Anjos e Demonios escrita por lui


Capítulo 11
Capitulo 10


Notas iniciais do capítulo

Ok, teve muitos capítulos hoje. Mas agora chega, sequei minha mente, mas espero que gostem
;)



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Julieta acordou e não estava em seu quarto, aliás, ela realmente não se lembrava de ter ido para seu quarto, nem para lugar algum. A ultima coisa que ela se lembrava era... Demônio!

Ela levantou da pequena cama procurando pelo seu amigo. Ele não podia ter morrido no incêndio, onde ele estava? Onde ela estava?

Então seu superior entrou no quartinho e ela soube imediatamente que estava encrencada.

–Julieta, fico feliz que está bem.

–Obrigada senhor. Me desculpe, mas como vim parar aqui.

–Ah, te achamos no meio de um incêndio. Você estava cercada pelo mal e muito machucada. Eu sinto por não termos chegado antes, poderíamos ter evitado que ele a machucasse.

–O que? – Julieta não estava conseguindo assimilar o que seu superior falava. Mal? Machucá-la? Demônio não deixaria que ninguém chegasse perto dela para machucá-la.

–Agradeça a Mili, ela te seguiu depois do por do sol e viu você e aquela criatura brigando. Voamos logo em seguida para protegê-la. Infelizmente quando chegamos você já estava muito ferida. Me desculpe pequena.

–Brigando? Não, Mili entendeu errado. Demônio e eu estávamos lutando, de brincadeira, nenhum faria mal ao outro. E o incêndio foi tudo culpa minha. Eu quis salvar os animais, Demônio queria que fossemos embora, mas um galho caiu em cima dele e eu tive que ajudá-lo. Eu consegui senhor?

–Infelizmente sim. Por que você se arriscou para proteger essa criatura horrorosa? Julieta, você sabe quem ele é?

–É claro que sei. Mas não me importo dele ser um ser das trevas. Senhor, ele é meu amigo.

–Julieta, ele não é apenas um simples ser das trevas. Você o chama de Demônio de forma apropriada. Ele é o demônio original, aquele que deu origem a todos os outros. Filho do próprio senhor das trevas. Julieta, você não sabe o perigo que correu com aquela criatura. Por favor, nunca mais saia depois do por do sol.

–Não me importo com quem ele seja. – Julieta realmente não sabia que ele era o próprio demônio, o chamava desse jeito pois ele nunca lhe dissera seu nome, e ele não se importava com o apelido de De. Mas isso nunca importou, nem antes, muito menos agora.

–Por favor, Julieta, não quero perder você, minha pequena.

–Por quanto tempo eu dormi senhor? – Julieta nunca que ia aceitar ficar presa durante a noite, não agora que conhecia o mundo e podia se defender dele.

–3 dias. – Ele abaixou a cabeça quando Julieta arregalou os olhos. Ela já havia se machucado verias vezes e dormido por algumas horas até se curar. Mas três dias? Ela realmente tinha se queimado muito.

–Tenho muito trabalho acumulado, acho melhor começar agora. – Ela falou, queria se afastar de seu superior para que ele parasse com a ideia de mantê-la ali.

–Vá. Mas não saia a noite. Isso é uma ordem. – Ele acrescentou. Julieta ficou estática. Uma ordem? Ele nunca havia ordenado nada a ela.

–Uma ordem? – Ela perguntou sem acreditar. – Uma ordem? – Ela repetiu mais alto.

–Eu sinto muito, mas esse é o único modo de você não sair dos limites do paraíso. Eu sinto muito Julieta, você vai me entender, algum dia. – Ele virou as costas e saiu do quartinho.

Julieta tapou o rosto com as mãos. Uma ordem. O que ela faria agora? Demônio não podia entrar, e ela não podia sair. Ela ia enlouquecer. Ela ia matar Mili por tê-la denunciado.

Não. Não. Mili só pensou no melhor dela, Mili estava protegendo-a, as lutas dos dois realmente parecia uma briga para olhos desavisados.

Julieta respirou fundo. Ela tinha que ter paciência, não agir por impulso. Ela tinha que descobrir uma brecha na ordem. “Vá. Mas não saia a noite”.

Uma lágrima escorreu pelo rosto de Julieta. Ela tinha que sair. Ela tinha que ver Demônio.

Julieta abriu suas asas e saiu daquele maldito quarto e começou a fazer suas tarefas. Alguns anjos a encaravam, mas ela não estava nem ai, ela ocupava sua mente com Demônio e a maldita ordem. Graças ao seu treinamento, antes do por do sol ela já havia adiantado tarefa de dois dias e não estava cansada. Pelo contrario, poderia voar desde agora até o nascer do sol.

É claro! Ela não podia sair a noite, mas nada a impedia de sair durante o dia e ficar até que Demônio a encontrasse.

Assim que foi liberada ela foi em direção a fronteira. Mas esbarrou com Mili no caminho.

–Julieta! Ah, que bom que está bem! Fiquei com medo daquele monstro te machucar. – Mili tinha os olhos arregalados, parecia inocente, mas Julieta viu a falsidade ali. Ela sabia que Julieta estava ficando mais rápida e mais forte e fora investigar. Ela não queria o bem de Julieta, queria que ela fosse fraca e submissa.

Julieta sorriu falso.

–Ah Mili, não se preocupe. Sou fraca, mas sei como não morrer.

–Para onde está indo? – Ela continuava com os olhos de uma inocente. Mas só os olhos.

–Dando um passeio, adiantei umas tarefas e como não posso sair a noite, pensei em esticar as asas antes de voltar para o dormitório.

–Ah, posso ir junto?

–Você é muito rápida para mim, certamente eu ficaria muito cansada para voltar para casa. Não se preocupe, não devo demorar, afinal, o por do sol já está chegando.

–É verdade. Bem, bom passeio. – Ela saiu voando, as asas douradas brilhando. Julieta reprimiu a vontade de arrancá-las. De onde vinham esses sentimentos de raiva e ódio? Demônio era mesmo uma má influencia para ela? Hoje isso não importa. Hoje ela iria se despedir dele.


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