A Ordem de Drugstrein escrita por Kamui Black


Capítulo 31
Exame para Mestre - Parte 3


Notas iniciais do capítulo

Uma conversa entre Thays e Anita. A última parte do exame revelada. Um duelo improvável tem seu inicio.



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Capítulo 030

Exame para Mestre (Parte 3)

A situação de Kayan era desesperadora. Por algum motivo o granmestre que o avaliava no exame de duelo havia se tornado extremamente violento e dirigia-lhe um feitiço do tipo elétrico que possivelmente lhe tiraria a vida. Kayan estava muito assustado, talvez muito mais assustado do que alguma vez ele estivera na vida.

O Atreius acreditava que seria seu fim, mas, no último momento, um enorme pássaro de fogo interpôs-se entre ele e o feitiço inimigo, recebendo toda a descarga elétrica e livrando Kayan de maiores ferimentos, embora o calor emanado pela criatura fosse suficiente para castigá-lo mesmo a mais de dois metros de distância.

— Já chega, Mikael, Kayan já nos mostrou do que é capaz.

— Será mesmo, Aikos, então porque você teve que protegê-lo?

— Talvez porque você tenha se excedido e utilizado um feitiço mais poderoso do que a maioria dos mestres é capaz de conjurar?

Kayan observou enquanto o granmestre de Drugstrein subia na arena e se interpunha entre ele e Mikael. Ao mesmo tempo em que fazia isso, desfazia o pássaro gigante de chamas que havia conjurado.

— Acho que me empolguei um pouco – defendeu-se o Kolluvan, com algum sarcasmo na voz.

— Por um momento achei que você estava forçando para que Kayan fosse desclassificado, mas para mim ele está mais que apto para a próxima etapa.

Após todos os demais granmestres concordarem com Aikos, ele dispensou Kayan e pediu um favor ao granmestre da Ordem de Shatterae.

— Será que você poderia curar o Kayan, Markus?

— Sim, granmestre Aikos. Vamos Kayan.

Após isso, o Shaterae conduziu o Atreius até a sala lateral ao grande salão, onde havia algumas camas. Sem que nada lhe fosse dito, Kayan deitou-se em uma delas, o que foi um verdadeiro alivio para seu corpo dolorido. Markus, então, começou a curá-lo utilizando um ressin muito eficiente.

— Você lutou muito bem, Kayan.

— Obrigado, granmestre Markus.

— Apenas não sei porque o granmestre Mikael lutou utilizando tudo o que tinha.

— Aquele duelo foi mesmo para valer? – indagou o mago, um tanto quanto incrédulo.

— Aparentemente sim. Mikael Kolluvan III encara as outras ordens como concorrentes de Zeneth.

— Mas não deveria ser assim.

— Não mesmo. As ordens são todas aliadas com a missão de proteger o domínio e sobrevivência da humanidade em Wesmeroth. Você sabe porque este exame é feito em conjunto com todas as ordens?

— Acredito que seja para que tenhamos algum contato com os magos de outras ordens.

— Isso também é um motivo, mas o principal é para manter-nos unidos. Apesar de que no passado guerras já tenham sido travadas entre as ordens, devemos nos manter unidos para proteger o domínio dos humanos.

— Espero que o granmestre Aikos esteja preparado para proteger os magos de outras ordens que lutem contra o granmestre Mikael.

— Pode ter certeza de que ele está. Todos os da Ordem de Drugstrein sempre estão. Este é um dos motivos para que vocês sejam a maior de nossas ordens.

Não levou mais do que alguns minutos para que o granmestre de Shaterae curasse completamente os ferimento que Kayan havia recebido em seu exame de duelo. Assim que terminaram, a dupla voltou para o salão principal novamente.

Assim que se uniu à Thays e Anita, Kayan percebeu que todos estavam impressionados com o duelo entre Allef Muscort e Mark Okarin. O mago de Drugstrein estava se mostrando muito habilidoso e conseguia manipular com perfeição três golens de mais de cinco metros de altura.

— O Mathen tem que treinar mais com o irmão mais velho, ele consegue manipular apenas um golem desse tamanho de cada vez.

— O Allef está incrível nesta luta, não acha? Nunca ia imaginar que ele era tão bom.

— E você está bem Kayan?

Enquanto Anita mantinha suas atenções no duelo, Thays aproximou-se do Atreius, preocupada com o amigo, que tratou logo de acalmá-la.

— Não se preocupe comigo. O granmestre Markus é um mago branco tão bom ou até melhor que o granmestre Grendolow.

A conversa se encerrou quando todos soltaram uma grande exclamação ao ver que um dos golens quase atingiu o granmestre. Allef os manipulava à distância e tentava não deixar brechas para seu adversário, que utilizava sua agilidade e o aurus pinn para se defender dos ataques dos golens.

Mark, então, resolveu testar as defesas de seu avaliado e conjurou um tangrea extremamente poderoso contra Allef, que provou estar prestando muita atenção em tudo o que acontecia e conseguiu se proteger erguendo uma grossa barreira de pedra que suportou muito bem o impacto do feitiço.

A nova manobra do granmestre foi lançar uma rajada de fogo contra a barreira de rochas. Seu artifício, porém, foi manipular a rocha para desfazer as defesas de seu oponente. Allef, por sua vez, deixou que um de seus golens se desfizesse para concentrar-se em erguer uma nova defesa rapidamente.

Livre da ofensiva, Allef manipulou seus golens em um contra ataque na esperança de pegar o granmestre desprevenido. Mark apenas estendeu ambos os braços, um para cada golem, e conjurou um crisis katris para explodir ambos os constructos.

— Já está bom. Não resta dúvidas de que Allef Muscort sabe duelar muito bem. Por mim está aprovado.

— Meus parabéns – cumprimentou-o Kayan assim que ele se reuniu com o grupo. – Agora só falta a Thays duelar.

— Na verdade eu já fiz meu exame de duelo enquanto você estava sendo curado. Foi com a granmestre Mayra.

— Sério? Queria ter visto seu duelo.

— Você perdeu um belo duelo, Kayan. A Thays foi genial – comentou Anita.

Apesar de não terem mais nenhum amigo próximo para duelar, os jovens magos decidiram assistir os exames até o final apenas para ver qual era a habilidade dos magos de outras ordens.

* * *

Mais tarde naquele dia todos os duelos haviam sido encerrados e os magos aguardariam até a próxima manhã para a continuação dos exames.

Para relaxarem, todos decidiram tomar um banho. Havia um banheiro para os homens e outro para as mulheres nas instalações onde os exames estavam sendo realizados. Thays acabara de sair da banheira de cobre onde se banhava e vestia um roupão de seda quando Anita se aproximou.

— Thays, por que você não gosta de mim? – perguntou, direta.

— Por que acha isso? – a outra garota tentou disfarçar.

— Não é muito difícil de perceber – afirmou. – É por causa do Kayan. Você sente alguma coisa por ele – não foi uma pergunta.

Thays não respondeu ao comentário da outra garota, apenas sentiu-se um pouco constrangida e ficou em silêncio, embora não tenha desviado o olhar.

— Sabia! Essa sua reação não nega.

— E você? – perguntou Thays, um pouco mais calma. – Você também...

— Não me entenda mal, Thays. Eu acho o Kayan um rapaz bonito e um mago talentoso, mas eu prefiro homens mais velhos.

— Ah! – exclamou a Cyren, sentindo-se aliviada. – É que você sempre fica perguntando um monte de coisas sobre ele, então pensei que...

— Era apenas curiosidade mesmo. O Kayan é famoso em Drugstrein e muitas histórias sobre ele se espalham pelo castelo da ordem.

— Então era só isso.

— Acho que você deveria ser mais agressiva. Kayan é um ótimo mago, mas me parece ser meio lerdinho quando se trata de garotas. Acho que você tem muitas chances de conquistá-lo.

Thays sentiu-se um pouco encabulada novamente, mas disfarçou bem e revidou o comentário de Anita.

— Não diria isso se conhecesse a Sarah.

— Quem é Sarah?

— Uma companheira de equipe dele. Acho que o Kayan gosta muito dela. Muito mesmo.

— Mas ele sempre te trata tão bem. Vocês ficam muito bem juntos.

— Sim, mas sou apenas uma amiga para ele.

— Pode ser, mas você nunca poderá ter certeza se não tentar.

Dizendo aquelas palavras, Anita retirou-se do banheiro deixando para trás uma Thays muito pensativa.

* * *

Menos de trinta magos restavam no salão que parecia muito menor do que quando mais de uma centena deles reuniam-se para a primeira fase do exame para mestre. Anita já não estava entre os aspirantes a mestre, mas a conversa não era menos animada.

— Só agora que a Anita foi embora que a Thays começou a tratá-la um pouco melhor, o que aconteceu? – indagou Kayan, curioso.

— Era assim tão evidente que eu não estava gostando muito da companhia dela?

— Um pouco, eu acho – respondeu-lhe Allef.

— Nós conversamos ontem a noite e eu percebi que ela era uma garota bem legal. Apenas não nos demos muito bem no início, mas agora acho que posso chamá-la de amiga.

— Quem sabe você e a Sarah não possam se entender também um dia.

— É bem possível, assim que você e o Viktor começarem a se entender.

— Desse jeito não vale – comentou Kayan em meio a um muxoxo.

— Do jeito que vocês conversam parecem se conhecer há muito tempo, fico até meio de fora da conversa – comentou Allef tentando se enturmar novamente.

— Nos conhecemos há uns dois anos – respondeu-lhe Kayan.

— Vocês formam um casal bonito. Do jeito que conversam parecem até namorados.

O comentário inesperado fez com que os dois ficassem constrangidos e sentissem a face corar. Allef divertia-se com a reação que causara, uma vez que aquela era exatamente sua intenção.

Os jovens magos ficaram muito satisfeitos quando perceberam que os granmestres estavam no salão e começavam a falar com eles.

— Vocês devem ter estranhado o fato de apenas nós dois aparecermos aqui – iniciou Markus Shaterae.

— Mas posso garantir-lhes que isso tem a ver com a última e definitiva etapa do exame de vocês – complementou Ector Darthone.

A curiosidade tomou conta do salão. Todos estavam ansiosos para saber qual exame teriam que enfrentar. Até mesmo os que já haviam prestado o exame outras vezes não sabiam o que esperar, uma vez que esta última parte mudava de ano para ano.

— Antes de explicarmos como será este exame, pergunto-lhes: vocês sabem o que é um feitiço de invocação?

— É um feitiço que permite criar uma criatura semiviva através da magia. Assemelha-se com os golens criados com a esfera da terra e natureza, mas esta forma é muito mais avançada e a invocação é capaz de agir por conta própria.

Um dos magos de Kaz Barak respondeu de maneira muito correta e recebeu elogios dos granmestres.

— O feitiço que o granmestre Aikos Fixue utilizou ontem foi uma invocação – completou Allef.

— Correto novamente – disse Markus. – Uma invocação age por conta própria, mas não é capaz de pensar, portanto segue uma diretriz que é determinada pelo desejo do mago na hora de conjurar o feitiço. As diretrizes mais básicas são as de proteger certo alvo ou o próprio conjurador ou atacar um alvo até derruba-lo ou ser destruído. Apesar de não pensarem, as invocações são capazes de sentir a aura dos feitiços e tentar se esquivar deles ou entrar na frente do mesmo, dependendo da intenção inicial de quem o conjurou.

Toda aquela explicação apenas serviu para deixar os magos ainda mais curiosos e um deles perguntou do fundo do salão.

— Mas, granmestre, o que isso tudo tem a ver com o exame?

— Esta é a parte que explicarei agora. Os granmestres que não estão aqui ficaram espalhados na floresta próxima à esta cidade. Vocês terão que encontrá-los. Quando fizerem isso, eles irão conjurar uma invocação de sua própria esfera e vocês deverão derrotá-la para receber uma moeda forjada especialmente para este exame. Consigam três moedas e voltem para esta cidade antes da manhã do terceiro dia a contar de hoje. Se voltarem sem as moedas estarão desqualificados. Se os três dias se passarem, estarão desqualificados. E tomem cuidado com os animais selvagens da floresta.

— O que estão esperando? Agora é cada mago por si.

As palavras do granmestre Ector fez com que todos os magos saíssem em meio a uma disparada através da porta principal do salão. Cada qual se embrenhava em uma parte da flores. A última parte do exame havia começado.

* * *

Kayan passou algumas horas vagando quase sem rumo pela floresta. Ele tentava rastrear a aura de algum granmestre, mas área a ser coberta era muito grande e ele sabia que não seria nada fácil encontrá-los.

Haviam alguns animais selvagens que poderiam atacá-lo, mas aquilo não era nenhuma coisa que um mago não pudesse lidar e não incomodou-o nem um pouco. Na verdade, o ataque de um javali facilitou sua busca por alimento e um feitiço crisis foi suficiente para matá-lo e começar a assar a carne.

Já alimentado – embora não muito satisfeito devido à falta de temperos para a carne – o Atreius retomou sua busca pela floresta. Alegrou-se quando, finalmente, sentiu alguma aura. Era óbvio que os granmestres nãos as escondiam, caso contrário seria impossível encontrá-los.

— Mais um, já? Não faz nem meia hora que o último passou por aqui – comentou a granmestre Mayra Kaz.

— Já passou alguém por aqui? Quem?

— Ah! pequeno, isso eu não posso falar.

Kayan já imaginava uma resposta como aquela e nem sequer esperava qualquer coisa diferente. Além disso, ele sorria enquanto proferia suas próximas palavras, pois sabia que elas causariam boas impressões com a granmestre.

— Não tem problema, pode conjurar sua invocação de água.

— Como você pode ter tanta certeza de minha esfera primordial?

— Te observando durante o exame de duelos. Consegui perceber o quanto estava familiarizada com esta esfera.

Com um sorriso no rosto, Mayra abriu ambos os braços e um nevoeiro começou a se formar às suas costas. A nevoa começou a avançar e a se aglomerar na sua frente, tornando-se cada vez mais líquida. A forma mitológica de uma sereia se formou na frente de Kayan, toda composta por água. Sua cauda de peixe era longa, com mais de três metros e a parte posterior – a imagem de uma mulher – possuía cabelos longos e fartos seios expostos.

— Isso aí é para me distrair? – perguntou, divertido.

— Uma maga tem que dar seu toque sensual em suas criações – respondeu-lhe com um sorriso malicioso. – E não pense que, só porque não sou rápida em invocações como o granmestre Aikos, minha invocação é fraca.

Para provar o que dizia, a sereia lançou uma forte rajada de água contra o jovem mago que a enfrentaria. Kayan não hesitou em formar uma barreira com sua aura e parar a poderosa força da água. A invocação, então, lançou outra torrente do outro lado, numa tentativa de flanquear o mago.

O Atreius sabia que não conseguiria conjurar uma barreira com cada braço e ter força suficiente para conter a água, então tratou de utilizar um ryado para congelar a água que já estava forçando a passagem. Com uma barreira de gelo de um lado, Kayan conseguiu bloquear o outro jato de água com seu feitiço escudo.

O próximo passo foi um contra-ataque. Concentrado, o mago conjurou uma enorme explosão de fogo na esperança de espalhar toda a água e destruir a invocação.

Vendo que seu alvo não havia sido destruído, Kayan conjurou uma dezena de rajadas de fogo contra ela, que disparou um potente jato d'água contra o chão para se lançar para cima, evitando todos os ataques de seu adversário.

A sereia, então, caiu contra Kayan com uma força que o rapaz sabia ser capaz de quebrar ossos, então o mago tratou de esquivar-se saltando para o lado. Ele, então, aproveitou a oportunidade para conjurar uma lâmina de vento, mas aquele era sua esfera mais fraca e, apesar de dividir a sereia ao meio, ela conseguiu unir-se de novo com facilidade.

A invocação avançou contra o mago de maneira impiedosa, mas Kayan sabia que a aura que a granmestre nela não podia ser muito, pois haviam mais magos par desafiá-la. Com isso em mente, a decisão do mago foi unir ambas as mãos na frente de seu corpo e conjurar a mais poderosa explosão de fogo que conseguiu. As chamas espalharam a água para todos os lados enquanto era apagada pela mesma. O Atreius percebeu que o líquido estava se reunindo novamente, mas, no meio do caminho, parou de se mover e encharcou o chão da floresta: a aura depositada na invocação havia se esgotado.

— Muito bem, Kayan, com certeza você mereceu esta moeda.

A granmestre, então, entregou-lhe uma grande moeda de prata com uma sereia cunhada em um dos lados e o brasão de Kaz Elenak no outro.

— Obrigado, granmestre. Essa experiência realmente está valendo a pena.

— Concordo com você, pequeno. Há muitos anos, antes de me tornar mestre, participei deste exame três vezes e cada vez me tornava uma maga melhor. Agora vá, pois outro mago pode chegar aqui a qualquer momento.

Kayan deixou o local enquanto pensava no quanto havia gostado de Mayra Kaz. Ela era uma pessoa muito boa e sábia e comprovava que as outras ordens possuíam magos tão bons quanto os de Drugstrein.

Alguns minutos de caminhada mais tarde, Kayan começou a sentir duas auras agitadas a sua frente. Ele não sabia o que era, mas pela maneira com que elas se comportavam ele tinha certeza de que era um combate entre magos.

Será um outro granmestre?, pensou enquanto impulsionava seu corpo com sua aura para chegar logo no local.

* * *

Thays caminhava lentamente pela floresta enquanto se lamentava por ainda não ter encontrado nenhum granmestre. Sabia que sua capacidade de rastreamento não era tão boa quanto a de Kayan. Sentia-se ainda mais inferiorizada ao se lembrar de que Sarah era ainda melhor nisso que Kayan.

Aquela garota chega a ser até melhor que alguns mestres nisso. Se bem que ela não é boa em lutar, então tem que ser boa em alguma coisa.

Ela divertia-se enquanto criticava a rival mentalmente. As palavras de Anita ainda estavam em sua cabeça e ela estava confiante de que era melhor para Kayan que ela.

Parou de caminhar quando chegou em um riacho que dava continuidade a uma pequena queda d'água. Decidiu parar para descansar um pouco: afinal de contas, de nada adiantaria encontrar um granmestre se estivesse esgotada demais para enfrentar a sua invocação.

Tomou água e lavou o rosto antes de se levantar novamente e observar os pássaros que permeavam a copa das grandes árvores ao seu redor.

— Até que você é bem bonitinha.

Thays virou-se rapidamente e quase caiu na água devido ao susto de ouvir aquela voz grossa atrás de si.

— Karion! – exclamou.

— Eu mesmo.

— Você me deu um susto. Estava meio distraída e nem percebi você chegando.

— Devia manter-se mais atenta em um lugar tão hostil – disse enquanto mantinha um sorriso arrogante em seu rosto.

— É que tudo estava tão calmo que acabei relaxando um pouco. Já conseguiu alguma moeda?

— Sim, uma até agora. Em breve conseguirei as outras, mas você não vai conseguir nenhuma.

Thays ficou mais séria com o comentário do outro rapaz e encarou-o com as sobrancelhas franzidas.

— Não é algo muito gentil de se dizer.

— Não me entenda mal. Não quero dizer que você não tenha a capacidade de vencer uma invocação. O que quero dizer é que você não estará em condições para fazer isso – disse Karion enquanto seus lábios se moviam para um sorriso cheio de malícia.

Thays sentiu a tensão no ambiente e recuou dois passos. Ela não queria mais a companhia do Wigg. Na verdade, tudo o que mais desejava era se afastar dele.

— Lembra-se que eu disse que te derrotar seria um prêmio? Chegou o momento de eu reclamar meu prêmio. Mas não se preocupe, não vou machucar muito este seu corpo bonito. Tenho outros planos para você.

— Não se aproxime de mim!

Thays não sentia medo, mas também não queria ter que lutar contra aquele mago. No entanto, ela não teria outra escolha e percebeu isso no momento em que uma enorme lâmina de vento era lançada contra ela, que esforçou-se para contra-atacar com uma de mesma proporção feita de fogo.

O duelo havia começado. Um duelo que certamente seria muito perigoso para a Cyren.


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Notas finais do capítulo

Falai pessoal,

cade meus comentários? Eu sei que tem alguns leitores que acompanham esta história, mas vocês não se manifestam. Escrevam algo para mim, digam-me o que acham de meus personagens e do rumo que a história está seguindo, a opinião de vocês é muito importante para mim.

E a pergunta do capítulo é: será Thays capaz de vencer Karion em um duelo?



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