Emma Swan apesar do nome sutil, não era nada como o cisne : com seus 6 anos e seus cabelos loiros era realmente um menino, correndo pra todos os lados atrás de confusões, com a amiga Ruby e o primo August. Mas quem diria que ia ser em uma dessas bagunças que encontraria alguém muito especial.

Naquela tarde, Mary levou Emma para a festinha de aniversário de Ruby que Granny, estava planejando a quase um ano para a neta no pequeno restaurante que possuía. É claro que a mocinha não parou um segundo se quer desde que chegou .

Estavam todos lá : August que estava de olho nos docinhos, Ruby que tirava fotos em torno da mesa toda enfeitada toda feliz , Belle que lia um livro de biologia um pouco avançado para a sua idade, e o que lhe fez sossegar foi ver que havia um garoto afastado de todos sentado em um dos banco taciturno. Emma, curiosa como sempre, se aproximou do menino.

–Oi... - Ela falou se sentando ao seu lado mas não obteve resposta alguma -Eu sou Emma Swan.

–Eu sou Killian Jones – Ele falou encarando a menina com seus olhos azuis mais claros que o céu- Gostei o seu nome, Swan.

–Também gostei do seu... Lembra o Indiana Jones...

–Ema é o nome de uma ave brasileira parecida com um avestruz.

–Onde você aprendeu isso?- A menina se espantou com a inteligencia de Killian

–Com meu papai. Ele ama navegar então vou com ele para todos os lugares do mundo.

– Que nem um pirata?

–Acho que sim... Meus avós dizem que eu sou o Capitão Gancho...- Kilian amava conto de Peter Pan.

Ele foi o único que conseguiu manter Emma estática e conversar com uma garota comum, apesar de as vezes ele falar coisas que a menina ainda não entendia. Contou que seu pai também era pai de Ruby e que a estava conhecendo naquele dia, por isso que não estava se enturmando com as outras crianças.

A festinha foi simples mas incrível. Quando acabou, Emma estava coberta de glacê de bolo e sorvete por toda roupa e Killian completamente limpo como uma dessas crianças riquinhas que tinham aulas de etiqueta.

–Emma – Falou Granny tocando o ombro da menina- Sua mãe acabou de chegar e está te chamando para irem embora.

–Tá bom...- Ela sorriu e Granny voltou à porta para conversar com Mary Margaret. - Vou ter que ir embora, Killian... Quando você vai voltar pra gente brincar na minha casa?

–Não sei, Swan... Mas quando eu voltar eu vou te procurar..

–Eu vou perguntar de você todo dia, Hook...

–Gostei ...- Ele riu. Emma ouviu sua mãe te chamar. A menina estendeu a mão e ele pegou sua mão e a beijou, como se fosse o príncipe encantado das histórias que sua mãe contava.- Algum dia a gente vai brincar juntos...

–Tchau...- Ela correu para a sua mãe e saíram.

A partir desse dia, Emma esperou por meses e meses até ter noticias de Killian, nem telefonema e sequer uma carta mas nada chegou até ela.

Continuou sua vida só que de forma errada. Ela mudou da água pro vinho e no aniversário de 17 anos ela mentiu para os pais e fugiu de casa com o namorado para Nova York e quando voltou,poucos dias depois de descobrir que estava grávida soube que Neil havia desaparecido.

Os anos se passaram. Emma, agora tem seus 28 anos e está bem de vida. É responsável, uma mãe -solteira exemplar e caça- recompensa dedicada. Além disso, a moça se focou tanto no trabalho que acabou esquecendo da garotinha questionadora de um longínquo passado.

Era 7 horas da manhã quando a campainha tocou. Por sorte, Emma estava na cozinha fazendo um cappuccino enquanto se lembrava do trabalho da noite passada onde havia pegado um dos mais procurados de Nova York.

– Quem pode ser, a essa hora da manhã? - pensou em voz alta . Era muito cedo para trabalhar e era muito difícil um de seus amigos estar acordado as 6 horas da manhã.

Caminhou até a porta e olhou através do olho -mágico, mas foi frustrada pelo escuro. Antes de qualquer coisa, pegou a arma que ficava em sua bolsa e abriu uma pequena fresta.

Do outro lado, havia um homem alto, usando óculos escuros e casaco de couro, que lembrava o personagem favorito dela : o Motoqueiro – Fantasma. No chão, malas e mais malas de couro, provavelmente muito caras o cercavam.

– Emma Swan? - O homem falou com sua voz rouca .

– Sim... - Ela franziu o cenho. Como ele sabia o seu nome sendo que nunca tinha se encontrado. O rosto do homem pareceu aliviar da preocupação- O que deseja?

– Eu tenho um trabalhinho pra você, querida... -disse ele dando um sorriso diabólico.

– Não trabalho de aluguel particular...E nem te conheço pra me chamar de querida...

– E se eu disser que tenho notícia, meu amor que fará mudar sua vida para sempre? - Ele gostou de irritá -la , e ela, bem o achou bem frívolo.

– Depende...

– Eu tenho notícias do Crocodilo...- Aquela palavra fez Emma repensar por um segundo. Ele abaixou e depois de mexer dentro de uma mochila tirou um maço de dinheiro. Ali deveria ter mais de mil dólares -E pelo preço certo tenho a certeza de que irá aceitar.

Emma ponderou por um segundo após fechar a porta. Ela estava precisando daquele dinheiro, já que a maioria dos criminosos de Nova York já sabia da existência da agência. Respirou fundo e abriu a porta o convidando para entrar.

Imediatamente o homem se sentou no sofá de couro, e a loura também mas numa poltrona feita do mesmo material, ainda de pijama , o que fez o homem a fitar de cima abaixo.

– Quero que preste atenção...- o homem tirou os óculos e revelou um belo par de olhos semelhantes a safiras os quais pareciam ser familiares a moça.- São 15 dólares a hora; nada de atrasos senão haverá multas; Nada de me chamar de querida, amor ou outra coisa... Não te conheço e não quero intimidade com ninguém...

– Certo, querida...- Ele ignorou completamente o que Emma havia acabado de avisar, o que a fez fechar o rosto e tentar se lembrar quem o cara era.

– Quem te indicou?

– Ruby ...- Ele sorriu e Emma arregalou os olhos assustados : Era sua chefe. De longe, veio em sua mente um flash do passado, um garotinho, uma festa de aniversário e um par de olhos azuis seguido por um nome.

– Killian Jones...

– Olá, Swan... Eu prometi que te encontraria... - Ele a fez sorrir .