Cherry Bomb escrita por ApplePie


Capítulo 20
Cherry ao resgate - parte 1


Notas iniciais do capítulo

Essa parte do sequestro mudou MUUUITO na reescrita. Por isso, espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/589616/chapter/20

Liam

Quando retornei aos meus sentidos, eu percebi que estava com uma dor imensa na base da parte detrás da minha cabeça e que eu estava num lugar todo escuro e desconhecido.

Ah, e eu estava amarrado em uma cadeira.

Mas isso são só detalhes.

Meus olhos aos poucos foram se ajustando à falta de luz. Percebi que não estava de noite, o quarto simplesmente não tinha janelas. Aquilo parecia ser uma dispensa sei lá.

Meus músculos doíam devido à posição sentada que eu estava enquanto amarrado.

Forcei meus braços que estavam amarrados na parte posterior da cadeira e vi que era uma corda bem grossa que me prendia. Minhas pernas também estavam amarradas, porém com uma corda mais fina.

Comecei a me balançar de um lado para o outro para ver se algum dos meus braços ou pernas se soltava.

Não tive êxito.

Quando já estava prestes a desistir, comecei a ouvir passos vindo em direção onde eu estava. Congelei em meu lugar. Não sabia se era melhor eu fingir que estava desacordado ou não.

Os passos pararam e a porta em minha frente se abriu.

Quase fui cegado pela luz que vinha de fora, a pessoa em minha frente fechou a porta atrás dela e ligou uma luz fraca que tinha ali.

Percebi que estava mesmo no que parecia ser uma dispensa e a pessoa a minha frente era uma mulher.

Na hora já deduzi que era a tia de Alexis. Ela era loira, um tanto quanto alta com olhos esverdeados. Totalmente diferente de Cherry que tinha cabelo castanho (antes de pintar), olhos azuis e era meio baixinha.

A mulher olhou para mim e sorriu. Não haveria mal naquilo se seus olhos não refletissem malícia e crueldade.

Engoli seco.

— Linus, amigo daquela criatura que ouso dizer que é minha sobrinha.

— Hm, na verdade é Liam.

— Tanto faz — ela revirou os olhos. — Sabe, não é nada pessoal tudo isso. É só que aquela garotinha tem uma coisa de que preciso muito e é mais que meu direito considerando que ela acabou com a minha vida durante os anos que ela esteve comigo.

Olhei para ela como se dizendo que eu sabia que não era verdade.

— Você não acredita em mim, certo? — ela balançou a cabeça como se tivesse triste que alguém fez lavagem cerebral em mim.  — Sabe, Linus...

— É Liam.

Ela fitou meus olhos como se dissesse para eu calar a minha boca. O que achei melhor fazer dadas as circunstâncias.

— Alexis sabe manipular bem as pessoas. Todo mundo olha para aquele olhos azuis e pensa: ahh é claro que uma coisinha fofa dessas não faria mal a ninguém. Mas assim como a vadia da mãe dela que roubou Wright de mim...

— Espera — eu a cortei. — O que...?

— Ah você não sabe, né? Acho que nem aquele demônio não sabe — trinquei meus dentes. Eu estava cansado daquela mulher xingando Cherry. — A minha perfeita irmãzinha — ela disse com desdém — era igual à filha: toda meiga com seus olhos inocentes e azuis, não demorou muito para ela colocar as garras no homem que eu queria e se casar com ele.

— Queria — eu observei. — O que significa que a senhora nem o amava. Não sei porque tanto drama...

— EU PODERIA TER SIDO RICA! MILHONÁRIA! — ela começou a gritar. Foi aí que sua máscara caiu de vez. — Mas é claro que não. Ele teve que se apaixonar pela vagabunda da minha irmã. A pessoa perfeitinha...

— E o que você planeja fazer agora? — perguntei. — Se vingar de Alexis me usando?

— Não é vingança, querido. É apenas pegar uma coisa da qual eu mereço. Alexis vai fazer qualquer coisa para te ver são e salvo. E ela só vai conseguir isso depois que ela assinar todos os papéis e em frente às minhas testemunhas alegar que EU sou a dona de toda a fortuna Wright.

— Você nunca vai conseguir. Seu plano tem falhas e eu duvido que você tenha tantos contatos assim para executar tudo o que você quer...

— Calado — ela disse entre os dentes.

— Afinal, você não tem um puto no bolso. — Continuei. — Como você iria fazer para arrumar alguém que faça um bom servi...

— EU DISSE CALADO!

Foi só então, quando eu percebi a dor na minha bochecha vi que ela tinha me dado um tapa.

Como se um tapa de uma cobra fosse me impedir.

Ela parecia fora de si, por isso saiu do quarto sem dizer nada e me deixou mais uma vez no escuro.

***

Na outra vez, Sabrina veio com um copo de água para mim.

Ela jogou de qualquer jeito por isso a água caiu mais na minha blusa do que eu consegui beber.

Mais uma vez ela começou a falar sobre como sua ideia não havia falhas e sobre como tudo seria de acordo com o plano. Como se ela precisasse explicar para mim.

Foi aí percebi que ela estava assustada, era óbvio que ela não iria conseguir o que ela queria.

Quando eu fiz essa observação, mais uma vez ela começou a gritar e a fazer chilique. Revirei os olhos preferindo morrer a ter que escutar aquela cobra falar.

Foi aí que começou a troca de tiros.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Cherry Bomb" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.