Para Sempre É Muito Tempo 2° Temporada escrita por Lady Fairy


Capítulo 1
Quando a chuva cai




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Meus passos vacilantes era o único som a ser ouvido por aquelas ruas tão conhecidas além do forte barulho da chuva. As lágrimas que percorriam meu rosto já se misturaram com as gotas frias a tanto tempo que não sabia bem se ainda chorava. A dor em minha perna tornava-se cada vez mais forte e mal conseguia manter o ritmo. "Para onde foi a Lucy imbatível?", perguntava-me. E o que mais me assustava é que nem mesmo eu sabia a resposta.

Assim que vi mestre Thomas a cair desacordado a minha frente, perdi a mim mesma. Quando a guilda encontrava-se destruída e cada um de seus membros espalhados pelo chão, já não sabia quem eu era.

Mas o que houve de errado? 

Esfreguei as mãos no rosto tentando desfazer estes pensamentos e também tentar diminuir a água que turvava minha visão. Estava cada vez mais próxima do centro de Magnólia e também mais perto de minha eterna família.

Cinco anos. Cinco longos anos sem vê-los. Nos dois primeiros mantínhamos contato por cartas e vez ou outra visitava-os, mas quando a Anjos da Noite mudou sua cede para outra cidade, as cartas simplesmente perderam-se no caminho. As visitas não eram mais possíveis por causa da distancia e simplesmente os perdi. Claro que tinha Edge e meus amigos a meu lado, mas não era a mesma coisa sem Natsu e os outros.

Assim que me aproximei da feira livre -agora sem sinal de vida devido a forte chuva- cães começaram a latir revelando minha solitária presença na rua molhada.

Não demorou muito para seus donos começarem a sair nas janelas para espiarem o motivo do alarde e quando seus olhos me alcançavam pareciam chocados.

Ouvia meu nome entre as palavras proferidas junto de um tom de incerteza sobre se seria realmente eu. Não os culpava. Como aquela garota forte de cinco anos atrás poderia ser essa deplorável massa ferida ambulante? Meu lábio inferior começou a tremer por causa do choro, do frio e da dor em minha perna que mais parecia uma faca a ser enfiada várias vezes. Mas a dor maior era em meu coração.

Virei em uma esquina e olhei para o alto de uma colina média e pude ver o grande letreiro com as palavras Fairy Tail piscando em vermelho junto do simbolo.

Comecei a subir a encosta usando apenas a asa direita para diminuir o peso em minha perna ferida (Não sabia porque a outra asa não funcionava) e quinze minutos depois estava parada a frente da larga porta de madeira.

Respirei fundo e com o resto de energia que me restava empurrei-as. Senti meu corpo ir de um lado para o outro, e mesmo com a visão turva por causa das lágrimas enxerguei as cabeças coloridas familiares.

—Min-na...-disse fracamente. Minha voz saindo mais para um sussurro- Aqui estão vocês.

Minhas pernas bambearam e meu joelho cedeu. Logo meu rosto bateu contra o chão frio e minha visão escureceu. Minha ultima lembrança é da voz rouca e grave do Dragon Slayer do fogo chamando por meu nome.


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