Glowing Eyes escrita por Charlie


Capítulo 12
Healing


Notas iniciais do capítulo

GENTE EU SEI QUE FAZ UM TEMPÃO QUE EU NÃO ATUALIZO EU SEI ME DESCULPEM

Bem, dessa vez não tem desculpa. Eu até tentei escrever, mas não deu.
O capítulo não saía e eu morria de preguiça só de pensar, porém agora tomei vergonha na cara e vou (tentar) atualizar toda semana. SE FOR POSSÍVEL.

Boa leitura, chuchus.



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Eu poderia dizer que acordei cedo, saí da cama sem Liam perceber e preparei uma mesa de café deliciosa pra quando ele acordasse. Mas bem, isso seria completamente mentira.

— Will, acorde, eu odeio ter que fazer isso, mas você tem que acordar — dizia ele enquanto cutucava o meu braço.

— O quê? O que aconteceu? — sentei-me na cama, me espreguiçando.

— Minha mãe está chegando, eu consigo ouvi-la.

Agucei meus ouvidos para tentar escutar alguma coisa, sem resultado. Ah, claro. Superaudição de lobisomem. Olhei para mim mesmo e depois para Liam. Ainda estávamos de cueca. Entendi a mensagem.

Levantei-me da cama, prendendo meu pé em alguma coisa. Como já tinha tomado banho antes de dormir, decidi não tomar outro agora. Peguei uma calça jeans preta e uma camiseta cinza qualquer que havia trazido na mochila e as vesti. Liam também estava se vestindo.

Fui para o banheiro e comecei a escovar os dentes. Segundos depois ele apareceu atrás de mim, botando as mãos na minha cintura enquanto me dava um beijo na minha bochecha. Sorri, mesmo com a boca cheia de pasta/espuma.

Depois de ele também fazer a higiene matinal, descemos as escadas, no exato momento em que a mãe dele entrou pela porta da frente da casa. Ela era morena e tinha os olhos azuis, um tom mais escuro que os do filho. E parecia surpresa com a minha presença, porém não comentou nada. Ela estava usando um vestido verde elegante que destacava ainda mais a cor dos seus olhos.

— Mãe, este aqui é o Will, William Harding. Ele estava precisando de um lugar pra ficar... — apresentou Liam.

— Bom dia, sra. Dunbar. Espero não ser um incômodo — disse formalmente, ela ficou em pensativa por um momento, mas depois apertou minha mão com animação.

— O filho de David Harding, certo? Prazer em conhecê-lo! — anotem aí, pessoal, não é uma coisa legal se apresentar a uma pessoa falando do seu pai desaparecido. — Pode me chamar de Rosie.

— O prazer é todo meu, Rosie! — respondi, com educação.

— Onde está o Oliver? — questionou Liam, Oliver deveria ser o seu padrasto.

— Aconteceu uma coisa no hospital e ele foi direto para lá — respondeu ela.

— Que tipo de coisa? — não pude deixar de me preocupar com Natalie, mesmo com tudo o que ela fez.

— Ah, não foi nada demais. Sua mãe também trabalha lá, não é?

— Sim, ela trabalha sim.

Liam a perguntou sobre a tia que haviam ido visitar. Eles começaram a conversar, e eu, comecei a me sentir um intruso. Ontem, a noite foi maravilhosa, entretanto agora tudo estava ficando estranho. Talvez era assim que as coisas deveriam ser para mim: estranhas.

Decidi não comer, recebendo olhares confusos de Liam. Balancei a cabeça, dizendo para não se preocupar. Vesti uma jaqueta preta enquanto ele comia um pouco e então, fomos para a escola.

— O que está acontecendo? — perguntou assim que saímos pela porta da frente. Como a casa dele era mais perto da escola, iríamos andando.

— Não é nada — menti, mas não o convenci — É sério, não é nada demais! Você está nervoso? — mudei o assunto.

— Um pouco — admitiu.

No caminho, fui falando sobre os professores, os alunos que eu conhecia, a roupa brega da diretora... Quando já estávamos perto da escola, ouvimos um grito de dor. Olhei para Liam, que tentava descobrir de onde ele vinha. Seria algum demônio?

— Fique aqui, eu já volto — avisou. Mas é claro que eu não fiquei ali. O segui até um beco de um dos prédios que havia nos arredores do colégio.

Um rapaz alto, de cabelos escuros que estava usando uma roupa meio bad boy estava chutando um menino que, sangrando e machucado, quase não conseguia se mexer no chão. Liam correu para impedir o valentão, o jogando no chão e em seguida dando um soco em seu rosto.

Fui até o menino, que estava chorando de dor. As lágrimas se misturavam com o sangue que saia do nariz.

— Minha perna... está... quebrada... — disse ele, com dificuldade.

Eu não sabia o que fazer. Botei uma mão no lugar onde ele havia dito. Eu estava com o coração partido, por que alguém iria fazer isso? Olhei para Liam, que ainda estava sobre o outro rapaz, que há essa hora já havia desistido de tentar se libertar. Os lábios de Liam se moveram “O que iremos fazer?”.

— Qual é o seu nome? — perguntei para o garoto, que percebendo agora deveria ter a nossa idade.

— É Andrew... — sua expressão foi lentamente se suavizando. Será que aquilo que eu estava fazendo realmente ajudou? Com cuidado, levantei sua calça até a altura do joelho para ver o estrago. Olhei para os olhos do menino, usando o meu melhor olhar de “tá tudo bem”.

No entanto, a sua perna estava intacta. Não havia nenhum sinal de ferimento, sendo externo ou interno. Estranhei, o que diabos aconteceu? Apertei o membro de leve, Andrew não sentia mais dor.

— Você consegue se levantar? — perguntei. Ele assentiu, um pouco hesitante.

Mas nada de ruim aconteceu. Andrew ficou firme e forte em pé, apenas reclamando da dor no braço. Deve ter deslocado algum osso ou então torcido algum músculo.

Liam soltou o rapaz mais velho, “Lidamos com você outra hora”, que saiu calmamente, nos encarando, como se fosse o dono da razão.

— Eu estudo na Silver Roof — Andrew disse indo até uma lata de lixo que havia ali, tentando pegar sua mochila. Liam ajudou, mas não o deixou carrega-la. — Aquele era Elliot Parker, estuda no último ano.

— O que você fez para ele? — perguntei, horrorizado com a situação.

— Eu vi um garoto o beijando — Andrew respondeu.

— O quê? Isso é o cúmulo! — Liam revoltou-se — Esse cara é doente!

— Acalme-se — falei — como você disse, lidamos com ele depois.

Chegamos na escola, nos corredores todos estavam olhando para nós. Se perguntando quem era Liam ou o que aconteceu, não sei. Passamos por Clary e Jace, olhei para eles e gesticulei para dizer que eu estava bem, e fomos direto para a diretoria.

A porta que havia uma placa escrita “Diretora — Sra. Chase” estava aberta e a mulher vestida roupas que eram parecidas com uma cortina de banheiro nos viu, se levantou da mesa e puxou uma cadeira para Andrew, que ainda reclamava de dor no braço.

— Bem-vindo à Silver Roof, Sr. Dunbar — disse ela, usando um tom rude. Espero que não tenha achado que foi Liam que fez aquilo, dado o seu histórico escolar — O que aconteceu com você Sr. Haynes?

— Eu caí de mau jeito quando estava vindo para cá — Eu não acredito! Ele estava fazendo exatamente o que o tal Elliot quer, que ele tenha medo. Senti a mesma inquietação vindo de Liam. Andrew olhou para nós, quase implorando para não contarmos a verdade — Eles estavam por perto e me ajudaram a levantar.

Não conseguia ler a expressão da Sra. Chase, se ela acreditava ou não na história de Andrew. Trouxemos ele aqui para fazer uma denúncia de bullying, porém, ele escolheu dar uma explicação furada. A Sra. Chase nos dispensou mesmo assim, e mandou ele para a enfermaria.

Depois de ter saímos da sala, Liam segurou o ombro de Andrew, fazendo o parar.

— Por que você não contou a verdade para ela? Você vai deixar esse Elliot ter controle sobre você?

— Quer saber? Vou sim! Vocês viram o que ele fez comigo. Não sei o que você fez, — Andrew apontou para mim — mas era pra eu estar no hospital nesse exato momento.

Aquilo chamou minha atenção.

— Você acha que eu fiz alguma coisa? Só estava usando o calor humano para amenizar a dor. Nada demais! — era verdade, eu havia lido alguma coisa sobre isso em um dos livros da faculdade de Natalie.

Andrew não deu atenção e foi em direção à enfermaria. Liam se aproximou de mim:

— Me prometa que você não vai se meter com aquele garoto, não sabemos do que ele é capaz.

— Eu prometo — suspirei — Você acha que eu fiz alguma coisa? De algum modo curei a perna dele?

— Eu acho que você deveria falar com os seus amigos Caçadores de Sombras.

Ele estava certo. Fomos até Clary e Jace, que também estavam vindo à nossa direção. Fiz uma apresentação rápida entre eles e Liam, mas sem receber certos risinhos e nada silenciosos “affair” de Clary. Expliquei resumidamente o que aconteceu para eles.

— E também quando eu tirei as bandagens do meu braço na noite passada, não tinha nenhuma marca ou cicatriz, como podem ver — estiquei o braço para mostrar.

— Que bandagens? — perguntou Liam, confuso.

— Quando você... hã... se transformou na festa, enterrou as unhas no braço de Will — Clary o respondeu.

— Por que você não falou nada? — ele virou-se para mim, com um olhar acusador.

— Porque, como eu disse, não foi nada. Enfim, não é por isso que estamos aqui. Jace — chamei — o que você acha?

— Não sei, eu vou ligar para Alec e ver se ele encontrou alguma coisa.

— Ok, muito obrigado — agradeci — Vamos, Liam, quero te apresentar à mais alguns amigos. Tchau, pombinhos! Não, espera, anjinhos!

— Tchau, affair! — Clary devolveu. Jace só balançou a cabeça e sorriu.

Quando já havíamos saído de vista, Liam questionou:

— Por que ela me chamou de affair?

— É uma brincadeira nossa. Nada demais — expliquei.

Ia apresentá-lo Bella e Edward, mas o sinal bateu. A nossa primeira aula era a mesma: História.

— Bem-vindo ao mundo do Sr. Westover, aka Senhor do Tédio.

— Soa animador!


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Notas finais do capítulo

Foi isso, amores. Espero que tenham gostado!

Comentem aí o que acharam do Andrew, Elliot e dos pais do Liam plus a relação dele com o Will.

Até a próxima att (espero que seja em breve)
xx



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