Letters to Myself escrita por ChopperChan


Capítulo 31
Epílogo/ Prólogo/ eu não sei o termo certo pra isso.


Notas iniciais do capítulo

YO Minna!
Tá tarde já ne? Mas fazer o que, só agora arranjei tempo pra postar o epílogo revisado! Eu vou deixar a emice toda lá embaixo, Okay?
Por enquanto fiquem com um Enjoy!



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Koala depositou com cuidado o bolinho no prato, jogando calda por cima e finalizando com creme.

Depois, se virou para a pia, procurando limpar os últimos resquícios de manteiga que ela jurava ainda sentir nas palmas. Ou talvez fosse só nervosismo. Mas não importava. O fato era que a água, a sensação de limpeza sempre acalmaria o que quer que fosse, pelo menos para ela.

Os dedos molhados (com gordura ou não) permitiam que ela brincasse com a aliança discreta de prata no dedo indicador direito, girando a pedrinha de lápis-lazúli. Sim, era a mão e o dedo errado, mas Sabo a colocara lá e era lá que ela iria ficar. Era assim que funcionava.

Obviamente, não era uma aliança de casamento. Era de noivado. Mas ele já enrolava aquele casamento a... Dois anos? Dois anos e meio? Três? Ela já havia perdido a noção. Mas isso não importava. Já viviam juntos havia muito mais tempo, e se isso não era uma vida de "casada" Koala realmente não sabia o que era.
Com um último suspiro, ela colocou o toque final na bandeira de café da manhã:um embrulho azul, pequeno o bastante para poder ser segurado ente as mãos e arrematado com um laço de fita branca. O perfeito complemento. E com isso, ela deixou a cozinha .

Em um dia normal ela não iria mimar o loiro daquele jeito. Mesmo tendo se passado muito tempo desde que deixaram de ser adolescentes, ainda se mantinha no privilégio de usar as mesmas técnicas para acordar o noivo porque era... Divertido. Levar café da manhã na cama com certeza não era uma em questão. Mas ela esperava aquele dia havia mais ou menos um mês. Geralmente, a data passava batida no calendário, totalmente esquecida por ambos os lados, mas... Naquela ocasião era mais que boa. Era IDEAL, PERFEITA. -E ela não pode conter um sorrisinho com o pensamento.

No corredor, ela virou a direita e deu de cara com o banheiro, não derrubando a bandeira e todo o trabalho que tivera por muito pouco. Praguejando mentalmente contra os hábitos, ela se virou em 180 graus na direção correta do quarto. Ainda não estava acostumada com a casa em Goa, mesmo tendo se mudado ja fazia algumas semanas. Sentia falta da Austrália, mas a proposta que recebera do zoológico de Fuusha era muito boa para ser recusada. A viagem diária até a cidade vizinha levava meia hora pra ir, e meia hora pra voltar. Era cansativa, mas Sabo não abrira mão de viver perto da família, coisa que ela podia entender muito bem.

Antes de entrar, ela se abaixou em frente à porta de madeira, recolhendo a folha de papel escrita e bufando. Usar as cartas como papel de parede do quarto fora uma ótima ideia. Garantia uma boa diversão para os dias de chuva, quando ela e Sabo ficavam apontando para as paredes e pro teto, lendo e rindo com as lembranças escritas. Mas deixar o serviço de colocá-las ali nas mãos da ASL não fora um plano muito feliz. Até o momento, ela já devia ter re-colado pelo menos uma parede inteira com os papéis que insistiam em ficar no chão, insatisfeitos com o péssimo serviço feito pelos três irmãos.

Abrindo a porta com cuidado, ela riu para a cena do adulto embolado em travesseiros e o leve edredom de verão. Ele não mudara nada nos últimos anos, e ela realmente torcia para que continuasse assim.

Apoiando a bandeja na mesa de cabeceira, ela se sentou na cama devagar, brincando com as mechas onduladas loiras e embaraçadas, compridas de novo:

–-Sabo? Sabão? Sabugo? Hora de acordar dorminhoco!
Ele apenas a puxou pela cintura, em um abraço desajeitado.

–-Escuta aqui diretora geral do setor dos mamíferos, eu sou um cartógrafo de férias e muito sonolento, então me deixa dormir.

Ela deu risada, depositando um selinho naquele que a segurava e se desvencilhando dos braços ainda meio dormentes, como já havia praticado muitas vezes.

–-Eu já deixei! É quase hora do almoço!

–-E você só veio me acordar agora? -ele levantou o tronco, zonzo-O que te deu?

–- Eu te trouxe café também!-ela puxou a bandeja

–-Meu Deus, você ainda está doente!- ele apoiou as costas da mão na testa da noiva- Disse que tinha melhorado!

–-Eu estou bem, mesmo. Só andava um pouco enjoada.

–-Hun, sei.

–-Vai, come logo.

Ele a encarou com um olhar desconfiado.

–-Ta legal... Dormir até tarde, café na cama, você me deu beijo antes de mandar eu escovar os dentes.... Que feriado ou aniversário eu esqueci dessa vez e como eu posso me desculpar?

Sabo estava realmente confuso. Era frequente que ele acabasse esquecendo alguma data por não olhar para o calendário com tanta frequência (leia-se: nunca) mas... Não podia ser nenhum dos aniversários. Os de namoro (oficial claro. Ele levara quase meio ano juntando coragem para fazer um pedido formal e desnecessário.Esforço demais para passar em branco.) e noivado eram muito perto do dia dos namorados. Pela vaga noção que tinha de tempo deviam ser perto de fevereiro, e esse mês já devia ter passado naquele ano. Também não era o dele, porque esse ele conseguira decorar e ainda estava longe, e muito menos o dela, visto que fora ele que ganhara presente. Koala geralmente não ficava brava quando ele esquecia alguma dessas datas. Era mais comum que ela simplesmente rolasse os olhos("Homens, hunf!") e deixasse que ele a levasse para jantar ou lhe desse um beijo. Isso já bastava.

Mas, dessa vez, ele se surpreendeu.
Porque, de todas as reações, ela estava justamente sorrindo. Ele já deveria ter aprendido que prever as reações de Koala era simplesmnete impossível, mas Sabo não era do tipo que desistia facilmente.

–-Nada, porque dessa vez é o seu dia, então eu não vou ficar brava.

Aquilo só piorava o estado de confusão mental em que ele se encontrava, aumentando os níveis dos marcadores de levemente desvairado para "pane geral do sistema".

–-Quê?!

Koala revirou os olhos.

–-Não dá pra você ser uma pessoa normal e só aceitar o presente sem discutir, como todo mundo faz?
Sabo meneou com a cabeça. Ele podia ser um idiota, mas nem por isso iria recusar comida na cama e presente sem motivo.
Com isso, ele puxou a ponta da fita, desfazendo o laço e abrindo a caixa de papel-cartão azul.

E lá dentro estava um par de sapatos.

Um par de sapatos ridiculamente pequenos.

–-Tá legal,eu sei que você adora me chamar de crianção mas.... Sério?

Ela revirou os olhos pela segunda vez. Ou ele era muito lerdo depois de acordar ou muito burro. Na dúvida, era melhor apostar nos dois.

–- Tem mais, olha embaixo do celofane.

E ele puxou o papel, para encontrar... Um termômetro?

Não. Termômetros não eram rosa. É muito menos tinham um sinal verde escrito "positivo :-) "

Espera.... Sapato pequeno.... Aquele troço Rosa de plástico...

O queixo do loiro caiu. Caiu em uma expressão feliz e surpresa ao mesmo tempo. Talvez com uma pitada de confusão, mas essa nunca saía do rosto mesmo. Lentamente, ele levantou a cabeça para o rosto sorridente ao lado:

–-Feliz dia dos pais Sabo-kun.


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Notas finais do capítulo

--preparem-se que lá vem emice--
Bom, é isso pessoal. Depois de seis meses, 31 capítulos e mais de 40.000 palavras, se encerra a fic "Letters to Myself". Se engana quem pensa que a história acaba aqui, porque histórias são eternas, e por isso me recuso a colocar "fim" nas minhas. Nenhum autor, por mais ditado que seja, conta uma história do começo de tudo até o final completo.
Eu me diverti muito escrevendo isso, e me orgulho do meu trabalho. Obrigado a todos vocês que acompanharam até aqui, comentando sempre que podiam ou mesmo apenas lendo, como fantasminhas, porque a maior felicidade de qualquer escritor (mesmo os amadores) é que seus textos cheguem ao maior número de leitores.
E, como diria Kate DiCamilo, "histórias são luz", e eu gostaria de acreditar que vocês, meus leitores, encontraram um pouco de luz aqui.
Aqui é a ChopperChan, dizendo um último Até a próxima! O/
P.S.: não, vocês não vão se livrar tão facil dos meus Pss.
P.S.2:nem de mim. Acham que eu vou deixar vocês fugirem? Não mesmo!



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