Together By Chance escrita por Holly Potts Stark


Capítulo 16
Chapter 15 - Irreversible spell.


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeey cupcakes, tudo bem com vocês?

Demorei um pouco mais do que eu pretendia devido a correria da minha vida, principalmente nessa semana que passou, os trabalhos da faculdade me sugaram as energias.. então, peço desculpas... Maaaaas cá estou eu com mais um capítulo pronto, espero que vocês gostem.

Quero agradecer a todos os leitores que tem comentado e dizer que o apoio de vocês significa muito pra mim, eu estou amando ler cada comentário, me traz uma alegria muito grande! Eu amo cada um de vocês por isso ♥

Enfim, aproveitem! Nos vemos nas notas finais ;)




Tradução do título: Feitiço irreversível.



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Chapter 15 – Irreversible spell.

         

[Natasha Romanoff]

 

— Então... O que a gente faz agora? – ouço Rogers perguntar, tentando ignorar a sensação estranha de saber que ele está dentro do meu corpo, constatando também o quão azarada eu sou por me encontrar nessa situação.

Dentre tantas pessoas, tinha que ser justo ele?

— Como é que eu vou saber? – minha irritação estava quase palpável, sem falar na dor de cabeça que se tornava maçante.

Rogers sempre teve o dom de me tirar do sério, e o fato de ele estar usando a minha própria voz pra me encher a paciência só faz piorar o meu humor.

— Sei lá, você é a nerd que curte mitologia, deveria saber.

Não! Eu não posso simplesmente acertar um soco violento nessa peste, tampouco agarrar seu pescoço e estrangulá-lo até implorar por misericórdia, afinal, eu estaria machucando meu próprio corpo nesse processo. Mas céus, como eu queria poder quebrar a cara desse cretino agora.

— Dá um tempo, Rogers. – controlo minha própria respiração, a fim de acalmar os nervos, fitando a escultura de Loki bem diante de nós, dentro do museu que visitamos no dia anterior – Eu não faço a menor ideia do que devemos fazer, na verdade, eu nem sei se deveríamos estar aqui.

Observo ele revirar os olhos, provavelmente seu humor não estava muito melhor do que o meu.

— Não seja medrosa. – e comenta, fazendo-me respirar fundo mais uma vez – Ele é um suposto deus, certo? Então nós deveríamos invoca-lo? – seu questionamento me fez enrugar o cenho, porém antes que eu pudesse dizer alguma coisa, o garoto começa a fazer algo completamente inesperado – Ó, poderoso Loki, nós mortais o invocamos aqui!

Se aquela criatura não estivesse ocupando meu corpo, eu com certeza poderia achar a cena engraçada. Rogers estava de joelhos em frente a escultura, gritando as palavras para a imagem, com as mãos levantadas em direção ao teto. Era ridículo, e eu agradeci mentalmente pelo museu estar quase vazio naquele momento.

O garoto não estava mesmo brincando com o questionamento sobre a invocação.

— Você é maluco? Levanta daí! – indago, puxando ele pelo braço, a força masculina que possuo agora servindo para alguma coisa, o colocando de pé novamente, recebendo a sua carranca como resposta.

— Pelo menos alguém tem que agir aqui. Eu não estou vendo você tentar nada pra ajudar. – resmunga, ainda me encarando, o que me fez engolir seco. Talvez ele deva pensar que eu não estou fazendo esforço algum para consertar essa confusão, mas eu quero e pretendo fazer isso o quanto antes, porém sou inteligente o bastante pra analisar tudo e encontrar uma solução real antes de fazer qualquer coisa e me expor ao ridículo como ele – Já sei, ruiva... – mais uma vez o cretino abre a boca, tomando minha atenção, o sorriso malicioso dele rapidamente aparecendo, o que nunca era um bom sinal – Talvez a gente deva repetir o que estávamos fazendo ontem antes daquele maluco aparecer.

Arregalo os olhos. Ele não pode estar falando sério.

— Nem pensar! Isso nunca mais vai acontecer de novo, entendeu? – tento soar firme, mesmo que por dentro eu estivesse balançada por me lembrar daquele maldito beijo.

Foi a segunda vez que senti os lábios de Rogers nos meus, a sensação de sua língua explorando a minha boca ainda estava bem viva na minha mente, e eu me odiava e a ele também por isso.

— Que seja. – Steve resmunga, dando de ombros e se virando, logo iniciando seus passos para longe – Vamos embora, está na cara que aquele filho da puta não vai aparecer.

— Eu não teria tanta certeza.

Sinto meu coração pulsar mais forte, a repentina voz que ecoou pelo ambiente me pegando de surpresa, enquanto Rogers se virava em minha direção com a mesma expressão de espanto que eu deveria estar fazendo agora. Era ele, bem ali, ao lado de sua estátua em tamanho real, vestido da mesma maneira que estava ontem, seu ar superior e intimidante deixava uma profunda tensão pairando por todo o lugar.

— Loki... – eu pronuncio, a voz soando tão baixo e trêmula que eu pensei ser impossível alguém escutar.

— Vocês voltaram, afinal. – ele observa desdenhosamente, seus olhos fixos em nós dois.

— Seu filho da mãe! É bom desfazer essa merda de feitiço que lançou na gente antes que eu acabe com você. – Rogers esbraveja se aproximando mais rápido do que havia se afastado antes, irritado ao extremo, enquanto tudo que eu conseguia fazer era observar o deus nórdico sorrir diabolicamente.

— Seria divertido ver um mortal tentar me enfrentar. – o tom cínico de suas palavras era evidente – Mas de qualquer forma, o feitiço que lancei em vocês dois, não pode ser desfeito por mim.

— O que?! – finalmente lembro-me de como falar, a voz soando um pouco mais alta e desesperada do que eu pretendia.

— Como assim você não pode desfazer? Não é a porra do deus da trapaça ou sei lá o que? – a irritação de Steve parecia aumentar cada vez mais, e de certa forma eu o entendia naquele momento.

— Não me irrite, mortal. Eu sou um deus e posso dar um fim a sua vida insignificante agora mesmo. – seu olhar ameaçador alcançou Rogers, e eu podia jurar que ele encolhera os ombros devido a aparente imponência de Loki – O feitiço que lancei em vocês só poderá ser desfeito quando entenderem o coração um do outro. – explicando dessa forma, o sentimento de que ficarei presa nesse corpo começava a me dominar. Isso não pode ser verdade – Considerando o ódio mútuo que sentem, talvez demore um tempo para acontecer... – mais uma vez, aquele sorriso diabólico se desenhou em seu rosto – E isso vai ser muito divertido... Pra mim, é claro.

Antes que pudéssemos protestar, implorar ou até mesmo tentar esmurra-lo como Rogers parecia doido para fazer, Loki desapareceu diante de nossos olhos, nos deixando ali encarando novamente a escultura de pedra do deus nórdico, com o coração nas mãos.

— Droga! Isso tá mesmo acontecendo. – ouço o garoto ao meu lado praguejar, tão frustrado quanto eu estava.

Se a única forma de quebrar esse feitiço for, de maneira literal, entender o coração de Steve, então eu estou fadada a ficar o resto de minha vida presa nesse corpo. A única coisa que sou capaz de entender é o quanto aquele garoto se mostra superficial, um completo idiota egoísta, além de ser um pervertido muito irritante. Como ele pode ter algo mais para ser entendido? Eu realmente não sei o que fazer.

 

[...]

 

Olho para todos os lados em busca dos vizinhos habituados a cuidar da vida alheia, e somente depois de ter certeza que não éramos observados, eu abro a porta de minha casa, entrando juntamente com Rogers.

— Por que estamos aqui? – o garoto se joga no sofá sem cerimônias, me encarando com os olhos verdes que me pertencem.

Respiro fundo. Nossa sorte era que Phill dava aulas na Universidade nos períodos da manhã e tarde, enquanto Melinda só voltaria de seu trabalho na academia de Yoga quando estivesse muito próximo de anoitecer. Resumindo, poderíamos conversar sobre nosso problema sem a preocupação de sermos ouvidos.

— Você está no meu corpo, idiota, então até encontrarmos um jeito de desfazer essa troca, vamos ser obrigados a viver a vida um do outro. – mastiguei as palavras sentindo o gosto amargo em minha boca e o estômago se revirando – Ou seja, você mora aqui a partir de agora.

— Era só o que me faltava. – ele resmunga, já esgotando minha paciência.

Tento ao máximo manter meu controle.

— Estamos presos nessa situação, Rogers, não temos escolha, ninguém pode saber o que está acontecendo, então precisamos agir de maneira convincente.

— Tá, tá, eu já entendi isso. – ele revira os olhos, fazendo eu me sentir um adulto tentando fazer uma criança rebelde lhe escutar com atenção.

— Se quisermos que isso dê certo de alguma forma, vamos precisar de algumas regras... – volto a falar, enumerando todas as condições em uma lista organizada dentro da minha própria mente para depois revelá-las.

— Regras? Ah, fala sério, Romanoff! A situação já é ruim, e você ainda quer tornar ela pior com essa sua fixação por controle e ordem? – me interrompe com sua reclamação, fazendo meu sangue ferver enquanto eu enrugava o cenho, o fitando desafiadoramente.

— Primeira regra. – continuo, ainda em pé na frente dele, tentando soar o mais autoritária que consigo, a voz grave ajudando bastante – Nada de olhar e muito menos tocar o meu corpo, em hipótese alguma, entendeu? O mesmo vale para mim.

Outra vez, aquele sorriso malicioso que eu odeio aparece no meu rosto delicado que não deveria ser obrigado a fazer essa expressão tão nojenta de Rogers.

— Bem... Acho que não posso mais cumprir essa regra.

— O que você quer dizer com iss...? – demorei alguns segundos, mas no momento que compreendi o sentido de sua frase, arregalei os olhos sentindo a vergonha e a raiva, principalmente o último, me consumir de maneira avassaladora – Não! Você não fez isso! – eu esbravejo, cerrando os punhos com tanta força que chegava a doer.

Seu sorriso não vacila, e ele se levanta, erguendo o rosto para me encarar, aparentando se divertir com o que estava prestes a me responder.

— Eu vi você nua hoje, Natasha. Até que você tem um corpo gostosinho de se olhar. – Não! Esse bastardo não pode ter feito isso! – Seus seios são maiores do que eu esperava... E muito macios também. – eu conseguia perceber o quanto ele se deleitava ao pronunciar suas provocações.

Resolvo mandar o meu autocontrole para o inferno, e sem pensar eu pulo na direção dele, nos jogando bruscamente contra o sofá, agarrando com as mãos grandes desse corpo a garganta do meu, sem me importar se machucaria meu próprio físico. Eu queria matar aquele garoto naquele instante, ou machuca-lo o suficiente para fazê-lo se arrepender de ser tão pervertido. Se eu tivesse que sacrificar meu corpo para isso, minha disposição era incontestável.

— Morra, seu tarado idiota! Eu vou te mandar de volta pro inferno de onde você não deveria ter saído! – mesmo sufocando e dificultando a sua respiração, Rogers começou a rir do que estava acontecendo, como se jogar em minha cara a sua falta de caráter fosse dar mais sentido à vida medíocre dele.  

Eu podia jurar que meu olhar estava em chamas.

— Admita... Você também olhou o meu! – sua voz soou esganiçada, e um segundo de recuperação da minha sanidade foi o suficiente para afrouxar o aperto das mãos, pois mesmo que eu quisesse muito, não poderia mata-lo quando ainda estava no meu corpo.

Me afasto, sentindo as emoções agressivas se acalmarem aos poucos, dando lugar a um sentimento muito pior. Frustração e uma profunda mágoa. Nenhuma garota quer ser desrespeitada de tal maneira, com seu íntimo invadido dessa forma. Mas é claro que aquele loiro idiota não tem a sensibilidade necessária para se dar conta disso.

— Eu não sou tão suja como você. – falo, tentando não transparecer o quanto estava chateada, falhando miseravelmente – Jamais me atreveria a desrespeitar alguém desse jeito. – de certa forma, sua expressão mudou, não estava mais tão maliciosa, acabou se tornando pensativa, e seu olhar me analisava como se tentasse descobrir se eu estava sendo sincera. Inibo um riso pelo nariz, um tanto rancorosa – Não espero que entenda, você não tem nenhum caráter.

— Não seja dramática, Romanoff. – ele solta, me fazendo arquear as sobrancelhas com tal ousadia. O mesmo dá de ombros, fazendo pouco caso disso – Eu deixo você olhar também, pode até tocar se quiser. Ficaremos quites.

Esse garoto definitivamente tem sérios problemas!

Prestes a xingá-lo mais uma vez, sou impedida pelo som da campainha tocando. Caminho até a porta da frente, deixando o loiro para trás, imaginando quem poderia ser a essa hora do dia.

Sinto meu coração bater mais forte assim que descubro. O sorriso no rosto do rapaz parado à minha espera se desmancha no momento em que me vê. Mas não era eu, pelo menos não no meu corpo. Os olhos azuis se mostrando confusos enquanto me fitavam de cima a baixo, seu cabelo havia crescido um pouco nesses últimos meses, e foi a primeira coisa que reparei de diferente nele. Continuava lindo.

— Bucky... – pronuncio involuntariamente, a voz masculina sequer disfarçando a surpresa, me fazendo perceber o quão ferrada eu estava.


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Notas finais do capítulo

Entãoooooo....? O que acharam? Ficaram surpresos? O Bucky voltooooou *O*... eita, eita, eita... a chapa vai esquentar agora muahahahaha

Espero que vocês tenham curtido o capítulo, quero muito saber de suas opiniões, portanto aguardo seus comentários muito ansiosa ^.^

Um aviso aqui: Para aqueles que acompanham LMBYSH, minha outra fanfic, ainda não pude escrever um novo capítulo ou trocar ideias com a Scar, minha coautora... ambas andamos muito ocupadas e como moramos beeeeem longe uma da outra, infelizmente fica difícil marcar um tempo para conversarmos e trabalhar na histórias sem rolar imprevistos... Mas assim que pudermos, postaremos... Peço que tenham um pouco de paciência conosco, please!

Enfim...

COMENTEM, ACOMPANHEM, FAVORITEM E RECOMENDEM!!!!!


Espero vocês nos reviews!


Kisses de morango da Holly ; ♥♥♥



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