O Convidado da Festa escrita por FireboltVioleta


Capítulo 12
Epílogo - O Convidado da Festa


Notas iniciais do capítulo

AEEEEEEEEEE povo!
Último capítulo pra fazer gafanhoto chorar (le nós Vida de Inseto) huehuehue
Obrigada á todos que tiveram saco e paciência para acompanharem a fic até o final.
De nós para vocês, nosso presente de coração, o último capítulo.
Boa leitura!



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RONY

Eu ainda não acreditava em como tudo estava acontecendo vetiginosamente.

Num momento, eu estava apenas ali, aguardando, com o coração na boca, ouvindo apenas o silêncio da sala de operações.

No outro, assisti, apavorado, minha esposa ser levada às pressas porta afora, mal sentindo minhas pernas ao tentar alcançar a maca que disparava pelo corredor.

E não fiquei menos aflito - e furioso - quando me barraram na porta do quarto.

– O que aconteceu?? - minha voz soou rascante e ansiosa - onde está o bebê?

– Não se preocupe, Sr. Weasley - a curandeira franziu o cenho, postando-se irritantemente entre mim e a porta - aguarde aqui, por favor... é só um procedimento normal...

– O caramba! - meus olhos saltaram - Hermione não passou por isso no ano passado! Me deixem ve-la!

– Sr. Weasley... vou ter que insistir que aguarde aqui - ela continuou.

Talvez a curandeira tivesse razão em pedir para que eu esperasse.

Mas, naquele momento, o sangue simplesmente rugia em minha cabeça.

– Não vou aguardar! Me diga o que aconteceu!

– Por favor, Sr. Weasley, não entre em pânico - ela suspirou - a Sra. Weasley teve uma pequena complicação cardiorrespiratória, mas está bem. Este é só um procedimento de rotina em casos como esse...

Hermione tinha tido uma parada respiratória? Meu Deus...

– Por favor - fechei os olhos, arfante, sentindo-me enjoado - eu realmente preciso entrar.

Eu devia estar parecendo decididamente irracional, pois a curandeira pareceu ficar com medo, saindo lentamente de frente com a expressão dividida entre zanga e timidez.

Empurrei a porta, com o coração aos pulos.

A equipe curandeira pareceu surpresa em me ver, mas não vi ninguém vindo me impedir.

A maca em que Hermione estava havia sido aninhada ao lado de várias outras. Umas duas auxiliares ocultavam sua silhueta deitada na cama; elas se viraram, espantadas, me encarando, afastando-se o suficiente para eu vislumbrasse minha esposa.

Ela estava acordada.

Estava bem.

E tinha um sorriso tão maravilhado no rosto que me fez quase chorar ali mesmo de ansiedade e alegria.

– Rony!

Corri até ela, sentindo minhas pernas novamente, mais bambas do que nunca.

– Hermione!

Abracei-a, sentindo as lágrimas de desespero finalmente escorrendo de meu rosto.

Porém, sentia algo se mexendo no braço de Hermione, me tirando daquele torpor taquicárdico.

Olhei, espantado, dentro de uma pequena cobertinha ao meu lado.

E arfei quando o vi.

Fiquei tão perturbado com o fato de minha mulher quase ter morrido, que tinha esquecido completamente do que estava acontecendo antes.

Tinha nascido.

Nosso Hugo tinha nascido.

Era uma copiazinha minha nos mínimos detalhes.

O garotão mais lindo do mundo.

Fiquei tão engasgado que mal consegui falar durante meia hora.

Olhei para Hermione, que disse respondeu tudo o que eu não havia dito apenas com o olhar que cravou em nós.

Foi o que bastou para meu coração alçar voo no céu e minha alma finalmente rejubilar.

Ser pai pela segunda vez ainda seria uma benção sem precedentes

____________________O____________________

Tudo aconteceu tão rápido em seguida que eu não tinha nem tempo de processar.

Eu inda estava absurdamente aéreo, ao olhar, cheio de ternura, para o pequenino embrulho que eu segurava enquanto saíamos do hospital.

Depois da traumática explicação do medibruxo para que Hermione ficasse em repouso absoluto, ela finalmente foi liberada para ir para casa, no mesmo dia.

Rose se pendurava no colo de GIna, querendo ir para o da mãe, dado seus guinchos indignados.

– Banhú!

– Não, não - Gina beijou a bochecha dela - mamãe precisa descansar.

Ainda não havíamos mostrado Hugo para ela, o que explicava seu olhar confuso para o pacote em meus braços. Queríamos que fosse uma surpresa.

Hermione sorriu, cansada, andando lentamente até o carro.

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Quando finalmente estávamos em casa, GIna se despediu de nós, prometendo voltar com notícias sobre Cho e Dino - o parto dela fora adiado para o dia seguinte.

Hermione finalmente pegou nosso filho no colo, enquanto eu trazia Rose nos braços.

– Pronta pra conhecer seu irmãozinho, florzinha? - afaguei os cachinhos ruivos dela, enquanto Rose ria.

– Baganin...

Aproximei-a da mãe, sorrindo.

Rose, ainda sem focalizar o que estava dentro do cobertorzinho, passou a mão pelo veludo, curiosa.

Hermione piscou para mim, virando Hugo na direção dela.

Ela arregalou os olhinhos azuis ao se deparar com o bebê adormecido.

Rose olhou para a mãe, indagativa, quase chocada. Sua boquinha se abria num "o" de surpresa.

– Sim - a voz de Hermione escorria carinho - é seu irmão, querida.

Rose se inclinou, ainda espantada, erguendo a mãozinha na direção do rostinho de Hugo. Prendemos a respiração, pensando no que ela faria.

Então, aconteceu.

A mãozinha dela deslizou suavemente na bochecha do irmão. Uma carícia indiscutivelmente terna e fraternal.

O carinho jorrou dento de mim como uma cachoeira quando vi aquilo.

Hermione soluçou, parecendo emocionada.

E eu não estava menos encantado ao ver nossa filhinha demonstrando o amor - que já sabíamos que surgiria - ao ver seu irmão.

– É seu irmãozinho, Rose - Hermione arrulhou - é o Hugo.

Rose franziu a testinha, mexendo a boquinha como um peixe fora da água.

Sorri para Hermione, encantado da vida.

– Hugo.

Meu coração parou de bater por alguns segundos.

O de Hermione parecia ter travado também, já que ela bambeou na cama.

– O que... - gaguejei.

– Hugo! - Rose me olhou, animada - Hugo!

– Ela disse... - Hermione arfou.

Hugo pareceu acordar com os pios de Rose, pois começou a guinchar dentro da coberta.

– Ela falou... ela falou!

– A primeira palavrinha! - ri, sentindo um sorriso apalermado tomar conta de meu rosto. Apertei Rose nos braços, abraçando-a.

Hermione me olhava de um jeito humorado.

– Ah... - eu disse, compreendendo, em meio á meu espanto - perdemos.

– Não foi nós dois - ela concordou, encantada, beijando a testinha de Hugo - foi o irmãozinho. Claro...

Estava me sentindo mole e agradavelmente bobo, ainda absorvendo nossa querida florzinha ter dito sua primeira palavra. Rose riu, ainda olhando o irmão com uma adoração espantada, enquanto Hermione parecia insuportavelmente feliz.

Parecia que ser mãe de segunda viagem era tão maravilhoso para ela quanto eu me sentia ao ser pai outra vez.

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As duas semanas seguintes foram umas das mais felizes de nossas vidas.

As situaçães inusitadas e fantásticas em nossa casa não paravam de chover desde que nosso pequeno campeão nascera.

Hermione ficou absurdamente sonhadora desde que nossa filha dissera sua primeira palavrinha. Parecia ficar nas alturas toda vez que Rose e Hugo interagiam um com o outro.

E eu não ficava muito atrás ao encarar minha maravilhosa família.

A festa que preparamos para o aniversário de Rose trouxe ainda mais novidades.

A nossa casa estava cheia, com parentes meus e de Hermione, assim como alguns ex-colegas de escola.

A música - cortesia de Teddy, que estava escolhendo cada uma - eram as coisas mais grudentas e infantis que eu já ouvira na vida.

Lá pelas tantas da noite, alguns minutos antes de Rose soprar as velinhas, finalmente encontramos Cho e Dino junto aos convidados.

– Ah! Hermione! - nossa amiga exclamou, indo abraça-la com um dos braços.

No outro - sorri - eu já sabia o que iríamos encontrar.

– Deixa eu ver, deixa eu ver! - Hermione dançava com Hugo nos braços, querendo ver o embrulhinho que havia no braço da colega.

Cho riu, virando o cobertor em nossa direção. Arfei de surpresa ao ver a pequenina garotinha de cabelos pretos dormindo serenamente.

– Yoko Thomas - Cho ciciou - nossa menina linda...

– Ah... ela é uma fofa!

– Andem, vocês todos! - Harry exclamou - vou acender a velinha!

Todos se reuniram na mesa onde estava o bolo.

Rose parecia completamente animada, pulando no meu colo enquanto cantávamos os parabéns.

Minha menininha finalmente tinha completado seu primeiro ano - um ano cheio de surpresas, felicidades e emoções. Coisas que eu nunca esqueceria.

E, se os céus assim quisessem, eu aproveitaria cada segundo daquilo, pelo resto da vida.

Assim como cada segundo que passaria junto a Hugo, meu garoto maravilhoso, nossa surpresa inesperada.

Não havia vida melhor do que viver ao lado daquelas três maravilhas em meu Universo pessoal.

Viver ao lado de Hermione, a minha garota perfeita, era um sonho realizado.

Viver com Rose, nossa linda flor, era uma magia fora do normal.

Mas agora, com Hugo para completar minha alegria, tudo tomava um rumo surreal e adorável, aonde minha vida, depois de tanto sofrimento e reviravoltas, finalmente estava destinada á ter um futuro onde a felicidade imperava.

E, tudo isso, agora, graças a nosso inesperado e querido convidado da festa.


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Notas finais do capítulo

Agradeço á todos por terem lido a fic. A sustentação de um autor (ou mais... rsrs) são seus leitores, e, sem vocês, nós nunca conseguiríamos continuar! Obrigada á todo mundo!
Se gostaram, deixem seu review. Caso não, também comentem, para que nós melhoremos no futuro.
Kissus e mais uma vez agradeço de coração!