Ice Heart escrita por Estrelinha


Capítulo 2
Capitulo 2- Encontrado


Notas iniciais do capítulo

Oii Anjos

Desculpem a demora, mas estava um pouco ocupada esses dias... Estou muitoo feliz pelos leitores que já acompanham a fic por isso dedico este capitulo a vocês *-*

Muito obrigada pelos comentários...

Beijinhos



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As luzes dos prédios de Nova York contrastavam perfeitamente com os tons gerados pelo crepúsculo enquanto Catherine deslizava apressadamente a borracha pela folha em branco, por mais que tentasse não consegui transmitir a feição pressa em sua mente desde o breve encontro na noite anterior. Mal notará quando a porta se abriu formando uma sombra em seu quarto, os passos despreocupados e sonoros evidenciando sua chegada.

– Como está se sentindo?- Desviou seus olhos da folha em branco para observar a garota que sentava a sua frente, parecia um retrato mais jovem de sua mãe, sem qualquer marca da noite anterior além de um curativo no ombro.

– Estou bem.

– Como tia Izzy reagiu ao receber a noticia de seu “acidente”?- A ultima palavra carregada por um sarcasmo doloroso.

– Segundo papai ela ameaçou a todos enquanto quebrava alguns itens do escritório ao informarem que o portal poderia demorar alguns minutos. - Ambas não conseguiram conter os risos ao imaginarem a imagem de uma Izzy descontrolada ao lado de um Simon silencioso. - O portal demorou apenas alguns segundos. - Os risos reinaram por um breve instante enquanto Charlotte levava uma das mãos ao ombro indicando dor.

– Obrigada por salvar minha vida. - Catherine sorriu recebendo um leve olhar de desaprovação de Charlotte.

– Você faria o mesmo por mim, além disso... - A porta se abriu levemente trazendo dois pares de olhos azuis como o mar. Malec caminhou até Catherine em silêncio, enquanto a mesma observava novamente a mistura perfeita de seus tios em uma única pessoa. Cabelos negros como carvão, olhos azuis como o mar, pele num contraste perfeito entre o branco e o dourado, sorriso leve nós lábios.

– Você tem exatamente 30 minutos para se arrumar.

– Aonde iremos?

– Procurar pelo mundano. - Por uma fração de segundos Catherine hesitou. Tinha certeza que seus pais não permitiriam a procura considerando suas ações após contar sobre o mesmo.

– Se fosse você se apresava, pois lhe resta exatamente 29 minutos a partir de agora. - Malec indicou o relógio enquanto a mesma partia em direção ao banheiro. Em poucos minutos estava pronta descendo as escadas apressadamente.

– Às vezes me esqueço o que consegue fazer em apenas alguns minutos. - Malec se encontrava ao final da escada a sua espera. Uma adaga brilhava em sua mão esquerda. - Está linda.

– Obrigada. Mas pensei que não iríamos assustar o mundano?- Sua mão se dirigiu á jaqueta guardando a mesma juntamente com outras duas que já se encontravam escondidas cuidadosamente em um bolso interno.

– Nunca sabemos quando vamos precisar. - Um sorriso travesso surgiu em seu rosto. - Além disso, você está escondendo duas adagas em sua cinta liga.

– Primeiro isso é uma faixa. – Se aproximou um pouco dele. - Segundo como sabe que estou usando uma?- O mesmo parecia não se importar enquanto caminhava até a porta.

– Você sempre carrega uma adaga com você, não importa qual seja a ocasião. - Uma leve referencia se formou em sua postura indicando a Catherine que partissem, sem questionar a mesma caminhou até a porta observando a luz que preenchia a entrada. - Isto sempre será uma cinta liga para mim. - Sua voz ecoou baixa enquanto partiam em silêncio pelas ruas de Nova York.

Casais sorriam pelas ruas, enquanto Malec realizava o feitiço de localização mais incerto que Catherine já virá em sua vida, segundo Magnus a pedra verde musgo o levariam até o mundano seguindo apenas as lembranças de sua feição guardadas da noite anterior. Catherine observou enquanto o mesmo desenha novamente um símbolo de linhas simples e fluidas de ligação.

– Desculpe querida, mas acho que teremos que procurá-lo pela forma tradicional. - Catherine olhou para a enorme boate com letreiros em neon há sua frente, adolescentes se aglomeravam de forma apressadas, mas dentre eles era fácil localizar membros do submundo com olhares vagos e convidativos.

– Odeio quando me chama de querida. - Malec riu animadamente enquanto a mesma partia em direção a fila. Observou enquanto Malec flertava com a garota ao lado com extrema confiança.

Aos poucos a imagem que ficará em sua mente durante todo o dia surgiu á sua frente, carregando apenas as ânsias da juventude. Era exatamente como lembrará: Cabelos negros como a noite, olhos verdes profundos, pele branca como algodão, sorriso gentil nós lábios. Tocou brevemente a mão de Malec. Seus olhos rapidamente vagaram em direção aos que da menina se prendiam. Permaneceram assim enquanto uma onda de reconhecimento surgia diante aos olhos do mundano, não havia medo ou espanto apenas uma onda de felicidade enquanto seus olhos observavam Catherine. Algo que não passará despercebido por Malec.

– Flerte- Catherine respirou profundamente ao ouvir tal palavra.

Rapidamente sorriu de forma travessa, indicando com um aceno de cabeça o beco ao lado da boate, caminhou de forma confiante sem se virar para saber se o mesmo a seguia. A penumbra a abraçou enquanto as luzes da boate pareciam distante.

– Espero que sua amiga esteja bem?- Uma voz melodiosa ecoou pelo beco.

– Está ótima. - Se virou lentamente, avistando uma sombra conhecida se formar ao lado. - Posso lhe fazer uma pergunta?

– Claro... - Em meio à escuridão seus olhos brilhavam de maneira acentuada.

– Catherine.

– Alguma vez já viu algo que ninguém mais pudesse ver?

– Pensei que fosse perguntar meu nome?- Catherine caminhou um pouco em sua direção, havia divertimento em seu olhar.

– Algumas perguntas são mais importantes.

– Me chamo Nicholas.

– Belo nome, mas ainda não respondeu minha pergunta.

– Quando era mais novo tinha algumas alucinações, mas os remédios me ajudaram. - Era evidente a tensão em seus músculos, como se esperasse que Catherine fugisse de seu alcance.

– Que tipo de alucinações?

– Fadas, monstros, pessoas fora do comum. Mas não são reais. - Um riso ecoou pelo beco fazendo com que Nick sobressaltasse.

– Hilário como os mundanos são ingênuos

– Não ria dele Malec. Precisamos levá-lo ao instituto.

– Como quiser querida. - Catherine caminhou até Malec que se escondia entre a escuridão.

– Não sou sua querida.

– Vocês são malucos. - A voz de Nicholas estava carregada de insegurança, fazendo com ambos o olhassem.

– Não somos malucos. - Malec caminhou até a entrada do beco fazendo com que seu rosto ficasse visível. A irritação marcando sua face. - Apenas sabemos que alguns dos monstros de seus contos de fada são reais.

– Venha conosco até o instituto e terá todas as respostas. - Catherine prendeu seus olhos aos deles enquanto o mesmo buscava as verdades em meio a seus olhos amendoados.

Dominado pela incerta assentiu, antes de segui-los pelas ruas de nova York em silêncio, o vento frio penetrando sua pele. Pararam diante do instituto, com sua construção antiga, mas preservada. A porta de entrada estava entreaberta deixando que uma breve luz surgisse em meio à escuridão. Catherine observou o garoto a seu lado em silêncio, parecia assustado, carregado de perguntas, mas ainda assim permanecia em silêncio. Assim que adentrou a sala todos os olhares se voltaram para eles, parando no garoto desconhecido. O barulho de algo se quebrando ecoou ao longe fazendo com que Catherine trocasse um olhar questionador com o pai.

– Izzy decidiu cozinhar. - Não havia animação em sua voz, apenas um cansaço evidente em seu olhar. Se levantou da velha poltrona sendo acompanhado por Alec que trazia um olhar preocupado. - Fico feliz por não terem demorado, pretendo levar sua mãe para jantar assim que ela desistir de tentar ajudar Izzy.

– Irá me deixar sozinha com a comida de tia Izzy? - Risos ecoaram pela sala enquanto Jace retirava algumas notas do bolso da calça. Somente naquele momento Catherine notou o quanto estava bem arrumado com sua camisa branca e calça jeans preta.

– Se quer um conselho vá comprar comida japonesa para vocês. - Seus olhos se desviaram para Malec enquanto lhe entregava o dinheiro apressadamente. - Antes que Magnus...

– Malec christopher Bane Lightwood.- A voz irada de Magnus ecoou pela sala enquanto o mesmo caminhava em direção ao filho, seus olhos carregados de raiva o fritando por um instante antes que o mesmo segura-se sua orelha com firmeza o guando a velha poltrona, como uma criança.- Como ousa prender aquela Izzy em miniatura em meu quarto? Ela destruí toda a decoração em uma fração de segundos.

– Acho melhor irmos para o escritório. - Em silêncio seguiram Jace pelas escadas.


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Notas finais do capítulo

E então, mereço Reviews?

Beijinhos

P.S: Alguém notou a frase de um livro que amo muito? Espero que sim *-*