Alguns dias se passaram, o comendador e a imperatriz estavam mais felizes do que nunca. E cada vez mais o dia da consulta com o obstetra chegava. E quando esse dia chegou o comendador estava muito ansioso como se fosse seu primeiro filho. Dirigindo o carro com cuidado para que nada acontecesse com sua esposa. Segurava a mão dela carinhosamente e demostrava que não iria soltar nem tão cedo.

Maria Marta

Nervoso. Esse é o jeito que zé está. Ele quer ter certeza que tudo está bem comigo e com a bebê. Esses últimos dias que passamos juntos foram incríveis. Nós nos divertimos muito.

–- Marta? -- chamou-me zé.

–- Sim? -- respondo meio que perguntando.

–- Você está nervosa? -- perguntou-me.

–- Não só estou um pouco ansiosa vou ver as crianças lá. Você vai me esperar no carro né? -- perguntei.

–- Sim, irei lhe esperar depois voltaremos para a fazenda, eu lhe deixarei lá e voltarei tenho que resolver algumas coisas aqui. Temos que ir ao mercado também antes de voltamos, talvez algumas roupas. Logo logo vamos precisar. -- falou ele.

–- Tudo bem. -- assenti e logo nos calamos apenas sentindo o momento.

Quando chegamos ao consultório pude ver que os meninos e Clara já haviam chegado jé que seus carros estavam ali. Soltei o sinto de segurança, virei para Zé e:

–- Eu te amo. -- falei.

–- Eu também te amo. Vou estar te esperando aqui. -- falou ele antes de se inclinar para me beijar.

Sai do carro desconcertada por conta do beijo. arrumei minha roupa e segui ara dentro da clinica. E assim como imaginei meus filhos já estavam lá me esperando e assim que me viram correram em minha direção para me abraçarem. E logo vinham as perguntas. Todos falavam ao mesmo tempo e eu não conseguia entender nada.

–- Tudo bem. Um de cada vez. -- falei um pouco mais alto.

–- Mãe onde você esteve? -- perguntou-me Clara mais calma.

–- Eu estou bem, estou inteira. Eu estava em um spa -- respondi torcendo para que eles acreditassem em minha mentira.

–- Não custava nada ter nos avisado onde você estava mãe. Ficamos muito preocupados com a senhora e com nossa irmãzinha, e se algo de ruim acontecesse com vocês já pensou em como nós ficaríamos? -- perguntou joão lucas.

–- Sinto muito que eu preocupei vocês meus amores. Não era minha intenção, eu só queria ficar sozinha e se eu contasse onde estava vocês não me deixariam em paz. -- falei.

Todos ficaram calados depois do que eu falei. ficaram apenas me encarando por longos minutos. Quando chamaram meu nome para entrar na sala do consultório. Fui em direção e logo estavam me seguindo, entram comigo. O médico já estava lá esperando.

–- Como vai Sra. Mendonça? -- perguntou-me assim que eu sentei em uma cadeira.

–- Estou bem. -- respondi.

–- Tem sentido alguma dor, algum desconforto?-- perguntou-me novamente.

–- não, tudo certo, Não tenho sentido nada. -- Falei.

–- Está tomando as vitaminas? Tem se alimentado bem? Tem feito exercícios? Tem dormido o bastante? -- perguntou-me ele novamente.

–- Sim estou tomando as vitaminas. Tenho me alimentado bem. Estou fazendo exercícios. E sim, estou dormido bem, com direito a soneca a tarde e tudo mais. -- esclareci rindo.

–- Isso é bom. Agora vou pedir para a senhora tirar a blusa e deitar na marca, vamos fazer uma ultra para ver se está tudo bem com sua garotinha. -- pediu ele.

Fiz tudo com ele pediu. Os garotos ficaram olhando estranho para o dr. quando ele apalpou minha barriga. Ciumentos. Pude sentir o dr por o gel gelado em minha barriga. Logo pude escutar o som que mais amava naquele momento. O som do coraçãozinho dela bater alto e forte.

–- Pronto. Está tudo bem. Seu bebê está forte e saudável. -- falou sorrindo para mim.

–- Graças a Deus. Você pode gravar e por num cd por favor? -- pedi.

–- Claro. E se a senhora quiser saber de alguma coisa é só perguntar. -- falou ele e eu apenes balancei a cabeça e o que eu queria perguntar, não podia ser na frente dos meus filhos se não eles iriam enlouquecer. O dr fez sinal para que eu me vestisse e que logo ele me traria o cd.

–- Será que dá para vocês me darem licença por favor? -- pedi para eles. Que me olharam estranho mas fizeram o que eu pedi. -- Dr. eu tenho uma pergunta. É seguro para mim fazer sexo? -- perguntei na lata.

–- Sim desde que não seja nada muito engenhoso. --respondeu-me.

–- Era só isso que eu queria saber mesmo. Obrigada. -- falei enquanto saia da sala com o cd na mão.

Os meninos e Clara me esperavam fora do consultório e quando eu sai eles me olhavam estranho como se soubessem o que eu havia perguntado ao medico. deixa isso para lá claro que eles não escutaram atrás da porta, como era de costume para nós. Olhei para eles já pensando e como iria me despedir deles.

–- Bom... Tenho que ir. -- falei rapidamente.

–- Como assim tem que ir? -- peguntou Zé Pedro.

–- Indo, meu filho. Tenho que ir. -- falei novamente.

–- Ir pra onde mãe? -- perguntou Clara.

–- Vou no cemitério ver o tumulo de seu pai? Mas eu eu quero ir sozinha. -- falei.

–- E como você vai pra lá? -- perguntou-me Lucas.

–- Vou de táxi. Quero ir sozinha. -- falei novamente.

–- Tudo bem. vamos lhe esperar em casa. -- falou Clara.

Fiquei com pena por não ir para casa. Por enganar eles, de certo modo era isso que eu estava fazendo. Nos despedimos e eu abracei todos os três e disse que os amava. Quando saí da clínica o carro de zé estava me esperando na frente olhei para ver se via os meninos e como não os vi entrei e fui embora me sentindo triste por tê-los enganado.