Enchanted escrita por Sabrina Delfin


Capítulo 9
You Belong With Me




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Eu me lembro

Você dirigindo para minha casa

no meio da noite

Eu sou o único que te faz rir

Quando você sabe que está prestes a chorar

E eu sei que suas músicas favoritas

E você me diz sobre os seus sonhos

Acho que sei onde você pertence

Acho que eu sei que é comigo

– Taylor Swift -You Belong With Me (Você pertence a mim)

http://www.kboing.com.br/taylor-swift/1-1006810/

Pov’ Jace

– Eu cheguei Jace, já pode se afastar dela. – Disse Aline com as mãos na cintura e um sorriso cínico no rosto.

–Me afastar dela? E ir para onde? Para perto de você? O que me admira é alguém ainda querer chegar perto de você . – Eu falei segurando Clary mais firme em meus braços.

–Agora você fala isso Jace, mas vamos ver por quanto tempo isso aí vai durar. –Ela apontou de mim para Clary, depois voltou com a mão a cintura. – Se depender de mim isso logo vai acabar.

–Aline!! A que devo a honra de sua presença nessa festa, que por sinal eu não me lembro de ter te convidado. – Isabelle falou aparecendo do nada com Simon ao seu lado, que apontava a câmera para Aline e Izzy.

–Por quê está filmando isso? –Eu perguntei baixo para ele.

–Não sei, Isabelle que me pediu para filmar. –Ele respondeu concentrado na câmera.

–Acho que já chegou a hora de você ir. –Isabelle falou colocando a mão no ombro de Aline, as duas estavam a beira da piscina, a água refletindo luz em seus rostos.

–Não sei não querida Izzy, creio que vou ficar mais. –Aline disse sorrindo para Izzy.

–Não vai não.- Izzy respondeu ainda com a mão no ombro de Aline, sorriu, e a empurrou na piscina, a água espirrou e Izzy riu observando Aline afundar na água azul e depois emergir, achei que ela fosse pirar e começar a gritar, mas ela passou a mão nos cabelos escuros, sorriu e disse para Izzy.

–Considere isso como uma declaração de guerra Isabelle Ligthwood, a todos vocês. –Terminou olhando para nós, e com um último olhar de raiva para Clary ela saiu calmamente da piscina.

–Oh! Me desculpe, não foi minha intenção. –Disse uma voz carregada de sarcasmo,me virei para ver de quem era e me deparei com uma garota de frente para Clary, com um copo vazio em mãos e um sorriso diabólico estampado no rosto, observando com divertimento o vestido molhado de Clary, a garota jogou o copo aos pés dela e saiu para o lado de Aline que estava parada ainda sorrindo para nós, ela me olhou, piscou e saiu andando com a garota em seu encalço. Clary deu um passo olhando com fúria para Aline mas eu a impedi segurando em seu braço.

–É isso o que ela quer! Ela quer que você perca a cabeça, não entre no jogo dela.

–Você tem razão, melhor não começar um barraco agora. –Ela disse e olhou com desgosto para o vestido encharcado. –Melhor eu trocar esse vestido.

–Vem! Eu te acompanho. –Eu disse a guiando para dentro da casa e a levando na direção das escadas.

–Hum! Você sabe que eu moro aqui do lado, né? –Ela perguntou apontando para onde seria o lado da sua casa.

–Sim, eu sei. –Eu sorri e a puxei para o andar de cima.

Abri a porta do meu quarto e dei espaço para ela passar, ela olhou para o recinto depois me olhou e sorriu.

–É diferente de como eu imaginava.

–Então você fica imaginando como é o meu quarto? –A olhei de forma divertida.

–Talvez.

–E como você imaginou? –Eu perguntei.

–Começando por aquilo. –Ela disse apontando para minha estante de livros depois, continuou enquanto se aproximava de mim– É algo que eu não esperava encontrar aqui, eu pensei que no lugar haveria alguns pôsteres de bandas e motos.

–Isso é bem típico.- Eu falei sorrindo para ela e sua imaginação.

–Fico feliz por você não ser típico. –Dessa vez estávamos bem próximos, eu pousei minha mão em sua cintura e a puxei para mais perto. –Não quer passar a noite aqui?

************************************

Pov’ Clary

–Não quer passar a noite aqui?- Ele me perguntou. Era realmente tentador e imprudente ao mesmo tempo, mau tínhamos entrado em um relacionamento de forma mais séria, e eu não sabia de que forma essa noite seria, isso tudo deixo minha mente cheia de ‘’talvez’’.

–Então era esse o seu plano desde o início?- Eu perguntei com um sorriso acredito que um tanto inseguro.

–Sim! Vamos só dormir, descansar e passar a noite juntos, com calma e sem pressão. E essa festa já está no fim e nem tão interessante assim, não conte a Izzy que eu disse isso. –Ele sorria para mim de forma tranquila mostrando que eu podia confiar nele.

–Vou arriscar e aceitar a sua proposta.- Eu não deixaria escapar nenhuma chance de me afastar da minha casa e acima de tudo não deixaria escapar a chance de passar mais um tempo com Jace, ele sorriu mais com a resposta depois me beijou de forma longa, lenta e calma.

–Pode pegar algum pijama da Izzy se quiser. –Ele falou quando se afastou de mim.

–Claro. Vou sim! –Ele me disse onde ficava o quarto dela e eu segui pelo corredor até chegar nele. Ele era grande e rosa, com varias roupas espalhadas por todo lugar e a penteadeira revirada de perfumes, maquiagens e mais um monte de coisas, estava uma completa bagunça a cara de Izzy. Abri o closet entupido de mais roupas, procurei até encontrar a parte dos pijamas, era esperado que os pijamas não fossem nem um pouco reservados, eram camisolas e conjuntos curtos de seda, peguei o que me pareceu mais apresentável (quase nada), me vesti e voltei para o quarto de Jace, onde o encontrei já de baixo das cobertas, ele levantou os olhos para mim e me observou de cima abaixo fazendo meu rosto ferver.

–Err...Izzy não tinha nada mais discreto. –Eu falei me aproximando dele.

–Para mim está ótimo. –Ele sorriu malicioso e minhas bochechas arderam ainda mais enquanto eu colocava meus sapatos, meu vestido e minha bolsa juntos ao lado de sua cama, eu tinha conseguido limpar um pouco o vestido no banheiro de Izzy, consegui deixa-lo um pouco apresentável, Jace pegou minha mão e me puxou para junto dele embaixo do edredom, não falamos nada apenas nos olhamos e no beijamos, sempre calmos e apaixonantes, até que nos afastamos.

–Quer ver algum filme? A música lá fora já esta ficando mais baixa. –Ele me pediu, o barulho da festa realmente estava diminuindo.

–Claro! Qual? –Eu perguntei, e ele se levantou indo em direção a Tv que ficava presa a parede e se abaixou para olhar na pilha de filmes em seu raque enquanto isso eu desfazia meu penteado deixando meus cabelos soltos. Assistimos aos Vingadores, e na metade do filme o barulho lá fora já havia cessado por completo, Jace estava com os braços a minha volta e minha cabeça deitada em seu peito, em seus braços eu me sentia segura de qualquer coisa sobrenatural ou natural. Não sei direito em que momento foi, só sei que eu apaguei e pela primeira vez não sonhei com aquele quarto branco e fechado, pela primeira vez o passado não apareceu em meus sonhos.

***********************************

Eu despertei com uma faixa de luz do sol entrando pela fresta na cortina, eu estava de costas para Jace com seus braços a minha volta, e sentia sua respiração em meu cabelo, me soltei lentamente de seu abraço para não acorda-lo e me levantei pegando minhas roupas e indo para o banheiro. Fechei a porta e tirei o pijama de Izzy, depois coloquei meu vestido e de dentro da minha bolsa eu tirei uma escovinha de dentes –Eu sempre ando com ela, por que nunca se sabe quando vai precisar- lavei o rosto, escovei os dentes e tentei dar um jeito na minha aparência, sai do banheiro e encontrei Jace sentado na cama.

–Bom dia flor do dia. -Ele me disse enquanto se levantava e vinha até mim.

–Bom dia. -Eu respondi.

–Dormiu bem? -Ele perguntou tocando meu rosto.

–Muito bem. –‘’Pela primeira vez’’ pensei. –Mas, agora eu preciso ir.

–Não tem como eu te fazer ficar? –Eu neguei com a cabeça.

–Então ao menos me espere, e eu te acompanho.

–Okay. –Eu disse e ele foi para o banheiro, depois de um tempo ele voltou, e nos dirigimos para as escadas, enquanto descíamos ouvimos barulhos na cozinha.

–Ora, ora, o que temos aqui. A noite foi boa?? -Era Izzy surgindo do nada com um sorriso malicioso para nós.

–Quê? Não é isso o que você está pensando. -Eu falei como sempre sentindo meu rosto enrubescer.

–Então o que é que eu deveria pensar? -Ela ria mais abertamente para nós dois, se divertindo com a situação.

–Ela apenas dormiu aqui Izzy, para de viajar. –Jace falou para ela com cara de tédio.

–Que sem graça vocês dois. -Ela falou parecendo frustrada, eu ri e disse um ‘’Até mais Izzy” e me dirigi para a porta com Jace ao meu lado, ele a abriu para mim.

–Eu ligo para você. -Ele disse depois que nos beijamos.

–Tudo bem, até mais então. –Depois de mais um beijo eu fui para a minha casa, quando cheguei eu corri para o meu quarto, tomei um longo banho e coloquei uma roupa confortável, desci para a sala e fiquei um tempo vendo TV e conversando com Jace no whatsapp -eu mau tinha chegado quando ele me mandou uma mensagem- até ouvir o carro de Luke entrando pela garagem e depois os dois surgiram pela porta, eu os abracei e eles me contaram as novidades sobre a viagem, e então eu troquei de roupa novamente para irmos tomar café em um Starbucks, (http://www.polyvore.com/you_belong_with_me_enchanted/set?id=171014789 ) eu ainda trocava mensagens com Jace depois que a garçonete colocou panquecas, waffles e café na nossa mesa, eu ria das nossas mensagens e de como ele era bobo.

–Hum, o que é tão engraçado? –Luke me perguntou e eu olhei para os meus pés sem saber como responder.

–Algum garoto?- Dessa vez minha mãe profeta que perguntou, eu ri enrubescida e disse um ‘’É’’ concordando de cabeça baixa

–Huuumm! Quando vamos conhece-lo? –Luke perguntou rindo acompanhado de minha mãe.

–Vocês não deveriam dizer isso, deveriam dizer algo do tipo, ‘’você nunca irá namorar com algum idiota por aí’’ ou sei lá. –Eu falei séria mas logo dei risada.

–Só iremos dizer algo do tipo depois de conhece-lo. Não faz sentido tomamos uma decisão antes, não é?-Minha mãe falou tomando um gole do café.

–É, tem razão. –Eu falei olhando para a janela ao meu lado, o carros e as pessoas passando, e como sempre algum espírito desnorteado, era um homem, do outro lado da rua tentando falar com algumas pessoas, ele se escorou numa parede e estava virando em um beco.

–Eu já volto. –Falei me levantando, ouvi minha mãe pedir aonde eu ia antes de sair pela porta, atravessei a rua correndo e entrando no beco a procura daquele espírito.

–ALGUÉM ESTÁ ME OUVINDO?!? –Ouvi uma voz desesperada, andei mais um pouco pelo extenso corredor e o encontrei pálido e de terno.

–Ei, você!! –Eu o chamei, ele me olhou e arregalou os olhos , o rosto pálido e chocado , as orelhas profundas, ele, assim como os outros fantasmas era de um jeito, transparente quase sumindo, mas ainda assim eu via suas características, magro, alto e de cabelo castanho eu daria uns 30 anos para ele, mas dava para notar que não fazia muito tempo que ele morreu, eu só não sabia do que.

–Você está me vendo? –Eu concordei com a cabeça. –Oh meu Deus! Você está mesmo me vendo. Você pode me ajudar? Eu não sei o que está acontecendo.

–Eu sinto muito, mas, você está morto. –Eu falei calma e tentando passar segurança para o espírito.

–O quê?! Não, eu não posso estar morto.

–Calma, isso é mais normal do que você pensa. –Eu disse e sorri amigavelmente para ele.

–Mas e minha família...E como você está me vendo se eu morri?

–Eu tenho a habilidade de ver espíritos, e eu posso te afirmar que sua família ficará bem, mas eles vão ficar bem de verdade se você encontrar a paz.

–Como isso iria ajuda-los? Como eles saberiam que eu estou bem? Você diria a eles? –Ele me enchia de perguntas.

–Acredito que se eu disser a eles, ninguém acreditaria em mim, iriam achar que eu sou maluca, mas não é nem preciso dizer, eles sentiriam aqui.- Eu pus a mão em meu coração, sinto que estou conseguindo fazer ele se encontrar, então eu continuei. –E então saberiam que você está bem, e assim, ficariam bem também, mas só se você descansar.

–Se eu for, você promete que eles ficarão bem? –Ele me perguntou.

–Eu prometo. –Eu disse e ele sorriu para mim, retribui o sorriso e então ele fechou os olhos fazendo uma luz surgir e se envolver a sua volta, e então ele sumiu. ‘’Consegui fiz um espírito encontrar a paz ‘’ eu pensava enquanto voltava para o Starbucks, mas nem sempre é fácil, alguns espíritos se recusam a passar para o outro plano e permanecem aqui, o que é muito ruim já que assim como uma pessoa viva um espírito também pode enlouquecer, eles começam a ver um mundo mais destruído e ficam cada vez mais loucos e ficam perdidos por aí.

–Demorei? –Perguntei assim que me sentei na mesa com minha mãe e Luke.

–Não! Acho que se passou o que? Um minuto? –Luke disse e eu percebi que meu café ainda estava quente e eles ainda tinham panquecas em seus pratos, o que é doido por que para mim foi pelo menos uns 20 minutos.

–O que foi fazer? –Minha mãe perguntou, eu parei de beber meu café e disse.

–Encontrei um conhecido e quis dar um oi. –Eu sorri e continuamos a conversar e a tomar café.

*****************************************

Pov’ Jace

–CHEGAMOS!!! – Minha mãe entrou pela porta ao lado de meu pai que carregava algumas malas, atrás deles surgiu Alec e Magnus que vieram abraçar a mim e a Isabelle, conversamos por um longo tempo até nossa empregada avisar que o almoço estava pronto.

–E então Jace, o que nos conta de bom? Izzy nos contou até o que já sabemos mas você esta estranho. –Alec falou depois de comer um pouco de macarrão.

–Verdade! Você está diferente. –Meu pai disse.

–Ele terminou com Aline!! –Isabelle respondeu rapidamente.

–Obrigada por falar por mim Isabelle. –Falei irritado.

–Ai desculpa, é que eu to emocionada! –Ela falou com um sorriso de orelha a orelha enquanto abanava o rosto com as mãos freneticamente.

–Sério!?! –Magnus perguntou enquanto ria, e prosseguiu ainda rindo. –Não sei como ficou tanto tempo com aquela insuportável.

–É, mas agora ele tem uma namorada que é a Clary, ela é um doce, eu adoro ela. –Isabelle continuava falando rapidamente sem nem respirar, me olhou e disse. –Calma aí, to tentando te ajudar.

–Ta bom então. –Eu falei e me preparei para a rajada de perguntas que veio em seguida.

–Quem é essa Clary? –Minha mãe perguntou sorrindo.

–Ela é nova na escola.

–Como ela é? –Meu pai perguntou, ele nunca quer saber das garotas com que saio, mas acredito que ele também notou que Clary é diferente.

–Ela tem cabelos vermelhos, é baixinha e com uma pele clara com bochechas rosadas. –Eu respondi e só segundos depois percebi que estava sorrindo e olhando para o nada.

–Traga ela aqui, para nós a conhecermos, que tal hoje? –Minha mãe estava toda animada, já sei por quem Isabelle puxou.

–Calma aí, a recém iniciamos um namoro. –Eu falei com as mãos erguidas, me rendendo.

–E daí? –Meu pai falou me olhando como se eu fosse retardado.

–Ok, mas hoje não, quem sabe amanhã se ela concordar, nós combinamos algum dia. –Eu falei e meus pais concordaram, mesmo assim todos me encheram de perguntas sobre ela e parecia que quanto mais eu falava mais eles queriam saber. O almoço terminou, eu fui para o meu quarto e liguei para a Clary, ela atendeu no terceiro toque.

–Oiii –Ela disse do outro lado da linha, a voz sempre calma como música arrastando o ‘’i’’ do ‘’oi’’.

–Oi Clary! Então, eu falei de você para meus pais, e eles querem muito conhecer você, que tal a gente combinar de você vir aqui? –Eu falei com medo de estar apressando as coisas.

–O quê?!?! Quer dizer...Já? Quer dizer....Eu nem saberia o que fazer, e se eles não gostarem de mim? Você deve ter exagerado no que falou sobre mim, e aí eles vão ver que eu sou péssima e não vão gostar de mim. –Ela falava assustada e eu quis rir do jeito dela, mas me segurei.

–Fica calma, você com certeza é como eu disse e muito mais, eles vão gostar de você pode ter certeza. –Eu disse.

–Será? –Ela perguntou.

–É claro que sim! E então? Você aceita vir conhece-los?


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