALFOY, QUANTOS BOLINHOS VOCÊ ANDA COMENDO POR DIA?

Quando finalmente cheguei, Draco já tinha batido a cabeça várias vezes durante o percurso. Madame Pomfrey saiu correndo em minha direção.

– Minha querida, o que aconteceu?

– Não fui eu quem desmaiou dessa vez. – dei uma risadinha, ofegante, enquanto ela me ajudava à estacionar Malfoy-gordo na cama – Acho que foi por causa do jogo de hoje.

Apesar de não haver quase nenhum sentido na minha frase, ela pareceu um pouco assustada.

– Oh, doce Morgana. – ela tremeu – Vou buscar algumas coisas, fique aqui.

Como eu não tinha intenção de sair mesmo, me sentei ao lado da maca sem reclamar. Ela voltou logo depois, com uma tigela com água e um pano. Percebi suas olheiras e disse:

– Tudo bem, eu faço isso. Vá descansar.

Ela pareceu querer protestar, mas o cansaço venceu e ela deu um risinho.

– Certo. Até, então. Vou dormir, já é tarde.

– Pode ir. – respondi, vendo-a sair com um bocejo.

Peguei o pano, molhei na tigela e comecei a passar em seu rosto pálido. Pensei no que Snape tinha dito e fiquei mais nervosa do que antes. Ele realmente me contaria se fosse importante? Ifelizmente, a resposta era talvez.

O luar iluminava tudo, e a janela estava aberta, a brisa noturna me fazendo tremer de frio. Coloquei uma coberta em cima dele e me levantei para fechar a janela.

Então uma mão veio do nada e me puxou.

Eu caí na cama, em cima de Malfoy.

– Draco... – olhei para ele e seus olhos ainda estavam fechados, mas pude ver que fazia o possível para não rir. O empurrei, rindo – Draco! Eu sei que você acordou, não adianta fingir.

– Não sei do que você está falando. – ele disse, ainda de olhos fechados e me puxando mais pra perto. – Estou profundamente adormecido, não vê?

Dei uma risada e ele abriu os olhos lentamente. Estava muito perto, e senti meu coração bater mais rápido.

– Por que eu sinto que fui atropelado pelo Expresso de Hogwarts? – ele gemeu, ignorando meu rosto vermelho.

– Bem...você começou um duelo com Harry. – disse, afastando suas mãos do meu rosto. Ele pareceu estranhar, e me sentei ao seu lado, na cadeira novamente. – Por quê?

– Por que o quê? – ele disse, com cara de sonso.

– Por que não me contou que tinha uma missão? Eu teria ajudado.

– Exatamente. – ele suspirou – Não que sua ajuda.

– Não quer? – me levantei, irritada – O quê? É muito orgulhoso? Você precisa de ajuda sim, Draco, e uma prova disso é que Harry está à um fio de saber sobre tudo.

– Eu não quero sua ajuda... – ele puxou meu rosto pra perto de novo, tão perto que podia sentir sua respiração - ...porque não quero que se machuque.

Ele me deu calafrios com aqueles olhos de inverno. Engoli em seco.

– Eu já me machuquei muito pra me importar com mais alguns arranhões.

Mais uma vez, me afastei, e ele pareceu profundamente magoado. Ele sabia que eu estava falando de Cedrico. Comecei a andar de um lado para o outro.

– Você ainda tem pesadelos?

Demorei um pouco pra responder, sentindo um gosto amargo na boca e desviando os olhos para o chão.

– Todo dia.

Ele assentiu.

– Você realmente sente falta dele? – ele suspirou quando eu assenti, envergonhada – Eu nunca vou conseguir chegar aos pés de Cedrico Diggory, não é mesmo?

Arregalei os olhos. Aquele era o um tom de voz machucado, de uma ferida profunda e antiga.

– Draco...

– Amigo, namorado ou irmão, ele sempre vai ser melhor. – ele disse, irônico, amargo e rancoroso. – Mesmo que ele seja um cadáver.

– Draco! – explodi – Por favor...

Respirei fundo, colocando o rosto entre as minhas mãos e sentindo uma mágoa terrível. Me sentei no chão e ele se calou, enquanto eu tentava me controlar.Eu sempre evitava pensar em Cedrico, mas nunca funcionava. E agora, ver esse ódio todo de Draco era...

– Desculpe. – ele disse, mas não levantei os olhos – Lou...

Eu não conseguia responder. Não queria.

– Lou, me desculpe, de verdade. – o ouvi se levantar e ir até mim. Eu balançava de trás pra frente, sentindo uma onda de raiva pelo meu corpo e tentando acalmar meus pensamentos. Ter falado de Cedrico fora uma má ideia.

Senti sua mão em meu ombro e estremeci.

– Você devia ir pra cama. – dsse, ainda sem olhar pra cima. Ele pegou meu rosto com uma força estranha e me obrigou à olhar em seus olhos.

– Você devia me amar. – ele disse, com dor em seu rosto – Você tem de me amar.

Eu nunca tinha visto esse lado de Draco, o que me fez entrar em estado de alerta de novo. Ele parecia agressivo, e ao mesmo tempo triste.

Mas havia perigo também. Um perigo adormecido, como um tigre parcialmente domesticado.

Recuei, tentando tirar a mão dele do meu rosto, mas ele não cedia, só apertava com mais força.

– Draco...você está bem?

– Cale a boca. – sua voz era fria, mas trêmula ao mesmo tempo.

Meu coração bateu mais forte, e minha intuição me disse que tinha algo errado. Muito errado.

– Draco... – gemi – Você está me assustando.

– Eu não ligo.

– Para com isso! – disse, em pânico, arranhando suas mãos. Ainda assim, ele não me soltou. – Está me machucando.

– Não, você não entende, Louise. Você não pode me abandonar. Nunca mais, entendeu? É tarde demais.

Encarei seu rosto, confusa. Algo nele havia mudado desde a efetivação. Como se estivesse sempre com medo de tudo, como se estivesse sendo perseguido. E ele claramente tinha medo que eu o abandonasse.

– E-eu, não vou. – ajeitei seu cabelo, só naquele momento percebendo que eu estava sendo sincera. Ele pareceu aliviado, e apertou meu rosto com menos força – Eu não posso e não quero te abandonar.

Ele sorriu, parecendo prestes á desabar em lágrimas. Dei um beijo em uma delas, que escapava por sua bochecha – do mesmo jeito que Cedrico fazia comigo. Do mesmo jeito que Draco fazia comigo.

Ele acariciou meu rosto freneticamente, rindo com a histeria de um louco. Eu sorri, fechei os olhos e encostei minha testa na dele, apenas desfrutando o momento. Algo naquele medo e loucura de Draco me reconfortava, mesmo que também me desse medo. Acho que era porque lembrava á minha própria loucura. Ele me agarrou pela nuca e pressionou seus lábios contra os meus com força. Quando ele se afastou de mim, me levantei, sem fôlego e o puxei até a maca, como uma criancinha.

– Agora vá pra cama. – pigarreei e dei um beijo em sua testa. Estava indo embora quando ele segurou a minha mão.

– Só se você dormir comigo.

Corei violentamente.

– Uh...como?!

– Eu também tenho pesadelos. Fica. – ele insistiu, suplicante.

– A-ah... – corei ainda mais, amaldiçoando minha mente traiçoeira e maliciosa – Tudo bem...

Me deitei ao lado dele desajeitadamente, constrangida. Fiquei bem na beirada, quase caindo, e ele me puxou pra mais perto, colada ao peito dele. Fechei os olhos e me aconcheguei pra esconder a vergonha.

– O que você achou que eu quis dizer quando pedi pra você dormir comigo? – ele perguntou, rindo, meio malicioso meio tímido.

– Pare com isso. – tentei esconder meu sorriso – Agora vai dormir.

Ele me apertou mais em seus braços.

– Algum dia, quem sabe? – murmurou, baixinho.

Abri os olhos pra perguntar o que diabos aconteceria “algum dia”, mas ele estava de olhos fechados, um pouco corado. Também fechei os olhos, um pouco cofusa, mas ouvi outro murmúrio, que não ouvi muito bem.

– O quê? – perguntei.

– Nada. Eu não disse nada. – respondeu.

Eu ignorei o assunto, vencida pelo sono.

Mas tinha quase certeza de que o murmúrio soava com algo parecido com “eu te amo”.


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Notas finais do capítulo

Socorro, Draco precisa se tratar qq
Mas ele é bonito, então fodac qq²
ENFIM
BYEZINHO
VOU ESCREVER ASSIM QUE PUDER
Desculpa enrolar tanto, esse capítulo ficou meio brisado, eu sei e..e
Enfim²
Byezinho²