Diamond: A história de uma loba escrita por meriesha


Capítulo 34
Voltando ao lar


Notas iniciais do capítulo

UEPA FELIZ NATAL ATRASADO C:
eu ia postar esse capítulo ontem, porque eu tinha escrito esse e mais um na semana passada, mas estava sem internet então né
fazêoque
mas eu estava em outro lugar, e quando cheguei em casa - ontem - já estava de noite, aí fiquei vendo vídeos atrasados porque, jesus
o povo posta muito vídeo
e acabei deixando a aba do nyah! de lado, e fechei ela DJASDKASJKJF
desculpa pipous
fiquem com o cap 8D

(ah, e LEIAM AS NOTAS FINAIS
obrigadinha ♥)



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Radius

6 meses depois

 

Um ano. Essa era, aproximadamente, a quantidade de tempo que eu estive em Slough Creek. Um ano. Posso afirmar que eu mudei durante esse tempo, talvez até tenha me tornado mais forte. Um lobo melhor, quem sabe.

Mas algo não mudou. Eu ainda ansiava em voltar para Amethyst Mountain. Fazia sentido, no fim das contas – eu não tinha contato algum com nenhum lobo, e isso estava me corroendo sem que eu sequer notasse. Slough Creek não é um lugar que abriga muitos lobos solitários. E mesmo tendo uma vida relativamente confortável aqui, eu não posso negar que quero muito voltar.

Além disso, há ainda a loba branca que me mudou totalmente. Às vezes me pergunto se ela fica pensando em mim antes de dormir. Se ela sonha comigo. Se, sem perceber, pensa em como seria bom se ainda estivéssemos juntos. De qualquer forma, eu venho pensando nela antes de dormir. Eu sonho com ela, e penso em como uma vida junto a ela seria perfeita.

Olhei para o céu ainda claro. O Sol estava escondido pelas nuvens, mesmo que tenha acabado de surgir. Ainda era cedo, e uma brisa calma soprava as folhas das árvores gentilmente. Eu estava no topo de um dos muitos morros que existem por aqui. É um bom lugar para refletir. E se eu voltasse? Hum, teria que ter cuidado extra para não me envolver em confusão. Eu continuaria sendo um lobo solitário, porém com mais chances de encontrar... alguém, mesmo que fosse apenas para conversar.

— Parece um plano. – disse a mim mesmo, enquanto observava algumas corças ao longe. – Mas antes, uma última caça para me despedir desse lugar.

Assim, dirigi-me para a região onde estavam as corças – seis, para ser exato. Se encontravam na margem do rio, bebendo a água que por ele corria. Involuntariamente, lembrei-me do inverno e do rio quase congelado. Foi difícil. Eu nunca havia estado na neve antes, e meu pelo não ajuda muito no quesito camuflagem. Mas consegui sobreviver, e é isso o que importa.

O vento me favorecia. Eu só teria que ser rápido e utilizar o rio ao meu favor. Então, no momento certo, corri em direção ao meu alvo: a mais distraída das seis. Obviamente, todas saíram em disparada, mas me mantive focado. Minha escolhida era um pouco menor do que as demais. Provavelmente mais jovem e menos experiente em escapadas. Se ela entrasse no rio, seria fácil atacá-la lá, e ela sairia cansada, praticamente sem vida, da água.

Segui minha estratégia. Confusa e vendo que outras de suas companheiras haviam entrado no rio, ela resolveu segui-las. Parece inteligente se manter em grupo quando se é a mais inexperiente, mas ela deveria saber que o rio não era sua melhor opção. Pena.

Como eu suspeitava, seu nado não era dos melhores, e ela era um desastre na água. As outras já estavam quase saindo do rio, enquanto ela permanecia confusa. Assim que consegui alcançá-la, passei a mordê-la onde podia. Não era fácil, ela ainda podia me chutar debaixo d’água, então mantive minha distância. Seu desespero fez com que saísse da água mais rápido, porém estava desnorteada e, como previ, muito cansada.

Sabendo que não havia como continuar correndo, ela me encarou de frente. Eu apenas a rodeei por um tempo, distraindo-a, então ataquei-a por trás, onde era mais seguro. Continuei repetindo meus movimentos até conseguir atingir seu pescoço, e matei-a por asfixia.

Uivei, agradecendo tanto à corça quanto à Deusa Loba pela carne fresca. Seria uma longa viagem até Amethyst Mountain e eu precisava estar abastecido. Se eu começasse a correr agora, talvez chegasse lá ao entardecer.

— Hora de voltar. – falei enquanto começava a correr. Muitas coisas haviam dado errado para mim, e essa era minha oportunidade de fazer coisas certas. Mesmo após tanto tempo, eu ainda me sentia quebrado, e era uma sensação péssima. Não sei se voltar para Amethyst Mountain é a decisão mais inteligente da minha vida, mas é minha melhor opção no momento.

Então, aqui vou eu.

***

Estava começando a entardecer quando senti a diferença de terreno sob minhas patas. A temperatura começou a subir gradualmente, e o chão estava mais arenoso. Não se via mais extensas áreas cobertas de grama, mas sim vastas florestas. Eu estava em Amethyst Mountain.

Parei de correr e uivei baixo. Eu estava cansado, porém satisfeito. A viagem havia sido calma e boa, pode-se dizer que até foi tranquilizante. Foi bom passar um tempo apenas correndo junto a natureza e seus sons.

Minha respiração estava ofegante. Sabendo que próximo a mim havia um pequeno lago, resolvi ir até lá beber água, mesmo que apenas um pouco. Não demorou muito, o que foi bom. A água não era gelada como a do rio Slough Creek, mas era boa e refrescante.

Fiquei um tempo sentado, observando meu reflexo. Não conseguia deixar de pensar em como Shadow reagiria caso me encontrasse. Será que ele tentaria me atacar de novo? Sacudi a cabeça. Era melhor deixar esses pensamentos de lado, eu precisava descansar. A floresta era um bom lugar – as árvores forneceriam sombra, além de ser uma região quieta.

Após uma longa caminhada, estava sob as folhas das coníferas. Antes de me deitar, apenas fiquei em silêncio. Eu me sentia estressado, e tinha que lembrar a mim mesmo de que tudo ficaria bem.

“Vai dar tudo certo. Eu vou ficar bem.” – disse as palavras em pensamento enquanto me deitava lentamente, e repeti-as até finalmente pegar no sono.

 

“Era uma noite tranquila, e Radius estava deitado, descansando. Seus músculos estavam relaxados pelo o que parecia ser a primeira vez. Era como se seus problemas tivessem ido embora.

Ele podia ficar assim para sempre – relaxado, no seu canto. Quase feliz. Quase, pois ainda lhe faltava algo. Mas o que seria? Tudo que Radius queria era deixar seu passado no passado. Ele ignorava seus sentimentos e dizia que estava tudo bem. Estava mesmo?

— Me ajude! – uma voz feminina suave, porém assustada, ecoou entre as árvores.

— Huh? – Radius estava confuso. – Quem está aí? O que houve?

Sem resposta.

— Socorro! Socorro! – a voz era familiar. Por que o lobo não conseguia identificá-la? O que estava havendo, afinal?

— Por que...

— O quê? Quem está aí?

— Por que você não me ajuda...? – o tom agora era mais baixo, quase inaudível. Radius estava assustado.

— Me ajude... por favor.

— Onde v-você está?

— Me... ajude...

Tudo estava desaparecendo. Radius possuía um olhar desesperado. O que era aquilo?”

 

— Socorro! - acordei ouvindo alguém gritar ao longe. Eu estava ofegante. Havia tido um pesadelo. E o mais estranho: essa voz... era muito similar à do meu pesadelo.

— Socorro! – de novo. Agora parecia mais urgente. Era uma voz feminina, com um timbre incrivelmente agradável, mesmo que com temor. Por que eu sinto que conheço essa voz?

Ah não.

Não, não, não, não, não.

Era Diamond. E eu iria ajudá-la.


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Notas finais do capítulo

aaaaAAAAAAA QUE EMOÇAUN
no próximo capítulo teremos o que?
MAIS EMOÇAUN
AEEEEEEEE o

ahhh, e uma coisa que eu já tinha perguntando antes mas ninguém respondeu rçrç
você acham que a fic está ficando muito grande? porque se sim, eu tento "encurtar" ela, acelerando coisas as quais eu detalharia mais, mas que não são tão importantes. mas se vocês acharem que tá tudo bem, okei ^w^
apenas quero saber a opinião de vocês porque é algo importante ♥ então porfavo
RESPONDAM ESSA DROGA
obrigada amo vocês