Meu nome é johnny escrita por keell


Capítulo 6
Se conhecendo melhor


Notas iniciais do capítulo

Um feriado prolongado estava por vir, e por mais planos que fizesse pra aproveitar ele, nada seria tao bom quanto os planos que a vida fez pra mim.



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As semanas seguintes seguiram tranquilas, eu voltei a minha rotina normal, trabalho, casa, futebol, academia, teatro, fazenda, tudo voltou a mesmice de sempre, a única novidade era que Miguel havia sido transferido pra loja do Centro que ficou pronta, mas continuava mantendo contato conosco principalmente com as meninas, sempre ligava, nos visitava em sua folga e sempre nos convidada pra repetir aquela sexta feira que ficou na nossa memória e que não havia se repetido ainda por falta de tempo de todas as partes.

Na véspera do feriado prolongado que estava por vir todos na loja faziam planos para aproveitar mais, como eu não queria ir pra fazenda disse para meus pais que iria fazer uma pequena viajem com a galera da loja, mas não era bem verdade, eu queria mesmo era ficar em casa e descansar um pouco, ficar sozinho, respirar. Naquele dia Miguel foi a loja no seu horário de almoço como de costume, mas Emily e Tabata foram almoçar em casa pois precisavam resolver um problema. Para ele não perder a viagem eu o convidei para almoçae comigo e ele aceitou.

_ E como estão as coisas na loja do Centro?

_ Tudo normal Johnny, lá é tão movimentado quanto aqui, as vezes a gente passa uns apertos mas nada que não damos conta.

_ É assim mesmo, você é um excelente funcionário, vai tirar de letra.

_ Obrigado! Já programou seu feriado Johnny?

_ Provavelmente eu devo ficar em casa mesmo, descansando.

_ Uê! Não vai pra fazenda dos seus pais?

_ Dessa vez não, acho que vou ficar em casa mesmo, lá é super tranquilo mas eu num to querendo sair do meu mundinho dessa vez. E você, já sabe o que vai fazer?

_ Vou viajar com minha família pro interior, encontrar com mais familiares. – rimos um pouco e ele continuou. – as vezes eu preferia ficar no meu mundinho também, ou no seu . To indo mais por obrigação mesmo, não vejo a hora de sair de casa e fazer realmente o que eu quiser.

_ Você é um rapaz que tem tudo pra crescer na empresa Miguel, tenha paciência que tudo vai se ajeitar.

_ Obrigado, muito obrigado Johnny.

Voltei ao trabalho depois do almoço, e assim que terminou meu expediente corri pra casa, no caminho comprei umas cervejas, uns tira gostos e fui pra casa. Coloquei uma musica pra tocar no computador e fui direto pra cozinha, preparei umas coisas, sentei no meu sofá e finalmente relaxei. Tava tão bom ali, eu e somente eu. Deitei no meu sofá e estava curtindo tudo aquilo de repente meu celular tocou, era Miguel.

_ Alô!

_ Johnny, boa noite.

_ Boa, como vai?

_ Tudo bem, eu to te ligando pra saber se você quer sair hoje a noite, eu viajo amanhã de manha e as meninas não podem porque já estão de saída pro litoral.

_ Miguel, bom não estava nos meus planos cara, eu pensei em ficar em casa mesmo, pra onde c ta pensando em ir?

_ Sei la, um bar beber.

_ Ah Miguel, to fugindo um pouco de agitação cara, quero mesmo é relaxar. Quer vir pra ca?

_ Não sei, quem tá aí?

_ Moro sozinho esqueceu?

_ Mas não vai levar ninguém pra sua casa? Tipo, arrastar nenhuma gostosa nem nada?

_ Não cara, eu sai a pouco tempo de um relacionamento, to querendo ficar mais quieto.

_ Bom, então vou só tomar um banho e vou, me passa o endereço?

Em pouco tempo ele estava tocando a campainha do meu apartamento, vestia uma calça tectel preta, uma camiseta branca com umas listras verdes nas laterais, um boné preto e uma papete no pé. Boa pinta.

_ Oi Miguel, entre !

_ Desculpa a demora, trouxe mais umas cervejas porque não sabia se você tinha o suficiente aqui.

_ Não precisava, mas já que você trouxe, vamos beber.

Sentamos na sala, começamos a beber e conversar e não demorou muito para que ele se sentisse inteiramente a vontade. Falamos sobre tudo: trabalho, ambições, mulheres, relacionamentos, família. Foi um papo bem descontraído, nos divertimos muito, rimos bastante e mais uma vez não notamos que já era madrugada, já não tinha ônibus e eu não tinha condições de dirigir, nós dois estávamos embriagados.

_ Nem pensar Johnny, já te perturbei demais, eu me viro um jeito e chego em casa.

_ Miguel, não tem o que discutir, vou arrumar um canto pra você dormir e te levo pra sua casa logo cedo.

_ Tem certeza? Detesto incomodar.

_ Relaxa, não ta incomodando.

Minha casa tem dois quartos, o meu e o da bagunça, tudo quando é tranqueira eu jogo lá, eu não recebo muitas visitas mesmo, a sala estava cheia de latinhas de cervejas, pratos, copos, então preferi estender um colchão pro Miguel no meu quarto mesmo. Estávamos muito cansados então não demoramos a adormecer, na manha seguinte eu levantei cedinho, preparei o café e o chamei para levá-lo pra casa. Eu o deixei na esquina, me despedi, dei meia volta e parti rumo a minha casa.

Antes mesmo que eu pudesse sair do bairro de Miguel, meu celular tocou, era ele:

_ Johnny, você não vai acreditar, só to te ligando porque só você pode me ajudar.

_ O que aconteceu? Fala logo Miguel.

_ Cara, minha família já foi, e eu estou preso do lado de fora de casa, não me esperaram.

_ Mas e agora?

_ E agora que eu não sei o que fazer.

_ Vou te buscar aí e vamos la pra casa, la pensamos em algo.

Miguel entrou no carro bem nervoso, puto de raiva mesmo, não acreditava que estava acontecendo aquilo com ele. Pegou o celular e discou pra mãe dele:

_ Mãe onde vocês estão? Oi? Como assim já foram? Ta bom mãe, não sei pra que ficar mostrando essa graça toda sendo que .. alô! Alô! Desligou.

_ Nossa, é sempre assim o diálogo de vocês?

_ Não entendi nada, eu disse pra ela que sairia ontem, ta certo que eu dormi fora de casa mas eu liguei pra avisar, aí ela disse que pensou que eu não iria com eles e decidiram sair antes do previsto, vê se pode Johnny.

_ É complicado, família é complicado Miguel. Bom, se quiser pode ficar la em casa.

_ Você está doido? Você foi bem claro quando disse que quer ficar sozinho este feriado.

_ Mas essa situação mudou tudo, se fosse o contrario você me deixaria na rua?

_ Não, claro que não.

_ Então, se não se importa em dormir no chão, sua cama ainda está no mesmo lugar.

Rimos e seguimos rumo a minha casa. Quando chegamos sugeri que assistíssemos a algum filme, como não tinha o costume de receber visitas, quis fazer as coisas que faria se estivesse sozinho, e se ele negasse eu pensava em outra coisa. Abrimos outra cerveja, escolhemos um suspense e começamos a ver, mas não estávamos inteiramente atentos ao filme, nossa conversa estava muito mais interessante:

_ Quer dizer então que você namorou uma ex funcionaria da loja?

_ Na época ela ainda trabalhava la, ficamos juntos por muito tempo. Tentamos esconder durante um tempo, era nosso segredinho.

_ Mas você a amava?

_ Não, eu gostava muito da companhia dela, de ficar com ela, do sexo, mas não era amor.

_ Como sabe Johnny? Você já amou alguém?

_ Não, por isso eu sei que não era, não senti nada diferente. E você, já amou?

_ Não, eu acho que não.

_ Como sabe disso Miguel?

_ Eu não sei, mas acredito que o amor é um sentimento diferente de todos os outros que eu já experimentei, e eu acredito que eu ainda não conheça o amor, o verdadeiro amor.

_ Entendi. Bom, sua vida parece bem normal cara, te contei um segredo meu que nem era segredo, que namorei uma funcionaria, qual o seu segredo?

Ele hesitou antes de responder, e com um meio sorriso nos lábios disse:

_ Se eu te contar vou ter que te matar depois.

_ Hm, quer dizer então que você é misterioso? To ficando com medo.

_ Não precisa. (risos) Não sou misterioso, mas sou reservado, as pessoas sabem de mim somente o que eu as deixo saber.

_ Você ta certo Miguel.

Nesta hora já nem nos lembrávamos que estávamos assistindo a um filme de suspense na televisão, mergulhamos mais uma vez em um mundo de assuntos e perdemos mais um dia sem notar o tempo passar. No fim do dia ele me pediu emprestado uma tolha para que pudesse tomar um banho e me perguntou se esse tempo que ele ficasse hospedado, se eu poderia emprestar algumas roupas.

Depois dele foi minha vez de tomar um delicioso e demorado banho, relaxei no banheiro, tava precisando. Ao sair Miguel estava preparando algo pra comer, e eu estava meio bêbado, sentei no sofá e ele chegou com pão, mortadela, e suco, pra cortar um pouco o álcool.

_ Parece estar delicioso cara, não sei se é a fome mas já vou comer.

_ Johnny, pão e mortadela, nada demais.

_ Mas mesmo assim vou comer e não demoro muito a deitar hoje, minhas costas estão doendo um pouco.

_ Quer que eu te faça uma massagem? Sou muito bom com as mãos.

_ Para Miguel, você também é massagista?

_ Nada profissional, mas nunca reclamaram, deite-se no chão.

Ele começou pisando em minhas costas, e pediu pra que eu relaxasse o máximo que eu conseguisse. Eu obedeci, e foi muito bom, depois ele se ajoelhou colocando cada perna de um lado do meu corpo e massageando minhas costas com as mãos, com as pontas dos dedos, ele realmente era muito bom com as mãos. Quase dormi, mas despertei com ele perguntando:

_ E então Johnny, gostou?

Respondi que sim com a cabeça.

_ E tem mais algum lugar doendo? Pernas? Coxas? Peito? Aproveita que estou bonzinho hoje.

_ Peito Miguel? Nunca me fizeram massagem no peito.

_ Então vira, deixa eu fazer.

Mais uma vez obedeci, fiquei de barriga pra cima e ele em cima de mim, fechei meus olhos e me deixei levar, e foi bom, ele usava bem as mãos, tava ótimo, muito bom, inconscientemente, sem querer eu me excitei e ele percebeu, mas pareceu não se importar, permaneci de olhos fechados, sem graça, sem saber o que fazer, e ele parecia mesmo não se importar. Quando abri meus olhos notei que ele me olhava intensamente, e sem pensar muito me deu um beijo que eu correspondi sem entender direito o que estava acontecendo. Simplesmente decidi me deixar levar e aí ...


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Notas finais do capítulo

Quanta coisa aconteceu nesse capitulo hein, parece que Johnny e Miguel estão bem próximos.
Nao percam os próximos capítulos e se surpreenda com o desenrolar da historia ..
Comente, recomende, aguardo o retorno de vcs.



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