Acordei já meditando sobre a reação de Elisa será que ela vai falar comigo hoje? Será que está com raiva eu tinha tanto a perguntar meu corpo coçava só de imaginar que ela sentisse ódio de min então como um impulso saltei na cama procurando o celular indo em registro a ultima ligação. Era da minha mãe Tayler fez questão que ela me desse um sermão por estar com a blusa suja de vomito tive de explicar cem vezes que não fui eu quem bebeu logo após ela me recitou todo o ciclo da cirrose e aproveitando o embalo doenças venéreas e câncer no pulmão desliguei na cara dela quando ela ia começar a citar as consequências das drogas se até minha família tinha uma visão destorcida de min, eu não deveria tirar a razão da Dona Ofélia, o segundo número era o da minha vida coloquei o indicador no visor escutando os Thus ...Thus ela atendeu meio sonolenta e ainda balbuciando alguma coisa que parecia:

_Vai se foder _ Gelei e senti um arrepio que percorreu toda espinha do meu corpo levantando os fios rebeldes do meu cabelo negro _ Nunca mais me acorde_ Esbravejou desligando o celular mesmo com o péssimo humor matinal fiquei feliz em saber que só ficou com raiva de min após tê-la acordado, tomei outro banho demorado sentindo as gotas caírem sobre min esfregava o sabonete de lavanda sobre minha pele, Elisa tinha elogiado a fragrância que ele exalava só ela mesmo para elogiar cheiro de sabonete ultimamente vivo por ela uso perfume que ela gosta, escuto as músicas que ela me indicava e na hora do almoço ainda comia uma das coisas indigeríveis que ela comia, nunca pensei que fosse me apaixonar mais se isso aconteceu estou bem que seja com ela, depois do meu ritual desci para comer um ótimo cheiro vinha da cozinha.

_Oque está fazendo Tayler? _ Perguntei atravessando a cozinha e percebendo que quem dirigia o fogão não era ele _ Mãe? _ Perguntei era muito difícil vê-la em casa cedo geralmente ela e o pai tomam café nas lanchonetes no caminho do hospital ou até lá mesmo.

_Bom dia querido_ Me cumprimentou dando a volta na bancada e vindo me beijar, suas mãos bronzeadas tocaram meu rosto e naquele momento vi a sua preocupação depois de me soltar caminhei para próximo da mesa onde meu irmão estava sentado chutei a haste de metal e me sentei ao seu lado.

_Não tinha necessidade _ Briguei rangendo os dentes enquanto ele ainda comia seus ovos calmamente eu amava meu irmão mais seu excesso de ironia me arrancava algumas faíscas.

_Não mando nela, mais é minha função como mais velho informar _ Falou dando batidinhas na minha cabeça cerrei os olhos lançando um olhar assassino para ele que ainda ficava com aquele sorriso idiota no rosto.

_Retardado _ Soltei em quanto minha mãe colocava o prato cheio de comida na minha frente me dando um tapa na nuca.

_Não fala assim com seu irmão _ Reprendeu Tayler soltou uma risada e quase engasgou com o suco.

_Também te amo _ Zombou comi ainda revoltado, peguei meu carro passando na casa do Allan que por todo caminho dizia sobre a festa do time de futebol eu assentia e dava falsas risadas lembrando oque a Elisa tinha falado como eu conseguia aturar esse pé no saco, chegamos ao colégio cumprimentei os outros garotos com um bater de ombro estava sentado no encosto do banco de concreto vendo as garotas passarem algumas me chamavam e piscavam para min e eu ali esperando minha Julieta estava distraído olhando para o chão ansioso para a primeira aula quando Cris me cutucou o encarei escutando o silêncio nada mais de assobios, uivos ou cantadas baratas ele apontou com a cabeça para a garota de calças justas tênis surrado blusa cumprida dobrado no cotovelo e cabelos soltos que iam formando pequenos cachos em tons castanhos a pele de porcelana e o os olhos verdes ignorando todos os olhares que voavam sobre ela, Elisa passou engasgando todos do colégio peguei minha mochila a jogando violentamente sobre as costas me enfiando no meio da multidão de hormônios ambulantes que nesse momento viam como alvo a minha garota ela era tão natural, tão ingênua que despertaria a atenção de qualquer homem a segui até a sala ela se sentou no mesmo lugar ao lado de um garoto nada muito alto ou forte o fuzilei cuspindo fogo ele entendeu levantando desengonçado arrastei a mesa para mais perto dela fazendo um sonoro barulho joguei minha mochila no chão me virando para ela.

_Oque pensa estar fazendo? _ Questionei com sangue nos olhos.

_Estou esperando o professor não vê? _ Cuspiu cínica.

_Porque está assim? _ Questionei novamente aumentando o tom sem piscar os olhos para ela ter noção do quão fodido de raiva eu estava.

_Há _ Ela levantou o dedo como se tivesse entendido _ Com o cabelo solto? _ Perguntou inocente me deixando ainda mais enfurecido, assenti a cabeça ainda parecendo um maníaco _ Não é da sua conta _ Foi o bastante para uma explosão peguei nossas mochilas coloquei em meu ombro esquerdo e a puxei pelo braço por mais que a raiva dentro de min me possuísse sobrou um pouco de bom senso para que eu não exagerasse na força ainda havia uma boa quantidade de pessoas que viam nosso show a arrastei para o sem degraus a soltando lá _ Nunca mais faça isso de novo _ Ótimo agora nosso nível de fúria estava igual podíamos ter uma conversa incivilizada com os dois gritando no mesmo volume.

_Nunca mais ouse soltar os cabelos.

_Hahaa! _ Riu sarcástica_ Que bom que tocou nesse assunto olha porque tive de soltar meu cabelo _ Ela o levantou e puxou o colarinho da blusa revelando a enorme marca rocha na sua imaculada pele, me aproximei a joguei na parede a prendendo com meu corpo sentindo seu perfume usando minhas últimas forças.

_Talvez você não se lembre _ Falei roçando a parte molhada dos meus lábios no pescoço dela segurei sua cintura descendo minha mão um pouco para baixo apertando sua protuberante bunda ela arfava e derretia em meu braços _ Mais você gostou _ Mordisquei sua orelha cochichando _ Se quiser posso fazer em outro lugar _ Desci minha boca passando a língua pelo vão da sua blusa abri outro botão vendo o sutiã de renda preto mais sexy do mundo naquele momento fiquei admirando como aquele busto era perfeito e como se encaixava naquele sutiã precisava logo levar essa mulher pra cama preso em meu devaneio um estrondo soou e logo meu rosto queimou a delicada mão dela estava marcada ali, ela ia dá outro tapa quando segurei seu braço _ Diz que não quer que eu te beije? _ Falei quase gritando.

_Não quero _ Respondeu fechando os olhos de onde uma lágrima escorreu.

_Olha pra min _ Soquei a parede é ela se encolheu mais seus ombros tremiam ela fungava percebi o monstro que estava sendo meu corpo caio como pude fazer aquilo com meu amor a apertei contra meu peito a sentindo mexer alisei o seus cabelos tentando acalma-la Droga! Droga Rafael seu merda oque você pensa que estava fazendo, ela ainda estava quieta com as mãos no meu peito com a cabeça no meu ombro a peguei delicadamente me sentando e colocando em meu colo ela se encaixava perfeitamente ali escondida de todos inclusive de min a apertei mais contra o meu corpo tentando protege-la _ Me desculpa _ Falei forçando a garganta para a frase não sair quebrada, ainda em silêncio resolvi prosseguir no meu pedido de desculpa _ Só fiquei com medo de te perder, todos os garotos olharam para você.

_Ainda sou eu, a mesma menina sem graça só soltei o meu cabelo.

_E verdade mais isso bastou para que todos soubessem que minha namorada e a garota mais bonita da escola _ Falei deixando minha cabeça cair sobre seu cabelo escondendo meu verdadeiro desânimo.

_Rafa! Você não pode perder oque não é seu, não sou sua namorada _ Ela se levantou me encarando, aquilo foi como um baque para min só que eu sabia como Elisa era e por isso eu me apaixonei por enquanto ela não era minha namorada mais algum dia vai ser me levantei erguendo seu rosto com o indicador.

_Vai ser _ Passei o outro dedo entre o vão do sutiã ela arrepiou mais logo fechou a cara e abotoou a blusa.

_Eu perdi aula por sua culpa_ Rosnou descendo a escada mal iluminada.

_ Se tivesse vindo com a toca nada disso teria acontecido _ Retruquei a puxando para andar abraçada comigo e claro ela fugiu.

_Não sou islâmica usava a toca porque não gosto do meu cabelo _ Apesar de ouvir aquela sandice queria prosseguir o rumo da conversa.

_Isso! Vou te dar uma burca _ Ela me olhou pelo canto dos olhos tentando esconder a risada, o sinal tocou e o enxame de adolescentes encheu os corredores queria me despedir de maneira apropriada mais foi só olhar para o lado e nem sombra dela, revirei os olhos frustrado seguindo para minha próxima aula, sentei no mesmo lugar de sempre vendo o sol bater nas árvores Allan e Dilan me cercaram e Cris se sentou na minha frente soltando um suspiro de desaprovação algo estava errado encarei os dois doentes no meu lado estavam de pé soltando risadinhas como garotas.

_Oque foi? _ Interpelei irritado.

_Andam dizendo que você saiu puxando a garota da aposta para o sem degraus _ O tom que Dilan usou insinuava que eu tinha comido Elisa no colégio bufei de raiva enfiando meus dedos entre o cabelo.

_Eu não comeria ninguém aqui _ Respondi tentando me justificar e acabar com os boatos.

_Você comeu a Sarah no armário de limpeza, a Cloe dentro da cabine no ginásio, a Cinthia no banheiro masculino, a Mirella no laboratório de ciências _ Quando eu vi a lista infinita que ele ia mencionar o interrompi.

_Chega! Não transei com ela e pronto _ Achei que a conversa tinha terminado , mas a cobrinha do Allan não podia perder a chance de destilar seu veneno.

_Então oque foi fazer com ela? _ Questionou Cris se voltou para min e eu busquei por sua ajuda.

_Ele tem uma aposta com a gente como acha que ele vai cumprir se não se aproxima dela _ Respondeu respirei aliviado os dois palhaços se entreolharam e ficaram aparentemente satisfeitos com a desculpa.

_Você vai lanchar com a gente hoje? _ Perguntou Allan eu realmente não queria, meu coração protestava gritando por Elisa, porém minha cabeça assentiu.

_Ótimo Andy não para de chiar procurando você _ Nós três rimos da cara do Allan achei pouco ele tava merecendo uma dessa, mas só de imaginar Andy grudando em min me dava ânsia de vomito.