Letters to Myself escrita por ChopperChan


Capítulo 1
Capítulo 1- Bombas de calorias e coisas gordas.


Notas iniciais do capítulo

Yo Minna!Aqui está a minha reescrita no modo ChopperChan de ser (a zueira e o choro são livres.)! Na verdade eu misturei com um rascunho mais antigo que eu tinha, aproveitando o primeiro capítulo que já tava pronto, então as cartas só vem no próximo ok?A frequência que eu postava (everyday :v)vai cair, principalmente em fevereiro que é quando minhas aulas voltam, mas eu garanto pelo menos um capítulo por semana!Então, SOLTANDO MEU VELHO BORDÃO DE ABERTURA: ENJOY!



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Sabo encarava o teto do pequeno apartamento que morava. No começo ele observava a pequena mancha escura e esverdeada do fungo que brotava no encontro das paredes de concreto como se tentasse desvendar uma obra de arte abstrata.

Depois de alguns segundos percebeu que isso era ridículo.

Encarar o teto em branco era mais interessante. Embora isso soasse um pouco racista.

Era sexta a noite, após o último dia do semestre. A essa altura, todos os seus amigos deveriam estar na festa de final de ano, largando-o sozinho. Porque claro, ele havia dado um jeito de ser suspenso no penúltimo dia de aula, o que incluía a festa.

Ele virou a cabeça para a pequena mesa de cabeceira ao lado da cama. Lá se encontravam fotos com seus amigos e família. Um jovem normal não teria fotos impressas em casa, quanto mais em porta retratos, mas sim nos celulares, computadores e tablets. Provavelmente seriam motivo de chacota para qualquer outro “amigo” que as vissem, mas ele não se importava. Gostava delas, eram uma boa lembrança, gravadas com a própria tinta especial em papel próprio, sem necessidade de energia para que pudesse vê-las. Muito diferente dos pixels ilusórios das telas brilhantes dos eletrônicos. Além do mais, ela também gostava das fotos de papel.

Ele pegou em mãos o pequeno porta-retrato surrado, já desgastado pelo tempo. Era uma foto do seu tempo de criança, e nela estavam os três irmãos de adoção com a tutora, Dadan. Ace ostentava o sorriso convencido que sempre tivera. Sabo ria mostrando a falha nos dentes, obtida poucos dias antes em uma briga com algum desconhecido o qual nunca saberia o nome e Luffy sorria inocente, sentado nos ombros da mais velha, que olhava para a câmera com os braços cruzados, satisfeita e orgulhosa.

Sabo passava os dedos de leve pelo vidro que protegia o pequeno pedaço de papel amarelado. Sentia muita falta desses tempos, quando podia simplesmente rir e brincar a vontade, e se meter em brigas sem ser suspenso da universidade e ter sua ficha manchada.

Batidas na porta o tiraram de seus pensamentos.

–-QUEM ÉÉÉÉÉÉÉ?- Ele gritou sem se mexer, a preguiça de se levantar era maior.

–- Garotas companheiras, quer comprar bolinhos?

–-Entra logo, eu sei que é você.- Ele se dirigiu a cozinha.

–-A droga.

Alguns cliques da porta sendo destrancada puderam ser ouvidos, e a forma conhecida de Koala entrava no local carregando algumas sacolas de supermercado.

–-Como sabia que era eu?

–-Eu só achei que nenhuma escoteira...

–-Bandeirante!

–-(Que seja!)...Estaria tão desesperada em conseguir o distintivo por venda de bolinhos a ponto de subir treze andares de escada para perguntar a um estudante quebrado se ele estaria interessado nessa bombas açucaradas de calorias.

–-Nossa, foi uma frase inteligente demais pra você!- Ela retirava as compras da sacola, depositando sobre a bancada que servia de mesa.

–-Ficar um dia sem dormir nas aulas da universidade ajudaram bastante.- Ele recolheu um pote de sorvete e colocou no frízer.- Mas o que está fazendo aqui?

–-Não é óbvio?- Ela sorria irônica- Estou lavando os cabelos não está vendo? Vim pedir Xampu emprestado!

–-Haha. É sério. Deveria estar na festa, como todo mundo.

–-Consegue me imaginar em uma dessas festas universitárias regadas de bebida e música alta a ponto de estourar os tímpanos? Logo eu, a maior rata de biblioteca do país? Isso é mais a sua cara, não a minha.

–-Mas aquele cara do time de baseball não tinha te chamado pra ir com ele?

–-O fato dele ter me convidado é o que te faz estar aqui lembra?- Koala apoiou as mãos na bancada, encarando o amigo.

–-Eu já disse que detesto quando você responde minhas perguntas com outra pergunta.

–- Para de desviar do assunto.- Droga, ele fora pego.- Não precisava ter feito aquilo.

–-Ele estava te incomodando!- Sabo fez uma pose dramática- Era o mínimo que eu, no papel de guardião e melhor amigo, poderia fazer!

–- Isso não significa que precisava arrancar dois dentes dele com um soco!- Ela tentava manter a cara de brava, desmascarada pelo sorriso de canto.

Sabo deu de ombros.

–-Foi a melhor oportunidade que eu achei pra testar meu novo golpe.

A última frase desfez totalmente a irritação da garota, que riu com gosto.

–-Idiota!

–-Mas sério agora. Devia ter ido.- Ele a encarava no fundo dos olhos.

–- Que tipo de melhor amiga eu seria se simplesmente te deixasse sozinho em casa, em uma sexta feira sem um estoque apropriado de sorvete, pipoca e outras coisas gordas?

–-Não precisava ter gastado dinheiro comprando tudo isso pra mim.

–-Pra você? Eu pretendo passar mais da metade das minha férias aqui! E sua geladeira tem mais espaço que a minha!

Isso era bem verdade. Koala não se dava bem com a colega de quarto da república que morava, o que a fazia evitar ao máximo voltar para o lugar. Passava o dia todo fora, geralmente ali, no pequeno apartamento do amigo, sentada no pufe surrado que um dia fora azul com um livro novo, assistindo filmes ou mesmo treinando para os torneios de karatê da escola.

Ele nunca admitiria, mas adorava tê-la ali com ele. A mania por limpeza quase comparável a TOC praticamente obrigava a garota a arrumar a bagunça que ele, como todo homem honrado, espalhava por todo o lugar. Além do mais, as coxas da garota eram um travesseiro muito melhor que a velha almofada surrada (“mushiba”, para os íntimos.) que usava para dormir. Fora que Koala= doces.

–-Mudando de assunto, teve notícias de casa?- Ela trocava o rumo da conversa

–- O de sempre- Ele chacoalhou os ombros, indiferente- Dadan brigou comigo porque vou demorar pra ir pra casa. Luffy me fez prometer que chegaria a tempo pro Natal, mas acho que ele só quer o presente. E Ace...- Ele fez careta- Praticamente me ameaçou pra te levar comigo pras festas de fim de ano.

–-Ah, não é problema nenhum. Melhor que passar a ceia na república...- Ela estremeceu- Aquilo foi traumatizante.

–-Todos querem muito conhecer a “garota que levou o aspirante a delinquente para o caminho certo.”

Koala riu.

–- Você não era um aspirante a delinquente, só precisava de um novo jeito de extravasar a raiva.

–- E também foi graças a você que eu consegui a bolsa de estudos pra cá. Obrigado por me recomendar. Serei eternamente grato ó líder das artes marciais!

–-Que isso. Foi só sorte ter te conhecido no avião pra esse Estado. Lembra?

–- Como poderia esquecer? Na hora de pousar você entrou em pânico! Cravou as unhas no meu braço com tanta força que até hoje tenho as cicatrizes!

–-Eu já pedi desculpas!- Os dois praticamente gargalhavam com a lembrança.

–- Mas e você? -Sabo falava entre risos- Falou com a sua mãe hoje?

Os olhos azuis da garota brilharam.

–-FALEI! Ela tá super animada com a final internacional! Nós vamos pra Austrália Sabo! Eu voltar pra casa pela primeira vez em dois anos!

Sabo sorria feliz pela amiga. Ela havia se esforçado o triplo naquele ano, na esperança de passar pras finais ao saber que se passariam na sua terra natal.

–-Então que bom que passamos.

–-Se não fosse por você eu não teria conseguido! Muito obrigada por se inscrever como minha dupla!- Ela pulou abraçando o pescoço do rapaz, quase derrubando os dois.

–-Que... Que isso! E... Eu sou seu melhor amigo... Er... Era minha...- Ele praguejava mentalmente por estar corado e gaguejando.

–-Minha mãe tá doida pra te conhecer!- Ela se separava do amigo, rindo do rosto vermelho do mesmo.

–-Por que?

–-Porque você...- Ela abaixou a cabeça- É praticamente o único amigo que eu tenho por aqui.

Sabo ficou sério. Ele não entedia o fato de ser tão difícil para a garota fazer amigos. Ela era simpática, sorridente, tirava boas notas e ainda trouxera prêmios para a universidade nos campeonatos interescolares de karatê mesmo sendo a única a fazer parte do time. Não era muito diferente dele, exceto pelo fato dele concorrer como lutador de Kung-fu, mais especificamente usuário do bastão (e a autora é totalmente leiga no assunto então não sei se tem um nome técnico ou não.) e ser um aluno totalmente... mediano, pra não dizer medíocre. Nem mesmo passaria se não fosse pelas diversas aulas extras que varavam a madrugada que Koala lhe dava.

–-Bom... Ainda tem Robin, a bibliotecária...

–-É, mas ela é mais velha que eu...- Koala mantinha o olhar distante. Era típico dela simplesmente desfocar a visão, encarando o nada. Reflexos de ter perdido o pai muito cedo, o que a obrigara a trabalhar desde pequena e acarretando uma infância traumática.- Ah, ainda tem o pessoal do clube de literatura. Mas isso não importa agora.- Ela voltava ao normal extremamente rápido, nem tendo percebido o aparente devaneio.

–-Hun, certo. Se você está aqui e trouxe pipoca isso significa...

–-MARATONA DE STAR WARS!!!!!!!- Ela jogou os braços pra cima animadamente, dando pulinhos- Eu estouro a pipoca! Vai achar os filmes que eu sei que você perdeu!

–-EI!- Sabo ficara ofendido- É verdade...- O esmagador peso da realidade era duro de carregar.

–-Eu sei. Eu te conheço.- Ela riu- Agora me passa a panela.


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Notas finais do capítulo

Agora soltando meu bordão de saída:Até a próxima! o/Tem direito a um bonequinho, viram?
P.S: Parabéns HarumiHatae! Muitos anos de vida e bolo :v porque bolo é vida, morte e tudo o mais :v
P.S.2: Quem me ajuda a botar pressão nela pra adiantar a fic que ela ta escrevendo?
P.S.3:PRESSÃO PRESSÃO PRESSÃO!
P.s.4: comecei a aprender a amecher com programas de edição :3 confiram a nova capa :3
P.s.5: passei a postar no Social Spirit também. Lá tem capas por capítulo :3



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