The Light of Dawn escrita por Sweet Aurora


Capítulo 3
Um Bardo Inesperado


Notas iniciais do capítulo

Então galera, esse é o segundo capítulo da minha fanfic e eu realmente espero que vocês gostem. Avise se estiver muito grande, se encontrarem algum erro - sou desatenta demais, as vezes deixo passar algumas duas, três ou vinte coisas. Podem enviar até mesmo algumas opiniões sobre o assunto e o desenrolar da história.

Beijos



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Acredito estar atrasada, Sr. Bolseiro. — Confessou Calad no instante em que a porta foi aberta. Bilbo abriu e fechou os lábios algumas vezes, desferindo um passo para o lado a fim de abrir espaço para que ela seguisse: Gandalf não havia mencionado a participação de uma mulher na comitiva de Thorin Escudo de Carvalho e ele certamente não teria feito oposição a sua presença caso não fossem as pegadas de lama, o barulho alto e o odor estranho que havia tomado conta de sua Toca. — Eu sou…

Nosso bardo. — Gandalf interrompeu a apresentação com o habitual sorriso que exibia quando não estava com o cachimbo entre os lábios. O tronco foi encurvado em uma reverência respeitosa e logo em seguida o braço se estendeu na direção da Sala de Jantar, indicando o caminho para a recém-chegada. O burburinho voltou ao recinto. Eram indagações, comentários, olhares trocados entre os anões e que eram direcionados para a jovem peregrina: Estaria ela a altura de compôr uma canção para a glória dos anões?

Você prometeu um bardo e nos traz uma garota. — Bradou Glóin, batendo fortemente o caneco de hidromel contra a mesa. As afirmações se seguiram repetidas e nem mesmo as tentativas de Gandalf foram capazes de apaziguar os ânimos dos anões. Foi somente quando Ori pigarreou alto, atraindo as atenções para si que o silêncio voltou a reinar em torno da mesa de jantar. Os ombros foram encolhidos e ele lançou o primeiro sorriso destinado à Calad. — Eu gosto dela. — Concluiu.

E eu lhes garanto que não há melhor bardo pelas redondezas. — Gandalf aproveitou-se do momento de quietude para retomar seu lugar na discussão. Um rápido olhar na direção da recém-chegada averiguou serenidade da Luz Eterna. Fazia duas vidas que não a via e ainda era capaz de perceber as estrelas de Eru perfeitamente desenhadas nos olhos jovem. — Filhos de Erebor, permitam-me apresentar Calad, filha de Telperion e Laurelin. A Primeira Luz de Arda.

A mulher assentiu com a cabeça no instante em que as mãos foram tomadas pelas do mago em um cumprimento rápido. — Olórin, parece que duas vidas se passaram desde a última vez que nos encontramos. — O encontro acontecera durante a última batalha, na Guerra da Ira, quando Melkor fora finalmente aprisionado nos confins do vazio para que nunca mais retornasse à Arda. Contudo, Calad morreu em seu corpo etérero uma última vez e tão logo as sombras de Morgoth corromperam sua existência, tornando-a humana. Ela vagava pela Terra Média desde então, cantando suas histórias e auxiliando aqueles que cruzavam seu caminho, na esperança de que algum dia sua luz fosse devolvida.

Balin ainda enrolava os dedos na barba enquanto mantinha os olhos na recém-chegada. Ouvira as histórias contadas pelos anciões sobre uma Luz nascida em Valinor, roubada por Melkor e cujo poder advindo do próprio Ilúvatar fora usado contra os Ainur. O anão não conseguiu conter o sorriso. De fato, Gandalf era cheio de surpresas! Ergueu seu caneco em direção à Calad, anuindo gentilmente com a cabeça. — Será uma honra tê-la conosco em nossa jornada, Milady.

E eu não os desapontarei, filhos de Erebor. — Calad acrescentou no mesmo instante em que ocupou a cadeira mais próxima. Gandalf logo empurrou um caneco de hidromel em sua direção, aliviado pelo bom senso retomado, mas - a princípio - a jovem pareceu recusá-la. Os anões mantinham seus olhares curiosos em sua direção e, fosse em outro momento, talvez a tivessem esgotado com perguntas. — Por favor, comam e bebam! Hoje celebramos nosso contrato, amanhã deveremos iniciar nossa jornada.

O pedido soou como uma ordem. Os anões voltaram a beber, comer e gritar sobre os feitos de outrora. Não demorou para que Calad conquistasse a simpatia da comitiva, afinal, havia muitas histórias a serem narradas, canções a serem cantadas e ela parecia conhecer todas do princípio ao fim. Ela era de fato um bardo

A hora passou despercebida ao som dos risos, talheres e arrotos. Os barris de hidromel haviam secado e se encontravam apenas batatas e rabanetes na dispensa do Sr. Bolseiro. Não importava, uma simples reunião era capaz de se transformar em um festival mediante a presença de anões. Contudo, quando Telperion atingiu o alto do céu, a porta de Bilbo foi aberta pela última vez.

Thórin Escudo de Carvalho era uma figura imponente, sua postura acusava seu sangue real e mesmo os anões mais jovens pareciam perder os trejeitos brincalhões na presença do herdeiro de Erebor. A festa havia terminado e talvez aquele fosse o momento certo para que os últimos detalhes sobre a jornada fossem acertados e para que a última canção da noite fosse cantada.

Em sua triste melodia ouviu-se sobre as Montanhas Nebulosas, sobre as pedras forjadas com a própria luz das estrelas.

Cantou-se sobre o reinado de Thrór e seu glorioso reinado sob a Montanha Solitária.

Cantou-se sobre a fúria do dragão, sobre a fumaça que transformara o dia em noite.

Cantou-se sobre um povo que havia perdido seu lar.

Cantou-se sobre um povo que havia perdido sua esperança.

A ser continuado...


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