The Light of Dawn escrita por Sweet Aurora


Capítulo 8
Lembranças - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Depois de quase quinze dias eu finalmente consegui postar.
Gente, mil, duas mil, três mil desculpas!
Como eu já disse, minhas aulas voltaram e esse semestre está muitíssimo apertado para mim porque tenho clínica além da grade horária normal. Complicado demais! Mas enfim, aqui está o capítulo e eu espero que vocês gostem. Está MAL REVISADO! Então vocês vão encontrar erros, palavras repetidas e muitas outras coisas. Mas tudo isso porque eu não poderia deixá-los esperando ainda mais.



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A última notícia que recebi foi de que você estava em Dunland… — A voz melodiosa ecoou pelo Pátio no exato instante em que Calad transgrediu o portal. Ela havia prendido os cabelos escurosem um coque no alto da nuca a fim de mascarar o sangue e lama acumulados nos fios ao longo da viagem. — E isso beira um século. — Por fim, a elfa se virou na direção de Calad e permitiu que sua luminescência irradiasse ao seu redor. As flores pareceram dançar sob a luz que resplandecia, os arbustos se tornaram mais verdes e os pássaros cantaram com ainda mais intensidade. Em verdade, a barda era o único ser infeliz na presença de Galadriel. — Por onde você andou, criança?

Aqui e lá. Em qualquer lugar onde fosse necessária… — A mulher permitiu que os dedos acompanhassem as folhas conforme se aproximava de Galadriel. Um aceno cordial serviu como um cumprimento improvisado de quem, em verdade, desejaria ter evitado aquele encontro.

Em qualquer lugar onde ressoassem trombetas. — Retrucou Galadriel. Por sua vez, ela assentiu com a cabeça e estendeu ambas as mãos na direção pela qual Calad se aproximava. — Eu gostaria de entender a sua paixão pela guerra, mas talvez essa questão esteja muito além de minha compreensão. — Calad estendeu as mãos em direção a Senhora, envolvendo-as cuidadosamente com as suas próprias. Por sua vez, Galadriel inclinou a cabeça e selou os lábios na testa da elfa. — Que a benção dos Valar brilhe sobre você.

Elë! Assim seja. — Respondeu o Bardo.

Galadriel retomou seu passeio em torno do jardim central e embora seus olhos vagassem pelos arbustos verdejantes, toda a sua atenção estava voltada para a Primeira Luz. Através das suntuosas janelas da Última Casa Amiga elas poderiam ver os anões festejando junto aos elfos, como se as intrigas do passado tivessem sido completamente suprimidas pelo momento.

Elladan está radiante com sua chegada… — Comentou a senhora de Lothlórien.

Também estou feliz por revê-lo… — Calad levou os próprios olhos na direção da comitiva de Thórin e analisou cada um deles cuidadosamente. Todos pareciam alegres e até mesmo o pequeno hobbit se deleitava com os manjares ofertados pelos elfos.

Talvez você devesse ficar… — Um sorriso provocativo surgiu nos lábios de Galadriel e foi imediatamente recebido pelo semblante soturno da outra.

Não ouse. — Resmungou ela.

Em outros tempos você teria considerado a proposta. — Galadriel voltou o olhar na direção de Calad e anuiu gentilmente com a cabeça.

Em outros tempos eu era jovem. Eu era tola! — Exclamou Calad. — Tudo está diferente! Arda está diferente. Eu sinto, eu vejo.

Em outros tempos você era feliz! Eu lembro das manhãs em Valinor, de como seu riso ecoava pelas colinas, de sua alegria ao colher a primeira fruta da estação. Você nos trouxe prosperidade e felicidade como nenhuma canção jamais o fez. — A Senhora aproximou-se a lentos passos da Primeira Luz e envolveu as suas mãos com as suas uma última vez. — E quando Telpérion e Laurelin foram destruídas por Melkor, achamos que tudo estivesse perdido. Então você invadiu o pátio e disse “Eu sou a Luz”.

Calad parou por alguns instantes, absorvida pelas lembranças contadas por Galadriel. Cada palavra proferida, cada imagem reavivada fazia com que o peito ardesse em chamas.

Volte para Valinor. Volte para casa. — Concluiu a elfa.

Eu tenho uma missão. — Respondeu Calad.

Essa missão será sua última. — Murmurou a Senhora de Lothlórien.

Isso quer dizer que eu encontrarei aquilo que busco. — Calad anuiu com a cabeça. O corpo foi girado sobre a base dos pés e ela tomou o caminho da porta, mas antes de atravessá-la, olhou uma última vez para Galadriel.

Você encontrará morte.

Não havia na Terra Média festival que se comparasse ao Solstício. Afinal, havia bebida, comida e música o suficiente para afastar quaisquer sombras. Os anões cantavam e bebiam em uma das mesas enquanto Bilbo permanecia completamente imóvel em um canto isolado. Vez ou outra ele trocava algumas palavras com Balin ou sofria alguma provocação advinda de Kili, mas tornava a ficar calado.

Por sua vez, Thorin ocupava o lugar ao lado de Elrond na mesa principal. Discutiam avidamente na presença de Gandalf e Elladan, mas a intensidade da música não permitiu que Calad identificasse o assunto tratado por eles.

Milady, achamos que você não apareceria! — Exclamou Fili ao mesmo tempo que entregava um caneco de hidromel para a elfa.

De fato, não aprecio festivais. Muito menos o de Solstício. — Calad aceitou o caneco e tragou toda a bebida em questão de instantes, deixando os irmãos ambos de boca entreaberta.

Ainda que a companhia de Kili e Fili fosse aprazível, a elfa não prolongou a conversa que travava com eles pois havia uma inquietude em sua alma que aparentava não ter fim pois a conversa com Galadriel aliada ao evento fizeram com que suas convicções se desmantelassem em dúvidas. Afinal, talvez aquele não fosse o caminho a ser seguido.

E foi entre seus pensamentos que ela captou o semblante preocupado do hobbit.

Algum problema, Mestre Bolseiro? — Indagou Calad. — Você parece muito preocupado.

Bilbo piscou algumas vezes na tentativa de assimilar a chegada da elfa, pois sua discrição fora tão primorosa que ele sequer percebera sua presença no pátio. — Em verdade, estou. Eu não consigo achar meus lenços! Acredito tê-los perdido durante o caminho para cá.

O riso foi ocultado pelos lábios que se limitaram a exibir um trejeito divertido. De fato, aquele era um sujeito deveras peculiar. — Você marcha para a escuridão e sua maior preocupação são os lenços de bolso perdidos durante a viagem?

O Bolseiro assentiu com a cabeça:

Milady, a maior escuridão que já enfrentei em minha vida foi a chegada de anões, um mago e um elfo em minha casa.

Isso parece muitíssimo assustador, Sr. Bolseiro! — Redarguiu ela.

E foi! Eles acabaram com todo o meu chá. — As mãos de Bilbo foram agitadas no ar em uma tentativa de exemplificar a magnitude daquela questão, mas talvez isso jamais fosse possível.

Oh, não! Não posso mais suportar. — A elfa voltou o olhar para o horizonte e já não poderia mais conter o riso que ecoava por entre os lábios. — E você saiu ileso?

Veja bem, essa é questão: Eu não saí! Eu enlouqueci completamente e acabei em uma jornada para enfrentar um dragão e retomar o lar deles. — Respondeu o hobbit.

Então essa é sua causa para estar aqui? Loucura? — O riso foi cessado e ela encheu mais uma vez o caneco com hidromel.

O que mais poderia ser, Milady? Eu vivo em uma casa confortável, minha família me ama e nós os Bolseiros somos muito respeitáveis no Condado. — Bilbo encolheu os ombros conforme seus pensamentos progrediam. Ele próprio parecia buscar a motivação para estar ali naquele exato momento, embora ainda não tivesse certeza. — Não havia grandes emoções, mas era uma vida muito aprazível…

E por que você deixou tudo para trás?

Ele entreabriu os lábios inúmeras vezes antes que pudesse vocalizar a resposta. — Porque eu precisava encontrar algo, Milady.

Precisava encontrar o quê? — Calad encurvou-se sobre a mesa a fim de se aproximar ainda mais do hobbit, como se desejasse que a resposta fosse partilhada apenas por eles.

Ora, eu mesmo! — Exclamou Bilbo antes de sorrir larga e sinceramente.

E conseguiu?

Ainda não sei, Milady. Ainda não sei. — Finalizou ele.



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Notas finais do capítulo

Comentários, dúvidas, sugestões ou qualquer coisinha sobre a história. Por favoorrrr TnT



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