Blackjack escrita por Anieper


Capítulo 1
Capítulo 1




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Percy tinha acabado de tomar banho e se preparava para se deita em sua cama no seu chalé, quando alguém bateu na porta.

A luta contra Gaia tinha acabado a pouco mais de duas horas. Antes de todos poderem finalmente irem descansar, comer e tomar banho, eles ajudaram a cuida dos feridos e arrumar a bagunça que a guerra deixou. Percy tinha ajudado a todos os feridos que encontrou e tinha ajudado a Quíron encontra um lugar para os romanos ficarem e os ajudou a montar as barracas. Depois se arrastou para seu chalé e tomou um banho demorado. Ele deixou que toda a tensão que estava sentindo desde que acordou na casa dos lobos, fosse levada pela água. Ele foi até a porta e a abriu. Do outro lado estava sua namorada. Annabeth ainda estava com as mesmas roupas que eles usavam quando tinham chegado, seus cabelos estavam bagunçados e ela tinha um corte na testa.

– Oi. – ela disse passando por ele. – Posso tomar banho aqui? O banheiro do meu chalé está lotado e com fila.

– Claro. – ele disse sorrindo. – Trouce roupas?

– Não. – ela respondeu se sentando na cama dele. – Primeiro vim ver se você deixaria.

– Você sabe que o que é meu, é seu. – ele disse indo até o guarda roupa dele. – Aqui, você deixou aqui da última vez que tomou banho aqui antes de voltamos para a escola.

Ele entregou para ela um vestido e algumas roupas de baixo. Annabeth corou. Nunca imaginou que o namorado pudesse lavar roupa, muito menos as delas.

– Não foi eu. – ele falou rindo, vendo a cara dela. – Leve sem querer para a casa e minha mãe lavou. No mesmo dia ela me deu uma caixa de camisinha.

Annabeth corou mais ainda. Ela pegou as roupas e quase correu para o banheiro.

– Sabidinha? – ele chamou sorrindo.

– O que?

– A toalha. – Percy disse esticando uma toalha verde com um tridente desenhado.

A filha de Atena entrou no banheiro vermelha. Percy riu. Ele achava fofo o modo como a namorada ficava vermelha com essas coisas. Eles já tinham dormindo juntos várias vezes. Desde que voltaram do Tártaro, ele foi todas as noites para a cabine dela escondido, e ela ainda se sentia envergonhada com isso. Certo, que o filho de Poseidon ficaria envergonhado se alguém falasse sobre isso com ele. Ou se alguém tivesse visto ele entrando ou saindo da cabine dela. Mas quando se tratava dele e Annabeth, ele não se envergonhava mais. Eles se amavam e se tinham comprovado isso em palavras, atos e ações. Percy balançou a cabeça e se jogou em sua cama. Ele estava tão cansado, que não demorou muito que seus olhos pesarem. Eles estavam quase se fechando, quando escutou uma batida na porta.

– Deuses, não podem me deixar dormir um pouco? – ele perguntou se levantando.

Assim que ele abriu a porta, viu Reyna parada do outro lado. A romana parecia tensa e nervosa. Percy não entendeu por que ela estava assim.

– Oi, Reyna. – ele disse sorrindo. – Posso te ajudar em alguma coisa?

– Eu... preciso conversa com você. É uma assunto delicado. Posso entra? – ela perguntou sem jeito.

Percy olhou para a porta do banheiro e depois para fora.

– Pode. Mas devo te falar que Annabeth está no banheiro. – ele disse se afastando da porta. – O banheiro do chalé dela está congestionado.

– Pelo que eu ouvi dos campistas, não é apenas o dela. – Reyna disse entrando e indo até a cama que Tyson geralmente usava quando estava no acampamento. – Percy, você viu que eu tive ajuda dos pégasos para trazer a estatua para cá, não viu?

– Sim. – o filho de Poseidon perguntou confuso. – Por quê?

– Quando os cavalos chegaram para nos ajudar, tinham mais dois. Pégaso, o pai de todos os cavalos e Blackjack.

– Pégaso ajudou você? – perguntou surpreso.

– Sim.

– Nossa. – ele disse surpreso. – Mas acho que você não veio aqui para falar que um dos meus muitos irmãos, te ajudou.

– Não. – ela respirou fundo. Reyna olhava para qualquer lugar do quarto, menos para Percy. – Eu me separei de Nico e do treinador. Estava cansada, frustrada e com medo. Seu cavalo tentou me conforta e ele conseguiu. Estava mais calma. Realmente acreditando que as coisas estavam começando a dá certo. Foi nessa hora que Orion me encontrou. Eu não tive tempo de fazer nada, ele acertou Blackjack antes mesmo que eu pudesse vê-lo chegando.

Percy ficou pálido. Blackjack não era apenas o seu cavalo. Era seu amigo.

– Eu consegui cuidar do ferimento. Ele está bem agora e segundo Quíron...

– Onde ele está? – a interrompeu.

– Nos estábulos.

Percy se virou e saiu. Reyna o seguiu. O filho de Poseidon passou por todos que queriam falar com ele e não tinham conseguido antes. Passou pelos seus amigos sem dá muita atenção. Depois ele falaria com eles. Ele entrou no estábulo e não demorou muito para encontra seu cavalo. Blackjack estava em pé no canto, com parte do corpo enfaixada e brincava com um semideus de no máximo sete anos.

– Blackjack. – Percy chamou indo até ele. – Como está, amigo?

Ei, chefe. É bom te ver. Eu estou bem. Apenas com um pouco de dor, aqui no franco. Disse olhando para o filho do deus do mar.

– O que aconteceu com você? – perguntou passando a mão no rosto dele. – Estão cuidando bem de você? Precisa de alguma coisa?

Estou bem. Ele disse feliz. Estão me dando maçãs e feno da melhor qualidade. Apesar de aceitar alguns torrões de açúcar. E uns remédios para a dor.

– Acho que não posso te dá isso. – disse passando a mão nas orelhas dele.

– O que ele quer? – Reyna perguntou chamando a atenção dos outros.

– Açúcar. Ele adora doce. – Percy disse olhando para ela.

– Eu posso? – ela perguntou levantando a mão para tocar o cavalo.

Pode. Ela é legal, chefe. Blackjack disse feliz.

– Ele disse que sim. Ele gosta de você.

– Eu também gosto de você. – Reyna disse abraçando o pescoço do cavalo. – Obrigada, por fica.

De nada. Obrigado por me salva. Você ama os cavalos isso é um bom motivo para mim ter ficado com você.

– Ele disse de nada e agradeceu por você ter salvo a vida dele. Disse também que ficou com você por causa do seu amor pelos cavalos. – Percy traduziu.

– Reyna, precisamos de você. – Leila disse na porta dos estábulos.

– Certo. – ela olhou para Blackjack. – Eu venho te visitar.

Blackjack relinchou e a deixou ir. Percy olhou para o cavalo em frente a ele. Ele tinha sentido tanta falta dele. Perdeu a conta de quantas vezes queria que o amigo estivesse ao lado dele. E agora ele estava ali, ferido. O filho de Poseidon se aproximou mais dele. Ele pegou uma maçã e deu para Blackjack.

Os dois ficaram em silêncio por um tempo. O filho de Poseidon se sentia bem por estar em casa novamente. Por pode olhar para seus amigos, por saber que sua namorada estava segura. Ele tinha que ir ver sua mãe. Sabia que ela devia estar preocupada.

Ele fez carinho em seu cavalo. Logo Blackjack estará bem novamente. E eles podiam voar e fazer as mesmas brincadeiras de sempre. Voarem pelo o oceano, pular de cima de seu cavalo caindo na água. Logo Blackjack o acordaria no meio da noite para ir salva algum animal marinho em perigo.

– Cabeça de Alga? – ele escutou a voz da namorada na porta.

– Oi. – ele disse sorrindo para ela.

– Acabei de saber. Como ele está? – ela perguntou se aproximando e fazendo carinho em Blackjack.

– Bem.

Ei, chefe. Sua garota está linda e cheirosa. O cavalo disse olhando para ele.

– Cala a boca. – falou Percy olhando para ele de cara feia.

– O que ele disse? – Annabeth perguntou rindo.

– Que você está linda e cheirosa. Eu sei que você está linda e cheirosa, não preciso dele para me falar isso.

– Com ciúmes de um cabelo, Cabeça de Alga?

– Não. Mas se um cavalo te acha linda, o que esse meios-sangues vão achar?

– Bobo. – ela disse rindo.

Os dois passaram algum tempo ali com Blackjack. Afinal, aquele cavalo já tinha salvo a vida de ambos e eles o amavam.


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