A Culpa é do Tomate escrita por Riku chan


Capítulo 1
Palavra 17: Tomate


Notas iniciais do capítulo

Acreditariam se eu contasse que a ideia não vinha de jeito algum?
Mas enfim consegui, um empurrãozinho da minha maia nova mana, super fofa, Uzumaki Katherina.

Espero que gostem.

Boa Leitura!



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- Hikari querida, hora de deitar – Hinata chamou a filha de seis anos, já estava tarde, apesar de a pequena não parecer nada cansada – não adianta esperar seu pai hoje, ele irá trabalhar até mais tarde.

Viu a pequena se aproximar com uma cara triste, para logo depois sorrir – está bem mamãe, mas posso pedir para contar uma história?

Sorriu, ela sempre tinha uma proposta, era fisicamente igual a Hinata, mas tinha o jeito do pai, era uma junção perfeita do melhor dos dois – mas só uma querida, qual quer ouvir hoje?

Ela fazia cara de pensativa – a história do papai e da mamãe – a azulada olhou surpresa para a criança, ela nunca tinha pedido algo como aquilo, alargou o sorriso quando ela completou – como vocês se conheceram? - perguntou inocentemente.

Hinata adorava lembrar-se de como haviam se conhecido, fora tão repentino e inesperado, a ajeitou na cama e se sentou no chão ao lado da mesma.

- não é um história tão incomum querida, nós dois decidimos apenas culpar os tomates – comentou rindo, viu as sobrancelhas erguidas, iguais as do pai – vou contar desde o começo.

- 'Eu já nem era mais adolescente quando o conheci, estava cursando o último ano da faculdade – falou, lembrando como se fosse ontem – já morava sozinha na época, mas nem me importava, era muito focada na faculdade e tinha um trabalho de meio período em um restaurante, mas naquele dia era um sábado, eu não tinha nada para fazer, resolvi cuidar da casa, arrumei, limpei, nunca fui de ter muitos amigos, então não podia dizer que ligaria para alguém para me fazer companhia, pouco depois da hora do almoço resolvi fazer comida, mas não tinha muitos ingredientes e então fui ao mercado, e foi lá que tudo começou.

Fui rápida, tinha decidido fazer macarronada com molho de tomate, receita especial, escolhi tudo o que precisava e quando já ia fazer o caminho de casa esbarrei nele – Hinata mal lembrava que estava contando aquilo para a filha, já tinha mergulhado nos pensamentos e memórias – de início não reparei nele, esbravejei quando vi todos os tomates rolando devido a sacola que havia rasgado, alguns foram pisoteados.

- você não olha por onde anda? - Hinata perguntou brava, se abaixando para ver se algum tinha sobrevivido – droga, isso era pra minha macarronada.

O moreno observou a moça ajoelhada no chão procurando algum tomate ainda bom, sorriu diante a visão.

- do que está rindo? - ela passara por uma semana muito estressante e agora ainda tinha que aturar um idiota – a culpa é toda sua, vai ter que pagar por eles.

- estava rindo de você, uma visão engraçada catando restos dos tomates no chão – a viu corando, ganhando uma tonalidade vermelha, igualzinha a dos tomates, sorriu, gostava daquele tom, tanto quanto de tomates – vou pagar, mas você estava tão distraída quanto eu – comentou.

Ela imaginou que deveria ter sido ridícula a imagem que passara, mas não havia pensado, apenas agira, agora estava envergonhada, o moreno a chamou para escolher os tomates que queria e ela o seguiu.

Reparou melhor no homem a sua frente, usava terno, tinha cabelos negros, um tanto rebeldes e um porte elegante e se não o tivesse visto rindo, diria que era sério.

- afinal o que faz em um mercado? - perguntou sem resistir a sua curiosidade – quer dizer, não viria comprar verduras usando terno, na verdade com um terno desses diria até que tem alguém para fazer compras desse tipo para você.

Fitou-a arqueando uma sobrancelha, não se imaginava uma pessoa transparente, mas ela o lera tão rapidamente só pelas roupas? - pode até estar certa – sorriu com a ideia que lhe ocorrera – e já que cruzou meu caminho e vou comprar tomates pra você terá que me ajudar – agora ela lhe fitava curiosa de novo, para ele parecia interessante – não vou contar tudo, mas eu estou fugindo, nada ilegal, só queria respirar um pouco e estou nessa minha fuga desde cedo, então também estou com fome – ele falou sugestivo.

- quer que eu o acoberte e ainda o leve para comer? - ela suspirou, se sentiu usada, olhou o moreno, sabia disso, por que então se sentia inclinada a aceitar aquilo e conhecer um pouco mais dele? - pode até ser que eu o ajude, mas o que eu ganho?

Ele sorriu contente, muito interessante, não só teria um lugar seguro para relaxar alguns minutos, como também conheceria melhor uma mulher muito instigante – compro o que você pedir agora e se tiver algo mais que eu possa fazer farei – falou.

Ela sorriu e aproveitou um pouco da situação, nunca dera confiança para estranhos, na verdade nunca dava confiança a ninguém, mas os olhos dele, ou ele todo a deixaram intrigada, curiosa e viu se divertindo depois que relaxou

O fez comprar outros ingredientes que não podia, o fez carregar as compras, mesmo assim ele continuava sorrindo e conversando naturalmente, parecia relaxado e se divertindo com a situação, apesar de parecer que não fazia coisas como aquela casualmente.

- mora sozinha? - perguntou quando entrou na casa dela e não ver mais ninguém.

- moro sim, pra mim é melhor, até por que assim não brigo com meu pai, que queria que eu herdasse as empresas Hyuugas – comentou, depois notou que havia falado muito, nunca falara sobre a família – enfim, foi a melhor decisão que eu já tomei.

- sabia que estava reconhecendo seus olhos, iguais a do seu pai e Neji – o olhou assustada – bom você sendo uma herdeira, não adianta esconder, sou Sasuke Uchiha – ela arregalou os olhos, claro que sabia quem era.

Os Uchihas e Hyuugas estavam fazendo seu maior contrato, fundindo as empresas, viu a descontração sumir e ele ficar tenso.

- sou Hinata Hyuuga, mas não sou mais uma herdeira, então não precisa se preocupar com títulos aqui – ela foi até a cozinha e começou a preparar o almoço, vendo-o entrar no cômodo, perguntou – e afinal por que estaria fugindo?

Ele deu um suspiro cansado – apesar de não ser mais uma herdeira deve saber da fusão, eu e meu irmão somos sócios da empresa e isso esta se tornando cansativo demais, por isso as vezes fujo, mas hoje meu irmão não queria deixar, quem diria que eu acabaria me encontrando com uma Hyuuga.

Ela sorriu – pois é, azar o seu – comentou brincando – por que não aproveita, tire esse seu terno e vem me ajudar? Ou não é capaz de cortar uns legumes?

Sorrindo os dois foram cozinhando, conversando e esqueceram os problemas.

- nossa está uma delícia isso Hinata – comentou comendo a vontade – e o molho ta perfeito, e ainda por cima é meu preferido.

- gosta de molho de tomate? - perguntou satisfeita ao vê-lo comendo bem.

- adoro tudo que tiver tomate – ele a fitou – acho que também gosto do que tenha o tom dele.

- quê? - perguntou confusa.

- gosto quando você cora, ou quando está brava, seu rosto fica da mesma cor que os tomates.

Ela corou – não exagere – se levantou – acho que você já deveria ir não?

- por que? Posso muito bem dizer que estava com uma Hyuuga – comentou ajudando-a ainda sorrindo.

Ela o encarou, mas depois riu – mas essa Hyuuga não serve para os interesses deles.

Se surpreendeu quando ele se aproximou rapidamente – mas talvez sirva para os meus interesses – ele ia beijá-la, mas ela o interrompeu.

- mal nos conhecemos Sasuke e eu não sou uma mulher para brincar, hoje foi legal e tudo o mais, só que não quero me envolver com o seu mundo e... – ele a interrompeu.

- podemos nos conhecer melhor Hina, podemos tentar, eu só quero continuar agindo impulsivamente como fiz hoje – falou sendo sincero - por que até agora tudo o que fiz parecem estar sendo as melhores escolhas que já tomei na minha vida, sei disso por que nunca mais tinha ficado tão relaxado, a vontade e feliz - ele queria que ela acreditasse, pois estava falando apenas o que sentia - pode soar estranho por nem nos conhecermos, mas é o que eu quero agora, quero conhece-la, não por ser uma Hyuuga, mas por ser a mulher com quem esbarrei no mercado e me fez pagar por todos os tomates que derrubei.

Ela não queria dar razão aquela loucura – mas se nos conhecermos melhor, mas nada dê certo?

- podemos ao menos dizer que tentamos, fizemos o que queríamos, você não tem feito isso até agora? Largou tudo e seguiu seus instintos até aqui? Sei que está sentindo algo – quanto mais ele se aproximava, menos ela pensava – se tudo der errado podemos culpar os tomates - falou em um tom de brincadeira.

Não conseguiu segurar o sorriso que saíra, pronto, agora ele sabia que ela havia cedido – e por que os pobres tomates teriam culpa?

- Por que foi por causa deles que nos conhecemos – respondeu simples assim.

- Foi assim querida que seu pai me seduziu, depois começou a me perseguir na faculdade, no trabalho, indo almoçar nos domingos – continuou mesmo notando que a filha já dormia profundamente.

- Até onde me lembro foi você que me seduziu - o moreno comentou, adorava quando chegava em casa e via cenas como aquela, não podia se sentir menos do que o homem mais sortudo do mundo - e eu não lhe persegui, apenas fiz o que combinamos, só poderíamos nos conhecer melhor se ficássemos mais tempo juntos certo?

Ela sorriu para o moreno que estava recostado no batente da porta, se levantou e seguiu até ele, o abraçando e beijando, não conseguia imaginar sua vida sem o mesmo agora.

- completamente certo – nunca se sentira mais completa e feliz, Sasuke entrara em sua vida para resolver os problemas que ela havia fingido que não tinha, como a solidão, ou a distância da família, mas com o casamento deles, a junção se tornou mais forte e firme ainda, deixando muitas pessoas felizes, claro que a pessoa que mais se sentia feliz era ela - fiz o culpado de nossa relação pra você jantar hoje.

- maravilha amor – a apertou contra o peito – mas por que não aproveitamos que Hikari está dormindo para fazermos outras coisas?

Ele falou insinuante e mesmo já estando casados à sete anos, ela ainda conseguia corar com as declarações descaradas do marido.

- ainda continuo amando quando cora assim – o moreno falou já a conduzindo para o quarto do casal, a cada dia ao lado daquela mulher, era seu dia perfeito - da cor do tomate.

Mesmo que tudo tivesse dado certo, ou até melhor do que esperavam, eles ainda culpava o tomate, pois naquele caso, o culpado lhes deu a melhor oportunidade de suas vidas, a de se conhecerem.


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Notas finais do capítulo

Se puderem comentar, farão esta pessoa mais feliz ainda.

Caso estejam curiosos sobre o porquê tem tantas fics do casal SasuHina e que ideia é essa de Desafio é só conferirem no link abaixo:

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