A Life Reason escrita por LirythWilliams
Chegando em casa, não havia ninguém ainda. E isso era bom, afinal ninguém precisava ver como eu estava. Era deprimente o momento em que eu estava agora, lembrar do passado era o que me fazia suportar, mas o que eu faria agora? Eu não podia apenas olhar a desgraça de Filiph, ele estava a ponto de me matar também. Fui para meu quarto, mas não podia fazer nada além de chorar, o que me fazia feliz estava acabado, então peguei no sono.
- Louise, acorda!!!
Abri meus olhos e vi que Rebecca estava na minha cama. -Ai, Becca pensei que fosse minha mãe...
-Para de enrolar e vem... Rápido!
Levantei da cama rapidamente, me perguntando o porquê, então a segui rumo a sala e vi que passava um noticiário.
- Louise, olha pra isso!
Olhando para a televisão, não acreditava no que dizia a jornalista:
Houve aqui, na Quinta Avenida, um tiroteio da polícia com usuários de droga, todos menores de idade. Eles foram presos, por porte ilegal de armas, e por estarem com vários quilos de maconha e crack. Todos de classe média, provavelmente eles fizeram os familiares e amigos perderem a esperança. Sendo eles menores de idade, suas identidades serão preservadas...
Rapidamente desliguei a tevê com medo do que viria em seguida. Olhei para Rebecca horrorizada e totalmente complexa. Como eu não vi o resto da notícia, ele poderia estar morto, isso era exatamente o que eu temia...
-Louise, vai, Louise, acorde... - Rebecca me sacudia violentamente.
- O que aconteceu? - Perguntei desesperada lembrando da noticia que eu tinha acabado de ver.
- Bem, você desmaiou, e eu nem sei o porquê, você nem viu a notícia toda. - Ela me olhava como se eu fosse louca. Então desviei o meu olhar do dela.
-Becca, eu não consegui ver, ele morreu? Ele foi atingido? Ele está... -
Simplesmente, não consegui falar as lágrimas lavavam o meu rosto enquanto eu soluçava e minha amiga pegou o meu rosto, olhou nos meus olhos e disse:
- Ele está ótimo, os pais dele o levaram pra casa, tá tudo bem. - Ouvir essas palavras me trouxe um grande alívio, saber que ele estava bem, me fazia feliz, mesmo que incompletamente, afinal, ele ainda estava afundado nas drogas, e isso estava me deixando depressiva, eu precisava vê-lo:
- Becca, eu quero ir ver ele!
- Amigo não, ele está muito revoltado com toda essa história, preso em casa, ele está pirando porque parou de fumar esse tempo em que ele ficou preso...
- Que dia é hoje? -Perguntei a interrompendo.
- Bem, ontem foi sábado, hoje é domingo. – Rebecca me respondeu.
Fiquei chocada com essa afirmação, eu havia dormido desde aquela briga com Piliph até o dia seguinte. Nossa, eu havia dormido muito. Havia, então, muita coisa para absorver.
- Becca? Quanto tempo ele ficou preso? Que horas foi o tiroteio? Quando ele foi pra casa?
- Calma amiga. Ele ficou a noite na cadeia, o tiroteio foi as 6 h da tarde, e ele foi pra casa de manhã, agora a pouco.
- Ok, então eu vou ver ele, e você não pode me impedir.
Nessa hora minha mãe saiu do quarto e disse: - Mas eu posso, você está proibida de ver esse garoto, ele só está te fazendo mal.
Olhei para minha mãe sem saber o que dizer, estava perplexa. Por falta de vê-lo, eu entraria em drepessão, por mais que ele me fizesse sofrer ficar sem ele seria pior.
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