How I Can Live With No Air? Part 3 escrita por Mrs Holland


Capítulo 24
Jade - Sophie


Notas iniciais do capítulo

Heyyyyyyyyyyyyy. Aqui estou eu, trazendo mais um capítulo pra vocês em menos de um mês. Olha que coisa boa gente. Espero que estejam gostando apesar de ninguem estar comentando nada. Por favor gente, comentem! Bjs.



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Isso tudo era simplesmente muita coisa para digerir. Caminhei ate a varanda, observando a movimentação lá em baixo. Todas aquelas pessoas seguindo com suas vidas e nem sabem sobre o que os cercam!
– Hey. – escutei Sophie falar ao meu lado.
– Olá.
– Quer companhia? – perguntou.
– Quero sim.
– Sobre o que está pensando?
– Sobre como deve ser bom não saber de nada. – falei.
– Eu acho que elas simplesmente preferem ignorar a mudança ao redor delas.– falou.
– Você acha que seria mais simples se não soubéssemos de nada? – perguntei, olhando para ela.
– Não consigo imaginar minha vida diferente do que ela é agora. Mas gostaria que ela fosse um pouquinho mais simples. – falou, olhando para as mãos.
– Acredito que cada um tem o peso que pode aguentar. – falei e ela assentiu. – O que você viu Sophie?
– Eu não sei. – falou, após respirar fundo. Conseguia perceber pelos seus movimentos que ela estava muito nervosa.
– Olha, eu não tenho como fingir que sei pelo o que você está passando no momento, mas se tem alguma coisa haver com algum de nós, é melhor que a pessoa saiba agora do que de uma maneira pior depois, ta? – falei e ela concordou. – Pensa nisso ta?
– Vou pensar. Obrigada. – falou e eu assenti.
– Vou descansar um pouco. Boa noite. – falei, me desencostando da proteção, mas ela segurou a minha mão.
– Eu também não sei pelo o que você está passando, mas você precisa falar sobre isso com alguém. – ela falou. Assenti, soltando a minha mão. Passei pela cozinha para pegar alguma coisa para comer, mas acabei desistindo. Encontrei com meu pai no meio do caminho.
– Hey pai. – falei. Ele estava meio distraído.
– Ah... Oi querida.
– Esta tudo bem? – perguntei.
– É sempre difícil voltar de uma transformação. – falou enquanto passava a mão pelo cabelo. Me sentei aos seus pés, encostando as costas no sofá apoiando o braço em sua perna, olhando para seu rosto.
– Como é? Digo... Viver com...Ele. – perguntei.
– É sempre cansativo. Sempre tendo que controlar o que faço e em que tipo de situação me coloco para não perder o controle... Sabe que no começo eu não conseguia fazer nada que acelerasse meu batimento cardíaco. Acho que foi por isso que você demorou tanto tempo para acontecer!
–Pai... – falei, meio embaraçada. - E como é durante a transformação?
– As vezes parece eu tenho controle da situação, mas, na maioria das vezes, eu sou apenas um espectador na minha própria cabeça. – ele falou, olhando para a televisão desligada na nossa frente. Sua atenção não estava ali, parecia que ele vivia tudo enquanto falava. – Mas, porquê quer saber disso agora?
– Nós nunca conversamos sobre isso, sinto como se fosse uma parte da sua vida que quisesse esconder de mim. – falei, enquanto esfregava minhas mãos, nervosa.
– Eu não quero esconder nada de você querida. Apenas não quero que pense que você vive debaixo do mesmo teto que um monstro! - ele falou baixinho, como se conversasse com uma criança.
–No momento… Não acho que isso vá acontecer! - falei. Não poderia mais esconder dele!
– Porquê diz isso querida? - perguntou. Respirei fundo.
– Está acontecendo comigo pai - falei. Não querendo olhar em seus olhos.
– Jade. Querida, olhe para mim. - pediu e eu olhei, com medo. - Você está ficando… Como eu? É isso? - perguntou e eu assenti. - Desde quando?
– A primeira vez foi a algum tempo, mas com toda a pressão que estamos passando nos últimos dias, já aconteceu umas quatro vezes desde o dia da visão de Sophie.
– Quatro vezes Jade? Quando você pretendia me contar? - perguntou, se levantando, estava nervoso.
– Eu não queria estragar a sua felicidade. Eu sei o quanto você estava feliz pensando que eu não era como você. Não queria estragar isso! - falei me levantando.
– Não se trata do que eu quero. Você devia ter me contado antes! - sua voz já estava um tom mais alto. Nunca havia visto ele desse jeito.
– Me desculpe, mas eu não sabia o que fazer! - falei e um soluço subiu pela minha garganta. Lágrimas já desciam dos meus olhos. - Eu estou com medo pai!
– Me perdoe querida. - falou, enquanto encurtava a distância entre nós e me abraçava. - Eu… Rezei tanto para que isso não acontecesse com você! Pedi tanto a sua mãe que tomasse os remédios. Mas você… - falou enquanto levantava meu rosto e olhava no fundo dos meus olhos. - É, de longe, a melhor coisa que já me aconteceu! E nós vamos passar por isso juntos, está bem?
– Tá bem! - falei e abracei-o de novo. Enterrando meu rosto em seu peito.
– Você não vai estar sozinha! Eu prometo! - falou e beijou a minha testa.

Pov’s Sophie

Sai da sala tentando não ser notada. Não queria interromper aquele momento tão precioso para os dois. Mas presenciar isso me fez pensar que eu não estava fazendo o certo escondendo uma coisa tão importante de James e, principalmente, de Camille. Me encostei na parede do corredor e coloquei a mão no rosto.
–J.A.R.V.A.S?
– Sim, senhorita Rogers.
– Onde estão meu irmão, minha mãe, Camille e Natasha? - perguntei.
– Se encontram em seus respectivos quartos, senhorita.
– Peça para que me encontrem no quarto de Drake, por favor?
– Agora mesmo senhorita!
Entrei no quarto de Drake e o encontrei, de costas para a porta, trabalhando em algum projeto em seu computador de última geração. Abracei-o pelo pescoço.
–Você parece tensa! - comentou.
– Eu preciso do seu quarto por algum tempo. - falei.
– Está me expulsando do meu próprio quarto? - perguntou divertido.
– Não pediria se não precisasse. - falei e ele me olhou, entendendo que era sério. - Você pode terminar isso na oficina né?
– Por você, eu termino até na cozinha! - falou e beijou minha testa. - Clube da Luluzinha?
– Quase isso. - falei.
– Senhorita Rogers, seu irmão lhe aguarda na porta.
– Obrigada J.A.R.V.A.S.! - falei.
– Conversa de família? - perguntou novamente.
– Quase isso. - repeti caminhando até a porta.
– Eita coisa complicada. - falou enquanto reunia algumas coisas para sair. Eu abri a porta.
– Hey. Mandou chamar? - James perguntou quando abri mais a porta. Camille estava ao seu lado, com a maior cara de sono que alguém poderia ter.
– Mandei. Entra. - falei. Ao mesmo tempo que eles entraram, Drake saiu, mas pedi que deixasse a porta aberta.
– Estamos esperando mais alguém? - Camille perguntou.
– Estamos. Nossas mães. - falei. James se ajoelhou na minha frente.
– Soph, o que aconteceu? - perguntou. Olhei para Camille, que estava sentada ao meu lado.
– Eu realmente vi uma coisa. Eu queria ter dito antes mas estava com medo de errar de novo. Sinto muito! - falei, quase chorando.
– Está tudo bem Sophie. Apenas nos conte o que era, tá? - falou e eu assenti.
Levantei a minha cabeça e vi James conversando com minha mãe e tia Natasha.
–Querida, o que foi? - mamãe perguntou, se sentando ao lado contrário de Camille.
– Era um quarto. Ele era padrão. Parecia com os quartos do porta aviões S.H.I.E.L.D… - falei e todos assentiram. - Mas… Havia um berço!
– Um berço?! - Natasha perguntou.
– Sim. E quando eu cheguei perto havia um bebê dentro. Era uma menina. Uma menina linda. Loira com olhos azuis. - falei em meio às lágrimas. Sim, eu já chorava novamente.
– Está tudo bem querida. Apenas continue. - mamãe me pediu.
– Era o nosso azul James! - falei.
– Você quer dizer… O nosso tom de azul? - perguntou.
– Sim! Era idêntico ao nosso! - falei me levantando da cama. Não aguentava mais ficar sentada. Me sentia sufocada.
– Sophie… Amiga… Onde você quer chegar com isso? - Camille me perguntou, podia ver que ela estava entendendo o que eu queria dizer. Olhei para ela e a luz começou a aparecer novamente. Como se a bebê soubesse que falávamos dela. Respirei fundo novamente, tentando controlar as lágrimas antes de voltar a falar,
– Se você pudesse ver o que eu vejo Camille. Essa luz pura que eu posso ver saindo de você. É tão lindo! - falei, mas ela já não me escutava mais.
– Não. Não pode ser verdade! Você entendeu errado! Está vendo coisas! - falou, nervosa. - É isso! A noite passada mexeu com a sua cabeça!
– Camille, por favor… - falei, tentando me aproximar dela, mas ela me afastou antes de sair correndo do quarto.
Desabei no chão chorando. Algum tempo depois eu senti braços me envolverem e logo reconheci o cheiro da mamãe. Enxuguei as lágrimas e olhei para ela.
–Eu sinto tanto mãe! Eu não queria jogar mais essa para cima dela! Mas ela precisava saber! - falei, observando tia Natasha se ajoelhar na minha frente. - Me perdoe tia. Eu não queria…
– Não é sua culpa querida. Agora eu entendo isso! - falou colocando a mão na minha perna. - Mas você tem certeza?
– As visões são interpretativas, mas a luz que eu vejo saindo de dentro de Camille não! Façam o teste! Mas o resultado será positivo! Eu tenho certeza! - falei e ela assentiu.
– Eu cuidarei dos dois! Descanse um pouco está bem? - falou, enquanto se levantava, e eu assenti. Se dirigiu até a porta que estava escancarada.
– Tia? - falei e ela olhou para mim. - Não deixe que ela me odeie. Por favor.
– Ela não vai! Fique tranquila! - Natasha falou antes de sair.
Mamãe me ajudou a deitar na cama e se sentou ao meu lado. Apertei seu braço que estava perto de mim e logo dormi de exaustão.


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