Bem, esse é o fim. Não tem como eu enfrentar o exército de Quione sozinha. A única coisa que a impediu até agora foi a barreira magica erguida pelos deuses envolta de Manhattan, mais agora que estou fora, nada a impede de me matar.

Eu assistia a discussão dos dois agentes sem muito interesse, já sabia o que estava acontecendo, o exército de monstros havia chegado juntamente com sua líder, mas algo naquela discussão prendeu minha atenção, o modo que os dois se olhavam, havia algo a mais ali do que respeito mútuo: havia amor.

E como uma boa filha de Afrodite, é meu dever unir o casal.

–Agente Romanoff, vejo que possui um coração afinal de contas- Disse quase ronronando- Então esse é o homem que habita os seus sonhos?

–Essa é a tal mutante que o Fury falou?-Disse o tal Clint completamente à parte da reação da sua colega que foi do susto a completa descrença.

–Não sou uma mutante.

–Então o que você é?- Retrucou a ruiva falsa que pelo visto encontrou a voz.

–Tá doida para mudar de assunto, não é Romanoff?- Disse enquanto observava atentamente a reação da agente- Não estou com tempo sobrando para bancar a cupido, afinal tenho que salvar a S.H.I.L.D., mas se eu fosse você, deixaria de lutar pelo mundo e lutaria pelo amor.

Sair daquela sala foi até fácil, meu problema agora era sair de um aero porta aviões enfestado de monstros. Tudo estava em um caos tão grande, que nenhum agente deu a mínima confiança para a mulher com cara de supermodelo e salto agulha que desfilava pelos corredores procurando a saída, bem, isso até a ruiva falsa voltar a si é mandar um alerta pelos comunicadores.

Eu andava por corredores e mais corredores sem ter a mínima noção de onde estava indo, depois de “enfeitiçar” mais agentes do que pude contar, já começava a sentir fraqueza, acho que um pouco se deve ao sedativo, enquanto eu cambaleava pelos corredores o barulho de batalha aumentava e quando finalmente avistei a saída senti um alívio enorme só por sair daquele labirinto.

–Ei você, pare aí!

Por que decidi usar vestido tubinho é salto agulha justo hoje? Não há nem como tentar me misturar aqui, mais quando me virei, agradeci mentalmente a minha querida mamãe pelo meu senso de moda. Santo Zeus, que homem era aquele? Tudo bem que parecia uma bandeira ambulante naquele traje, mas os músculos e as feições heroicas compensavam toda a breguice da pessoa.

Eu tinha uma leve impressão de que ele falava alguma coisa só que eu me encontrava distraída demais apreciando a vista para prestar atenção até que uma explosão me fez voltar a mim e notar a batalha que desenrolava ao meu redor, dezenas de ventus investiam contra o aero porta aviões tentando derrubá-lo enquanto alguns poucos dizimavam os agentes desorientados que tentavam, inutilmente, impedi-los.

Eles demoraram até um pouco demais para sentir meu cheiro, uma enorme nuvem de ventus se formavam acima de mim enquanto eles iam percebendo minha presença.

–O que são essas coisas?- Tinha-me esquecido do gostoso do meu lado

(definitivamente eu não estou bem)

–O que você está vendo?- perguntei por pura curiosidade, pois sabia que a Névoa o impedia de ver a verdadeira forma daquelas coisas.

– Não sei direito, parecem, cavalos feitos de nuvem de tempestade?

Arregalei os olhos.

Ele consegue ver através da Névoa?